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Educação, Tecnologia e Complexidade – Como


planejar o futuro ?

Dr Francisco Antônio Pereira Fialho

Esp. Lourdes Alves

(Doutoranda) Marisa Marqueze

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

Resumo

Este artigo discute as diversas alternativas de arquitetura de hardware possíveis de serem


empregadas nas escolas e o planejamento do uso da tecnologia para melhorar a qualidade do ensino.
Este planejamento, para alcançar sucesso deve se sustentar em uma cuidadosa análise da cultura
local, explorando os pontos fortes existentes em busca de um Desenvolvimento Sustentável.
Pretendemos, finalmente, discutir o futuro do uso da tecnologia na educação considerando os
recentes avanços em direção a uma Aprendizagem em Primeira Pessoa, possibilitada por recursos
tecnológicos como Internet 2 e Realidade Virtual Imersiva.

Abstract:
This article intends to discuss the several hardware architecture alternatives possible of being
employed in schools and the technology use planning for enhancing teaching quality. Planning, in order
to reach success, must rely on a very careful analysis of the local culture, in search for a sustainable
development, exploring the existing strong points. At last, we intend to discuss the future use of
technology in education, considering recent conquests toward a First Pearson Learning, allowed by
technological resources such as Internet 2 and Immersive Virtual Reality

1.0) Educação

A visão ecológica de sistemas autopoéticos inseparáveis do nicho ecológico que habitam, sustentada
por Maturana e Varela (1972, 1980, 1992), nos mostra a necessidade de considerar o “habitat” em
que se localiza a Instituição Educacional. Esse “habitat”, com as possibilidades trazidas pelo virtual
(Lèvy, 1993, 1995, 1996, 1998) tende a ser uma estrutura cada vez menos rígida, distribuindo-se
por espaços geográficos cada vez maiores.

A questão cultural e a necessidade de contextualização levantada por autores como Paulo Freire
(1986, 1987) e Hugo Assmann (1998) nos ensinam que não basta simplesmente se importar uma
tecnologia para que se reproduzam os resultados obtidos em uma determinada aplicação.
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Uma Escola Virtual, necessariamente, sofre as pressões advindas das diferentes culturas que a
formam, tendo como pólo de atração os diferentes valores que a singularizam e a tipificam como um
sistema complexo, não linear, sujeito a contínuas mudanças (Stacey, 1996).

Trabalhar esses fatores, estabelecendo os controles necessários para que se tenha uma instituição
flexível e adaptável exige um processo contínuo de atualização tecnológica, humana e ambiental.
2.0 ) Educação e Tecnologia

A consolidação da Internet como meio eficiente de comunicação resultou na possibilidade de várias


pessoas acessarem salas de aula virtuais, grupos de trabalho na rede, campus eletrônico e bibliotecas
on-line num espaço compartilhado. A junção de tecnologias de comunicação mediadas por
computador, tais como o correio eletrônico, os sistemas de conferência, os chats etc., com outros
recursos da Web propiciou o desenvolvimento de diferentes ambientes educacionais.

O design de um ambiente desse tipo é sempre subsidiado por uma concepção de como se dá o
processo de ensino/aprendizagem. Harasim et al. (1996), McIsaac & Ralston (1996), Porter (1997),
Jaffee (1998), dentre outros, mostram que o desenvolvimento de cursos com o apoio dessas novas
mídias é uma tarefa complexa.

Muitos projetistas têm desenvolvido seus ambientes transpondo diretamente a


metodologia usada nas aulas presenciais para os cursos na Web. A história tem
nos mostrado que isso ocorre sempre no início do uso de uma nova tecnologia
com um fim para o qual ela não foi inicialmente projetada. A primeira tentativa de
adoção de uma tecnologia nova é sempre a adaptação da metodologia
conhecida. Após algum tempo de uso, pensa-se em modificações, objetivando
explorar melhor os recursos disponíveis e a concepção da mídia. De certa
forma, é um bom começo, e somente através do uso contínuo é que se torna
possível aperfeiçoar o processo.

Em um processo educacional temos duas componentes: aprendizagem por instrução, essencialmente


informativa e aprendizagem pela ação, que favorece a construção de conhecimentos. Parte do
aprendizado ocorre através da obtenção de informação, que vem da leitura de livros, das aulas
expositivas, ou de pesquisa na Internet. A outra parte é conseguida pela resolução de problemas,
fazendo e experimentado. No entanto, o que se nota é um desbalanceamento entre essas duas
componentes, em que o lado construtivo da aprendizagem tem sido pouco privilegiado, em parte
pela ausência de tecnologia adequada e, principalmente, pelos custos envolvidos, acarretando uma
predominância de material educativo do tipo informacional (Papert, 1999).

Metodologias pouco adequadas, associadas a problemas técnicos, ansiedade na comunicação,


sobrecarga de informação e falta de feedback do professor dentre outros, são fatores responsáveis
pela frustração dos atores envolvidos em programas de educação baseados na Web (Harasim,
1996; Hara & Kling; 1999; Romani & Rocha, 2000). Segundo Santos (1999), as aplicações atuais
podem ser classificadas em seis modalidades:

• Aplicações hipermídia para fornecer instrução distribuída;


• Sites educacionais;
• Sistemas de autoria para cursos à distância;
• Salas de aula virtuais;
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• Frameworks para aprendizagem cooperativa; e


• Ambientes distribuídos para aprendizagem cooperativa.

A chamada "sociedade do conhecimento", segundo Valente (1996, p. 5-6) "exige um homem


crítico, criativo, com capacidade de pensar, de aprender a aprender, trabalhar em grupo e de
conhecer o seu potencial intelectual. Esse homem deverá ter uma visão geral sobre os
diferentes problemas que afligem a humanidade, como os sociais e ecológicos, além de
profundo conhecimento sobre os domínios específicos. Em outras palavras, um homem atento
e sensível às mudanças da sociedade, com uma visão transdisciplinar e com capacidade de
constante aprimoramento e depuração de idéias e ações”.

A Internet 2 com sua largura de banda, associada à tecnologia dos equipamentos de Imersão,
permite sonhar com uma aprendizagem em primeira pessoa, única forma de se acompanhar a forma
vertiginosa com que o conhecimento vem sendo produzido.

3) Educação, Tecnologia e Complexidade

Educar a distância, via rede, implica numa mudança de paradigma, que envolve indivíduos e
instituições. O aluno deve aprender a buscar o conhecimento de forma independente, propor
soluções, discutir e colaborar em grupo. Como se diz em Psicologia Cognitiva, não é o professor que
ensina, mas o aluno que aprende. Atuando como instrutor, mediador ou facilitador, cabe ao
professor despertar a fome do aluno (Rubem Alves, 1993, 1995 e 1996).

“A única coisa que realmente importa são os alunos. Os alunos são os construtores. E se eles
constroem, eles o fazem movidos pelo impulso mais profundo da alma humana, que é o
impulso para o prazer e para a alegria. Os saberes têm de estar a serviço da felicidade“. (Paulo
Freire, 1986)

Deve haver uma mudança de postura do professor. O seu trabalho consiste agora, na criação de
uma atmosfera, de um ambiente que estimule a participação do aluno. A ciência da complexidade
exige que se observe esse aluno como um Agente Autônomo (Stacey, 1996). Dos três movimentos
nas relações de ensino / aprendizagem; professor ensina aluno, aluno ensina professor e aluno ensina
aluno, é este último que deve ser priorizado em busca da construção de uma inteligência coletiva
(Lèvy, 1998).

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