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Angelologia
Origem, Natureza, Queda, e Classificação dos Anjos
A Doutrina dos Anjos segue logicamente, a Doutrina de Deus, pois os anjos são
principalmente, ministros da providência Divina. Embora as Escrituras falem muito sobre eles,
existe hoje em dia, um desconhecimento geral sobre os anjos, e muitos rejeitam a idéia que eles
existem. Várias coisas contribuíram para estas atitudes. A adoração gnóstica dos anjos (Col. 2:
18); as especulações tolas dos tempos medievais; a crença moderna ligada com o espiritismo e a
adoração de Satanás e demônios. Mas há muitas razões porque devemos crer na existência
deles:
1. A existência e ministério dos anjos é ensinada abundantemente nas Escrituras. Jesus falou
bastante sobre eles, e nós não podemos descartar Seus ensinamentos.
2. A evidência de pessoas possessas e oprimidas pelos demônios e da adoração a eles confirma
a sua existência. Paulo considerou a idolatria como adoração aos demônios (1 Cor. 10: 20 etc.).
3. O aumento do espiritismo mostra a necessidade de entender bem esta doutrina. As Escrituras
condenam a necromancia - a invocação de espíritos de ente-queridos (Deut. 18: 10-12; Isa. 8: 19
etc.). Este fenômeno vai aumentar nos últimos dias (1 Tim. 4: 1).
4. A obra de Satanás e os espíritos malignos que estão tentando impedir o progresso da graça de
Deus em nossos corações e a obra de Deus no mundo, deve ser entendida, para que nós
saibamos o que será o futuro desta guerra espiritual, e sejamos confiantes que Satanás será
derrotado (Gên. 3: 15; Rom. 16: 20; Apoc. 12: 7-9; 20: 1-10).
O estudo de Angelologia será dividido em duas partes:
I. A origem, natureza, queda e classificação dos anjos;
II. As obras e o destino dos anjos.

I. A Origem dos Anjos


As Escrituras Sagradas confirmam constantemente a existência dos anjos bons e maus.
Salmo 148: 2-5 inclui os anjos com o sol, a lua e as estrelas como parte da criação de Deus. João
1: 3 indica que Jesus criou todas as coisas. Entre “todas as coisas”, são todas as coisas “nos céus
e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer
potestades. Tudo foi criado por meio dEle, e para Ele” (Col. 1: 16; cf. Efés. 6: 12). O fato que Deus
é imortal (1 Tim. 6: 16), implica que os anjos foram criados por Deus, devendo a sua existência
contínua ao apoio constante de Deus. O tempo da sua criação não é definido, mas
provavelmente, ocorreu antes da criação dos céus e da terra (Gên. 1: 1). Segundo Jó,
“rejubilavam todos os filhos de Deus” quando Ele fundou as bases da terra (Jó. 38: 4-7).
Claramente, eles existiam quando Satanás, um ser angelical, apareceu pela primeira vez (Gên. 3:
1). Embora nós não saibamos quantos anjos existem, as Escrituras falam que a quantia é muito
grande (Dan. 7: 10; Mat. 26: 53; Heb. 12: 22; Apoc. 5: 11).

II. A Natureza dos Anjos


A. Eles não são seres humanos glorificados.
O homem e os anjos são distintos. As Escrituras dizem que os santos serão como os
anjos, não falam que serão anjos. As “hostes incontáveis dos anjos” são distintas dos “espíritos
dos justos aperfeiçoados” (Heb. 12: 22, 23). O homem foi feito mais baixo do que os anjos, e será
exaltado para estar mais alto do que eles (Sal. 8: 5 cf. Heb. 2: 7). Os crentes vão julgar os anjos
no futuro (1 Cor. 6: 3).

