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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
I.ADOPÇÃO....................................................................................................................................5
1.1.Conceito.....................................................................................................................................5
1.2.Motivações da Adopção............................................................................................................6
1.3.Formas de Adopção...................................................................................................................7
1.11.Audição Obrigatória..............................................................................................................12
1.13.Efeitos da Adopção................................................................................................................13
1.14.Revisão da Sentença..............................................................................................................14
Conclusão......................................................................................................................................17
Referências bibliográficas.............................................................................................................18
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Introdução
Durante o decorrer do trabalho pretende-se debruçar sobre a Adopção, para tal, o trabalho vem
estruturado em apenas um Capítulo, no qual faz menção geral da adopção, conceito de adopção,
motivação e formas de adopção, requisitos gerais da adopção, intervenção da Acção Social,
quem pode adoptar e quem pode ser adoptado, consentimento para adopção, formas e tempo de
consentimento, revogação e caducidadee de consentimento, audição obrigatória, vantagens e
desvantagens da adopção, efeitos da adopção, revisão da sentença, e por último legitimidade e
prazo da revisão.
A adopção é um tema que nos últimos anos tem sido cada vez mais discutido na comunicação
social, quer pelas alterações à lei de adopção, quer por alguns acontecimentos mediatizados que
despertaram a opinião pública. Para tal, espera-se que a experiência decorrente da aplicação
desse trabalho possa promover importantes ajustes ao longo do tempo, sobretudo, na necessidade
de introdução de métodos e procedimentos que sejam determinantes para a modernização da
gestão governamental.
I. ADOPÇÃO
I.1. Conceito
“A adopção surge como uma forma de resposta da sociedade às crianças privadas da sua
família biológica, responsabilizando uma outra família pelo cumprimento das funções
parentais. A adopção é um procedimento legal que visa dar uma família à criança cujos
pais biológicos não são capazes, não têm vontade ou estão legalmente proibidos de
tomarem conta da criança”.
De acrodo com o artigo 390º do CC, adopção resulta para o aoptante e o adoptado relações
familiares semelhantes às da filiação natural, com idênticos direitos e deveres.
A adopção é o processo pelo qual um filho sem um pai ou tutor capaz de cuidar dele vem
legalmente sob os cuidados de outra guardião ou conjunto de tutores.
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Uma adopção bem sucedida é a que vai ao encontro das necessidades da criança, dando-lhe um
lar e uma família de carácter permanente, para que a criança se sinta em segurança e, no seu
melhor, a adopção vai também ao encontro das necessidades da família adoptiva que desejou
uma criança, assim como da família na qual a criança nasceu, que, não podendo tomar conta
dela, desejou para ela o seu melhor.
De acordo com DINIS (2003:155), as pessoas adoptam uma criança ou jovem por numerosos
motivos:
Durante a avaliação psicológica e social à que o casal é submetido, estes aspectos são
profundamente analisados, a fim de observar se o casal possui condições de adotar naquele
momento.
“A adopção tem vindo a ser cada vez mais defendida como uma das medidas mais
eficazes de protecção às crianças em risco. No âmbito do direito internacional público em
matéria de adopção, podemos destacar a Declaração sobre os Princípios Sociais e
Jurídicos Aplicáveis à Protecção e ao Bem-Estar das Crianças de 1986, que definiu
princípios orientadores relativos ao bem-estar da criança, e a Convenção sobre
Cooperação Internacional e Protecção de Crianças e Adolescentes em Matéria de
Adopção Internacional”.
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Existe ainda, um vasto quadro legal que visa consagrar os direitos da criança, do qual podemos
destacar a Declaração dos Direitos da Criança, adoptada pela Assembleia-Geral das Nações
Unidas em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança, aprovada pela ONU em 1989 e
ratificada em Portugal em 1990.
A prática da adoção fechada, confidencial ou secreta que não tem sido a norma para a
maioria da história moderna, veda todas as informações de identificação e evita a
divulgação das identidades dos pais adotivos e biológicos.
No entanto, este tipo de adopção pode permitir a transmissão de outros tipos de informações, tais
como histórico médico e formação religiosa e étnica.
De acordo com o artigo 389º do CC, o vínculo da adopção estabelece-se por sentença judicial.
