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Primeiros Socorros

Maria Luísa Muniz

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2019
EXPEDIENTE

Professor Autor
Maria Luísa Corrêa Muniz

Design Educacional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero

Diagramação
Izabela Cavalcanti

Coordenação
Manoel Vanderley dos Santos Neto

Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Terezinha Mônica Sinício Beltrão

Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação


Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil).

Junho, 2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

M963p
Muniz, Maria Luísa.
Primeiros Socorros: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância / Maria
Luísa Muniz. – 2.ed. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa,
2019.
137p.: il.

Inclui referências bibliográficas.


Material produzido em junho de 2017 através de convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil) e a Secretaria de Educação de Pernambuco.

1. Primeiros Socorros. 2. Acidentes. 3. Emergências. I. Muniz, Maria Luísa. II. Título.

CDU – 614.88

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6

1. Competência 1 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os Procedimentos de Atendimento Pré-


Hospitalar nos Casos De Acidentes ........................................................................................................ 7

1.1 Condutas gerais em primeiros socorros .....................................................................................................7

1.2 Desmaio ................................................................................................................................................... 10

1.3 Convulsão ................................................................................................................................................. 12

1.4 Fratura ...................................................................................................................................................... 13

1.5 Picada de animais peçonhentos............................................................................................................... 15

1.5.1 Insetos ................................................................................................................................................... 15

1.5.2 Aranha e escorpião ............................................................................................................................... 16

1.5.3 Cobra ..................................................................................................................................................... 16

2. Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento Pré-Hospitalar de


Emergência ........................................................................................................................................... 19

2.1 Hemorragia .............................................................................................................................................. 19

2.2 Queimadura ............................................................................................................................................. 21

2.3 Corpo estranho e asfixia .......................................................................................................................... 25

2.3.1 No olho .................................................................................................................................................. 25

2.3.2 No ouvido .............................................................................................................................................. 26

2.3.3 No nariz ................................................................................................................................................. 27

2.3.4 Objetos engolidos ................................................................................................................................. 27

2.4 Choque elétrico ........................................................................................................................................ 29

Conclusão ............................................................................................................................................. 32

Referências ........................................................................................................................................... 33

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 34

Maria Luísa Corrêa Muniz .............................................................................................................................. 34


Introdução
Olá, querido estudante!
Seja bem-vindo ao encantador mundo dos primeiros socorros!
Como estudante do curso Técnico em Segurança do Trabalho, você sabe que a maioria
dos acidentes podem ser evitados, entretanto, por diversos fatores, esses imprevistos continuam
acontecendo.
Sendo assim, no seu cotidiano laboral, esse profissional pode se deparar com situações
de urgência e emergência em que seja preciso aplicar medidas de primeiros socorros. Para que isso
seja possível, este profissional precisa saber fazer o uso adequado das técnicas de salvamento.
É isso que vamos aprender nesta disciplina! Você se apropriará do conhecimento teórico
necessário para por em prática as diversas técnicas de primeiros socorros.
Em nossa primeira semana de estudo, veremos quais os atributos e responsabilidades de
um prestador de socorro e como atuar em situações de desmaio, convulsão, fratura e picada de ani-
mais peçonhentos. Já na semana seguinte, aprenderemos qual a sintomatologia e as condutas em
casos de vítima acometida por hemorragia, queimadura, choque elétrico, corpo estranho e asfixia.
Não fique com medo e tenha sempre em mente que, com condutas, muitas vezes, sim-
ples, nós conseguimos diminuir o sofrimento de uma vítima, evitar complicações futuras e até mesmo
salvar vidas.
Vamos colocar a mão na massa?
Bons estudos!

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Competência 01

1. Competência 1 | Conhecer e Selecionar Adequadamente os Procedi-


mentos de Atendimento Pré-Hospitalar nos Casos De Acidentes

É com grande prazer que iniciamos agora a primeira semana da disciplina de primeiros
socorros!
Neste primeiro momento, vamos aprender medidas gerais às quais o socorrista deve estar
bem atento em uma cena de acidente, todos os cuidados que ele deve tomar, começando sempre
com a sua própria segurança. Além disso, veremos a atenção que se deve ter aos detalhes na cena
do acidente e, por fim, a assistência prestada à vítima.
Posteriormente, discutiremos acerca de algumas afecções como convulsão, desmaio, fra-
tura e picadas de animais peçonhentos. Vamos perceber como elas acometem o corpo humano, quais
os sinais e sintomas apresentados pela vítima e principalmente que conduta podemos tomar para
diminuir as consequências negativas.

Você já pensou no que poderia fazer ao deparar-se com uma pessoa que acabou
de ser picada por uma cobra ou que apresentou uma convulsão? Saberia como
agir nessas situações prestando os primeiros socorros?

São esses conhecimentos e muitos outros que vamos aprender nessa semana!

1.1 Condutas gerais em primeiros socorros

Para começarmos essa primeira semana, é importante sabermos que primeiros socorros
são procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo de vida, objeti-
vando manter seus sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.

Os SINAIS VITAIS são sinais cuja ausência ou alteração indicam grave irre-
gularidade no funcionamento do organismo. São eles: pressão arterial,
pulso, temperatura, respiração e dor.

