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ETAPAS DO PROCESSO DE

INVESTIGAÇÃO

Quivy, R. e L. van Campenhoudt, L.


(1992), Manual de investigação em
ciências sociais, Lisboa, gradiva.
Processo de investigação
• Escolha de um tema
• Subtema
Etapa 1: definição da pergunta de partida, ou seja, questão de
investigação/problema
Etapa 2: exploração
Etapa 3: definição da problemática
Etapa 4: construção do modelo de análise (conceitos e hipóteses)
Etapa 5: observação (implica pesquisa de terreno)
Etapa 6: análise das informações
Etapa 7: conclusões
Um trabalho científico é um trabalho planeado.
Permite:
• -Abordar problemas;
• -Explicar fenómenos;
• -Realizar descobertas;
• -Obter conclusões.

Requer:
• -Planeamento rigoroso
• -Estabelecimento de objetivos iniciais;
• -Seleção de uma metodologia de abordagem;
• -Faseamento do processo de investigação.

Implica:
-Enquadrar o problema sob a forma de uma questão para a qual não
conhecemos a resposta.
-Planear todo o processo de investigação que nos levará à
resposta/solução.
Proposta/TFM
• 1. qual é o argumento da dissertação? • 1. Manejável/exequível : Tópico
focado passível de ser tratado no
• 2. que contributo é que a dissertação e o tempo e espaço disponíveis.
projeto trazem para o corpo teórico e
projetual do conhecimento em • 2. Original: Deverá ser uma
arquitectura/urbanismo? contribuição original para o corpo
do conhecimento.
• 3.de que forma é que o argumento e os
contributos da investigação se relacionam • 3.Relevante: Tema e investigação
com a literatura existente sobre o tema ou oportunos e relevantes no
com exemplos/casos de referência panorama da arquitectura e da
concretos? sociedade contemporâneas.

• 4. como é que a estrutura da dissertação • 4. Interessante: Ter interesse


pode, de forma clara, conduzir o leitor pela para o investigador e para a
estrutura de raciocínio que está inerente à comunidade científica
investigação (da pergunta de partida às
reflexões finais/apresentação de uma
proposta de projecto)?
Fase da ruptura
Etapa 1- Definição da pergunta de
partida/problema(s)
Critérios a atender
• Qualidades de clareza/precisa e concisa, unívoca
• Qualidades de exequibilidade/ser realista
• Qualidades de pertinência/ estudo sobre o que existe; uma
verdadeira pergunta/intenção compreensiva ou explicativa; não
moralizadora ou filosófica

Outras condições
- remete para a realidade empírica
- deve ser verificado por via da observação
- remete para casos representativos
Questão:
De que modo um equipamento cultural pode contribuir para a inclusão
social e espacial de pessoas e grupos sociais com modos de vida distintos?

Como respostas provisórias a esta questão, formulámos as seguintes


hipóteses:
1. A inclusão no território em análise de um equipamento coletivo facilita a
proximidade e a convivência entre grupos sociais e culturais distintos.
2. A inclusão de um equipamento na área de intervenção procura promover o
acesso a atividades coletivas e culturais por parte das populações
desfavorecidas e excluídas face a eventos e iniciativas mais ligadas a uma
“cultura erudita”.
3. A implantação estratégica do novo equipamento coletivo vai estabelecer
uma “ponte” de ligação entre a zona norte da área de intervenção e o ponto
mais a Sul, aproximando pessoas e territórios.
Exercício 1
• Em grupos de 2-3 alunos
• Comece por formular o tema (e subtema)
(INDIVIDUALMENTE)
• Formule a pergunta de partida/problema
(INDIVIDUALMENTE)

