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[Ano]

Microambiente

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Unidade - Microambiente
MATERIAL TEÓRICO

Responsável pelo Conteúdo:


Profa Ms Andressa Guimarães Rego
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcante

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A economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo e a


sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de
bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos
da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.

As necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos


são escassos. Assim, a restrição dos recursos produtivos ou fatores de
produção de que uma economia dispõe, leva à questão da escassez.

Conceito de Economia e Curva de Possibilidades de


Produção

O problema fundamental da economia, a escassez, pode ser


ilustrado por meio da Curva de Possibilidades de Produção (CPP). A CPP
é um gráfico que mostra as várias combinações de produto que a
economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e
tecnologia disponíveis.

Figura 1
Bem Y
E

A
Bem X

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Representamos nos eixos as quantidades produzidas de dois


produtos ou grupos de produtos, bem x e bem y. Podemos imaginar a
economia sendo representada por uma empresa (microeconomia) ou até
por um país.

Cada ponto sob a curva significa que a economia (em termos micro
ou macroeconômicos) está produzindo no seu máximo, isto é, está não
apenas utilizando todos os recursos de que dispõe, mas utilizando-os
potencialmente.

Supondo que uma empresa produz mesas e cadeiras (bem x e


bem y), a CPP mostrará qual o máximo de mesas e cadeiras que esta
empresa pode produzir, se utilizar todos os seus recursos, isto é, suas
máquinas, empregados e cada um dos recursos no seu potencial.

Qualquer ponto abaixo da CPP indica que a economia estará


operando com capacidade ociosa, não está utilizando todos os recursos
ou talvez esteja utilizando tudo, mas não no seu máximo. Assim sendo, a
empresa não estaria utilizando todas as suas máquinas ou os
empregados não estão trabalhando no seu potencial.

Podemos dizer que a CPP representa a fronteira máxima que a


economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Ela
mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos
plenamente utilizados.

E um ponto acima da CPP? Esse ponto seria impossível de atingir


com os recursos produtivos que a economia dispõe. A CPP mostra a
fronteira máxima de produção. Assim, a economia enfrenta a questão da
escolha. Com referência a qualquer ponto da CPP, para se aumentar a
produção de um dos bens é necessário reduzir a produção do outro.

Pensando em termos macroeconômicos, podemos representar a


economia como um país. Para a análise ficar mais abrangente, ao invés
de dois produtos podemos representar dois grupos de produtos. Supondo
que um país produza bens agrícolas (eixo X) e bens de tecnologia (eixo
Y), cada ponto da CPP significa que o país está utilizando o máximo dos
recursos disponíveis.

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É uma abstração pensar que determinada economia (mesmo


sendo uma empresa) esteja sobre a CPP. No exemplo de um país, é
acreditar que esse país esteja utilizando todos os recursos, a terra, a
mão-de-obra, .... tudo!!! Não haveria terra improdutiva, não haveria
ninguém desempregado e mais do que isso, o país não estaria apenas
utilizando os recursos, mas todos estariam em seu potencial. Quantas
horas você consegue trabalhar? Quantas horas as máquinas podem
operar? Tudo estaria no seu limite de produção.

Se a economia está utilizando todos os recursos não tem como


produzir mais sem abdicar da produção do outro bem. A escassez de
recursos faz com que a sociedade tenha que escolher a melhor forma de
alocar seus recursos.

Como cada CPP expressa a fronteira máxima de produção, toda


vez que mudar os recursos produtivos, é necessário desenhar uma nova
curva. Portanto, os deslocamentos positivos decorrem da expansão ou
melhoria dos fatores de produção disponíveis. E os deslocamentos
negativos decorrem da redução quantitativa ou qualitativa dos fatores de
produção disponíveis.

Parece abstrato? Esse modelo é bem simples, não trabalhando


com moedas, apenas as quantidades produzidas de cada bem. Repare
que não podemos afirmar qual ponto da CPP é melhor para a economia,
pois não temos os valores dos bens. Apesar da abstração, a simplicidade
a CPP nos ajuda a pensar em algumas questões econômicas.

