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Apresentação realizada no Painel on-line "Segurança do abastecimento de água no estado do Rio de Janeiro: cenário e soluções", realizado no dia 07/04/2020, e veiculado no Canal do YouTube do Fórum de Desenvolvimento do Rio/ Alerj (www.youtube.com/forumdesenvolvimento)
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Apresentação realizada no Painel on-line "Segurança do abastecimento de água no estado do Rio de Janeiro: cenário e soluções", realizado no dia 07/04/2020, e veiculado no Canal do YouTube do Fórum de Desenvolvimento do Rio/ Alerj (www.youtube.com/forumdesenvolvimento)
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL PARA A CRISE HÍDRICA NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO DIAGNÓSTICO DA CRISE HÍDRICA NO RIO DE JANEIRO
1. Indícios de negligência e deficiências no processo de
Licenciamento e Fiscalização Ambientais, e Controle do Sistema de Abastecimento de Água;
2. Evidências de degradação acentuada da bacia hidrográfica
do manancial hídrico; Indícios de negligência e deficiências no processo de Licenciamento e Fiscalização Ambientais, e Controle do Sistema de Abastecimento de Água REGRA NO. 1 PARA EVITAR ACIDENTES AMBIENTAIS E POLUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS NATURAIS
•LEGISLAÇÃO VIGOROSA, incluindo
processos de licenciamento e fiscalização ambientais eficientes EXIGÊNCIAS IMPRESCINDÍVEIS PARA A OBTENÇÃO DE UM PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL EFICIENTE • Os processos a serem licenciados devem priorizar tecnologias limpas e dentro do conceito da sustentabilidade ambiental (viabilidade ecológica, econômica e social); • O Programa de Monitoramento Ambiental do Empreendimento tem de efetivamente controlar todo o processo operativo; • Devem ser exigidos relatórios pelo menos trimestrais dos sistemas de manutenção, conservação e limpeza do sistema operativo do Empreendimento, comprovando a sua eficácia; • Previsão de penalidades e multas vigorosas quanto ao não cumprimento pelo dono do Empreendimento dos dispositivos legais e demais exigências da Licença Ambiental; REQUISITOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL EFICIENTE • Equipe técnica habilitada para a realização das inspeções locais e trabalhos de fiscalização de campo; • Avaliação técnica permanente dos relatórios de monitoramento ambiental apresentados pela empresa licenciada, com a adoção das medidas preventivas e corretivas face a qualquer irregularidade nos resultados das análises de água e demais dados ambientais apresentados ao Órgão de Fiscalização Ambiental; • Realização de contra-provas para verificar a confiabilidade dos dados de monitoramento ambiental apresentados pela empresa licenciada; • Tomar as providências cabíveis e imediatas frente a qualquer denúncia efetiva ou indícios de irregularidades que coloquem em risco a qualidade ambiental e a consequente saúde da população; • Orientação prévia e aplicação posterior de multas nas infrações detectadas; Evidências de degradação acentuada da bacia hidrográfica do manancial hídrico A EUTROFIZAÇÃO HÍDRICA NA LAGOA DO GUANDU • Afluência dos rios Queimados e dos Poços (afluente), que pode receber os resíduos sólidos e líquidos do Município de Queimados e Polo Industrial de Queimados; • Afluência do rios Ipiranga e Cabuçu (afluente), que recebe os esgotos brutos de parte do Município de Nova Iguaçu; • Devido ao grande aporte de matéria orgânica dos rios Queimados e Ipiranga (a água entra preta na lagoa), ocorre o processo de eutrofização hídrica na Lagoa do Guandu, havendo floração de algas e a consequente produção de cianobactérias e cianotoxinas, entre elas, a geosmina; • Existe a produção intensa de fitoplanctons (dando uma coloração verde- escura na água, que se dirige à Tomada D’água do Guandu) e macrófitas; A DEGRADAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS GUANDU E PARAÍBA DO SUL • Na bacia hidrográfica do rio Guandu, os Municípios de Queimados, Japeri e outros não têm praticamente sistemas de esgotos sanitários; • Na bacia hidrográfica do rio Guandu existem indústrias e exploração de areia; • Aprox. 