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1 – INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA.
2. OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA.
Concepção de ciência
Para Durkheim era necessário criar uma ciência (campo do conhecimento) que
pudesse explicar a vida do homem em sociedade de maneira cientifica, para tanto os
pesquisadores da sociedade deveriam seguir o exemplo de seus colegas das outras
ciências como a física, a química ou a biologia, e manter certa distância em relação aos
fatos estudados, resguardando a objetividade de sua análise. É preciso que o sociólogo
deixe de lado suas pré-noções, isto é, seus valores e sentimentos pessoais em relação ao
acontecimento a ser estudado, pois podem levar o sociólogo a uma analise parcial e
tendenciosa.
Durkheim aconselhava os sociólogos a encarar os fatos sociais como coisas, ou
seja, objetos que lhe sendo exteriores, deveriam ser medidos, observados, e comparados
independentemente do que os indivíduos envolvidos pensassem a seu respeito, por
exemplo, se vou estudar sociologicamente uma religião, não posso levar em conta a
minha fé particular e julgar esta outra religião de acordo com as minhas crenças, devo
ser, de acordo com Durkheim, imparcial, neutro, objetivo e cientifico.
Concepção de sociedade
Durkheim concebe a sociedade como uma totalidade formada por partes, assim
com o é o nosso organismo, somos constituídos por diversos órgãos ligados uns aos
outros, cada qual com uma função diferente: o cérebro, o coração, o estômago, o fígado,
os pulmões, etc. O bom funcionamento das partes reflete no bom funcionamento do
todo, e vice-versa.
Para nosso sociólogo, a sociedade também possuí seus órgão vitais, o que ele
chama de Instituições (O Estado, a Igreja, a família, a escola, etc.) , que seriam
responsáveis pela socialização do indivíduo, ou seja, é na família, na escola etc. que
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3) Generalidade ou geral: É social todo fato que é geral, que se repete em todos
os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles.
Normal: é aquele fato que não extrapola limites dos acontecimentos mais gerais
de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior
parte da população. Ex. natal, a amizade, o casamento, a família etc.
Patológico: é aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem
social e pela moral vigente. (ex. pedofilia, violência excessiva, ausência de leis)
Concepção de ciência
Com o objetivo de entender o capitalismo Marx produziu obras de filosofia,
economia e sociologia. Sua intenção, porém, não era apenas contribuir para o
desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica
e social, isto porque, não aceitou calado as misérias sociais produzidas pela sociedade
capitalista, que desde de sua época massacrava os trabalhadores com a pobreza e a
fome. Marx acreditava que o desenvolvimento capitalista não era de todo ruim, por
exemplo, a tecnologia poderia facilitar a vida das pessoas, no entanto, a maioria das
pessoas (os trabalhadores) que construíam as riquezas sociais, por mais que
trabalhassem, não desfrutavam das mesmas, isto ocorre ainda hoje, basta pensar, por
exemplo, quantos trabalhadores da famosa fábrica da Ferrari na Itália, possuem o carro
que fabricam??
Frente às injustiças modernas, Karl Marx assume o lado dos trabalhadores e
passa a lutar em prol de uma sociedade mais justa onde houvesse igualdade. Para
construir este sonho era necessário estudar muito, entender o funcionamento da
sociedade capitalista para propor a sua substituição por outra sociedade: a comunista.
Além disso, era necessário conscientizar os trabalhadores da possibilidade de
transformar o mundo, pois assim como hoje, os trabalhadores preocupados em
sobreviver só pensavam em si mesmos, neste sentido Marx passará toda a sua vida
escrevendo e lutando com os trabalhadores, participava de greve, protestos e divulgava
seus livros nas portas das fabricas.
O pensamento marxista procurará realizar uma crítica radical a esse tipo
histórico de sociedade, colocando em evidência suas injustiças, suas hipocrisias, seus
antagonismos e contradições. O aparecimento de uma classe revolucionária na
sociedade - o proletariado (os trabalhadores) - cria as condições para o surgimento de
uma nova teoria crítica da sociedade, que assume como tarefa teórica a explicação
crítica da sociedade e como objetivo final a sua superação, por conseguinte a construção
do comunismo.
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Concepção de sociedade
Para Marx, a realidade se apresenta enquanto uma síntese de inúmeras
determinações históricas, de forma que cada sociedade em um dado momento foi
construída particularmente por um turbilhão de fatores de cunho social, econômico,
político, cultural, etc... Seria impossível, portanto, compreender o ambiente social sem
buscarmos suas raízes históricas sob uma perspectiva global contendo todos os aspectos
do comportamento social.