Custo de Oportunidade

O custo de oportunidade representa o grau de sacrifício que se faz


ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa.
Cuidado! Custo de oportunidade não envolve valores em termos
monetários.

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O custo de oportunidade é o custo da escolha. O que está sendo


trocado, de que estamos abrindo mão? Por exemplo: qual é o custo de
oportunidade dessa aula?
Ninguém poderia responder o custo em R$. E sim, do que se está
abrindo mão! Você está nesse momento assistindo à aula, mas poderia
estar passeando. Então o custo de oportunidade dessa aula são x horas
de passeio. Ou então poderia estar descansando. O custo de
oportunidade dessa aula são x horas de descanso.

Divisão de Estudo: Micro e Macroeconomia

A divisão básica do estudo da economia se dá entre a micro e a


macroeconomia. A microeconomia estuda mercados específicos e o que
está relacionado a cada um desses mercados. A macroeconomia estuda
todos os mercados ao mesmo tempo, não há distinção. Na
macroeconomia pensamos sempre em termos agregados.

A microeconomia é o ramo da economia que estuda o


funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de
produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e
vendedores (produtores) de tais bens.

A microeconomia estuda o comportamento de consumidores e


produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a
determinação dos preços e quantidades em mercados específicos

Isso quer dizer que tratamos de cada mercado isoladamente,


trabalhando com um setor, um produto ou serviço. Assim podemos falar
de mercado têxtil, automobilístico, calçados, alimentos,... e os fatores
relacionados a cada mercado, desde que se trabalhe com um mercado
por vez.

Já a macroeconomia é o ramo da economia que estuda o


funcionamento do mercado como um todo, procurando identificar e medir
as variáveis (agregadas) que determinam o volume total da produção
(crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços
(inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na
economia mundial.

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Economia de Mercado

Sabendo que o problema fundamental da economia é a escassez,


passamos a estudar a alocação de recursos. Como os recursos são
ilimitados devemos buscar a melhor forma de utilizá-los. Num sistema de
concorrência pura, liberalismos econômicos, apresentam-se as questões:

Figura 2

O que e quanto
produzir?
Como produzir?
Para quem produzir?

As questões são solucionadas pela economia de mercado. Supor


que o mercado resolve os problemas econômicos fundamentais como
guiados por uma mão invisível, sem a necessidade de intervenção do
governo seria imaginar que os mercados se ajustam sozinhos, por meio
da interação entre a oferta e a demanda que, via alteração de preços,
encontra o chamado “equilíbrio de mercado”.

Toda nossa análise do ambiente microeconômico parte de duas


hipóteses: condição “coeteris paribus” e os mercados são de concorrência
perfeita.

A primeira hipótese é uma expressão latina traduzida como “outras


coisas sendo iguais”; ela é usada para lembrar que todas as variáveis,
que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes.

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Essa condição facilita muito nossa análise, pois estudaremos uma


variável de cada vez, supondo que as demais estão constantes. Por
exemplo: se aumentar o preço do produto, o que ocorre com a demanda?
Resposta: a demanda diminui. Isso, por que estamos supondo que todas
as outras variáveis estão constantes.

Daria para responder o que ocorre com a demanda, caso o preço


do produto aumente, a oferta também aumente, o gosto do consumidor
mude, sejam lançados produtos substitutos, a renda do consumidor seja
alterada? Não!

A condição coeteris paribus só simplifica nossa análise, pois, cada


vez que trabalhamos com uma variável, as demais estarão constantes.
Caso contrário não podemos responder nada.

A segunda hipótese é a de que os mercados são de concorrência


perfeita. As características básicas de um mercado de concorrência
perfeita são: existem muitos vendedores e muitos compradores; os
produtos são homogêneos; e não existem barreiras para entrada/saída.

Essas características se completam. Quando supomos que existem


muitas empresas oferecendo o mesmo produto ou um produto muito
similar, estamos admitindo que nenhuma empresa seja capaz de sozinha
afetar o mercado.

A empresa não decide o preço, ela é tomadora do preço de


mercado. Assim, o mercado se equilibra pela interação entre a oferta e a
demanda, definindo o preço e a quantidade.