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(Observação: este julgamento não significa que o homem mesmo literalmente julgará os anjos,
nem mandar nos anjos. O homem somente pode mostrar autoridade sobre os anjos caídos,
usando a Palavra de Deus (Mat. 4: 4, 7, 10), o Sangue e a palavra do seu testemunho (Apoc. 12:
11) e o nome de Jesus (Marcos 16: 17). Este “julgamento” somente pode ser no sentido de uma
participação do homem no julgamento final do mundo e dos anjos. Isto não significa que o
homem vai pronunciar a sentença. Podemos pensar assim: Deus vai apresentar o caso contra
eles e declarar a sentença. O homem vai julgar no sentido de concordar com a declaração de
Deus. Somente Deus tem o direito e a autoridade de pronunciar o julgamento. Em nenhuma
passagem das Escrituras achamos que um homem mandou num anjo de Deus. Como o homem
pode julgar os anjos de Deus, cuja responsabilidade e emprego é o cumprimento dos Seus
desejos, quando o homem não tem conhecimento de tais desejos?.
B. Eles não possuem corpos físicos.
Eles são chamados “ventos” ou “espíritos” (Heb. 1: 7; cf. Sal. 104: 4). Hebreus 1: 14 diz,
“Não são todos eles espíritos, ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar
a salvação?”. A sua incorporalidade parece bem claro em Efésios 6: 12, onde Paulo diz, “Porque a
nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.
Os anjos, às vezes, se revelaram em forma corporal (Gên. 18: 19; Luc. 1: 26; João 20: 12;
Heb. 13: 2), mas isto não significa que eles têm corpos materiais como parte necessária da sua
existência.
C. Eles são uma companhia, não uma raça.
Os anjos são mencionados como “as hostes” e não “a raça” (Sal. 148: 2). Eles não casam
nem se dão em casamento (Luc. 20: 34-37). Eles são chamados “filhos de Deus” no Velho
Testamento (Jó 1: 6; 2: 1; 38: 7; cf. Gên. 6: 2, 4), mas as Escrituras jamais falam dos filhos dos
anjos. A palavra “anjo” nas Escrituras é masculino em gênero. Embora este gênero não estipule
um sexo, os anjos perto do túmulo de Jesus foram identificados como homens (Luc. 24: 4). Um
jovem estava assentado no túmulo (Marcos 16: 5).
Porque os anjos são uma companhia e não uma raça, eles pecaram individualmente e não
de modo geral. Talvez por causa disto, Deus não providenciou nenhuma provisão de salvação
para os anjos caídos. As Escrituras falam, “Pois ele, evidentemente, não socorre a anjos, mas
socorre a descendência de Abraão” Heb. 2: 16).
D. Eles são mais inteligentes do que os homens, mas não oniscientes.
A sabedoria de um anjo é considerada muito grande (2 Sam. 14: 20). Jesus disse,
“daquele dia, e hora, ninguém sabe, nem os anjos dos céus” (Mat. 24: 36). Paulo usou os anjos
como testemunhos (1 Tim. 5: 21). Até os anjos caídos têm sabedoria e conhecimento anormal.
Um disse a Jesus, “Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Lucas 4 : 34). Os anjos querem
aprender algo das maravilhas da salvação (1 Ped. 1: 11-12).
E. Eles são mais poderosos do que os homens, mas não onipotentes.
Dizem que eles são mais fortes e poderosas do que o homem (2 Ped. 2: 11; cf. Sal. 103:
20). Paulo os chama os “anjos poderosos” (2 Tess: 1: 7). Exemplos do poder deles vemos quando
eles libertaram os apóstolos da prisão (Atos 5: 19; 12. 7) e na retirada da pedra do túmulo de
Jesus (Mat. 28: 2). Eles têm força limitada, mostrada na guerra entre os anjos bons e maus (Apoc.
12: 7). O anjo que chegou para ajudar a Daniel, precisava da ajuda de Miguel na luta contra o
príncipe da Pérsia (Dan. 10: 13). Nem Miguel, o arcanjo (Judas 9) nem Satanás (Jó 1: 12; 2: 6),
têm poder infinito.
F. Eles são mais nobres do que o homem, mas não onipresente.
Eles não podem estar em mais do que um lugar no mesmo tempo. Eles andam aqui na
terra (Jó 1: 7; Zac. 1: 11; 1 Ped. 5: 8), se deslocando de um lugar para outro (Dan. 9: 21-13). Isto,
às vezes, envolve tempo e demora (Dan. 10: 10-14). Até o conceito deles voando sugere que os
anjos sejam “espíritos ministradores”, “enviados para render serviço àqueles que vão herdar a

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salvação” (Heb. 1: 14). Os anjos caídos são membros do reinado de Satanás e, então, sujeitos à
sua autoridade e obviamente o servem (2 Cor. 11: 14,15).

III. A Queda Dos Anjos.


A. O Fato da Queda.
Começando, vamos considerar o problema da origem do mal, pois o mal originou-se no
céu e não na terra. Todos os homens aceitam o fato solene de que o mal existe neste mundo.
Somente alguns filósofos hindus e a seita Ciência Cristã não aceitam o fato., dizendo que o mal é
“ilusão” e o considera como “erro da mente” Certamente, a presença do mal no mundo é um dos
problemas mais perplexos na filosofia e teologia. Este existe porque é difícil unir/harmonizar, a
idéia do mal com a concepção de um benevolente, santo e infinito Deus. Alguns declaram que as
duas idéias são absolutamente incongruentes, e adotam a posição de dualismo, crendo que o
mal, tanto quanto o bem, é eterno. Esta fala que nunca houve universo perfeito e,
consequentemente, a queda para o pecado nunca aconteceu. Esta é a crença do Zoroastrismo
Pérsico, Gnosticismo e Manicheanismo. Muitos teólogos modernos aceitam estas idéias, e
ensinam que Deus é finito e que Ele luta contra o mal que é eterno. Todas estas teorias foram
inventadas, na tentação de absolver Deus da culpa de criar o mal, mas elas não fazem menos do
que desvalorizar a Sua pessoa.
É lógico que os anjos foram criados perfeitos. No primeiro capítulo de Gênesis, fala sete
vezes que tudo que Deus criou foi bom. Em Gên. 1: 31, achamos “Viu Deus tudo o que tinha feito,
e que era bom”. Isto deve incluir a perfeição dos anjos em santidade quando foram criados
originalmente. Se Ezeq. 28: 15 refere a Satanás, como a maioria dos comentaristas falam, isto
significa que ele foi criado perfeito. Mas várias passagens das Escrituras representam alguns
anjos como maus (Sal. 78: 49; Mat. 25: 41; Apoc. 9: 11; 12: 79). Isto é porque eles “não
guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio” (2 Ped. 2: 4; Judas
6). Certamente, Satanás era o líder da rebelião. Podemos ligar esta idéia com Ezequiel 28: 15-19
e Isaias 14: 12-15. Não resta dúvida de que alguns dos anjos caíram.
B. O Tempo da Queda.
As Escrituras são silenciosas neste ponto, mas é claro que a queda dos anjos ocorreu
antes da queda do homem, pois Satanás entrou no jardim do Éden na forma de uma serpente e
induziu Eva a pecar. Portanto, não podemos dizer quanto tempo passou entre a queda dos anjos
e a queda do homem. Aqueles que pensam nos “dias da criação” sendo épocas grandes, vão
pensar que a queda dos anjos aconteceu antes ou durante esta época grande. Aqueles que
pensam que Gênesis 1: 2 representa uma grande catástrofe, geralmente consideram que a queda
dos anjos aconteceu antes de Gênesis 1: 1, ou entre v. 1 e v. 2. Que esta queda aconteceu antes
do Capítulo 3: 1, é bem claro.
C. A Causa da Queda.
Este é um dos mistérios mais profundos da teologia. Os anjos foram criados perfeitos;
cada desejo do seu coração foi direcionado para Deus; as suas vontades foram inclinadas para
Deus. A pergunta é: como os anjos podiam cair? Como o primeiro desejo não santo podia
aparecer em tal coração e como a vontade santa podia rebelar contra a de Deus? Vamos
considerar várias soluções destas polêmicas.
Alguns dizem, porque tudo que existe foi feito por Deus, Ele deve ser o Autor do pecado.
Podemos responder assim: se Deus é o Autor do mal e condena a criação porque faz o mal, nós
não temos um universo moral. Outros dizem que o mal existe por causa da natureza do mundo;
que a existência do mundo é o maior de todos os males e é a fonte de todos os outros males; a
natureza mesma é má. As Escrituras declaram muitas vezes que tudo que Deus fez é bom, e Elas
rejeitam a idéia de que a natureza é inerentemente má (1 Tim. 4: 4). Alguns dizem que o mal
existe por causa da natureza da criatura; que o pecado é uma fase necessária no
desenvolvimento do espírito do homem. Mas as Escrituras não falam nada sobre desenvolvimento
evolucionário e consideram o universo e a criatura perfeitos, no princípio.

