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MÓDULO 01_EDUCAÇÃO PARA AUTOCUIDADO

SAÚDE
COLETIVA 1
DIREÇÃO
Jones Braghirolli Menna Barreto

SUPERVISÃO DE CONTEÚDO
Carla Mariano
Celso Teixeira
Mileni Rodrigues D. Campos

REVISÃO
Izabela de Gracia Yabe

PROJETO GRÁFICO
Ana Maria Oleniki

DIAGRAMAÇÃO
João Pedro Lopes dos Santos

É vedada a reprodução total ou parcial desta


obra, ou tradução, assim como fotocópias ou
armazenamento de qualquer tipo, sem prévia
autorização por escrito dos detentores dos
sireitos autorais.
A reprodução total ou parcial constitui crime.
(Art. 184 do Cód. Penal e lei n°8635/93)
COLETIVA

SAÚDE
2 COLETIVA
Sumário

Introdução 5

1. Processo Saúde/Doença 7

2. Sistema Único de Saúde (SUS) 9

3. Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) 11

4. Estratégia da Saúde da Família (ESF) 13

5. Vigilância em Saúde 15

6. Saúde do Trabalhador 18

7. Programa Nacional de Imunizações (PNI) 19

8. Principais Vias de Administração de Imunobiológicos 22


Assistência à Saúde Coletiva e ESF

9. Contraindicações comuns a todo Imunobiológico 24

10. Políticas de Atenção à Saúde 25


Referências Bibliográficas 27
SAÚDE
EDUCAÇÃO PARA
COLETIVA
AUTOCUIDADO 3
COLETIVA
INTRODUÇÃO

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Segundo a definição de Winslow,

“Saúde Pública é a arte e a ciência de prevenir a doença e


a incapacidade, prolongar a vida e promover a saúde física e
mental mediante esforços organizados da comunidade”.
(TERRIS, 1992, p.185)

É de se destacar que suas origens se situam no final da década de 1970, em um


contexto no qual o Brasil estava vivendo uma ditadura militar.
A Saúde Coletiva nasce, nesse período, vinculada à luta pela democracia e ao
movimento da Reforma Sanitária. Apontam-se as influências do preventivismo e da
medicina social em sua constituição.
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SAÚDE
COLETIVA 5
Assistência à Saúde Coletiva e ESF
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SAÚDE/DOENÇA
Processo 1
O processo saúde/doença é próprio Até pouco tempo atrás, a saú-
da existência humana, fazendo parte de era defi­nida como «ausência de
do cotidiano de todos os indivíduos doença». Porém, o entendimento dos
conceitos saúde, doença, cuidados
nas mais diferentes sociedades.
com a saúde (prevenção e recupera-
Durante séculos, foram propostas ção), hábitos saudáveis e qualidade de
diferentes teorias sobre o processo vida são intensamente influenciados
saúde/doença, resultado da pelo contexto sociocultural em que
busca humana por respostas que ocorrem, variando de uma cultura para
explicassem as causas das doenças. outra e mesmo entre indivíduos de
uma mesma cultura.

1.1 DEFINIÇÃO DE SAÚDE


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1948), a saúde

“É um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não


meramente ausência de doença”.
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SAÚDE
COLETIVA 7
1.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
•• A Constituição Federal Brasileira de 1988 coloca a questão da saúde no Título VIII_ da
Ordem Social, Capítulo I_ Disposição Geral, Seção II _ Da Saúde, compreendendo os
artigos de número 196 a 200.
•• O artigo 196_ Definição de saúde.

“ A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”.

A Constituição Brasileira de 1988, que trouxe a criação do Sistema Unificado e


Descentralizado de Saúde (SUDS), afirmava como lei o direito de Saúde para todos e direito
a Saúde como deveres do Estado.

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SAÚDE
8 COLETIVA
Sistema Único

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de Saúde (SUS) 2
O Sistema Único de Saúde Os princípios norteadores do SUS são
(SUS) foi criado com a baseados na universalização do acesso, integrali-
zação da atenção, equidade, descentralização da
função de estabelecer a
gestão, hierarquização dos serviços e controles
integralização, humanização sociais relacionados ao sistema de saúde. Estes
e, principalmente, a fatos contribuíram positivamente para o desen-
descentralização do modelo volvimento do sistema social brasileiro.
de políticas públicas de saúde Foi regulamentado dois anos depois e
que vigoravam na década de agregado a Constituição de 1988. A criação do
1980, cenário de sua criação. SUS se deu com a Lei 8080/1990.