• Teste esta pergunta em contexto de grupo (verificar


se é precisa, clara e se é compreendida por todos
da mesma forma)
• Verifique se ela possui as outras qualidades
• Caso seja necessário, reformule-a… e recomece o
processo.
Estrutura da proposta TFM
• TEMA (e eventualmente subtema)
• Título
Simples /Conciso / Claro / Original /informativo
Ou seja deve informar/esclarecer potenciais leitores e ser facilmente localizável
através de pesquisa bibliográfica
(pode ser construído a partir de palavras chave; não deve conter palavras
inúteis; não deve conter siglas e abreviaturas; não encerra com ponto final)
• Subtítulo –clarificar o assunto
(conjunto de palavras mais longo que o título, não deve ultrapassar o
dobro das palavras do título; completa o sentido, é autónomo)
• Exemplo: TÍTULO: CASALINHO DA AJUDA. O EQUIPAMENTO COMO
PONTE ENTRE CULTURAS
• SUBTÍTULO: O EQUIPAMENTO COLECTIVO, NO ÂMBITO DO PARQUE
DO RIO SECO
Estrutura da proposta TFM
1. O. Capa e índice
2. Objetivos/Finalidades/Propósitos (o que pretende analisar? Estudar?
Resolver?)
3. Questões de trabalho (se possível a principal; ver indicações sobre a
questão de partida)
4. Hipótese(s): respostas/soluções provisórias face ao problema
5. Estado da arte ou estado de conhecimentos;
6. Metodologia : indicação do método a utilizar; justificação e descrição da
metodologia a usar; desenho do estudo – tipo de investigação/estudo;
instrumentos de recolha e análise de informação; indicação e justificação
da amostra; indicação do material a mobilizar (fontes documentais e
outras)
7. Calendarização/Cronograma (descrição específica das tarefas e tempo
previsto de execução)
8. Estrutura do trabalho final de mestrado (índice provisório);
9. Listagem de referências e de bibliografia (material citado no documento)
Estado da arte / revisão da literatura
O que NÃO é
• -NÃO é um catálogo cronológico de todas as fontes e informação recolhidas;
• -NÃO é uma listagem de citações;
• -NÃO é uma análise SWOT ;
• -NÃO é uma síntese das disciplinas e conhecimentos adquiridos na universidade em
anos anteriores ;
• -NÃO é um balanço do que é que o candidato não sabe sobre o assunto

O que É:
• -É uma avaliação crítica e reflexiva de anteriores estudos, investigações e obras sobre o
tema da dissertação;
• -É uma levantamento, análise e discussão do conhecimento existente sobre a matéria
em estudo;
• -É uma sinopse dos argumentos de outros (construção de uma problemática de
investigação);
• -É uma exposição referenciada do raciocínio que justifica a pergunta de partida e a
escolha do argumento;
• -É um texto estruturado por ideias, referenciado nas principais fontes e bibliografia
primária
Estado da arte.
Etapas para a sua construção
1. Seleção de referências e fontes credíveis: Livros, artigos, informação da
internet, casos de estudo

2. Relação das referências com o tema e argumento da investigação

3. Organização:
i)Temática–fontes agrupadas por ideias , discutidos e confrontados pontos de vista
ii)Cronológica-fontes apresentadas por ordem temporal, salientando-se as alterações
de pontos de vista

4. Revisão dos argumentos, salientando diferentes posições conhecidas sobre o


assunto. Expõem-se as convergências e divergências, as controvérsias, consistências
e inconsistências de anteriores investigações

5. Mais tarde, deve estar incluída na estrutura de capítulos da dissertação/TFM mas


com um maior grau de desenvolvimento e profundidade.
Etapa 2- exploração
• Como proceder para obter uma certa qualidade de informação em
ordem à elaboração de uma problemática de investigação?
• Como explorar o terreno?

Procedimentos:
1. Leituras – permitem conhecer trabalhos relativos ao objecto de
análise (grelhas de leitura, fichas bibliográficas, fichas de leitura)

2. Entrevistas exploratórias – permitem descobrir novos elementos


de análise – contatos com a realidade

3. Outros procedimentos – ajudam a ter um contacto com a


realidade vivida pelos actores sociais- observação e análise
documental
Leituras
• Como ler?
• 1º passo: Escolha e organização de leituras
a) Critérios de escolha
- Ter uma boa pergunta de partida
- Seleccionar documentos com informação estatística, com elementos
de análise/interpretação, com perspectivas diferentes face ao
problema.
- Reflectir, tomar notas e trocar pontos de vista com…
b) Fontes a mobilizar: publicações periódicas, bases de dados, internet,
p.e.
B-ON (biblioteca do conhecimento online http://www.b-on.pt/a-b-
on-para/estudantes//,
RCAAP Repositório científico aberto http://www.rcaap.pt/

Dissertações, estatísticas…
• Alguns instrumentos de pesquisa bibliográfica

Catálogos das bibliotecas

Motores de busca (alguns exemplos:


http://www.elsevier.com;
http://scholar.google.pt)

Bases de dados
Fontes Estatísticas
› Eurostat
Detailed statistics on the EU and candidate countries.