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Ajuda a lembrar que originalmente, a criatura tinha a habilidade para pecar ou não pecar.
Ela estava na posição onde ela podia escolher entre as duas escolhas, sem ser forçada para
escolher a alternativa. Em outras palavras, a vontade da criatura era autônoma.
Devemos concluir, então, que a queda dos anjos aconteceu porque eles deliberadamente
rebelaram-se contra Deus. Foi a escolha dos seus próprios interesses em preferência à escolha
de Deus e dos Seus interesses. Se nós perguntássemos qual era o motivo desta rebelião, as
Escrituras dariam várias respostas. A grande prosperidade e beleza podem ser consideradas pela
rebelião. O rei de Tiro aparece como símbolo de Satanás e ele caiu por causa destas coisas
(Ezeq. 28: 11-19; cf. 1 Tim. 3: 6). Ambição excessiva e o desejo de ser mais alto do que Deus
pode ser outra indicação. O rei da Babilônia é acusado de ter tal ambição, e ele também, pode ser
símbolo de Satanás (Isa. 14: 13 etc.). Parece que os pecados de orgulho e ganância estavam
envolvidos em tudo isto. Provavelmente, a queda de Satanás foi responsável pela queda dos
outros anjos. O Dragão arrastou à Terça parte das estrelas do céu, com a sua cauda (Apoc. 12:
4). Isto pode significar um terço dos anjos caindo com Satanás.
D. O Resultado da Queda.
As Escrituras mostram vários resultados desta queda:
i. Todos perderam a sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e
conduta (Mat. 10: 1; Efés 6: 11 etc.; Apoc. 12: 9).
ii. Alguns foram lançados para o inferno, onde esperam o julgamento (2 Ped. 2: 4;
Judas 6).
iii. Alguns estão livres e agem contra a obra dos bons anjos e a vontade de Deus (Dan. 10:
12 etc., 20 etc; Judas 9; Apoc. 12: 7-9).
iv. Talvez eles afetassem a criação original. Dizem que a terra foi amaldiçoada por causa do
pecado de Adão (Gên. 3: 17-19), e que a criação está gemendo por causa da queda (Rom.
8: 19-22). Alguns pensam que o pecado dos anjos tem alguma coisa a ver com a
destruição da criação original de Gên. 1: 2.
v. Num dia futuro, eles serão lançados para a terra (Apoc. 12: 8 etc.), e depois do seu
julgamento (1 Cor. 6: 3), eles serão lançados para o lago de fogo (Mat. 25: 41; 2 Ped. 2: 4;
Judas 6). Satanás ficará no abismo por mil anos, antes de ser lançado definitivamente para
o lago de fogo (Apoc. 20: 1-3; 10)

IV. A Classificação dos Anjos


Há duas classes de anjos; os bons e os maus, mas tem subdivisões nelas.

A. Os Anjos Bons.
Há vários tipos.
1. Os Anjos em Geral.
A palavra “anjo”, no grego e hebraico, significa “mensageiro”. Os discípulos que João
enviou a Jesus eram chamados “mensageiros” (Luc. 7: 24). Somente o contexto esclarece se ou
não a passagem da Bíblia denota mensageiro humano ou super humano. Destes anjos, há uma
quantia muito grande (Dan. 7: 10; cf. Apoc. 5: 11; Sal. 68: 17; Mat. 26: 53; Heb. 12: 22). Eles
podem aparecer individualmente (Atos 5: 19), em pares (Atos 1: 10), ou em grupos (Luc. 2: 13).
2. Os Querubins.
Os querubins estão mencionados em Gên. 3: 24; 2 Reis 19: 15; Ezeq. 10: 1-22; 28: 14-16.
A etimologia da palavra não é conhecida com certeza, mas é sugerido que signifique “cobrir” ou
“guardar”. Um querubim guardava a entrada do jardim do Éden (Gên, 3: 24). Dois querubins de
ouro quardavam por cima da arca da aliança (Êxod. 25: 19; 1 Reis 6: 23-28). Querubins também
estavam desenhados nas cortinas e véu do tabernáculo (Êxod. 26: 1, 31) e nas portas do templo
(1 Reis 6: 32, 35). O fato que eles guardam a entrada do paraíso, e que eles estão numa maneira