90% da vazão do rio Guandu vem por transposição do rio Paraíba do Sul, cuja BH tem vários tipos de Empreendimentos e atividades potencialmente impactantes ao rio: Exploração mineral, indústrias, esgotos sanitários urbanos, práticas agrícolas perniciosas (com liberação de pesticidas e fertilizantes ao rio) e um enorme desmatamento (gerando muita erosão e a formação de voçorocas, cujos sedimentos sã todos carreados para o rio Paraíba do Sul e seus afluentes); PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS PARA A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO / PRIORIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS SÃO 5 (CINCO) METAS PARA A GARANTIA DA SEGURANÇA HÍDRICA NA REGIÃO METRÓPLITANA DO RIO DE JANEIRO META 1: Investimentos na Melhoria dos Processos de Licenciamento e Fiscalização Ambientais, e Controle dos Empreendimentos potencialmente impactantes nas BHs dos rios Guandu e Paraíba do Sul • Contratação e capacitação das equipes técnicas; • Melhoria dos salários, dentro do mercado; • Melhoria da Infra-Estrutura, com aquisição de viaturas, equipamentos e dispositivos de informática; • Melhoria dos laboratórios, ampliando o número de parâmetros dentro do exigido na legislação vigente, garantindo a execução adequada das contra-provas para avaliar a confiabilidade dos dados monitorados pela empresa licenciada; • Ampliação da aquisição de equipamentos para a aquisição de dados de campo (medidores de vazão, levantamento por georreferenciamento, etc.), visando melhorar a qualidade e ampliar a abrangência dos fundamentais trabalhos de monitoramento ambiental preventivo pelo órgãos de fiscalização; META 1: Investimentos na Melhoria dos Processos de Licenciamento e Fiscalização Ambientais, e Controle dos Empreendimentos potencialmente impactantes nas BHs dos rios Guandu e Paraíba do Sul • A equipe técnica do órgão de licenciamento ambiental deve possuir habilitação técnica adequada para avaliar o projeto apresentado pelo dono do Empreendimento potencialmente impactante; • Nas estações de tratamento de esgotos (sanitários, industriais ou de chorume e similares), a Licença Ambiental deve obrigatoriamente prever a medição sensorizada de vazões imediatamente a montante e a jusante da ETE, bem como a implantação de medidores de qualidade de água por sensores no canal efluente da ETE, medindo os parâmetros turbidez, pH e Condutividade; META 2: Desvio imediato dos rios Queimados e Ipiranga, antes de chegarem à Lagoa do Guandu • O conceito da obra seria a implantação de uma comporta em cada um desses rios, desviando-os para o poço de sucção de uma bomba e recalcar essa água poluída para depois da Tomada D’água da CEDAE, onde o rio tem alta velocidade e capacidade de diluição desses esgotos. A médio e longo prazos, deve-se fazer a coleta e tratamentos dos esgotos de Queimados e Nova Iguaçu; • Com isso, será revertido o processo de eutrofização hídrica, sem mexer com as águas da Lagoa (que é como uma bomba relógio para a qualidade da água bruta captada pela CEDAE). Com o desvio desses rios, essa bomba relógio tende a ser desativada (a produção de algas será sensivelmente reduzida), aumentando o aporte de água subterrânea à Lagoa do Guandu e melhorando a sua biodiversidade hídrica; META 2: Desvio imediato dos rios Queimados e Ipiranga, antes de chegarem à Lagoa do Guandu • Não recomendo fazer a obra proposta pela CEDAE, onde a construção do dique irá possivelmente aumentar a estagnação hídrica e a consequente produção de algas, cianobactérias e cianotoxinas, continuando a colocar em risco a água bruta captada pela CEDAE e com uma obra caríssima, da ordem de 100 milhões de reais; META 3: Intercepção emergencial dos valões de esgotos e galerias de águas pluviais na Prefeituras que não dispõem de Sistemas de Esgotos Sanitários, exclusivamente nos trechos urbanos dos rios Paraíba do Sul e Guandu e seus afluentes META 4: Gestão com Sustentabilidade Ambiental para os Esgotos Sanitários e os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Prof. Dr. Adacto Ottoni Prof. Dr. Adacto Ottoni META 5: Reflorestamento das BHs dos rios Guandu e Paraíba do Sul (principalmente), priorizando as APPs, e a implantação de obras artificiais de recarga da água subterrânea (com a construção de valas de infiltração e bacias de recarga) Prof. Dr. Adacto Ottoni Granite Reef Underground Storage Project Recharge Basins