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Competência 01

Sempre após as condutas de primeiros socorros terem sido realizadas, independente-


mente da condição da vítima, ou seja, por mais que ela aparente estar bem, é necessário orientá-la a
procurar um serviço especializado para que se realizem avaliações e exames mais aprofundados.
O salvamento de vítimas não será atividade frequente nas empresas e isso muitas vezes
pode gerar angústia e medo na hora de agir e até mesmo questionamentos sobre a capacidade indi-
vidual de conseguir resolver o problema.
Não se preocupe!
Apenas o fato de ligarmos solicitando o socorro, de providenciar ajuda, já é uma forma
de estar prestando atendimento à vítima. E como já dissemos, você aprenderá (e não se esquecerá)
condutas bastante simples e que podem salvar vidas.

A OMISSÃO DE SOCORRO e a FALTA DE ATENDIMENTO de primeiros socor-


ros eficiente são os principais motivos de mortes e danos irreversí-
veis nas vítimas de acidentes graves

Entretanto, apenas o espírito de solidariedade não é suficiente! O prestador de socorro


precisa dominar o conhecimento teórico e as técnicas de salvamento para poder prestar um atendi-
mento correto e eficiente. Um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais
a saúde da vítima.

PRESTADOR DE SOCORRO: Pessoa leiga, mas com o mínimo de conheci-


mento capaz de prestar atendimento à uma vítima até a chegada do so-
corro especializado.
SOCORRISTA: Titulação utilizada dentro de algumas instituições, sendo de
caráter funcional ou operacional, tais como: Corpo de Bombeiros, Cruz
Vermelha Brasileira, Brigadas de Incêndio, etc.

Em uma vítima, além dos sinais vitais, deve-se sempre observar os outros sinais, isto é,
tudo que se nota ao examinar uma vítima (exemplos: pele fria, palidez e hematomas). Ademais, é

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Competência 01

preciso atentar para os sintomas, que são as informações que a vítima fornece sobre si mesma (exem-
plos: náuseas e tonturas).
Observe as condutas gerais que o prestador de socorro sempre deve seguir:
• Checar se há condições seguras para a prestação do socorro e que não ofereçam riscos.
É imprescindível muita atenção nesta etapa, pois a segurança do prestador de socorro
precisa estar em primeiro lugar para não haver o risco de que ele venha a ser mais uma
vítima;
• Avaliar o local do acidente;
• Manter a calma para organizar as ideias e conseguir atuar;
• Transmitir tranquilidade, confiança e segurança aos acidentados, sempre informando
que o serviço especializado está a caminho;
• Ligar para um atendimento especializado, como o SAMU que visualizamos a ambulân-
cia na imagem abaixo (SAMU – 192, bombeiros – 193 e polícia - 190);

Figura 01 - Ambulância do SAMU


Fonte: http://www.e-farsas.com/samu-informa-acrescente-aa-emergencia-no-seu-celular.html
Descrição: a imagem mostra uma ambulância do SAMU, nas cores vermelho e branco e com sirene, parada em um esta-
cionamento.

• Usar os conhecimentos e técnicas adquiridos sobre primeiros socorros;


• Agir rapidamente, porém dentro de seus limites e sem “pular” etapas;
• Aceitar e até mesmo solicitar a colaboração de outras pessoas. Em muitas situações
será complicado agir sozinho;
• Saber improvisar, com os recursos disponíveis;
• Afastar os curiosos.
Perceba que, em primeiros socorros, nunca utilizamos medicamentos e as condutas

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Competência 01

invasivas não fazem parte das técnicas que aprenderemos!


A NR 7 – PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) traz uma seção
que trata dos primeiros socorros e deixa claro que os estabelecimentos deverão estar equipados com
material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da ativi-
dade desenvolvida. É importante manter esse material guardado em local adequado e sob os cuida-
dos de pessoa treinada para utilizá-lo.

Mas que material seria esse? Caso você precisasse realizar um atendimento o que
acha que seria necessário conter em uma caixa de primeiros socorros?

É importante que não falte algodão, gaze, esparadrapo, compressa de gaze, curativos
adesivos, tesoura, atadura, soro fisiológico, luvas, manta térmica, termômetro e talas para imobiliza-
ção, de tamanhos variados.

Figura 02 - Caixa de primeiros socorros


Fonte: http://www.brasilmergulho.com/port/artigos/2006/003.shtml
Descrição: a imagem mostra uma maleta vermelha com gaze, esparadrapo, algodão e outros materiais para prestação de
primeiros socorros.

1.2 Desmaio

Alguma vez na vida você já apresentou a seguinte sintomatologia: escurecimento


da visão, suor abundante, palidez, falta de forças, relaxamento muscular, pulso
fraco, respiração superficial e perda da consciência?

A maioria das pessoas ou já apresentou o desmaio propriamente dito ou pelo menos uma
sensação que de que estaria prestes a desmaiar.
O desmaio é a perda dos sentidos, o desfalecimento que geralmente não ultrapassa uns

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Competência 01

cinco minutos. É provocado por fatores emocionais, falta de glicose ou oxigênio no cérebro. Dentre
as causas desse fenômeno, podemos citar o excesso de calor, a fadiga e o jejum prolongado.
Condutas em situação de desmaio:
• Afaste a vítima de local que proporcione perigo, como escadas e janelas;
• Deite-a de barriga para cima e eleve as pernas acima do tórax, para que a cabeça fique
mais baixa em relação ao restante do corpo e o cérebro receba um aporte sanguíneo
maior, como se observa na imagem a seguir;

Figura 03 - Conduta em situação de desmaio


Fonte: http://homecareidosos.blogspot.com/2012/11/desmaio-primeiros-socorros.html
Descrição: a imagem mostra um prestador de socorro colocando as pernas de uma vítima, que está deitada no chão de
barriga para cima, em cima de uma cadeira.