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representados apoiando o trono de Deus (Sal. 18: 10; 80: 1; 99: 1), e que as suas figuras estavam
nas cortinas e portas do templo, faz pensar que eles são principalmente os guardas do trono de
Deus. Satanás podia ter sido um deles antes da sua queda (Ezeq. 28: 14-16).
3. Os Serafins.
Os serafins são mencionados somente pelo seu nome em Isaias 6: 2, 6. Eles parecem
distintos dos querubins, pois fala que Deus está assentado acima dos querubins (1 Sam. 4: 4; Sal.
80: 1; 99: 1)., mas os serafins estavam por cima dEle (Isa. 6: 2). Os seus deveres também eram
diferentes daqueles dos querubins. Eles lideram o céu na adoração ao Deus Altíssimo e purificam
os servos de Deus para que possam fazer adoração e serviço aceitável. Então, parece que eles
estão ligados com adoração e santidade, ao invés de justiça e poder. Em profunda humildade e
reverência, eles cumprem seu ministério. Os querubins são os guardas do trono de Deus e
embaixadores extraordinários de Deus. Então, podemos ver que os dois têm sua distinta posição
e seu próprio ministério.
4. As Criaturas Viventes.
Alguns identificam as criaturas viventes de Apoc. 4: 6-9, com os querubins, e outros, com
os serafins. Há diferenças marcantes entre os dois, então, provavelmente seja melhor identificá-
los como outro tipo de anjo do que os querubins e serafins. Eles adoram a Deus, dirigem os
julgamentos de Deus (Apoc. 6: 1-8; 15: 7), e presenciam a adoração dos cento e quarenta e
quatro mil (Apoc. 14: 3). Eles são ativos em volta do trono de Deus, igualmente com os querubins
e serafins.
5. Os Arcanjos.
O termo “arcanjo” ocorre somente duas vezes nas Escrituras (1 Tess. 4: 16; Judas 9), mas
há outras referências relativas a um arcanjo, Miguel. Ele é o único anjo que é chamado “arcanjo”.
As Escrituras falam que ele tem os “seus anjos” (Apoc. 12: 7), e é descrito como “o príncipe “ da
nação de Israel (Dan. 10: 13, 21; 12: 1). Os livros Apócrifos mencionam seis anjos de poder: Uriel,
Rafael, Raquel, Miguel, Zariel, Gabriel e Remiel. O livro Tobias diz, “Eu sou Rafael, um dos sete
anjos santos que oferecem a Deus as orações dos santos e entram na presença da glória do
Santo”. Embora estes livros sejam apócrifos, eles ainda nos mostram o que é que os anciãos
creram concernente aos arcanjos. Parece que Gabriel pode qualificar como o segundo arcanjo
(Dan. 8: 16; 9: 21; Lucas 1: 19, 26). Parece que os arcanjos têm a responsabilidade de proteger e
prosperar Israel (Dan. 10: 13, 21; 12: 1); de anunciar o nascimento do Salvador (Lucas 1: 26-38);
de derrotar Satanás e seus anjos no atentado de matar o homem-filho e a mulher (Apoc. 12: 7-12)
e de anunciar a volta de Cristo para o Seu povo (1 Tess. 4: 16-18).
6. Os Vigilantes.
Em Daniel 4: 13, o Vigilante santo é mencionado e no versículo 17, os vigilantes.
Provavelmente, eles são os anjos enviados por Deus para vigiar. O nome sugere a vigilância.
Eles também estão envolvidos como mensageiros, trazendo mensagens de Deus ao homem. Se
eles formam uma classe especial dos anjos, nós não sabemos.
7. Filhos de Deus.
Outra frase usada para “anjo” é “filhos de Deus”. Esta frase é usada em Jó 1: 6; 2: 1; e 38:
7 em referência aos anjos, incluindo Satanás. Eles são filhos de Deus no sentido de que eles
foram criados por Deus. É a verdade, que a palavra “deuses” (elohim) é usada para os anjos (Sal.
8: 5; cf. Heb. 2: 7). Alguns dizem que os filhos mencionados em Gênesis 6: 2, são os anjos que
coabitaram com mulheres; talvez tenha ligação com a linhagem de Sete.
Há indicações que houve organização entre os anjos. Em Colossenses, Paulo fala de
tronos, domínios, governantes, e autoridades, e acrescenta que eles foram “criados por Ele e para
Ele”. Parece que Paulo está falando dos bons anjos. Em Efésios 1: 21, parece que a referência
inclui os anjos bons e maus. Em outras passagens, esta terminologia certamente referem-se aos
anjos maus (Rom. 8: 38; Efés. 6: 12; Col. 2: 15).

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Portanto, não é provável que Paulo queira apresentar uma hierarquia entre os anjos.
Paulo não ensina sobre qualquer graduação dos anjos. Podemos somente dizer que talvez os
tronos refiram aos seres angelicais cujo lugar é na presença imediata de Deus. Estes anjos têm
poder real que eles exercitam sob a direção direta de Deus. Parece que o segundo nível é a
soberania. Parece que os governantes referem-se aos governadores sobre povos distintos ou
nações. Assim, dizem que Miguel é o príncipe de Israel (Dan. 10: 21; 12: 1). Também, achamos o
príncipe da Pérsia e o príncipe da Grécia (Dan. 10: 20). Parece que isto significa que um é
príncipe em um destes principados. Esta parece a situação no caso dos anjos sobre as sete
igrejas em Apocalipse (Apoc. 1: 20). Portanto, alguns pensam que estes “anjos” sobre as sete
igrejas eram os líderes daquelas igrejas.
A frase “anjo do Senhor” é usada muitas vezes no Velho Testamento, mas esta não tem
ligação com um anjo qualquer, mas refere-se ao Cristo pre-encarnado – Teofania e, então, não
faz parte deste estudo.