Dizer que não existem barreiras à entrada ou à saída é o mesmo


que dizer que as empresas são livres ou não encontram restrições para
entrarem e saírem do mercado.

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Não existem barreiras legais como as patentes ou mesmo a própria


estrutura de custos da empresa. Uma barreira à entrada de uma empresa
em determinado setor seria o volume do investimento inicial necessário.
Assim, em mercados de concorrência perfeita há uma intensa mobilidade,
as empresas entram e saem do mercado sem qualquer impedimento.

É interessante notar que dadas as características do mercado de


concorrência perfeita e a interação entre a oferta e demanda, os
mercados caminham para o equilíbrio.

Assim, quando algum setor apresenta lucro, algumas empresas


entram nesse setor e, quando o setor passa a apresentar prejuízos,
algumas empresas saem desse setor. Esse processo faz com que as
empresas interfiram no mercado por meio do mecanismo de preço,
fazendo o mercado caminhar sempre para uma condição de equilíbrio.

Oferta, Demanda e Equilíbrio

Um mercado é formado pela demanda, que representa aqueles


que desejam comprar determinado produto ou serviço, e pela oferta que
representa aqueles que desejam produzir ou oferecer o produto ou
serviço.

A interação entre a demanda e a oferta, isto é, entre os


consumidores e os produtores estabelece o que chamamos de equilíbrio
de mercado. O equilíbrio de mercado se refere ao instante ou,
graficamente, ao ponto em que ocorre a igualdade entre a oferta e a
demanda.

O equilíbrio de mercado é uma espécie de coincidência de desejos.


Quer dizer que em um único instante ou ponto de determinado preço, a
quantidade que as empresas desejam ofertar iguala a quantidade de
produtos/serviços que os consumidores desejam adquirir.

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A noção de equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade


ofertada iguala-se à quantidade demandada, isto é, não sobra e nem
faltam produtos. Graficamente, visualizamos esse encontro no
cruzamento das retas de oferta e demanda.

Figura 3

Preço

Equilíbrio

D
Quantidade

Nesse ponto temos a noção de que se trata de uma situação


estática. Uma fotografia do mercado, como se estivesse parado. Na
prática, o mercado é dinâmico e está sempre se modificando, saindo e
tendendo ao equilíbrio.

O que acontece se por algum motivo o preço estivesse maior do


que aquele que equilibra o mercado?

Conforme o preço aumenta os consumidores desejam comprar


menos. Nesse mesmo momento, com um preço maior, a empresa deseja
produzir mais.

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Pronto, a noção de equilíbrio foi embora!! A quantidade ofertada


não é mais igual à quantidade demandada. O preço já não é mais
coerente com o desejo de consumo, pois por esse preço os consumidores
não estão dispostos a absorver toda a quantidade produzida. Há, portanto
um excesso de oferta: estão sobrando produtos no mercado.

O que ocorre quando sobram produtos no mercado?

Nessa situação, o preço de mercado se reduz até encontrar o


equilíbrio de mercado. Nesse ponto as quantidades voltam a coincidir.
Lembre-se de que esses movimentos ocorrem ao mesmo tempo e
rapidamente.

Assim, conforme o preço vai se reduzindo, alguns consumidores


passam a comprar o produto e ao mesmo tempo as empresas vão
ajustando sua produção para esse nível de consumo. Esse movimento
ocorre até que seja atingido o equilíbrio.

Percebemos então que o mercado se ajusta às alterações nos


preços. O mesmo raciocínio ocorre para um preço menor do que o preço
de equilíbrio.

Vamos exercitar? Novamente partimos de um ponto de equilíbrio, o


novo preço não atende mais à expectativa dos dois agentes. Com um
preço menor os consumidores estão dispostos a consumir mais. Porém,
ao mesmo tempo, esse preço não incentiva as empresas a produzir mais.

Neste caso temos um excesso de demanda. Uma situação que


pode ser chamada também de escassez de oferta, pois está faltando
produto nesse mercado. O que ocorre quando faltam produtos no
mercado? O preço tende a aumentar, pois a escassez incentiva os
consumidores a garantirem a sua parte, mesmo pagando um preço um
pouco maior.

