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As 10 práticas sustentáveis são exemplos de fazendas que adotaram a agricultura

verde e já estão colhendo os benefícios dessa tecnologia.

As 10 práticas sustentáveis

1- INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA (ILPF)


É um sistema que combina o cultivo de espécies arbóreas comerciais, grãos,
forrageiras com a criação de animais em uma mesma área, de forma simultânea ou
sequencial, com o uso sustentável dos solos. Essa tecnologia proporciona a máxima
produção de alimentos, fibras e energia por unidade de área.
Segundo o especialista Ronaldo Trecenti, da Campo Consultoria e Agronegócios, de
Brasília (DF), a introdução da ILPF em propriedades rurais traz vantagens como:
* recuperação de pastagens degradadas;
* maior infiltração de água das chuvas no solo;
* maior retenção de água no solo;
* ciclagem de nutrientes;
* maior produção de forragem na entressafra;
* conforto térmico, que proporciona bem-estar animal;
* diversificação de atividades na propriedade;
* redução dos riscos climáticos e de mercado;
* melhoria de renda do produtor;
* redução da emissão de gases de efeito estufa;
* sequestro de carbono.
No sistema ILPF, as receitas das lavouras e da pecuária pagam as despesas de
implantação da floresta e, então, o produtor tem uma “poupança verde”, capaz de lhe
proporcionar uma renda líquida de aproximadamente R$ 30 mil por hectare ao longo
de nove a dez anos, sem considerar a receita com a venda de créditos de carbono.

2- PLANTIO DIRETO
Método de manejo em que a palha e os restos vegetais são deixados na superfície
do solo. A terra é revolvida apenas no sulco no qual são depositados sementes e
fertilizantes. As plantas infestantes são controladas por herbicidas. Não existe
preparo do solo, além da mobilização no sulco de plantio.
Desde 2001, o SPD brasileiro é indicado pela FAO (Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação) como modelo de agricultura.

3- DESCARTE DE EMBALAGENS
É a correta destinação final às embalagens vazias dos agrotóxicos utilizados na
agricultura. O agricultor deve lavar (tríplice lavagem ou lavagem de alta pressão),
inutilizar as embalagens e entregar a uma unidade de recebimento indicada pelo
revendedor na nota fiscal. As indústrias devem retirar as embalagens nas unidades
de recebimento e dar correta finalização (incineração ou reciclagem).
Segundo João César Rando, presidente do Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias, nos oito primeiros meses de 2011, 24.970 toneladas de
embalagens vazias de defensivos agrícolas foram entregues pelos produtores
brasileiros. Esse volume é 11% superior ao do ano passado.

4- RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
Degradação de pastagens é um processo evolutivo de perda de vigor e produtividade
forrageira, sem possibilidade de recuperação natural, que afeta a produção e o
desempenho animal e culmina com a degradação do solo e dos recursos naturais em
função de manejos inadequados. Causada por diversos fatores, dentre eles a má
escolha da espécie forrageira, a malformação inicial, a falta de adubação de
manutenção e o manejo da pastagem inadequado, a degradação precisa ser
revertida para garantir a produtividade e a viabilidade econômica da pecuária.
Pelo sistema tradicional, recuperar pastagens exige investimento em calcário,
fertilizantes, máquinas agrícolas e implementos. Recuperar completamente e com
eficiência custa, em média, R$1.500 por hectare.

5- RASTREABILIDADE
O rastreamento do gado é feito desde o nascimento até o abate. Gera um histórico
completo, que deve ser fornecido pelos fazendeiros ou certificadoras credenciadas
pelo Ministério da Agricultura. Data e local do nascimento, nome dos pais,
movimentação geográfica do animal, uso de produtos veterinários são algumas das
informações disponíveis.
A rastreabilidade é uma ferramenta de segurança alimentar, uma vez que permite
identificar a origem da carne e os processos utilizados em sua elaboração. Além
disso, reduz os riscos à saúde pública ao localizar geograficamente zoonoses
(doenças de animais transmitidas ao homem) e oferece segurança sanitária aos
rebanhos pecuários permitindo que enfermidades sejam rapidamente combatidas.