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A adopção só pode ser decretada quando apresentar vantagens concretas para o adoptado,
não puser em causa as relações e os interesses de outros filhos do adoptante e se verificar
que o adoptando e a família adoptante relevam capacidade de integração;
O adoptando só pode ser entregue aos cuidados do futuro adoptante depois dos Serviços
de Acção Social se assegurarem que este reúne as condições para poder adoptar o menor
e entre ambos se estabelecrem os necessários laços de confiança;
a) Quem tiver mais de 25 anos e possuam condições morais e materiais que garantam o
crescimento do menor;
c) Quem tiver mais de 25 anos, sendo o adoptado filho de pessoa com quem o adoptante
mantenha comunhão de vida há mais de 3 anos.
3. Só pode adoptar quem tiver menos de 50 anos à data em que o menor lhe passou a estar
confiado, excepto se o adoptado for filho do seu cônjuge ou da pessoa com quem
mantenha comunhão de vida;
4. Salvo casos ponderosos, a diferença de idade entre o adoptante e o adoptado não deve ser
inferior a 18 anos ou superior a 25 anos.
a) Os menores filhos do cônjuge do adoptante, ou de quem com este viva em união de facto
ou em comunhão de vida há mais de 3 anos, desde que aquele progenitor dê o seu
consentimento;
d) Os menores com menos de 18 anos que, desde idade não superior a 12 anos, tenham
estado à guarda e cuidados do adoptante.
AMARO (193:701), identifica algunas razões que levam as crianças a serem adoptadas:
As crianças encaminhadas para adopção são crianças cuja família de origem ou deu
voluntariamente o seu consentimento para adopção, ou foi manifestamente incapaz de dar
resposta adequada às suas necessidades afectivas, educativas, de saúde e de
desenvolvimento social. São crianças cujos pais falharam no fornecimento de um nível de
cuidados mínimos.
Estes factores interagem habitualmente com factores de ordem social e cultural e levam a
sentimentos de frustração, depressão, auto-depreciação e, nalguns casos, agressão, o que
conduz a negligência e maus-tratos da criança.
São muitas vezes crianças que tiveram experiências traumáticas graves na sua família de
origem e/ou tiveram uma ou mais famílias de acolhimento ou vivem em centros de
acolhimento, enquanto se determina o seu projecto de vida: possibilidade ou não de
retorno à família biológica ou a adopção.
São, portanto, crianças de risco ou em risco, ou mesmo em perigo, de tal forma que foi
necessário afastá-las desse perigo a que estavam expostas, protegendo-as. São crianças
abandonadas pela família logo quando nascem, ou mais tarde; são crianças que estiveram
muito tempo hospitalizadas, ou por terem nascido com doença ou deficiência e terem sido
esquecidas pelos pais, ou por a determinada altura do seu desenvolvimento apresentarem
um problema grave que conduziu ao internamento hospitalar e que os pais aos poucos
deixaram de visitar. Ou são crianças negligenciadas ou maltratadas que foram retiradas à
família por estarem numa situação de perigo.
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c) Dos pais naturais do adoptado, ainda que menores e mesmo que não exerçam o poder
parental;
A mãe só pode dar o seu consentimento decorridos seis meses após o parto.
O consentimento caduca no prazo de 2 anos se, entretanto, o menor não tiver sido
adoptado.
Segundo o artigo 399º do CC, a criança a adoptar, maior de 7 anos dever ser ouvida pelo
tribunal, bem como os filhos dos adoptantes maiores de 7 anos, salvo se estiverem privados das
suas faculdades mentais ou, por qualquer outra razão ponderosa, houver grannde dificuldades em
os ouvir.
De acordo com BELEZA (1993:343), a adopção tem muitos aspectos positivos, mas as pessoas
interessadas em adoptar uma criança deve pesar contra os aspectos negativos, a fim de tomar
uma decisão que funciona melhor para eles.
a) Vantagens:
Adopção permite que uma criança cresça em uma família que está disposto e capaz de
cuidar dele. Muitas famílias são incapazes de dar adequadamente a criança o cuidado que
ele merece , por causa de qualquer razões pessoais , económicas ou sociais;
Muitas pessoas também podem optar por adoptar, além de ter filhos, a fim de
proporcionar um lar para crianças carentes. Guardiões pode ser elegível para uma
variedade de benefícios a partir de locais de trabalho e dos governos.