A partir dessa visão é criado um método de compreensão da realidade
denominado materialismo histórico: este método busca apreender as contradições
inerentes ao funcionamento da sociedade, isto é, seu caráter dialético, partindo da
concepção de que, em última instância, nossa construção cultural e ideológica é produto
de nossas relações sociais de produção num dado estágio das forças produtivas.
Em outras palavras, nossas formas de pensar, de agir, nossa organização estatal,
as leis, a religião, a família, a educação etc., constituem uma esfera do comportamento
social determinada, que Marx dá o nome de SUPERESTRUTURA, ela é dividida entre
a estrutura jurídico-política (o Estado, o judiciário, a nossa Constituição) e a estrutura
ideológica (formada pelos aparelhos ideológicos de Estado: a família, a escola, a igreja.)
e através da superestrutura que adquirimos as idéias dominantes em nossa época. Isto
ocorre porque estas idéias são determinadas, em última análise, pela forma em que nos
organizamos para sobreviver (economia) o que Marx chama de INFRA-ESTRUTURA,
isto significa dizer que as idéias que temos sobre o mundo são formuladas a partir das
relações materiais e concretas de existência.
Além disso, questões como a objetividade científica ficaram para segundo plano.
Para Marx a ciência não dependia da objetividade mas de uma consciência crítica. Ao
invés de sugerir soluções para uma sociedade “doente”, Marx propunha um caminho
prático de ação política e um objetivo claro a ser por ela atingido. Substituiu a idéia de
“harmonia” pela de universalização dos interesses da classe burguesa, através do
Estado.
Ser marxista é não só aceitar o ideal comunista de uma sociedade sem classes e
sem propriedade privada, como também seguir seus pressupostos teóricos, procurar
exercer a crítica contundente do momento histórico em que se vive, buscar nele as
relações de exploração, opressão e exploração do homem pelo homem e transformar
essa crítica em posição ideológica e política. Ser marxista não é apenas uma questão
científica ou política. O marxismo também é uma ética baseada em princípios
dignificantes, independentemente de tudo o que se pensa sobre a maneira como
supostamente suas idéias foram colocadas em prática.
Concepção de ciência
O contraste entre o positivismo e a Sociologia compreensiva de Weber se
expressa, entre outros elementos, nas maneiras diferentes como cada uma dessas
correntes encara a história.
Ao contrario da visão positivista, Weber não acredita que a história seja um
mero processo universal da evolução percebido através do método comparativo. Para
ele, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades, o caráter
particular e específico de cada formação social e histórica contemporânea deve ser
respeitado. O conhecimento histórico, entendido como a busca de evidência, torna-se
um poderoso instrumento para o cientista social.
Weber combina duas perspectivas: a histórica, que respeita as particularidades
de cada sociedade, e a sociológica, que ressalta os elementos mais gerais de cada fase
do processo histórico. Na obra As causas sociais do declínio da cultura antiga, Weber
analisou, com base em textos e documentos, as transformações da sociedade romana
em utilização da mão-de-obra escrava e do servo da gleba, mostrando a passagem da
antigüidade para a sociedade medieval.
Entretanto, ele não achava que uma sucessão de fatos históricos fizesse sentido
por si mesma, por isso, propunha para esse trabalho o método compreensivo, ou seja,
um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares
das sociedades contemporâneas, permitindo ao cientista atribuir aos fatos esparsos um
sentido social e histórico.
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O tipo ideal
Para atingir a explicação dos fatos sociais, Weber propôs um instrumento de
análise que chamou de tipo ideal.
O tipo ideal de Max Weber corresponde ao que Florestan Fernandes definiu
como conceitos sociológicos construídos interpretativamente como instrumento de
ordenação da realidade. O tipo ideal é previamente construído e testado, depois aplicado
a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido. À medida que o
fenômeno se aproxima ouse afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode
identificar e selecionar aspectos que tenham interesse à explicação como, por exemplo,
os fenômenos típicos “capitalismo” e “feudalismo” .
O tipo ideal não é nenhum modelo perfeito a ser buscado pelas formações
sociais históricas nem mesmo qualquer realidade observável, ele é um instrumento de
análise científica, numa construção do pensamento que permite conceituar fenômenos e
formações sociais e identificar na realidade observada suas manifestações.