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Conforme o preço vai aumentando, a quantidade demandada vai


diminuindo e ao mesmo tempo as empresas são incentivadas a aumentar
a produção. Esse movimento ocorre até que novamente as quantidades
sejam iguais.

Com isso concluímos que o preço de qualquer bem se ajusta de


forma a equilibrar o mercado. Pronto!! Chegamos à conhecida lei da
oferta e demanda.

Lembro vocês que nossa exposição ainda trata de um modelo


simplificado que pressupõe que o mercado é livre. Não há interferência do
governo e, assim, o preço que o consumidor paga é o mesmo que o
produtor recebe.

Até agora vimos o mercado se ajustando às situações de equilíbrio


inicial. No entanto, na maioria das vezes o que ocorre é o mercado se
estabilizar em um novo ponto de equilíbrio.

Para isso precisamos entender um pouco mais sobre o


comportamento da oferta e demanda. Procure separar as duas para
entender melhor sob cada ponto de vista. Depois voltaremos a analisar a
interação entre a oferta e a demanda, pensando no mercado e no seu
equilíbrio.

Oferta (S ou O)

A oferta representa o quanto a empresa está interessada em


produzir dependendo do preço do produto e em determinado período.
Assim, conforme aumenta o preço o empresário estará interessado em
produzir mais, pois “coeteris paribus” seus lucros serão maiores.

Há outras variáveis que interferem na quantidade de produtos que


uma empresa deseja ofertar, mas para facilitar a análise trabalhamos com
retas e supomos que o preço é a principal variável que interfere na
quantidade ofertada (Qs). Assim, a função oferta é dada por Qs = f (P) e
representada por uma reta com inclinação positiva conforme a figura 3.

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Qualquer alteração no preço do produto altera o ponto na mesma


reta. Existe uma relação direta ou positiva entre preço e quantidade
ofertada.

Oferta (S) versus Quantidade Ofertada (Qs)

A oferta é o quanto a empresa deseja produzir, dependendo do


preço, em termos gráficos é a reta. Já a quantidade ofertada representa o
quanto a empresa está efetivamente produzindo, sendo representada por
um ponto na reta da oferta.

Outras variáveis que afetam a oferta deslocam a reta. As principais


variáveis analisadas são: custo e tecnologia. Supondo que aumente o
custo de produção da empresa, o que ocorre com a oferta?

Cuidado! Lembre-se de que estamos trabalhando com mercados


de concorrência perfeita. A empresa não decide o preço! O preço é dado
pelo mercado.

Conforme aumenta o custo, a empresa deseja ofertar menos. Ao


mesmo preço como a perspectiva de lucro é menor, diminui o desejo em
produzir. A oferta (reta) se desloca para a esquerda.

Essa situação é momentânea! É claro que, como comentado


acima, os mercados tendem ao equilíbrio. Neste caso o novo equilíbrio
será com um preço maior e uma quantidade menor. Vamos pensar como
o mercado atingiu este equilíbrio...

Como no primeiro momento o preço não se alterou, conforme a


oferta se desloca para a esquerda, ao mesmo preço (“coeteris paribus”), a
quantidade ofertada diminui. O mercado não está em equilíbrio. O que
ocorre?

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A quantidade ofertada é menor do que a quantidade demandada


então falta produtos, o que tende a aumentar o preço. Como é um
processo dinâmico, conforme o preço aumenta a quantidade demandada
vai diminuindo e a quantidade ofertada vai aumentando. Esse processo
ocorre até o mercado atingir um novo equilíbrio.

Importante notar que exceto o preço, qualquer variável que afeta


diretamente a oferta deslocará a reta, isto é, mudará a oferta e não
apenas a quantidade ofertada.

Qualquer fator que diminuir a oferta representará um deslocamento


da reta para a esquerda e, quando a oferta aumentar deslocamos a reta
para a direita. Depois, é só observar o novo equilíbrio que é o ponto em
que as retas de oferta e demanda se cruzam.

Exercite um pouco como o mercado se ajusta até atingir o novo


equilíbrio, mas lembre-se de que comparamos apenas as situações de
equilíbrio.

