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TEXTO 3 P O R F O R Ç A DA L E I , É P RE C I S O L E R .
Tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma
formação integral, balizada pelos direitos humanos e princípios AVALIE, ANALISE E ARGUMENTE!
democráticos, é preciso considerar a necessidade de desnaturalizar De que maneira a educação promove a formação para a cidadania? As escolas
qualquer forma de violência nas sociedades contemporâneas, incluindo ensinam aos alunos os direitos que lhes são resguardados e os deveres que lhes
a violência simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e cabem como membros solidários de uma comunidade política? Interessa ao
conhecimentos tidos como universais e que não estabelecem diálogo Estado fomentar a consciência crítica dos indivíduos e a participação social?
entre as diferentes culturas presentes na comunidade e na escola.
Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes, é necessário que a escola dialogue com a diversidade de formação e vivências para
enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos educativos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações
com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital, fortalece o potencial da escola como espaço formador
e orientador para a cidadania consciente, crítica e participativa.
A noção de cidadania, com direitos e deveres, e o reconhecimento da diversidade das sociedades pressupõem uma educação que estimule o
convívio e o respeito entre os povos.
Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ [Adaptado].
TEXTO 4 U M A I M A G E M V A L E M A I S Q UE M I L P A LA V R A S . S E R Á ?
LEITURA 2 S E N T E - S E , Q U E LÁ V E M LI T E R A T U RA !
– Como é mesmo seu nome?
Ele não teve coragem de confessar que esquecera como se chamava. SAIBA MAIS!
– José da Silva. [...] No conto “O nascimento de um cidadão”, o escritor brasileiro
Ele saiu. E sentia-se outro. Sentia-se como que – embriagado? – sim, como que Moacyr Scliar narra a história de um homem que, após ser
embriagado. Mas embriagado pelo céu, pela luz do sol, pelas árvores, pela multidão demitido, sente-se envergonhado por não conseguir um novo
que enchia as ruas. Tão arrebentado estava que, ao atravessar a avenida, não viu o emprego e resolve abandonar a família. Em situação de rua ao
ônibus. O choque, tremendo, jogou-o à distância. Ali ficou, imóvel, caído sobre o longo de muito tempo, ele esquece aos poucos seu passado até
asfalto, as pessoas rodeando-o. Curiosamente, não tinha dor; ao contrário, sentia-se não lembrar o próprio nome. Sua condição solitária e anônima
leve, quase que como flutuando. Deve ser o banho, pensava. contribui para que perca as referências de sua identidade. No fim
Alguém se inclinou sobre ele, um policial. Que lhe perguntou: da narrativa, ele consegue obter ajuda numa instituição religiosa.
– Como é que está, cidadão? Dá para aguentar, cidadão? Depois de tomar banho e vestir roupas limpas, o destino o
Isso ele não sabia. Nem tinha importância. Agora sabia quem era. Era um cidadão. aguarda com um fim, contraditoriamente, triste e revelador.
Não tinha nome, mas tinha um título: cidadão. Ser cidadão, para ele, o começo de tudo.
Ou o fim de tudo. Seus olhos se fecharam. Mas seu rosto se abriu num sorriso. O último sorriso do desconhecido, o primeiro sorriso do cidadão.
Disponível em: http://redeglobo.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-4121-2-64454,00.html [Adaptado].
LEITURA 3 N Ó S Q U E A Q UI E S T A M O S P O R V Ó S E S P E RA M O S .
Silvio Brava: Quase todos os atores coletivos sociais e políticos, senão todos, se
dizem defensores da cidadania... Afinal, nós estamos falando de qual cidadania? SAIBA MAIS!
Chico de Oliveira: Um caminho seria a gente tentar fazer uma definição que não Em editor-chefe do jornal “Le Monde Diplomatique Brasil”, Silvio
é de ausência, nem de carências, mas é uma definição de plenitude. Cidadania Brava, o sociólogo brasileiro Chico de Oliveira discute o que é preciso
seria uma espécie de estado de espírito em que o cidadão fosse alguém que para formar um cidadão nas sociedades modernas, defendendo que
estivesse em pleno gozo de sua autonomia, e esse gozo de sua autonomia não a autonomia dos indivíduos deve ser garantida pela mediação das
fosse um gozo passivo, mas sim um gozo ativo, de plena capacidade de intervir instituições que são criadas de forma democrática e pública.
nos negócios da sociedade e, por meio de outras mediações, intervir também nos
negócios do Estado, que regula a sociedade da qual ele faz parte. Isso na
concepção ativa de cidadania, não apenas de quem recebe, mas, na verdade, de um ator que usa seus recursos econômicos, sociais, políticos e culturais para
atuar no espaço público.
A cidadania pode ser definida, em forma sintética, como o estado pleno de autonomia, quer dizer, saber escolher, poder escolher e efetivar as escolhas. No
Estado moderno, na sociedade moderna, significa dizer um cidadão pleno, consciente e ativo dos seus direitos, dos direitos individuais e dos direitos coletivos.
Disponível em: https://www.polis.org.br/uploads/825/825.pdf [Adaptado].