B. Os Anjos Maus.
Como existe diferença entre os anjos bons, também existem diferenças entre os anjos
maus.
1. Os anjos guardados numa prisão.
Estes são mencionados especificamente em 2 Pedro 2: 4 e em Judas 6. Todos os
comentaristas concordam no que Pedro e Judas estão falando sobre os mesmos anjos. Pedro só
fala que eles pecaram e que Deus os expulsou do céu, “precipitando-os no inferno, os entregou a
abismos de trevas reservando-os para juízo”. Mas Judas representa o pecado dos anjos como o
fato que eles “não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio”.
Talvez, Judas estivesse pensando no versículo de Deut. 32: 8 que diz que Deus dividiu as nações
“segundo o número dos anjos de Deus”. É considerado que Deus colocou um ou mais dos anjos
sobre cada nação. O fato que várias nações são controladas por um ou outro destes “príncipes” é
bem claro em Dan. 10: 13, 20 etc., 12: 1. Provavelmente, o fato que eles deixaram seu próprio
principado significava que eles ficaram infiéis na execução dos seus deveres (desobediência?). O
mais provável, é que eles queriam ganhar uma posição melhor num principado maior (orgulho e
ganância?). Também, pode significar que eles deixaram a sua própria habitação e desceram para
a terra.
Outra interpretação existe também. Em Judas, o pecado de Sodoma e Gomorra parece
similar ao pecado dos anjos presos em correntes. Talvez isto significa que o pecado dos anjos era
um tipo de imoralidade grossa. Alguns sugerem que o pecado de Gên. 6: 2, fosse dos anjos
sendo envolvidos sexualmente com mulheres, (como os anjos podiam ser envolvidos com
mulheres, sendo que eles não tem sexo?) e o castigo foi para eles serem lançados para o abismo
das trevas (o hades?). A punição destes anjos consiste de ser presos nos abismos das trevas,
mantidos algemados, esperando o dia do juízo.
2. Os anjos que estão livres.
Muitas vezes eles são mencionados como sendo vinculados com Satanás, seu líder (Mat.
25: 41; Apoc. 12: 7-9). Outras vezes, estão mencionados separadamente (Sal. 78: 49; Rom. 8: 38;
1 Cor. 6: 3; Apoc. 9: 14). Eles estão incluídos nas categorias dominadas por Cristo em Efés. 1: 21,
e estão mencionados especificamente em Efés. 6: 12 e Col. 2: 15. A ocupação principal destes
parece ser no apoio do seu líder Satanás, na sua guerra contra os anjos, o povo e o propósito de
Deus.
3. Os demônios.
Os demônios estão mencionados freqüentemente nas Escrituras, e particularmente nos
Evangelhos. Eles são seres espirituais (Mat. 8: 16), chamados “espíritos imundos” (Marcos 9: 25).
Eles funcionam sob a autoridade de Satanás (Luc. 11: 15-19), mas são eles finalmente sujeitos à
autoridade de Deus, (Mat. 8: 29). Demônios podem causar mudez (Mat. 9: 32 etc.), cegueira
(Mat. 12: 22), feridas pessoais (Marcos 9: 18), outros defeitos e deformidades físicas, (Luc. 13: 11-
17) e perturbam o espírito do homem (Luc. 8: 26-39). Eles lutam contra a obra de Deus,

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corrompendo a sã doutrina (1 Tim. 4: 1-3) e a sabedoria que vem do alto (Tiago 3: 15), e a
comunhão Cristã (1 Cor. 10: 20 etc.).
Os demônios são distintos ou não, dos anjos caídos livres? Alguns sugerem que os
demônios sejam espíritos sem corpos, de uma raça antes de Adão. É mais fácil identificá-los
como os anjos caídos que ainda estão livres. Eles às vezes, possuem indivíduos, como parte da
sua estratégica de frustrar o programa de Deus, ao invés de ter um mero desejo de ser revestidos
com um corpo humano. Eles, sob a liderança de Satanás, são inimigos de Deus e do Seu reino.
Satanás controla estes espíritos caídos. Eles escolheram seguir a Satanás, ao invés de servir a
Deus. Eles apoiam livremente o seu líder num reino altamente sofisticado e organizado (Mat. 12:
26).

4. Satanás.
Este ser angelical maligno, é mencionado em Gên. 3: 1-15; 1 Crôn. 21: 1; Jó 1: 6-12; 2: 1-
7; Zac. 3: 1 etc. No Novo Testamento, Satanás é mencionado freqüentemente (Mat. 4: 1-11;
Lucas 10: 18 etc.; João 13: 2, 27; 1 Ped. 5: 8 etc.; Apoc. 12; 20: 1-3, 7-10).
As Escrituras testificam abundantemente concernente à personalidade de Satanás.
Pronomes o descrevem (Jó. 1: 8, 12; Zac. 3: 2; Mat. 4: 10; João 8: 44); atributos pessoais são lhe
atribuídos, por exemplo: vontade (Isa. 14: 13 etc.; cf. 1 Tim. 3: 6); conhecimento (Jó 1: 9 etc.), e
atos pessoais são feitos por ele (Jó 1: 9-11; Mat. 4: 1-11; João 8: 44; 1 João 3: 8; Judas 9; Apoc.
12: 7-10).
Nas Escrituras este ser poderoso é descrito por vários nomes diferentes:

i. Satanás (1 Crôn. 21: 1; Jó 1: 6; Zac. 3: 1; Mat. 4: 10;2 Cor. 2: 11; 1 Tim. 20). Este
termo significa “adversário”; ele é o adversário de Deus e do homem (1 Ped. 5: 8).
Diabo (Mat. 13: 39; João 13: 2; Efés. 6: 11; Tiago 4: 7).).
ii. O diabo. Ele é mencionado como o diabo somente no Novo Testamento, e significa
que ele é o difamador e acusador dos irmãos (Apoc. 12: 10). Ele difama Deus ao homem
(Gên. 3: 1-7) e o homem a Deus (Jó 1: 9; 2: 4)
iii. O dragão (Apoc. 12: 3, 7; 13: 2; 20: 2; cf. Isa. 51: 9). A palavra “dragão” significa
literalmente “serpente” ou “monstro do mar”. O dragão é a personificação de satanás e
também de Faraó (Ezeq. 29: 3; 32: 2). O dragão como a serpente do mar, pode
representar as atividades de satanás nos “mares” humanos do mundo.
iv. A serpente (Gên. 3: 1; Apoc. 12: 9; 20: 2 cf. Isa. 27: 1). Neste termo, podemos ver a sua
corrupção e falsidade (2 Cor. 11: 3).
v. Belzebu (Mat. 10: 25; 12: 24-27; Marcos 3: 22; Luc. 11: 15-19).O sentido exato deste
termo é desconhecido. Na língua aramaica, este significa “senhor do esterco”. Também é
sugerido que significa “dono da casa”.