• Lateralize a cabeça da vítima para facilitar a respiração e evitar a aspiração de secre-


ções;
• Afrouxe as roupas da vítima e mantenha o local arejado;
• Após recobrar a consciência, oriente a vítima a permanecer pelo menos 10 minutos
sentada, antes de ficar em pé, para evitar um novo desmaio;
• Sacudir a vítima e jogar água sobre ela são desnecessários.

Caso a vítima não recupere os sentidos, faça uma papa com pouca água e
muito açúcar e coloque abaixo de sua língua.

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Competência 01

1.3 Convulsão

É comum já termos ouvido histórias, assistido em vídeos ou na televisão pessoas convul-


sionando. Em uma convulsão ocorrem inúmeras contrações involuntárias de vários músculos do
corpo, causadas por alterações nas funções cerebrais. Geralmente têm início súbito, baixo índice de
mortalidade durante as crises e não duram mais do que cinco minutos.
As causas mais comuns são a epilepsia e altas temperaturas em crianças, mas também
pode ser causada por desidratação grave, tumores cerebrais, hipoglicemia severa e intoxicação ou
reação a medicamentos.
Os sinais e sintomas da convulsão são → sensação de “dejà vu”, inconsciência, perda da
memória, contrações musculares intensas, dentes cerrando, grande produção de saliva e pode ocor-
rer vômito, urina e defecação.

A sensação de dejà vu é quando locais estranhos se tornam familiares ou


quando a vítima sempre que sente um gosto ou cheiro estranho já sabe
que vai convulsionar.

Condutas em situação de convulsão:


• Deitar a vítima para evitar quedas e traumas;
• Remover objetos da vítima e do ambiente para evitar que ela se machuque;
• Proteger a cabeça com as mãos, travesseiros ou panos;
• Lateralizar a cabeça com o objetivo de drenar secreções e promover melhor abertura
das vias aéreas;
• Afrouxar roupas, arejar o ambiente e afastar curiosos;
• Reduzir a estimulação sensória, como luzes e barulhos;
• Permitir que a pessoa descanse após a crise;
• Não colocar a mão (dedos) e sal na boca da vítima;
• Não imobilizar os membros.
• Não oferecer água e alimentos logo após a crise.

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Competência 01

Gostou da temática convulsão? Vamos ampliar um pouco mais o conheci-


mento acessando os links destes vídeos abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=c6INfcHX6-E
https://www.youtube.com/watch?v=AMTPs_-NXyg

1.4 Fratura

É o rompimento total ou parcial de qualquer osso que geralmente é causado devido à


queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o osso suporta. O primeiro socorro
consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão.
A fratura pode ser classificada em:
• Fechada ou interna – sem exposição óssea, a pele fica intacta.
• Aberta ou exposta – o osso está ou esteve exposto, atravessou a pele.
Uma vítima de fratura pode apresentar a seguinte sintomatologia → deformações,
edema, espasmo da musculatura, feridas, dor à manipulação, crepitação óssea, incapacidade de mo-
vimentação, diminuição da sensibilidade e dormência ou formigamento, palidez e redução da tem-
peratura no membro afetado.

EDEMA: acúmulo anormal de líquido nos tecidos do corpo, popularmente


chamado de inchaço.
ESPASMO DA MUSCULATURA : contração involuntária e súbita de um mús-
culo.
CREPITAÇÃO ÓSSEA: estalido provocado por ossos fraturados.

Condutas em situação de fratura:


• Evitar movimentar a área fraturada;
• Expor a zona da lesão (desapertar ou se necessário cortar a roupa);
• Checar a presença de pulso e sensibilidade próximos ao local;
• Aplicar compressa fria (reduz o edema, a dor e a progressão do hematoma);
• Controlar eventual hemorragia antes de iniciar a imobilização;
• Imobilizar a região com tala moldável e atadura. O aparelho de imobilização deve

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Competência 01

atingir as duas articulações próximas à fratura (acima e abaixo), para evitar qualquer mo-
vimento da parte atingida. Amarre as talas com ataduras de forma firme, mas sem aper-
tar;
• Observar a pulsação nas extremidades dos membros, para verificar se a tala não ficou
muito apertada impedindo a circulação;
• Não tentar colocar o osso no lugar;
• Não oferecer alimento ou água à vítima, pela possibilidade de cirurgia;
• Encaminhar ao atendimento hospitalar.
Abaixo observamos imagens que demonstram como realizar algumas imobilizações.

Figura 04 - Imobilização do braço


Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2016/06/fraturas-sinais-e-sintomas-o-que-deve.html
Descrição: a imagem mostra uma criança em dois momentos. No primeiro demonstrando a aproximação de uma tala
gessada e uma pano para realizar uma imobilização de braço e no segundo a imobilização feita tendo o pano passado
pelo pescoço e envolvido o braço sustentando a tala.