6- MANEJO DA ÁGUA
Reduzir a dependência das chuvas e ofertar produtos no mercado em épocas de
melhores preços – e ao longo de todo o ano – são benefícios da irrigação. Vantagens
que só se concretizam se a aplicação da água for compatível com a real necessidade
de cada cultura, já que esse bem tem se tornado mais escasso à medida que a
agricultura, a indústria e a população crescem.
Maior consumidor de água do planeta, o setor agrícola ora é algoz, ora é salvador
dos recursos hídricos. Do total demandado no Brasil, 69% vai para a irrigação de 4,6
milhões de hectares – e há potencial para chegar a 29,6 milhões. Sustentar essa
ampliação é o desafio do campo, que tem se valido dos avanços tecnológicos, além
de revisões constantes no modo de conduzir as lavouras, para maximizar a produção
e minimizar a utilização de água.

7- BIOENERGIA
O bagaço da cana passa por várias etapas durante o processo industrial antes de
produzir bioeletricidade – energia limpa, renovável e segura. A geração se destina a
abastecer a própria usina e o excedente costuma ser vendido para o sistema elétrico
nacional por meio de leilões do governo. Apesar de suas vantagens ecológicas,
apenas 2% do consumo de energia do país é suprido pela bioeletricidade. Até 2020,
o setor espera aumentar esse percentual para 15%, equivalente ao potencial de três
usinas de Belo Monte.
A cana é a matéria-prima do etanol, combustível limpo e renovável, cuja produção
nacional chega a 22 bilhões de litros. O país é considerado o segundo maior produtor
mundial . Perde para os Estados Unidos, que utilizam o milho para a mesma
finalidade. O etanol brasileiro reduz as emissões de gases de efeito estufa em mais
de 80% em substituição à gasolina.
84 milhões de toneladas de palha são deixadas nos canaviais brasileiros. Elas
teriam a capacidade de gerar energia para 13 milhões de residências, segundo
avaliações do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

8- MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP)


Implantado no país há 40 anos, o MIP é uma técnica que consiste em manter as
pragas abaixo do nível em que causam danos econômicos para as lavouras. O
controle é feito por diversas formas : por meio de insetos, uso de feromônios, retirada
e queima da parte do vegetal afetada, adubação equilibrada, poda e raleio etc. O
manejo é uma alternativa proposta pela comunidade científica para diminuir o uso de
agrotóxicos, que torna os insetos mais resistentes e causam contaminação dos
alimentos e do lençol freático quando aplicados indiscriminadamente.
R$ 260 milhões por ano é a economia que o MIP proporciona com redução de
perdas e custo de produção nas lavouras de soja, algodão, milho, trigo e feijão.
Apesar do sucesso, a tecnologia é empregada em apenas 10% da área plantada
de grãos no país

9- FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (FBN)


As bactérias da família Rhizobiaceae são as principais fixadoras desse elemento, que
atua em todas as fases da planta (crescimento, floração e frutificação) e fortalece os
vegetais contra pragas e doenças. Elas estão presentes nos plantios de cana e soja,
especialmente, e podem ser aplicadas na forma de inoculantes que aumentam a
produtividade no campo. A fixação biológica de nitrogênio substitui o emprego dos
fertilizantes minerais, produto que foi um dos pilares da Revolução Verde.

10- TRATAMENTO DE RESÍDUOS


Não é só o setor canavieiro que teve que achar destino correto para seus resíduos,
como a vinhaça, que poluiu rios e matou peixes no passado. Desde 2003, a
suinocultura investe no tratamento dos dejetos dos animais. A técnica mais eficiente
provém dos biodigestores. Nestes equipamentos ocorre a fermentação da biomassa
que dá origem ao biogás, usado na geração de energia, e no biofertilizante que tem
eficiência comprovada nas lavouras. Mas sua instalação exige investimento de R$ 50
a R$ 250 mil , conforme o modelo adequado para a criação.
Apenas 5% dos 50 mil suinocultores do país têm biodigestores em suas
propriedades. O preço é apontado como obstáculo para a implantação.

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