vi. Maligno (2 Cor. 6: 15). Este termo foi usado no Velho Testamento, significando
“inutilidade”; “indignidade” (2 Sam. 23: 6. Veja Juízes 20: 13; cf. 1 Sam. 10: 27; 30: 22; 1
Reis 21: 13).
vii. Lúcifer (Isa. 14: 12). Significa “a estrela da manhã”, um apelido para o planeta Vênus.
Significa literalmente “carregador de luz”, e pode referir-se a Satanás. Como Lúcifer,
Satanás é considerado como um anjo de luz. (2 Cor. 11: 14).
Outros nomes diferentes que são apenas palavras e frases descritivas, descrevem o
caráter de Satanás:

viii. O maligno (Mat. 13: 19, 38; Efés. 6: 16; 1 João 2: 13 etc; 5: 19). Esta é uma descrição do
seu caráter e trabalho. Ele é mau, cruel e tirânico, para com todos que ele controla e seu
desejo total é fazer o mal.

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ix. O tentador (Mat. 4: 3; 1 Tess. 3: 5). Este nome indica seu desejo constante de incitar o
homem a pecar. Ele apresenta os argumentos mais plausíveis, justificando o pecado,
apresentando benefícios mais vantajosos e falsos.
x. O deus deste mundo – significando literalmente “desta época” (2 Cor. 4: 4). Assim, ele
tem os seus servos (2 Cor. 11: 15), doutrinas (1 Tim. 4: 1), sacrifícios (1 Cor. 10: 20) e
sinagogas (Apoc. 2: 9). Ele patrocina a religião do ser humano, as seitas, o oculto e os
sistemas infernais que tentaram atrapalhar a igreja durante os séculos. Jesus não estava
pensando em tudo isto quando Ele expôs o Seu propósito em Mat. 16: 18?
x. O príncipe das potestades do ar (Efés. 2: 2). Assim, ele é o líder dos anjos maus (Mat.
12: 24; 25: 41; Apoc. 12: 7; 16: 13 etc.). Ele tem hostes de subordinados, que cumprem os
desejos de Satanás e ele mesmo os governa com poder despótico.

xii. O príncipe deste mundo (João 12: 31; 14: 30; 16: 11). Isto se refere à sua influência
sobre os governos deste mundo. Jesus não disputou o direito de Satanás de estar neste
planeta (Mat. 4: 8 etc). Portanto, Deus tem estabelecido os limites de Satanás, e quando o
seu tempo terminar, Cristo Jesus, que somente tem o direito de reinar, reinará para
sempre.
As hostes do maligno são organizadas, e Satanás é o chefe. Os principados em Romanos
8: 38 são principados e governadores maus (cf. Dan. 10: 13, 20). Parece que as organizações dos
anjos bons e maus estão incluídas no governo, na autoridade, no poder e domínio mencionadas
em Efés. 1: 21. As autoridades mencionadas em Efés. 6: 12 e Col. 2: 15 são malignas. O que é e
como é o relacionamento entre estas forças malignas e Satanás, não estão esclarecidos nas
Escrituras.

V. O Trabalho dos Anjos


I. O Trabalho dos Anjos Bons.
Podemos dividir este assunto em três partes: 1. O trabalho dos Anjos Bons; 2. O trabalho
dos anjos maus; 3. O trabalho de Satanás.

1. O trabalho dos anjos bons concernente à vida e o ministério de Cristo.


Destaca o fato de que o Senhor Jesus Cristo, longe de repudiar a Sua crença na existência
dos anjos, recebeu a ajuda deles numa maneira espetacular. Maria foi avisada pelo anjo Gabriel
que ela seria a mãe do Salvador (Luc. 1: 26-38). Foi comunicado a José que “o que nela foi
gerado é do Espírito Santo” (Mat. 1: 20). Os anjos anunciaram aos pastores o nascimento de
Cristo em Belém (Luc. 2: 8-15). Os anjos ministraram a Jesus, depois da Sua tentação (Mat. 4:
11). Jesus disse a Natanael que “vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo
sobre o Filho do homem” (João 1: 51). Um anjo fortaleceu Jesus no jardim (Luc. 22: 43). Jesus
disse que Ele podia pedir para o Seu Pai enviar doze legiões de anjos para ajudá-lo, se fosse
desejável (Mat. 26: 53). Um anjo tirou a pedra do sepulcro e falou com as mulheres que chegaram
ao túmulo (Mat. 28: 2-7). Os anjos acompanharam Cristo na Sua ascensão (Atos 1: 10 etc). Os
anjos vão acompanhar Cristo quando Ele vier a Segunda vez (Mat. 16: 27; 25: 31). As Escrituras
falam que os anjos estão interessados no evangelho (1 Ped. 1: 12). Tudo isto e mais, indica um
relacionamento íntimo entre Cristo e os anjos.

2. O trabalho dos anjos bons em geral.


A. Os trabalhos mais constantes e regulares.
i. Eles permanecem perante a Deus para adorá-lo (Sal. 148: 2; Mat. 18: 10; Heb. 1: 6; Apoc.
5: 11).
ii. Eles protegem e libertam o povo de Deus (Gên. 19: 11; 1 Reis 19: 5; Dan. 3: 28; 6: 22;
Atos 5: 19; 12: 10 etc.). As Escrituras prometem que “Ele dará ordem à teu respeito, para
te guardarem em todos os teus caminhos” (Sal. 91: 11; cf. Mat. 4: 6). Os anjos são
“ministradores espirituais, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação”
Heb. 1: 14). Miguel era o anjo guardador de Israel (Dan. 10: 13, 21; 12: 1) e é possível que
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os sete anjos das sete igrejas da Ásia eram anjos guardadores de cada igreja (Apoc. 1:
20). Portanto, muitos comentaristas dizem que estes “anjos são os presbíteros líderes”
daquelas igrejas, e não literalmente anjos. A pergunta é, se os anjos fossem literalmente
anjos, o Senhor ia escrever-lhes uma carta? Jesus adverte-nos para não desprezarmos os
pequeninos, dizendo, “os Seus anjos nos céus sempre vêem a face do meu Pai que está
nos céus” (Mat. 18: 10).

iii. Eles guiam e encorajam os servos de Deus (Mat. 28: 5-7; Atos 8: 26; 27: 23 etc.)

iv. Eles interpretam a vontade de Deus para o homem (Jó 33: 23; Dan. 7: 16; 10: 5, 11; Zac.
1: 9, 19; Apoc. 1: 1)

v. São executores do julgamento de Deus para pessoas particulares, cidades e nações (Gên.
19: 12 etc.; 2 Sam. 24: 16; Ezeq. 9: 1; Atos 12: 23) e para o mundo (Apoc. 16 todo). Eles
levam os salvos ao seu lar eterno depois da morte (Luc. 16: 22).
B. Os trabalhos especiais.
Eles estarão envolvidos ativamente no cumprimento da vontade de Deus nos
últimos dias desta dispensação.
1. A volta do Senhor nos ares será acompanhada com a voz do arcanjo (1 Tess. 4: 16).
2. Serão os agentes de julgamento durante o período da tribulação (Apoc. 7: 2; 16: 1).
3. Acompanharão o Senhor como anjos de fogo (2 Tess. 1: 7; cf. Judas 14).
4. Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos” na vinda do Senhor (Mat. 24: 31).
5. Na safra final, no fim desta dispensação, eles separarão o falso do verdadeiro, o
mau do bom (Mat. 13: 29, 49 etc.).
6. Eles ficarão na frente dos portões da Nova Jerusalém (Apoc. 21: 12).

II. O Trabalho dos Anjos Maus.


Alguns distinguem entre os anjos maus e os demônios, mas provavelmente, são
sinônimos. Eles estão envolvidos ativamente na oposição contra Deus e os Seus propósitos.
Eles:
i. tentam separar o crente do Senhor (Rom. 8: 38);
ii. tentam atrapalhar o trabalho dos anjos de Deus (Dan. 10: 12 etc.);
iii. cooperam com Satanás (Mat. 25: 41; Efés. 6: 12; Apoc. 12: 7-12);
iv. causam problemas físicos e mentais (Mat. 9: 33; 12: 22; Marcos 5: 1-16; Luc. 9: 37-42);
v. a frase “espírito imundo” sugere que eles guiam homens à imoralidade (Mat. 10: 1; Atos 5:
16);
vi. disseminam doutrinas falsas (2 Tess. 2: 2; 1 Tim. 4: 4);
vii. tentam impedir o progresso espiritual do povo de Deus (Efés. 6: 12);
viii. possuem pessoas e animais (Mat. 4: 24; Marcos 5: 8-14; Lucas 8: 2; Atos 8: 7; 16: 16).
Portanto, uma distinção deve ser estabelecida entre a influência demoníaca e o possessa
demoníaca. A primeira é a operação dos demônios de fora da pessoa; a segunda, é a mais
permanente atuação por dentro da pessoa.
ix. São usados, às vezes, por Deus, no cumprimento do Seu propósito (Juízes 9: 23; 1 Reis
22: 21-23; Sal. 78: 49). Parece que Deus vai usá-los durante o período da tribulação
(Apoc. 9: 1-12; 16: 13-16). Eles vão receber poderes especiais por algum tempo (2 Tess.
2: 9; Apoc. 16: 14).
Há três tipos de demoniologia que vamos mencionar:
1. Adivinhação.
No nível mais baixo, isto pode ser a mera presciência, decepção estudada ou superstição. Eles
usam sinais naturais, (Ezeq. 21: 21), hidromancia – usando a aparência de água ou de coisas
colocadas dentro da água (Gên. 44: 5) e astrologia (a influência dos astros na vida humana) Isa.
47: 13). São formas de demoniologia. Quando uma pessoa tenta conhecer o futuro por qualquer
tipo de “inspiração espiritual”, ela está fazendo isto através da ajuda dos demônios.
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2. A adoração dos demônios.