Figura 05 - Imobilização da mão e do antebraço


Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2016/06/fraturas-sinais-e-sintomas-o-que-deve.html
Descrição: a imagem mostra um braço em três momentos. No primeiro o braço está apoiado sobre um suporte rígido, no
segundo panos envolvem o braço e o suporte em três pontos e no terceiro a imobilização está pronta com o braço devi-
damente fixado no suporte rígido por panos amarrados em três alturas diferentes.

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Competência 01

Figura 06 - Imobilização da perna


Fonte: http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2016/06/fraturas-sinais-e-sintomas-o-que-deve.html
Descrição: a imagem mostra duas formas de imobilizar uma perna com material rígido e panos. Na primeira forma a
imobilização é mais completa abordando toda a extensão do membro e na segunda a imobilização vai até a altura do
joelho.

Que tal conhecer um pouco da realidade de situações de fraturas em um


ambiente de trabalho? Acesse o link abaixo e faça a leitura do artigo cien-
tífico “Acidentes e agravos à saúde dos idosos nos ambientes de traba-
lho”.
http://www.facenf.uerj.br/v17n3/v17n3a02.pdf

1.5 Picada de animais peçonhentos

Muitas espécies de animais, que povoam a flora brasileira, são dotadas de mecanismos
de defesa que têm peçonhas ou venenos. O veneno desses animais pode causar dor, intoxicação e,
se não houver socorro, morte.

1.5.1 Insetos

A vítima geralmente apresenta no local da picada dor, coceira, edema e pápulas. Em casos
mais graves, as reações podem assumir um caráter sistêmico com a presença de edema das vias res-
piratórias e consequente insuficiência respiratória.
As condutas indicadas seriam retirar o ferrão com uma pinça e aplicar gelo no local. Aten-
ção especial aos casos de picadas múltiplas, pessoas alérgicas e picadas na boca ou garganta (pelo
risco de asfixia), que necessitam de cuidados especiais e encaminhamento a serviços especializados.

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Competência 01

PÁPULAS: pequenas elevações sólidas e limitadas na pele.


ASFIXIA: dificuldade ou incapacidade de respirar.

1.5.2 Aranha e escorpião

O acidentado pode apresentar náusea, vômito, dor, dormência local, edema e suor abun-
dante. É importante que ele seja mantido em repouso e seja transportado a uma unidade de saúde
para aplicação do soro específico, caso seja necessário. A gravidade do acidente está diretamente
relacionada à proporção entre a quantidade de veneno injetado e a massa corporal do indivíduo pi-
cado.
Se possível, levar ao serviço de saúde o animal que causou o acidente para identificação.

Figura 07 - Escorpião
Fonte: https://www.blogodorium.com.br/significado-de-sonhar-com-escorpiao/
Descrição: a imagem mostra um escorpião marrom em um terreno arenoso.

1.5.3 Cobra

As picadas de cobras geralmente são reconhecidas pela marca dos dentes na pele, pela
dor e pelo edema que surgem no local atingido. Toda picada de cobra, mesmo sem qualquer sintoma,
merece atendimento médico.

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Competência 01

Figura 08 - Cobra
Fonte: https://www.dailymail.co.uk/news/article-1370494/Bronx-Zoo-cobra-Deadly-Egyptian-snake-escapes-loose-
New-York-City.html
Descrição: a imagem mostra uma cobra marrom em um terreno arenoso.

Condutas em situação de picada de cobras:


• Manter a vítima calma e em repouso (para dificultar a circulação e absorção do ve-
neno);
• Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de edema
do membro afetado;
• Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
• Realizar um curativo ou cobrir o local com um pano limpo;
• Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro
antiofídico;
• Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro
específico. Não se arrisque ou perca tempo caçando o animal.
• Não remover o veneno por meios mecânicos, nem cortar o local da ferida, para fazer
sangria;
• Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue, isso pode causar morte do
tecido local e não é eficaz;
• Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois poderá provocar infecção.
Estamos concluindo agora a primeira semana da disciplina de primeiros socorros. Agora
vocês estão aptos para prestar atendimento às vítimas de desmaio, convulsão, fraturas e picadas de
animais peçonhentos. Foi possível demonstrar que com condutas muito simples podemos modificar
a cena de um acidente, minimizar agravos e promover qualidade de vida para as vítimas.

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Competência 01

Agora estudante vá ao AVA e assista a videoaula desta semana! Vamos


ensinar o passo a passo que um socorrista deve seguir ao encontrar uma
vítima aparentemente desacordada. Falaremos sobre parada cardiorres-
piratória e todos os seus detalhes e atualizações.

18
Competência 02

2. Competência 02 | Utilizar os Acessórios e Técnicas para o Atendimento


Pré-Hospitalar de Emergência

Nesta segunda semana da disciplina de primeiros socorros vamos conhecer mais algumas
situações que podem acometer um trabalhador durante a sua jornada de trabalho.

Certamente você já sofreu uma queimadura ou uma hemorragia ou presenciou


esse acontecimento com um conhecido. E agora? Quais as atitudes adequadas
nessas situações? O que podemos fazer para ajudar?