A sua implantação gradativa


2.1 OBJETIVOS DO SISTEMA
pode ser considerada como
uma das reformas sociais ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
mais relevantes realizadas •• Identificação e divulgação dos fatores
pelo Brasil no final do século condicionantes e determinantes da saúde.
passado e, talvez, a mais •• Formulação de política de saúde destinada
importante do início do atual a promover, nos campos econômico e
século. social, a observância do disposto no § 1º
do art. 2º desta lei.
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•• Assistência às pessoas por intermédio de


ações de promoção, proteção e recupera-
ção da saúde, com a realização integrada
das ações assistenciais e das atividades
preventivas.
SAÚDE
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2.2 PRINCÍPIOS DO SUS
•• Universalidade: todo e qualquer indivíduo deve ser contemplado com a assistência
permitida por este sistema, sem distinção de raça, condição econômica e etc.; bem
como, disponibilizar-se de forma gratuita.
•• Integralidade da assistência: o homem deve ser visto como um todo, a fim de que a
sua assistência de saúde atenda a todas as suas necessidades;
•• Equidade: baseia-se na necessidade do caso a ser beneficiado pelo sistema, onde os
serviços oferecidos pelo SUS serão disponibilizados independentes da complexidade
dos efeitos contra integridade da saúde humana.
•• Descentralização do poder: cada esfera do poder será o gestor do sistema, possibili-
tando uma maior solução dos problemas para a população em nível federal, estadual
e municipal.
•• Participação popular: visa à democracia, possibilitando a participação dos atores
sociais nas tomadas de decisão competidas ao sistema.

Surge para unificar todas as instituições e serviços de saúde em um único sistema.


•• No Governo Federal  Ministério da Saúde.
•• Nos Estados  Secretarias Estaduais de Saúde.
•• Nos Municípios  Secretarias Municipais de Saúde.

2.3 NÍVEIS DE ATENÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)


A atenção à saúde no Brasil segue uma organização descentralizada, nos quais os serviços
de saúde devem ser agrupados de acordo com a complexidade das ações necessárias para
promover, restaurar ou manter a saúde da população. São elas:

Nível primário: caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual


e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde (MS). É constituída pelas
unidades básicas de saúde (UBS) e Equipes de Atenção Básica.

Nível secundário: composta por ações e serviços que visam atender aos principais
problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática
clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos
tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento (MS). É constituída pelo SAMU 192
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(Serviço de Atendimento Móvel as Urgência) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Nível terciário: conjunto de procedimentos que envolve alta tecnologia e alto custo,
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objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados (MS). É composta por
hospitais especializados.

SAÚDE
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Política Nacional da
Atenção Básica (PNAB)
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A atenção básica Objetivo:
caracteriza-se por um
Desenvolver uma atenção integral que
conjunto de ações
impacte na situação de saúde e autonomia das
de saúde, no âmbito
pessoas e nos determinantes e condicionantes
individual e coletivo, que
de saúde das coletividades.
abrange a promoção e
a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o 3.1 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
diagnóstico, o tratamento, É o contato preferencial dos usuários, a principal
a reabilitação, a redução porta de entrada e centro de comunicação com toda
de danos e a manutenção a Rede de Atenção à Saúde. Visa promover e proteger
da saúde. a saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a
manutenção da saúde.
Na UBS, é possível receber atendimentos básicos
e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral,
Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços
oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções,
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curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais,


tratamento odontológico, encaminhamentos para
especialidades e fornecimento de medicação básica.

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3.2 DIVISÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)

UBS I
Abriga, no mínimo, uma equipe de Saúde da Família.

UBS II
Abriga, no mínimo, duas equipes de Saúde da Família.

UBS III
Abriga, no mínimo, três equipes de Saúde da Família.

UBS IV
Abriga, no mínimo, quatro equipes de Saúde da Família.

