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Estado d o Amaz o nas


Procuradoria Geral do Estado

Este documento foi assinado digitalmente por www.tjam.jus.br e INGRID KHAMYLLA MONTEIRO XIMENES DE SOUSA. Protocolado em 21/03/2016 às 13:17:51.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGOR RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA N. 4000940-
50.2016.8.04.0000

Se impresso, para conferência acesse o site http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, informe o processo 4000940-50.2016.8.04.0000 e o código 44AD19.
ESTADO DO AMAZONAS, pe s soa jurídica de direito público interno, judici a l mente
re pre sentado pela Procuradora do Estado infrafirmada, nos te rmos dos artigos 132 da CF, 23-I
da Le i Estadual n.º 1.639/83 e 12-I do CPC, com exe rcício na Procuradoria Geral do Es ta do, no
e nde reço i ndi ca do no roda pé , onde re ce berá i ntima ções , nos a utos de MANDADO DE
SEGURANÇA i mpe tra do por ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA, vem, re spe i tosa me nte , à
pre s ença de Vossa Exce lência, na guarda do pra zo l e gal e com a s home nage ns me re cida s ,
a pre s enta r CONTESTAÇÃO nos s egui nte s te rmos :

1. DOS FATOS

Trata-se de Mandado de Segurança visando a anulação do ato que afastou o impetrante do


exercício da função de Professor de Ensino Religioso, cargo para o qual havia sido aprovado no concurso
público realizado pela Secretaria de Educação do Estado do Amazonas – SEDUC, regido pelo edital nº
01/2014, com lotação no Município de Itacoatiara/AM.

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Informa o impetrante que foi nomeado através da publicação no Diário Oficial nº 33170 de

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15/2/2016, mas apesar de ter sido empossado e entrando em exercíc io foi afastado da função em razão
de ter sido identificado que não apresentou os documentos exigidos pelo edital para o cargo pleiteado.

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Argumenta que o seu afastamento teria sido arbitrário já que não houve prévio
procedimento administrativo para lhe assegurar o contraditório e a ampla defesa.

Afirma que não há curso superior de Licenciatura em Ensino Religioso reconhecido pelo
MEC e que o teólogo é o profissional capacitado para lecionar referida matéria. Defende que o curso de
teologia, ainda que não seja reconhecido pelo MEC, capacita o profissional para o magistério da
educação religiosa.

Por fim, defende a necessidade de observância da razoabilidade na exigência da formação


dos profissionais em relação a cada sistema de ensino, devendo ser afastada a que se mostrar abusiva.

Em razão disso, afirma que teve seu direito líquido e certo ao acesso a cargo público violado
pelo ato da autoridade apontada como coatora, requerendo liminarmente a determinação de
suspensão do ato que o afastou, assegurando o exercício da função.

3. DA INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO

A pretensão do impetrante não merece guarida, pois inexiste direito líquido e certo violado.
Em verdade, o ato administrativo atacado está em conformidade com o ordenamento jurídico na
medida em que resguarda a lisura do certame no que diz respeito a legalidade, a vinculação ao
instrumento convocatório e a isonomia.

É consabido que a Administração Pública está adstrita aos limites legais e no caso em
apreço não há espaço para discricionariedade, já que o edital do certame vincula tanto o órgão quanto
os candidatos.

Nessa linha, o edital dispõe que para o cargo pretendido pelo impetrante exige-se diploma
devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior de licenciatura plena em qualquer área
de conhecimento, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC e formação em

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Religião oferecida por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC sendo: curso de atualização

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ou aperfeiçoamento de pelo menos 180 horas; ou curso de extensão universitária, de pelo menos 180
horas; ou curso a nível de pós graduação de pelo menos 360 horas, ministrados por instituição de ensino
superior reconhecida pelo MEC.

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Como se nota, não há exigência de formação unicamente em Ensino Religioso como afirma
o impetrante, mas sim Licenciatura em qualquer área do conhecimento, além da formação religioso que
poderia ser de várias formas, desde que por meio de instituição reconhecida pelo MEC.

No entanto, constatou-se que o diploma apresentado pelo impetrante não atende a tais
requisitos, porque a instituição de ensino que lhe conferiu o diploma apresentado – Instituto Superior
em Ciências da Humanidade – não é credenciada pelo Ministério da Educação. Isso porque a Portaria de
credenciamento mencionada no diploma (página 185/186) refere-se a Faculdade de Teologia de Boa
Vista 1 , conforme documento anexo. Além disso, a instituição que expediu o diploma não consta no
cadastro do MEC, conforme se verifica de simples busca no site http://emec.mec.gov.br/.

Dessa forma, não pode a Administração Pública conferir tratamento diferenciado ao


impetrante em detrimento de outros candidatos que atendem adequadamente às exigências do edital,
sob pena de violação do princípio da isonomia, já a instituição que lhe conferiu o diploma de nível
superior não é reconhecida pelo MEC, exigência que não pode ser afastada.

Caso aceitasse tal flexibilização, abrir-se-ia perigoso precedente capaz de anular todo o
certame já que a previsão exigindo o reconhecimento pelo MEC confere legítima expectativa de que
apenas candidatos com tal formação podem tomar posse de acordo com as vagas ofertadas, o que
excluiria outros candidatos em situação similar à do impetrante, violando a isonomia.

Ademais, também não que se falar em demissão ou exoneração sem processo


administrativo. Em verdade, o e-mail constante na página 169 dos autos determinar apenas o
afastamento do impetrante da sala de aula e, em caso de recurso do mesmo, orientou para que fosse
formalizado processo administrativo, o que demonstra a legalidade do ato.

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Hoje a Faculdade de T eologia de Boa Vista também não é credenciada no MEC.

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A vista do que foi exposto, a Administração Pública agiu observando os ditames legais não

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havendo direito líquido e certo a ser aparando, tampouco ato ilegal.

Por fim, vale ressaltar o que o edital observou a razoabilidade porquanto exigiu requisitos

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condizentes com o que se espera para a matéria.

3. DA AUSÊNCIA DOS REQUESITOS PARA A CONCESSÃO DA LIMINAR

O pleito liminar também não prosperar, porque restou evidenciado a ausência do


requesito para o cargo, o que demonstrada a ausência do fumus boni iuris.

De mesma forma, não há que se falar em perigo na demora já não haverá prejuízo quando
do retorno às atividades, caso venha a ser concedida a segurança ao final do processo.

Além disso, em virtude da vedação legal constante do §3º do art. 1º da Lei 8.437/92 a
liminar não pode ser deferida tendo em vista que esgotaria totalmente o objeto do presente remédio
constitucional.

2. DO PEDIDO:

Ex positis, inexistindo direito líquido a ser protegido e sendo legal o ato atacado, pugna-
se pelo indeferimento da liminar e ao final a confirmação da denegação da segurança pretendida.

Nesses termos, pede deferimento.


Manaus, 16 de março de 2016.

INGRID MONTEIRO
Procuradora do Estado do Amazonas

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