Aprenderemos afecções como hemorragia, queimadura, corpo estranho no olho, no ou-


vido, no nariz, objetos engolidos que causam asfixia e choque elétrico. Vamos entender quais as cau-
sas, os sinais e sintomas desses problemas e aprender as condutas que devemos tomar em cada caso.

2.1 Hemorragia

É a perda de sangue decorrente do rompimento de um vaso sanguíneo. É importante que


uma situação de hemorragia seja controlada imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não
controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
A hemorragia pode ser classificada quanto ao tipo de vaso que foi acometido em:
• Arterial – sangramento em jato de coloração vermelho vivo.
• Venosa – sangramento lento e contínuo de coloração vermelho escuro.
• Capilar – sangramento contínuo e discreto.
A hemorragia também pode ser classificada em:
• Externa – o local do sangramento é visível através de solução de continuidade da pele
e tecidos.
• Interna - rompimento de um vaso dentro do corpo, sem solução de continuidade.
Os sinais e sintomas que a vítima pode apresentar são → pulsação acelerada e fina, dimi-
nuição da temperatura, nível de consciência variável, palidez de pele e mucosas, pele fria, extremi-
dades arroxeadas, sede e tontura.
Condutas em situações de hemorragia externa:
• Proteja suas mãos com luvas;

19
Competência 02

• Se possível, mantenha o local do ferimento em posição mais elevada, acima do nível


do coração e faça compressão, com um pano limpo, como se observa na imagem abaixo;

Figura 09 - Compressão em hemorragia


Fonte: http://cadernoedf.blogspot.com/2016/03/ferimentos-e-hemorragias.html
Descrição: a imagem mostra apenas os braços e as mãos de uma vítima e de um prestador de socorro. Este está com
luvas e eleva o braço da vítima ao mesmo tempo que comprime um ferimento na altura do punho.

• Se o primeiro pano encharcar rapidamente, coloque outro por cima, facilitando assim
a coagulação e diminuindo o risco de infecção;
• Quando a vítima parar de sangrar, faça um curativo compressivo (cubra o ferimento
com gaze e enrole firmemente com atadura, permitindo a circulação do sangue);
• Se a compressão não for suficiente para estancar sangramentos intensos nos
membros, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso,
impedindo a passagem de sangue para a região afetada;
• Corpos estranhos não devem ser retirados dos ferimentos;
• Nunca aplique substâncias da medicina caseira.
• Condutas em situações de hemorragias internas:
• Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais;
• Coloque compressas frias no local da hemorragia (onde a vítima indicar que sente dor
ou onde foi o trauma);
• Agilize o encaminhamento para o atendimento hospitalar;
• Não ofereça alimentos, nem líquidos à vítima.

Vocês já ouviram falar em epistaxe? E em torniquete? Vamos agora


assistir a primeira videoaula desta segunda semana para conhecer e
discutir esses termos!

20
Competência 02

2.2 Queimadura

Você já parou para pensar qual é o maior órgão do corpo humano?

A resposta é a pele!
Muitas vezes não pensarmos nela como um órgão e não imaginamos que ela tem funções
importantíssimas para o funcionamento do organismo como por exemplo: proteção contra infecções,
percepção da sensibilidade, excreção de resíduos, metabolismo da vitamina D, manutenção da tem-
peratura corporal e da imagem corporal.
Com posse desse conhecimento fica mais fácil entendermos que uma lesão, como a quei-
madura, neste tecido de revestimento, pode gerar consequências bem graves no funcionamento do
nosso corpo.
As queimaduras podem ser classificadas quanto ao seu agente causal em: físico (tempe-
ratura, eletricidade, radiação), químico (ácidos, álcool) e biológico (lagarta, água-viva, urtiga).
A pele se subdivide em três camadas, como pode ser observado na imagem a seguir, são
elas: epiderme, derme e subcutâneo ou hipoderme.

Figura 10 - Camadas da pele


Fonte: http://guiadamulherde30.blogspot.com/2014/05/hidratante-ou-oleo-corporal-qual.html
Descrição: a imagem mostra a estrutura microscópica da pele através de um corte transversal, onde indica que a camada
mais superficial é a epiderme, a camada intermediária é a derme e a camada mais profunda a hipoderme.

21
Competência 02

A gravidade de uma queimadura vai depender do agente causador,


da área do corpo atingida, da extensão e da profundidade alcança-
das.

A queimadura pode ser classificada quanto ao grau em:


• 1º grau – Atinge somente a epiderme.
Apresenta dor local, vermelhidão e edema da área atingida.

Figura 11 - Queimadura de 1º grau


Fonte: http://amarcuidando.blogspot.com.br/2012/07/queimaduras-1-2-e-3-grau.html
Descrição: a imagem mostra as costas de uma mulher muito vermelha e com marca de biquíni.

• 2º grau – Atinge a epiderme e a derme.


Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas. É uma lesão úmida.

Figura 12 - Queimadura de 2º grau


Fonte: http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Atendimento+ao+paciente+Grande+Quei-
mado01052017.pdf/5e0809e4-f671-4589-bdee-18ee95ad1d97
Descrição: a imagem mostra uma mão com bolhas e áreas de lesão úmida onde as bolhas já se romperam.

22
Competência 02

• 3º grau – Atinge epiderme, derme e hipoderme.


Apresenta aspecto duro, esbranquiçado, amarelado ou marrom e perda da sensibilidade
local.

Figura 13 - Queimadura de 3º grau


Fonte: http://www.misodor.com/QUEIMADURAS.html
Descrição: a imagem mostra uma mulher deitada em uma maca com as regiões de tórax, abdome, e parte do braço
esquerdo com lesões amareladas e esbranquiçadas.

• 4º grau – Atinge ossos e músculos.


Perda da sensibilidade local.

Figura 14 - Queimadura de 4º grau


Fonte: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fslideplayer.com.br%2Fslide%2F390936%2F3%2Fima-
ges%2F27%2FQUEIMADURA%2BDE%2BIV-%2BGRAU.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fconsidi.festa-de-casamento.info%
2Fbr%2Fqueimadura-4-grau-primeiros-socorros.aspx&docid=0EDhC0U97rWbwM&tbnid=VU02qiPEOU94bM%3A&vet=
1&w=960&h=720&hl=PT&bih=638&biw=1438&ved=2ahUKEwiY1dmtmLnhAhVaILkGHfSHBDQQxiAoBHoECAEQGA&iact
=c&ictx=1
Descrição: a imagem mostra um rapaz deitado em uma maca com as regiões de tórax, abdome, e braço direito com lesões
pretas, carbonizadas.

A queimadura pode ser classificada quanto a sua extensão em:


• Baixa – menos de 15% da superfície corporal atingida.
• Média – entre 15 e 40% da superfície corporal atingida.

23
Competência 02

• Alta – mais de 40% da superfície corporal atingida.


Determinamos a superfície corporal queimada através da regra dos nove, onde dividimos
o corpo em segmentos que valem nove ou múltiplos de nove, no final a superfície corporal totalizará
100%. Dessa forma podemos contabilizar e ter uma melhor noção da extensão do corpo que foi atin-
gida. A imagem abaixo mostra como ficaria a divisão do corpo de acordo com a regra dos 9.

Figura 15 - Regra dos nove


Fonte: http://www.misodor.com/QUEIMADURAS.html
Descrição: a imagem mostra o corpo humano de frete e depois de costas e o subdivide em múltiplos de 9 até totalizar
100%. O rosto equivale a 9%, cada face de um braço 4,5% (ou seja, um braço inteiro vale 9%), o tórax 9%, o abdome 9%,
metade das costas 9%, a outra metade das costas com o glúteo mais 9%, a região da genitália 1% e cada face de uma
perna 9% (ou seja, uma perna inteira vale 18%).

Entendeu a regra dos nove? Ficou com dúvidas? Vamos agora dar
uma olhadinha na segunda videoaula desta semana que explicarei
detalhadamente como colocar em prática essa regra.

Condutas em situações de queimadura:


• Afastar a vítima da origem da queimadura;
• Resfriar a lesão com água em temperatura ambiente (limita o edema e a lesão teci-
dual). Apenas em pequenas queimaduras, pois o frio pode provocar quedas de tempera-
tura;
• Proteger o paciente com lençóis limpos ou cobertores, em queimaduras extensas de-
vido à queda de temperatura;

24
Competência 02

• Remover relógio, pulseira anel e as vestes da vítima (se não estiverem aderidos a pele);
• Nunca utilizar remédios caseiros como manteiga, café, pasta de dente ou pomadas,
pois estas substâncias podem agravar a lesão, promover a infecção e dificultar a avaliação
da equipe especializada;
• Não estourar as bolhas;
• Não aplicar gelo no local.

Em casos de queimaduras com substâncias químicas, retire as rou-


pas contaminadas e lave o local com água abundante sem fazer fric-
ção no local.
Obs: cuidado com as substâncias que regem com água.

2.3 Corpo estranho e asfixia

Os corpos estranhos são objetos que penetram no organismo através de qualquer um dos
seus orifícios. É um tipo de acidente muito comum!

Você se lembra de alguma história de uma pessoa que teve um inseto vivo dentro
do ouvido ou uma criança que engoliu uma moeda ou teve um caroço de feijão no
nariz?

Todas essas são situações de corpos estranhos! Agora vamos aprender a como atuar nes-
ses agravos.

2.3.1 No olho

Condutas em situação de corpo estranho no olho:


• Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou água no olho atingido, como se observa na
imagem a seguir;

25
Competência 02

Figura 16 - Condutas em casa do corpo estranho no olho


Fonte: http://laboratoriosescolares.net/sites/default/files/2010_ME_Manual_primeiros_socorros.pdf
Descrição: a imagem mostra primeiro uma criança com um curativo oclusivo no olho direito e depois uma mulher despe-
jando água no olho da criança que está apoiada em uma pia.

• Se isso não resolver, cubra os dois olhos com gazes, sem apertar, e procure a assistên-
cia especializada. Na imagem acima observamos como deve ser feita a oclusão de um
olho;
• Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra os dois olhos e procure
a assistência especializada;
• Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exem-
plo, um copo);
• Não esfregue ou aperte os olhos;
• Não tente retirar o corpo estranho com o dedo, algodão, cotonete ou qualquer outro
objeto.

Para saber ainda mais sobre corpos estranhos no olho recomendo que
façam a leitura do artigo científico indicado no link abaixo. Boa leitura!
http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/194.pdf

2.3.2 No ouvido

Condutas em situação de corpo estranho no ouvido:

26
Competência 02

• Pingue algumas gotas de óleo mineral no canal auditivo e depois vire a cabeça para
que o objeto possa escorrer para fora;
• Se não der certo, procure a assistência especializada;
• Não tente retirar objetos profundamente introduzidos;
• Não coloque nenhum instrumento no canal auditivo;
• Não bata a cabeça para que o objeto saia, a não ser que seja um inseto vivo;
• Em caso de inseto vivo, acenda uma lanterna em ambiente escuro, bem próximo ao
ouvido.

2.3.3 No nariz

Condutas em situação de corpo estranho no nariz:


• Oriente a vítima a assoar o nariz;
• Instrua a vítima a respirar somente pela boca;
• Se o objeto não sair, procure a assistência especializada;
• Não introduza nenhum instrumento nas narinas.

2.3.4 Objetos engolidos

Condutas em situação de objetos engolidos:


• Estimule a vítima a tossir com força;
• Não tente retirar objetos da garganta;
• Objetos com arestas e pontas gerando dor, oriente procurar o serviço especializado.

Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar é sinal de


que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa
que há asfixia.

Em caso asfixia, deve-se realizar a Manobra de Heimlich!

27
Competência 02

Nesta manobra a cabeça da vítima deve estar mais baixa que o peito e o tórax inclinado
para frente. O prestador de socorro fica atrás da mesma e envolve seus braços ao redor da cintura
dela em um posicionamento acima do umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarra-se com um dos
pulsos e com a outra mão faça quatro rápidos puxões para cima. Os posicionamentos adequados na
manobra de Heimlich podem ser observados na imagem abaixo.

Figura 17 - Manobra de Heimlich


Fonte: http://blog.iafarma.com/2013/02/obstrucao-da-via-aerea-manobra-de.html
Descrição: a imagem mostra um homem com as mãos na altura da garganta e posicionado por trás dele um prestador de
socorro que envolveu a vítima com os braços na altura de sua cintura.

Entendeu como se realiza a Manobra de Heimlich? Ficou com dúvida?


Acesse a terceira vídeo aula desta semana e observe detalhadamente
como realizá-la

Se a manobra não funcionar, o socorrista tem que ter a consciência de que está diante de
uma vítima asfixiada e este quadro pode evoluir para uma parada respiratória. Sendo assim, e em
último caso, só resta realizar ventilações, como única alternativa para salvar a vida.

Nunca ofereça água ao asfixiado, na esperança de fazê-lo engolir o


corpo estranho.

28
Competência 02

2.4 Choque elétrico

É a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como um condutor.


Pode não causar nenhuma consequência mais grave além do susto, porém também pode causar
situações como queimadura, traumatismo, parada cardiorrespiratória, asfixia ou até mesmo a morte.
A extensão e gravidade das lesões causadas pelo choque elétrico vão depender da inten-
sidade da corrente elétrica, da duração do choque e do caminho percorrido pela eletricidade ao longo
do corpo (do ponto onde entra até o ponto onde ela sai).

O pior choque é quando uma corrente elétrica entra por uma mão e sai
pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance
de afetar o coração e a respiração. Se fizerem parte do circuito elé-
trico, o dedo polegar e o dedo indicador de uma mesma mão, ou uma
mão e um pé, o risco é menor.

Em ambientes de trabalho, as principais causas são → falta de segurança nas instalações


elétricas e equipamentos (fios desencapados, falta de aterramento elétrico, parte elétrica de um mo-
tor em contato com sua carcaça), imprudência, indisciplina, ignorância e acidente.
Os sinais e sintomas que a vítima pode apresentar são → mal estar, náusea, cãibras, dor-
mência, formigamento, ardência, falta de sensibilidade, pontos luminosos na visão, dor de cabeça,
falta de ar e ritmo cardíaco irregular.
Condutas em situação de choque elétrico:
• A primeira coisa a ser feita é interromper imediatamente o contato da vítima com a
corrente elétrica;
• Desligar o interruptor ou chave elétrica;
• Se não for possível, afastar o fio ou condutor elétrico com um material não condutor
bem seco como pedaço de madeira, cabo de vassoura, pano grosso, como é possível notar
na imagem a seguir;

29
Competência 02

Figura 18 - Como retirar a corrente do contato com a vítima


Fonte: http://www.cfae.com.br/noticias/noticias44.htm
Descrição: a imagem mostra um homem no chão com um fio passando por cima dele e um outro com um pedaço de
madeira retirando este fio de cima do primeiro.

• Se não for possível, retirar a vítima do contato, sem lhe tocar a pele, usando material
não condutor, como na figura a seguir.

Figura 19 - Como retirar a vítima do contato com a corrente


Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23263
Descrição: a imagem mostra um homem no chão com o braço esquerdo por cima do fio de um ventilador e uma mulher
em cima de uma superfície não condutora e com um cabo de vassoura na mão retirando o braço do homem de cima do
fio do ventilador.

Jamais toque em uma vítima de choque elétrico até ter certeza de


que você não corre o risco de levar um choque.