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Desvantagens:
Também pode haver longas listas de espera para as crianças, especialmente os recém-
nascidos. A fim de assegurar que as questões legais da adopção são tratados de forma
adequada, as pessoas interessadas em adoptar pode ter que contratar um advogado, o que
pode ser muito caro.
Incompatibilidade.
As crianças podem nascer viciadas em drogas ou elas podem ter sido abusadas. Estas e
outras questões podem fazer o emparelhamento final do adoptado e adoptante
impraticável, ou pode colocar pressão inesperada sobre a família adoptando.
a) Estatuto Familiar
De acordo com o artigo 401º do CC, depois de ter sido decretada a adopção não se pode
estabelecer a filiação natural do adoptado nem fazer prova nessa mesma filiação, salvo para
efeitos de impedimento matrimonial.
De acordo com o artigo 402º do CC, o adoptado pode adquirir os apelidos de família dos
adoptantes,
d) Direitos Sucessóriso
1. O adoptado tem para efeitos sucessórios, os mesmos direitos dos filhos naturais do
adoptate;
2. Em relação à sua família natural o adoptado deixa de ser herdeiro legitimário ou legítimo,
ecepto nos casos em que o adoptante é cônjuge do seu pai ou mãe da pessoa com quem
vive em comunhão de vida.
e) Irrevogabilidade da Adopção
De accord com o artigo 404o do CC, a adopção é irrevogável independentemente de acordo entre
o adoptante e o adoptado.
c) No caso da alínea e) do nº 1 do artigo anterior, pelo adoptado, até seis meses a contar
da data em que atigngiu a maioridade ou foi emancipado.
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2. No caso das alíneas a) e b) do número anterior, o pedido de revisão não pode ser
deduzido decorridos 2 anos sobre a data do trânsito em julgado da sentença que tiver
decretado a adopção.
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Conclusão
Em prol das abordagens acima referidas, fez-se a menção de seguintes aspectos a saber que a
Adopção é o acto jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por
uma pessoa ou por um casal que não são os pais biológicos do adotado. Quando isto acontece, as
responsabilidades e os direitos (como o pátrio poder) dos pais biológicos em relação ao adotado
são transferidos integral ou parcialmente para os adotantes. Adopção é o processo de atribuir o
lugar de filho a uma criança/adolescente que não descende da mesma história que o casal, é a
possibilidade de integrar à dinâmica familiar uma pessoa que é proveniente de uma outra história
de vida. É necessário muito investimento afetivo e grande capacidade de acolhimento. A
adopção surge como uma forma de resposta da sociedade às crianças privadas da sua família
biológica, responsabilizando uma outra família pelo cumprimento das funções parentais. A
adopção é um procedimento legal que visa dar uma família à criança cujos pais biológicos não
são capazes, não têm vontade ou estão legalmente proibidos de tomarem conta da criança”.
Uma adopção bem sucedida é a que vai ao encontro das necessidades da criança, dando-lhe um
lar e uma família de carácter permanente, para que a criança se sinta em segurança e, no seu
melhor, a adopção vai também ao encontro das necessidades da família adoptiva que desejou
uma criança, assim como da família na qual a criança nasceu, que, não podendo tomar conta
dela, desejou para ela o seu melhor. A adopção tem vindo a ser cada vez mais defendida como
uma das medidas mais eficazes de protecção às crianças em risco. No âmbito do direito
internacional público em matéria de adopção, podemos destacar a Declaração sobre os Princípios
Sociais e Jurídicos Aplicáveis à Protecção e ao Bem-Estar das Crianças de 1986, que definiu
princípios orientadores relativos ao bem-estar da criança, e a Convenção sobre Cooperação
Internacional e Protecção de Crianças e Adolescentes em Matéria de Adopção Internacional. De
entre os direitos da criança, podemos destacar o direito a uma parentalidade responsável para
acompanhar esse desenvolvimento sem descontinuidades graves (o direito a nascer e a crescer
numa família em que seja amado, respeitado e ajudado como filho biológico ou adoptivo, ou, na
impossibilidade de tal, o direito de ser apoiado no seu crescimento e aquisição de autonomia
mediante soluções de tipo familiar ou institucional que garantam acompanhamento
individualizado e dinâmico, com qualidade afectiva e educacional).
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Referências bibliográficas
BELEZA, Maria Leonor. A Adopção: Comissão para a Igualdade dos Direitos das Mulheres;
Ministério do Emprego e da Segurança Social, Lisboa. 1993.
Legislação: