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Resumo:O presente trabalho tem por objetivo trazer contribuições que estimulem uma
discussão ausente e necessária no âmbito dos arquivos públicos brasileiros. A implantação
de programas educativos e de apoio pedagógico em arquivos públicos é, ainda, uma prática
raramente explorada por estas instituições, mas que guardam grande potencial
transformador no processo educacional de cidadãos conscientes. Compreendido como um
elemento do conjunto de patrimônios históricos e culturais, os arquivos públicos históricos
detêm condições de contribuir no desenvolvimento educacional de crianças e jovens,
exercendo efetivamente o papel social que lhes cabe. Pela via da educação patrimonial,
propomos neste trabalho, que os arquivos e os arquivistas assumam a iniciativa no
estabelecimento de um contato entre arquivo público e escolas, com vistas ao
desenvolvimento de programas de apoio educacional junto aos cidadãos. Para tanto,
utilizamos como metodologia a análise teórica da bibliografia dedicada à compreensão do
arquivo como espaço de formação educacional a partir da associação com os princípios que
sustentam a prática da educação patrimonial. Para demonstrar a relevância e exequibilidade
do objetivo proposto, realizamos a observação de um exemplo prático de aplicação desta
atividade.
Palavras-chave: Patrimônio Documental. Arquivo Público. Escola. Acesso à Informação.
Arquivista.
Abstract: The current work has as objective to bring contributions that stimulate a nab sent
and necessary discussion in the field of the Brazilian public archives. The establishment of
educative and pedagogical support in public archives still is a rarely explored practice by
these institutions, but that keep great transformative potential in the conscientious citizens’
educational process. Understood as an element in the set of historical and cultural heritage,
the historical public archives contain conditions of contributing in the educational
development of children and young people, effectively promoting its social role. Through the
patrimonial education, we propose in this work that the archives and archivist sunder take the
initiative in the establishment of contact between the public archive and schools, with the
goal of developing educational support programs with the citizens. For such, as
methodology, we use the theoretical analysis of the bibliography dedicated to the
understanding of archives as space of educational formation based on the association with
the principles that support the heritage education practice. To demonstrate ether relevance
and feasibility of the proposed objective, we performed the observation of one practical
example of this activity’s enforcement.
Keywords: Documentary Heritage. Public Archives. School. Access to Information. Archivist.
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1 INTRODUÇÃO
1 É certo pensarmos que neste momento há a explícita intenção de colonização violenta e dominação,
porém, movimentos atuais de monopolização e disseminação de objetos de consumo e
manifestações culturais externas, de modo geral, correspondem às mesmas intenções da
colonização.
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à prova daquilo que já aconteceu, o que nos abre a margem para trabalhar de forma
mais confortável com os itens que realmente nos interessam nesse trabalho: os
documentos de arquivo.
dentro dos culturais, e sendo este segundo o que está em constante andamento,
enquanto o primeiro é o que já foi concluído –, no universo dos arquivos a relação
não seja diferente. Documentos em idade corrente corresponderiam aos patrimônios
culturais, por estarem em andamento e serem representantes da cultura
administrativa e funcional do órgão gerador, enquanto os documentos permanentes
correspondem aos patrimônios históricos, por terem concluído sua atividade no
universo da cultura administrativa produtora e agora se encontrarem classificados
como probatórios e testemunhais de um tempo passado.
Bellotto (2002, p. 15) defende que:
Nesse contexto, Fratini (2009, p. 03) nos diz que “as discussões em torno da
preservação do patrimônio estão diretamente ligadas à cidadania e ao direito ao
acesso à informação. Os indivíduos têm o direito de ter acesso à sua própria cultura,
à sua história, à memória coletiva e social”.
No entanto, é ilusão pensarmos que este retorno informacional à sociedade,
em se tratando de arquivos, efetivamente seja realizado. Sabemos que as pessoas
observam as construções arquitetônicas, frequentam centros culturais, museus, e
bibliotecas públicas, entre outras apresentações culturais e históricas. Exceto em
casos de necessidade muito pontual de dada informação, o público geral não
frequenta arquivos públicos. Lopes (2002, p. 178) nos diz que
necessita para seu labor. Em menor grau, mas ainda presente, a segunda categoria,
que frequentam arquivos públicos para sanar alguma dúvida ou pesquisar sobre
alguma atividade já realizada pelo poder público. Já quanto à terceira categoria, o
homem comum, com intenções informativas, é praticamente inexistente.
Bellotto (2002, p. 172) vem nos dizer a esse respeito:
Esse processo, quando aplicado aos arquivos públicos em contato direto com
escolas, permite aos alunos a apropriação da informação primária, o que exigirá dos
estudantes a análise, a crítica e o exercício intelectual que, geralmente, não é
exigido dentro dos sistemas de ensino popular. Podemos entender com maior
facilidade a relação desse sistema com o ensino de história, onde os participantes
poderão explorar além do que lhes é apresentado em livros e cartilhas. É-lhes
permitido, então, tomar caminhos próprios quanto ao conhecimento gerado e
agregado à sua bagagem cultural.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DELMAS, Bruno. Arquivos para quê? Textos escolhidos. São Paulo: iFHC, 2010.
em: 01/07/2017.
LOPES, Luís Carlos. O lugar dos arquivos na cultura brasileira. Ciências & Letras,
Porto Alegre, 31: jan-jun 2002, p. 177-186.