› INE - Instituto Nacional de Estatística

› PORDATA

› OECD - Organization for Economic


Co-operation and Development (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico)
Outras fontes
• Internet
• Literatura cinzenta
• Enciclopédias e dicionários especializados (em
dada área científica)
• Monografias, dissertações
• Imprensa
• Objetos e vestígios materiais
• Iconografia: desenho, pintura, mapa, caricatura…
• Diapositivos, fotografia, discos, cassete, imagem
e som registados
Leituras
• 2º passo: Como ler?
A.
grelhas de leitura
Fichas bibliográficas
Fichas de leitura
B.
Resumos
Exemplo
Grelha de leitura

Ideias-conteúdo Tópicos para a Obs.


estrutura do texto
Ideias principais (articulações)
……..
…..
Exemplo - Ficha bibliográfica

Resumo:
Exemplo - Ficha de leitura
Título:

Autor:
Informações sobre o autor:
Ano: Nº de volume: Nº páginas: Editora: Cidade de
edição:
Colocação:
Resumo:
Em síntese, orientações

• 1. Identificar fontes de informação relevantes


para o tema;
• 2. Inventariar os documentos pertinentes,
anotando as referências:
• 3. recolher diferentes perspetivas
• 4.Ler e tirar notas
• 5. Confrontar documentos, ideias e pontos de
vista;
• 6.Trocar ideias com diferentes interlocutores.
Sugestão prática
1. Atendendo à sua pergunta de partida,
identifique os temas que estão mais
relacionados com a sua pergunta
2. Faça o registo preliminar desses temas
3. Consulte algumas pessoas informadas sobre
os temas
4. Proceda à pesquisa de documentos
disponíveis nas bibliotecas (clássicas e
eletrónicas)
Entrevistas exploratórias
A quem?
• Docentes, investigadores e peritos
• Informantes-privilegiados
• Público-alvo ou população-alvo
Como entrevistar?
• Explicitar os objectivos da entrevista
• Fazer um número restrito de perguntas
• Formular perguntas de modo aberto
• O entrevistador deve evitar implicar-se no conteúdo da entrevista
• Fazer a entrevista num ambiente e contexto adequados
• Gravar entrevistas
Como explorar as entrevistas exploratórias?
Sugestão prática
1. Atendendo à sua pergunta de partida,
identifique os temas que estão mais
relacionados com a sua pergunta
2. Faça o registo preliminar desses temas
3. Consulte algumas pessoas informadas sobre
os temas
4. Proceda à pesquisa de documentos
disponíveis nas bibliotecas (clássicas e
eletrónicas)
Exercício 2
• Estabelecer uma pequena lista de tópicos/assuntos- consulte bibliografia,
fale com docentes e investigadores
• Selecionar um tópico – discuta o mesmo com o potencial orientador e
decida qual o enfoque do estudo
• Estabelecer a questão/problema- consulte bibliografia e fale com
orientador
• Decidir quais os desígnios e objetivos do trabalho e formule 1 ou várias
hipóteses
• Elaborar um plano de trabalho – proposta final de mestrado em
articulação comos orientadores
(Título; Objetivos; Questões de trabalho / Hipótese; Estado do
conhecimento; Metodologia e calendarização; Estrutura do trabalho final de
mestrado; Listagem de referências e de bibliografia)
3ª etapa: Problemática ou estado
da arte (de conhecimentos)
• Objectivo: definir e explicitar uma problemática (abordagem ou perspectiva
teórica que se decide adotar para tratar o problema/ questão de partida)

• 3 momentos de elaboração:
1º “Fazer o balanço”(diferentes pontos de vista sobre o problema)

2º Definir uma problemática (inscrever a pesquisa numa perspectiva teórica já


existente e descrevê-la)

3º Explicitar uma problemática (expor os conceitos e relações entre conceitos –


sistema concetual organizado)

Problemas científicos: questões teóricas que carecem de uma resposta científica


válida.
Problemáticas teóricas: quadros teóricos/abordagens teóricas que permitem dar
uma resposta ao problema sob a forma de uma hipótese teórica (e de hipóteses
operacionais ou de sub-questões- no caso de estudos qualitativos).
Guião para construir a problemática- estado de
conhecimentos