30
Competência 02

Sugiro que para ampliar os conhecimentos vocês façam a leitura de um


artigo científico que relata um estudo sobre os efeitos da eletricidade
com enfoque na saúde e segurança do trabalho. É só acessar o link
abaixo:
http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/exacta/exac-
tav5n1/exacta_v5n1_3l21.pdf

ELETROCUÇÃO é a morte provocada pela exposição do corpo a uma


dose letal de energia elétrica.

Finalizamos agora a última semana da disciplina de primeiros socorros! Neste momento


você teve a oportunidade de entrar em contato e absorver conhecimentos que certamente serão
muito úteis tanto na vida profissional como no cotidiano. Agora já sabe como agir nos casos em que
trabalhadores ou até mesmo familiares sejam acometidos por hemorragia, queimadura, corpo estra-
nho e asfixia e choque elétrico.

31
Conclusão
Como já foi visto em outras disciplinas, os riscos ambientais existem nos mais variados
ambientes de trabalho e a nossa obrigação como equipe de segurança do trabalho é justamente ten-
tar prevenir esses riscos.
Infelizmente, apesar de todos os esforços da equipe, os acidentes continuarão aconte-
cendo seja por falha na segurança, por imprudência dos trabalhadores ou por fatalidades.
Sendo assim, precisamos estar sempre preparados para socorrer os trabalhadores que se
encontrem em situações de urgência.
Depois de adquirir os conhecimentos teóricos desta disciplina, assistindo às videoaulas e
realizando todas as atividades, você estará aptos para prestar os atendimentos iniciais aos trabalha-
dores vítimas de diversos agravos.
Não tenha medo!
Mantenha a calma!
Aplique os conhecimentos dos quais você se apropriou a amplie o seu repertório com
mais pesquisas.
Agora, é só colocar em prática os conhecimentos adquiridos e diminuir o sofrimento de
uma vítima, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.

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Referências
FIOCRUZ. MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS. RIO DE JANEIRO, 2003. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW. FIOCRUZ.BR/BIOS-
SEGURANCA/BIS/MANUAIS/BIOSSEGURANCA/MANUALDEPRIMEIROSSOCORROS.PDF

LOURENÇO, SR; SILVA, TAF; FILHO SCS. UM ESTUDO SOBRE OS EFEITOS DA ELETRICIDADE NO CORPO HUMANO SOB
A ÉGIDE DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO. EXACTA. VOL. 5, Nº 1. SÃO PAULO, 2007.

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS. SITUAÇÕES DE URGÊNCIAS NAS ESCOLAS, JARDINS DE INFÂNCIA E CAMPOS DE FÉRIAS.
DISPONÍVEL EM: HTTP://LABORATORIOSESCOLARES.NET/SITES/DEFAULT/FILES/2010_ME_MANUAL_PRIMEIROS_SO-

CORROS .PDF

NORMA REGULAMENTADORA 07. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW.GUIATRABALHISTA.COM.BR/LEGISLACAO/NR/NR7.HTM


ROBAZZI, MLCC, ET AL. ACIDENTES E AGRAVOS À SAÚDE DOS IDOSOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO. REV. ENFERMAGEM.
RIO DE JANEIRO, 2009.

SILVA, FM; SANTOS, EC; NÓBREGA, MJ. CORPOS ESTRANHO INTRAOCULARES: ANÁLISE DE 22 CASOS. ARQUIVOS
CATARINENSES DE MEDICINA, VOL. 34, Nº 1, 2005.

UNICAMP. NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS. CAMPINAS, SÃO PAULO. DISPONÍVEL EM: HTTP://PT. SLI-

DESHARE.NET/ADRIANOPIRES/NOOES-BSICAS-DE-PRIMEIROS-SOCORROS

UNIFENAS. MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS. UNIVERSIDADE DE ALFENAS – MG, 2007. DISPONÍVEL EM:

HTTP://WWW.UNIFENAS.BR/EXTENSAO/CARTILHA/ACAOUNIVIDA.PDF

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Minicurrículo do Professor

Maria Luísa Corrêa Muniz

Email: luisa__muniz@hotmail.com

FORMAÇÃO

• Mestrado: Saúde Coletiva com foco em epidemiologia - 2014


Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
• Pós-graduação: Enfermagem do trabalho - 2010
Espaço enfermagem
• Residência: Saúde da Mulher – 2010
Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira (IMIP)
• Graduação: Enfermagem (Bacharel e Licenciada) - 2008
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

• Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)


Docente do curso Técnico de Segurança do Trabalho
Período: junho de 2016 até a presente data
• Hospital Belarmino Correia – Goiana/PE
Enfermeira obstetra assistencial
Período: maio de 2015 até a presente data
• Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra (ETEASD)
Docente do curso de Técnico de Segurança do Trabalho, Análises Clínicas, Prótese Dentária e Enfer-
magem
Período: fevereiro de 2010 até fevereiro de 2016
• Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira (IMIP)

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Residente em Saúde da Mulher
Período: fevereiro de 2009 até janeiro de 2011
• Escola Wilton de Meira Pacheco (ESEMP)
Docente do curso de Técnico de Enfermagem
Período: março de 2009 até março de 2010
• Secretaria Estadual de Educação - PE
Professora pesquisadora da Educação à distância
Período: maio de 2012 até a presente data
• Beiró Uchoa e PSF – Moreno/PE
Enfermeira assistencial
Período: janeiro de 2013 até novembro de 2014

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