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Estratégia
da Saúde
da Família (ESF)
4
É considerada uma As equipes de saúde da família estabelecem
estratégia primordial vínculo com a população, possibilitando o compro-
para a organização e misso e a corresponsabilidade dos profissionais com
os usuários e a comunidade.
o fortalecimento da
Estratégia de trabalho:
atenção básica. A partir
do acompanhamento •• Conhecer a realidade das famílias pelas quais
de um número definido é responsável (cadastramento e diagnóstico
de suas características sociais, demográficas
de famílias, localizadas
e epidemiológicas).
em uma área geográfica
delimitada, são •• Identificar os principais problemas de saúde
desenvolvidas ações de e situações de risco às quais a população que
ela atende está exposta.
promoção da saúde,
prevenção, recuperação, •• Prestar assistência integral, organizando o fluxo
reabilitação de doenças e de encaminhamento para os demais níveis de
agravos. atendimento, quando se fizer necessário.
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SAÚDE
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4.1 COMPOSIÇÃO MÍNIMA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

•• Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e


Comunidade;
•• Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
•• Auxiliar ou técnico de enfermagem;
•• Agentes comunitários de saúde.
Podem ser acrescentados, a essa composição, os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-
dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 

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14 COLETIVA
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Vigilância
em SAÚDE 5
A vigilância está relacionada às Distribui-se entre:
práticas de atenção e promoção •• epidemiológica
da saúde dos cidadãos e aos •• sanitária
mecanismos adotados para •• ambiental
prevenção de doenças. •• saúde do trabalhador

5.1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

“Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou


prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. ”
(Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – Planalto)
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FIGURA 1 - FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES

5.1.1 Alguns indicadores em vigilância epidemiológica

•• Mortalidade (sobrevida) - definida como a relação entre o número de óbitos e o nú-


mero de pessoas expostas ao risco de morrer. Dados esses que podem ser agrupados
por características, como sexo, idade, estado civil, causa, lugar, condição, dentre outras.
•• Morbidade (funcionalidade) - A morbidade refere-se ao comportamento das doenças
numa população exposta ao adoecimento. Dessa forma, a quantidade de casos de
uma doença também permite estimar sua importância para aquela população.
•• Surto - tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pe-
quena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis,
escolas, etc.).
•• Endemia - é a ocorrência de certo número de casos controlados em determinada
região.
•• Epidemia - elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado
lugar e período de tempo, não é delimitada a uma região.
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•• Pandemia - compreende um número de casos de doença acima do esperado, sem


respeitar limites entre países ou continentes.

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5.2 VIGILÂNCIA SANITÁRIA

“Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir, ou prevenir riscos à saúde e de


intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde”. (Lei nº 8.080, de
19 de setembro de 1990 – Planalto)

Visa o controle de bens produtos e serviços, como alimentos, produtos de limpeza,


cosméticos e medicamentos. Realizam, também, a fiscalização de serviços de interesse da
saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda
inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador
e ao meio ambiente.

5.3 VIGILÂNCIA AMBIENTAL


É um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na
saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e o controle dos
fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.

EXEMPLOS

O controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de


vetores de transmissão de doenças (especialmente insetos e roedores). 
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COLETIVA 17
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do TRABALHADOR
Saúde

Realiza estudos, ações de


prevenção, assistência e vigilância
aos agravos à saúde relacionados
ao trabalho. Visa compreender as
relações de trabalho e o processo
de saúde/doença. Assistência à Saúde Coletiva e ESF

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Programa Nacional de
Imunizações (PNI)

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7
O Programa Nacional IMUNIZAÇÃO
de Imunizações nasceu É o conjunto de todas as atividades relacionadas
em 18 de setembro com os imunobiológicos e sua adequada utilização
(armazenamento, a conservação e o transporte de
de 1973. O PNI
vacinas).
define calendários
de vacinação com VACINAS
orientações específicas São preparações que, ao serem introduzidas no
para crianças, organismo, desencadeiam uma reação do sistema
adolescentes, adultos, imunológico, estimulando a formação de anticorpos
gestantes, idosos e e tornando o organismo imune a esse agente e às
indígenas, de acordo doenças por ele provocadas.

com a vulnerabilidade,
riscos e especificidades 7.1 EQUIPE DE VACINAÇÃO E
sociais. FUNÇÕES BÁSICAS
As atividades da sala de vacinação são desenvolvidas
pela equipe de enfermagem treinada e capacitada para
os procedimentos de manuseio, conservação, preparo
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e administração, registro e descarte dos resíduos


resultantes das ações de vacinação.