Israel apostata e sacrificou aos demônios (Deut. 32: 17; Sal. 106: 37). A comida sacrificada
nos tempos do Novo Testamento foi sacrificada aos demônios (1 Cor. 10: 19 etc.). Durante o
período da tribulação haverá adoração aos demônios e ao Dragão (Apoc. 13: 4; 16: 13).
3. Espiritismo.
Espiritismo é a crença que diz que os vivos podem ter contato com os mortos, e que os
mortos podem se manifestar aos vivos. Esta, chama-se necromancia, fala que isto pode ser
realizado através de um canal humano, chamado de médium. Deus sempre avisou Israel para não
consultar com aqueles que tentam comunicar com os mortos (Lev. 19: 31; 20: 6, 27; Deut. 18: 11;
2 Reis 21: 6; 23: 24; 1 Crôn. 10: 13; 2 Crôn. 33: 6; Isa. 8: 9; 19: 3; 29: 4). 1 Sam. 28: 3-14; Atos 8:
9-24; 13: 6-12; 16: 16-18 são exemplos desta forma de demonismo. A Bíblia fala sobre este tipo
como “encantadores” (Êxod. 7: 11; Jer. 27: 9; Dan. 2: 2; Miq. 5: 12; Naum. 3: 4; Apoc. 9: 21).
Concernente a questão toda de demonismo, a Bíblia nos exorta para: provar os espíritos,
para ver se são ou não são de Deus (1 João 4: 1; cf. 1 Cor. 12: 10); não ter comunhão com
demônios (Lev. 19: 31; 1 Cor. 10: 20); não consultar com espíritos malignos (Deut. 18: 10-14; Isa.
8: 19) e para nos vestir com toda a armadura de Deus contra eles (Efés. 6: 10-18).
III. O Trabalho de Satanás
Há indicações do trabalho de Satanás nos vários nomes dele. Cada nome expressa uma
qualidade de caráter, ou método de atuação, ou os dois. Como Satanás, ele resiste; como o
diabo, ele acusa e difama; como o tentador, ele incentiva os homens a pecar.
Além disto, as Escrituras revelam a natureza do seu trabalho. Em geral, o desejo e objetivo
de Satanás é tomar o lugar de Deus. Embora as escrituras não falem que o inferno é um reinado
onde Satanás reina, a Palavra de Deus demonstra que ele tem poder, um trono e grande
autoridade (Mat. 4: 8 etc.; Apoc. 13: 2). Para que ele pudesse realizar seu propósito declarado, ele
queria matar a criança Jesus (Mat. 2: 16; Apoc. 12: 4), e quando ele não conseguiu isto, tentou
induzir Jesus a adorá-lo (Luc. 4: 6 etc.). Se Jesus tivesse falhado, Satanás teria conseguido
estabelecer o seu reino nesta terra.
Satanás emprega vários métodos para realizar o seu propósito. Desde que ele não possa
atacar Deus diretamente, ele ataca a criação principal de Deus, o homem. As Escrituras
mencionam que ele usa os seguinte métodos: mentira (João 8: 44; 2 Cor. 11: 3); tentação (Mat. 4:
1); roubo (Mat. 13: 9); perturbação (2 Cor. 12: 7); impede (1 Tess 2: 18); peneira (Luc. 22: 31;
imitação (Mat. 13: 25; 2 Cor. 11: 14 etc.); acusação (Apoc. 12: 10; aflige com doença (Luc. 13: 16;
cf. 1 Cor. 5: 5); possui (João 13: 27); mata e destroi (João 8: 44; 1 Ped. 5: 8). O crente não pode
deixar Satanás ganhar uma vantagem sobre ele por causa da sua ignorância concernente às
ciladas e armadilhas de Satanás (2 Cor. 2: 11). O crente deve ficar atento e tem que resistí-lo
(Efés. 4: 27; Tiago 4: 7; 1 Ped. 5: 8 etc.). O crente nunca deve falar numa maneira desrespeitosa
de Satanás (Judas 8 etc.; cf. 2 Ped. 2: 10), mas tomar toda a armadura de Deus para que fique
forte (Efés. 6: 11). Cristo venceu Satanás na cruz, e o crente deve viver na realidade desta vitória.

VI. O Destino dos Anjos


A. O Destino dos Anjos Bons.
Há boa razão para se pensar que os anjos bons continuarão a serviço de Deus para toda a
eternidade. Na visão de João da Nova Jerusalém, que pertence à época futura e é obviamente
destinada a continuar para toda a eternidade (Apoc. 21: 1 etc.), ele viu anjos na frente dos portões
da cidade (Apoc. 21: 12). Se houver anjos lá servindo, é razoável pensar que eles continuarão
servindo a Deus para toda a eternidade.

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B. O Destino dos Anjos Maus.
Os anjos maus tomarão seu lugar no lago de fogo (Mat. 25: 41). Alguns já estão guardados
sob correntes de escuridão, esperando o dia do julgamento final (2 Ped. 2: 4; Judas 6), enquanto
outros ainda estão livres. Quando Cristo vier, os crentes terão parte no julgamento deles (1 Cor. 6:
3) e estes anjos, com Satanás, serão lançados para o lago de fogo.
C. O Destino de Satanás.
Podemos olhar uma breve história de Satanás. Ele primeiramente aparece no céu (Ezeq.
28: 14; Luc. 10: 18). Não sabemos por quanto tempo ele morava lá desfrutando do favor de Deus,
mas houve um tempo em que ele e muitos outros anjos caíram. Ele foi visto no jardim do Éden na
forma de uma serpente (Gên. 3: 1; Ezeq. 28: 13). Lá, ele se tornou o agente da queda do homem.
Depois, ingressou no ar, tendo acesso aos céus e à terra (Jó 1: 6 etc.; 2: 1 etc.; Efés. 2: 2; 6: 12).
Parece que ele ficou lá desde a queda do homem. No futuro, ele será lançado para a terra (Apoc.
12: 9-13). Isto vai acontecer durante o período da Grande Tribulação. Quando Cristo voltar para à
terra com poder e glória para estabelecer o Seu reinado, Satanás será lançado para o abismo
(Apoc. 20: 1-3). Ele estará preso por mil anos. Depois, Deus vai liberá-lo por um pequeno período
e durante este tempo, ele tentará frustrar os propósitos de Deus na terra (Apoc. 20: 3, 7-9). Este
plano de Satanás será impedido e aniquilado. Fogo vai descer dos céus, que destruirá os
exércitos de Satanás, e ele mesmo será lançado para o lago de fogo (Apoc. 20: 10), que é o seu
destino final (Apoc. 20: 10), onde ele e os seus seguidores serão atormentados para todo o
sempre. Em nenhuma passagem da Palavra de Deus, achamos que Satanás, e qualquer dos
seus seguidores, os anjos caídos e homens não salvos, serão libertos. A justiça perfeita de Deus
será satisfeita. O purgatório não existe; é somente mais um engano diabólico.

QUESTIONÁRIO

1. Quem criou os anjos?

2. O que é a diferença entre os anjos bons e os anjos malignos?

3. Porque os anjos malignos não mudam a sua natureza?

4. Como se diferencia entre eles?

5. O que é o trabalho dos anjos bons?

6. Quais são as atividades dos anjos malignos?

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