Para resumir as alterações na oferta, observe a tabela:

Tabela 1

FATO OFERTA GRÁFICO EQUILÍBRIO

Deslocamento para Preço maior e


Aumento no custo Diminui
a esquerda quantidade menor

Deslocamento para Preço menor e


Queda no custo Aumenta
a direita quantidade maior

Aumento da
Deslocamento para Preço menor e
tecnologia Aumenta
a direita quantidade maior
disponível

Queda na
Deslocamento para Preço maior e
tecnologia Diminui
a esquerda quantidade menor
disponível

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Demanda (D)

A demanda representa o quanto os consumidores desejam adquirir


de determinado produto, dependendo do preço do produto em
determinado período. Conforme aumenta o preço o consumidor deseja
comprar menos.

Da mesma forma que ocorre com a oferta, há diversas variáveis


que afetam a demanda por um produto, mas para facilitar a análise
trabalhamos com retas e supomos que o preço é a principal variável que
interfere na quantidade demandada (Qd). Assim, a função demanda é
dada por Qd = f (P) e representada por uma reta com inclinação positiva,
conforme a Figura 3.

Qualquer alteração no preço do produto altera o ponto na mesma


reta. Neste caso, existe uma relação negativa ou inversa entre o preço e a
quantidade demandada. Se o preço aumenta a quantidade demandada
diminui, e se o preço cai a quantidade demandada aumenta. As variáveis
caminham em direções opostas.

Demanda (D) versus Quantidade Demandada (Qd)

A demanda é o quanto os produtores desejam produzir,


dependendo do preço, em termos gráficos é a reta. Já a quantidade
demandada representa o quanto os produtores estão efetivamente
produzindo, sendo representada por um ponto na reta de demanda.

Outras variáveis que afetam a demanda deslocam a reta. As


principais variáveis analisadas, além do preço do próprio produto
analisado, são: renda e o preço de outros bens.

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Mudanças na Renda

No caso da renda temos três casos possíveis de classificação: bem


normal, bem inferior e bem de consumo saciado.

1º Caso: Bem Normal

São aqueles em que há uma relação direta ou positiva entre a


renda e a quantidade demandada, isto é, são bens que conforme a renda
aumenta o consumidor deseja comprar mais, ou se a renda diminui o
consumidor deseja comprar menos.

Como exercício, analise a sua demanda por alguns produtos e diga


quais são classificados como bem normal. Esta análise é subjetiva e
depende muito do nível de renda, da região que está analisando, entre
outros fatores. Há estudos que observam a relação entre a renda e o
consumo de determinado bem para então classificar o tipo de produto.

Figura 4

Se minha renda aumentar....


eu viajaria mais, eu iria mais
ao cinema, eu compraria E se minha renda
mais roupas, diminuir?
eu ........., eu..... É melhor nem pensar.

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Para estes bens, conforme aumenta (diminui) a renda, ao mesmo


preço, o consumidor deseja comprar mais (menos), então a reta da
demanda se desloca para a direita (esquerda).

2º Caso: Bem Inferior

São aqueles em que há uma relação inversa ou negativa entre a


renda e a quantidade demandada, isto é, são bens que conforme a renda
aumenta o consumidor deseja comprar menos, ou se a renda diminui o
consumidor deseja comprar mais.

Consegue imaginar? Exemplo: se minha renda aumentar, desejo


utilizar menos o transporte público. Se minha renda diminuir,
provavelmente aumentarei o consumo de carne de segunda....

Para estes bens, conforme aumenta (diminui) a renda, ao mesmo


preço, o consumidor deseja comprar menos (mais), então a reta da
demanda se desloca para a esquerda (direita).

3º Caso: Bem de Consumo Saciado

São aqueles em que uma variação da renda não altera o consumo


do produto. Neste caso não ocorre nada com a demanda. Exemplo:
demanda por creme dental.

Mudanças nos Preços de Outros Bens

No caso de mudanças nos preços de outros bens, temos três


casos possíveis de classificação: bens substitutos, bens complementares
e bens independentes.

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1º Caso: Bens Substitutos

Como o nome diz são bens em que um substitui o outro. São bens
em que o consumidor não tem tanta preferência por um ou outro produto,
sendo a comparação de preço o fator determinante da demanda.