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7.1.1 Integrantes da Equipe de Vacinação
•• Enfermeiro;
•• Técnico ou auxiliar de enfermagem.
O tamanho da equipe depende do porte do serviço de saúde, bem como do tamanho
da população do território sob sua responsabilidade.

7.2 SALA DE VACINAÇÃO


A sala de vacinação é classificada como área semicrítica. Deve ser destinada
exclusivamente à administração dos imunobiológicos. Na sala de vacinação, é importante
que todos os procedimentos desenvolvidos promovam a máxima segurança, reduzindo o
risco de contaminação para os indivíduos vacinados e também para a equipe de vacinação.

7.3 RESÍDUOS DA SALA DE VACINAÇÃO


É responsabilidade do trabalhador da sala de vacinação realizar a segregação, o
acondicionamento e a identificação de tais resíduos. O gerenciamento de tais resíduos
deve estar em conformidade com as definições estabelecidas na RDC Anvisa nº 306,
de 7 de dezembro de 2004. O manejo desses resíduos inclui as fases de segregação,
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento,
armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final.

7.4 TIPOS DE RESÍDUOS NA SALA DE VACINAÇÃO


•• Resíduos infectantes: classificados como resíduos do Grupo A1, que contêm na sua
formulação microrganismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com
prazo de validade expirado, vazios ou com sobras de vacinas e, ainda agulhas e se-
ringas utilizadas.

•• Resíduos comuns: também classificados como resíduos do Grupo D, que são ca-
racterizados por não apresentarem risco biológico, químico ou radiológico à saúde
ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares (papel,
embalagens de seringas e agulhas).
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SAÚDE
20 COLETIVA
7.5 REDE DE FRIO
Tem como objetivo, assegurar que os imunobiológicos disponibilizados no serviço
de vacinação sejam mantidos em condições adequadas de transporte, armazenamento e
distribuição, permitindo que eles permaneçam com suas características iniciais até o momento
da sua administração.
Na sala de vacinação, todas as vacinas devem ser armazenadas entre +2ºC e +8ºC,
sendo ideal +5ºC.

7.6 ORGANIZAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS NO REFRIGERADOR


As salas de vacinação que utilizam refrigeradores domésticos devem proceder, no
menor tempo possível, à substituição desses refrigeradores por câmaras refrigeradas,
cujas especificações constam no Manual de Rede de Frio (2013).
Nos refrigeradores domésticos, os imunobiológicos devem ser organizados por tipo
(viral ou bacteriano) e acondicionados nas 2ª e 3ª prateleiras, colocando-se na frente os
produtos com prazo de validade mais curto para que sejam utilizados antes dos demais.
Não acondicione imunobiológicos na 1ª prateleira, nem no compartimento inferior
(gaveta) desses equipamentos.
Coloque garrafas preenchidas com água misturada a um corante (azul de metileno,
anil, violeta de genciana), na gaveta da parte de baixo do refrigerador, ocupando todo
o espaço (Manual de Normas e Procedimentos para vacinação).
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SAÚDE
COLETIVA 21
8
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Principais Vias de
Administração de
IMUNOBIOLÓGICOS

8.1 VIA ORAL


A via oral é utilizada para a administração de substâncias que são absorvidas no trato
gastrintestinal. O volume e a dose dessas substâncias são introduzidos pela boca.

São exemplos de vacinas administradas por tal via: vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)
e vacina rotavírus humano G1P1[8] (atenuada).

8.2 VIA PARENTERAL


A maior parte dos imunobiológicos ofertados pelo PNI é administrada por via parenteral.
São as seguintes: intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa.
Esta última é exclusiva para a administração de determinados tipos de soros.
Para a administração de vacinas, não é recomendada a assepsia da pele do usuário.
Somente quando houver sujidade perceptível, a pele deve ser limpa utilizando-se água e
sabão ou álcool a 70%, no caso de vacinação extramuros e em ambiente hospitalar.

8.3 INTRADÉRMICA (ID)


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Na utilização desta via, a vacina é introduzida na derme, que é a camada superficial da


pele. Esta via proporciona uma lenta absorção das vacinas administradas. O volume máximo
a ser administrado por esta via é 0,5 mL. A vacina BCG e a vacina raiva humana em esquema
deCOLETIVA
pré-exposição, por exemplo, são administradas pela via intradérmica.