• 1) Quais as diferentes abordagens do problema reveladas


pelas leituras?
• 2) Quais os diversos tipos de explicações patentes nas
entrevistas exploratórias – estes podem ser relacionados com
as abordagens teóricas?
• 3)Convergências e divergências entre abordagens teóricas e
informações obtidas nas entrevistas?
• 4)Qual a abordagem teórica mais adequada e pertinente
face ao problema em análise?
• 5) Quais os conceitos fundamentais deste quadro teórico ?
• 6? Qual a estrutura conceptual a expor/explicitar?
Exemplo extraído de Sara Preto
https://www.behance.net/gallery/28264637/WINExperience-Uma-Enoteca-em-Vila-Vicosa))

• Tema: Espaço e Sociedade


• Subtema: arquitectura de interiores e espaços
vivenciais
• Pergunta de partida/questão de investigação:
Na configuração de espaços de degustação e
exposição de vinhos, qual o contributo da
arquitectura de interiores, de modo a torná-
los atractivos e agradáveis a visitantes e
trabalhadores?
Exemplo (extraído de Preto,
https://www.behance.net/gallery/28264637/WINExperience-Uma-Enoteca-em-Vila-Vicosa)
• Construir uma Problemática
Antropologia do espaço; sociologia urbana, psicologia; Arquitectura de interiores, estudos
sobre a cor e a luz

Conceitos e teorias

Lefebvre (1974) afirma que não há uma correspondência directa entre o social e o espacial,
que considera demasiado simplista para definir um processo de produção de espaço, só por si
bastante complexo.
Distingue-se três dimensões em interacção dialéctica: prática social, representação do
espaço e espaço de representação. A prática social refere-se à produção e reprodução dos
lugares e conjuntos espaciais de uma sociedade, onde cada membro é dotado de uma
competência e de uma performance específicas que organizam as suas práticas sociais. A
representação do espaço está ligada às relações de produção e à ordem imposta por elas,
implicando conhecimentos, signos e códigos específicos. O espaço de representação aparece
associado ao quotidiano e ao vivido. “É o espaço dominado, portanto submetido, que tenta
modificar e apropriar a imaginação.” (Lefebvre, citado por Silvano, 2001: 45). A relação entre
estas três dimensões não tem uma fórmula definitiva, podendo intervir de forma diferente na
produção do espaço. “As relações entre estes três momentos – o percepcionado, o concebido,
o vivido – nunca são nem simples nem estáveis (...)” (Lefebvre, citado por Silvano, 2001: 46).
Exemplo (extraído de Preto, https://www.behance.net/gallery/28264637/WINExperience-
Uma-Enoteca-em-Vila-Vicosa

Edward Hall trabalha no interface entre a antropologia e a etologia, afirmando que a cultura implica
mundos sensoriais diferentes, logo, formas de viver o espaço distintas. Hall propõe o termo
proxémia, “(...) um neologismo que criei para designar o conjunto das observações e teorias
referentes ao uso que o homem faz do espaço enquanto produto cultural específico.” (Hall, 1986: 11)

Distância Íntima
• Envolve o contacto físico entre os corpos, conseguindo sentir-se a presença do outro indivíduo
pelo seu cheiro, calor, respiração e hálito (cheiro e sopro), e por uma visão geralmente
deformada, podendo tornar-se esta presença invasora.
Distância Pessoal
• É a distância que nos separa dos outros, pressupondo relações com pessoas próximas, amigos e
conversas pessoais; Modo próximo (45 a 75cm)
Distância Social
• Não há contacto físico, os traços pessoais já não são percepcionados e o tom de voz utilizado na
comunicação é normal. Marca uma posição de poder.
• Modo próximo (1.20 a 2.10 m) – é a distância utilizada em negociações impessoais, relações de
trabalho e reuniões informais, sendo que o modo próximo implica mais participação que o modo
longínquo.
• Distância Pública: Para falar em público, em conferências e palestras.
• Problema/questão de partida/de
investigação/questões de trabalho: questão
que carece de uma resposta válida através de
um percurso de investigação
• Problemáticas teóricas: quadros teóricos/
abordagens que permitem dar uma resposta
ao problema sob a forma de hipótese(s)
• Hipóteses: respostas/ soluções ao problema,
suscetíveis de confirmação/infirmação.

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