Agora analisamos o que ocorre com a demanda por um produto


conforme se altera o preço do outro bem. Conforme o preço do bem
substituto aumenta (diminui) a demanda pelo outro bem aumenta
(diminui).

Os bens substitutos são aqueles em que há uma relação direta ou


positiva entre o preço de um produto e a quantidade demandada do outro.
Exemplo: álcool e gasolina. Conforme aumenta o preço da gasolina
aumenta a demanda por álcool.

2º Caso: Bens Complementares

São os bens em que um complementa o outro, isto é, o consumidor


se interessa pelo conjunto.

Analisamos o que ocorre com a demanda por um produto conforme


se altera o preço do outro bem. Conforme o preço do bem complementar
aumenta (diminui) a demanda pelo outro bem diminui (aumenta).

Os bens complementares são aqueles em que há uma relação


inversa ou negativa entre o preço de um produto e a quantidade
demandada do outro. Exemplo: cinema e pipoca. Conforme aumenta o
preço do cinema diminuo a demanda por cinema e, por consequência,
também diminuo a demanda por pipoca. Outro exemplo de bens
complementares poderia ser: carro e o seguro.

3º Caso: Bens Independentes

São os bens em que a mudança no preço de um deles não altera a


demanda pelo outro. Estes produtos não teriam relação.

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Lembre-se de que em cada caso analisado acima há um


deslocamento da demanda, exceto o bem de consumo saciado e bens
independentes. Assim, como a oferta, quando a demanda diminui há um
descolamento da reta para a esquerda e, quando a demanda aumenta a
reta da demanda se desloca para a direita.

Para resumir as alterações na demanda, observe a tabela:

Tabela 2

FATO DEMANDA GRÁFICO EQUILÍBRIO

Deslocamento Preço maior e


Aumento da renda Aumenta
para a direita quantidade maior
Bem Normal
Deslocamento Preço menor e
Queda da renda Diminui
para a esquerda quantidade menor

Deslocamento Preço menor e


Aumento da renda Diminui
para a esquerda quantidade menor
Bem Inferior
Deslocamento Preço maior e
Queda da renda Aumenta
para a direita quantidade maior

Bem de Aumento da renda


Consumo Nada ocorre Nada ocorre Não se altera
Saciado Queda da renda

Aumenta a
Aumento no preço do Deslocamento Preço maior e
demanda pelo
bem substituto para a direita quantidade maior
Bens Substitutos outro bem

Queda no preço do Diminui a demanda Deslocamento Preço menor e


bem outro pelo outro bem para a esquerda quantidade menor

Aumento no preço do Diminui a demanda Deslocamento Preço menor e


bem complementar pelo outro bem para a esquerda quantidade menor
Bens
Aumenta a
Complementares Queda no preço do Deslocamento Preço maior e
demanda pelo
bem outro para a direita quantidade maior
outro bem

Aumento no preço
Nada ocorre com a
Bens de um produto
demanda pelo Nada ocorre Não se altera
Independentes Queda no preço de
outro
um produto

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Equilíbrio de Mercado

Toda a análise feita acima, com a oferta e demanda, entendendo


as principais variáveis que afetam diretamente na produção ou no
consumo são capazes de alterar o equilíbrio de mercado.

Como demonstrados nos quadros-resumo as variações na oferta


ou demanda causam um desequilíbrio no mercado de determinado
produto que em um processo dinâmico, via alteração de preços, vai
ajustando a Qs e Qd até alcançar um novo equilíbrio.

Portanto, partindo de uma situação de equilíbrio, temos que


enxergar para onde o mercado caminha. Os fatos que acontecem no dia-
a-dia interferem na demanda ou na oferta, fazendo o mercado reagir,
encontrando um novo equilíbrio. E a partir daí começamos tudo
novamente....

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Anotações

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Referências

MENDES, J. T. G. Economia: fundamentos e aplicações. 2 ed. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. (disponível na biblioteca virtual).

ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas,


2003.

PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Economia. 4 ed.


São Paulo: Saraiva, 2006.

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