SAÚDE
22 COLETIVA
Para facilitar a identificação da cicatriz vacinal, recomenda-se no Brasil que a vacina BCG
seja administrada na inserção inferior do músculo deltoide direito. Na impossibilidade de
se utilizar o deltoide direito para tal procedimento, a referida vacina pode ser administrada
no deltoide esquerdo.

8.4 SUBCUTÂNEA (SC)


Na utilização desta via, a vacina é introduzida na hipoderme, ou seja, na camada
subcutânea da pele. O volume máximo a ser administrado por esta via é 1,5 mL.
São exemplos de vacinas administradas por essa via: vacina sarampo, caxumba e rubéola
e vacina febre amarela (atenuada).
As regiões anatômicas mais utilizadas são: a região do deltoide no terço proximal; a face
superior externa do braço; a face anterior e externa da coxa; e a face anterior do antebraço.

8.5 INTRAMUSCULAR (IM)


Na utilização desta via, o imunobiológico é introduzido no tecido muscular, sendo
apropriado para a administração o volume máximo até 5mL.
São exemplos de vacinas administradas por essa via: vacina adsorvida difteria, tétano,
pertussis, Haemophilusinfluenzae b (conjugada) e hepatite B (recombinante), vacina adsorvida
difteria e tétano adulto, vacina hepatite B (recombinante), vacina raiva (inativada), vacina
pneumocócica 10 valente (conjugada) e vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada).
As regiões anatômicasmais utilizadas são: o músculo vasto lateral da coxa e o músculo
deltoide.

8.6 ENDOVENOSA (EV)


Na utilização desta via, o imunobiológico é introduzido diretamente na corrente
sanguínea. É uma via que permite a administração de grandes volumes de líquidos.
São administrados, por essa, via imunobiológicos, como os soros antidiftéricos,
antibotulínicos e os soros antiveneno.
Os locais mais utilizados para a administração de injeções endovenosas são as veias
periféricas superficiais.
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SAÚDE
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CONTRAINDICAÇÕES
comuns a todo
Imunobiológico

São contraindicações comuns a todo Imunobiológico:


•• A ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento
de dose anterior.
•• História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos.
FIGURA 02 – Calendário Nacional de Vacinação 2018

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SAÚDE
24 COLETIVA
Políticas de Atenção

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à Saúde 10
Atualmente, associamos os São elas:
programas e políticas às Linhas •• Saúde do Adulto;
de Cuidado em Saúde Pública. •• Saúde da Mulher;
•• Saúde da Criança;
•• Saúde do Adolescente;
•• Saúde do Trabalhador;
•• Saúde do Idoso;
•• Saúde do Homem.

10.1 POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO


Visa à priorização de agravos específicos como:
•• Hipertensão arterial;
•• Diabetes Mellitus;
•• Tuberculose;
•• Hanseníase.
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10.2 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL


À SAÚDE DA MULHER
Visa promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres por meio da
garantia dos seus direitos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção,

SAÚDE
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prevenção, assistência e recuperação da saúde, a partir da realização de ações, como
atividades de assistência clínico-ginecológica, assistência pré-natal e assistência ao parto e
puerpério imediato.

10.3 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA


Possui enfoque nas ações básicas de saúde de alto custo-efetividade, como:
•• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento;
•• Aleitamento materno e orientação para o desmame;
•• Controle de doenças diarreicas, de infecções respiratórias agudas e de doenças que
se podem prevenir por imunização.

10.4 POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE


Tem como objetivo, o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento,
a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar
adolescente, a prevenção de acidentes, o trabalho cultural, o lazer e o esporte.

10.5 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR


Tem como objetivo, a promoção, proteção, recuperação e reabilitação de todos os
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.

10.6 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À


SAÚDE DO IDOSO
Tem como objetivo fundamental, “conseguir a manutenção de um estado de saúde com
a finalidade de atingir um máximo de vida ativa, na comunidade, junto à família, com o maior
grau possível de independência funcional e autonomia” (MS, 2001). Envolve um conjunto
de ações voltadas para promoção, prevenção e recuperação da saúde ou manutenção de
uma qualidade de vida.

10.7 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE


DO HOMEM
Assistência à Saúde Coletiva e ESF

Tem como objetivo, promover ações de saúde inseridas na linha de cuidado que
resguarda a integralidade da atenção e está alinhada à Política Nacional de Atenção Básica,
porta de entrada do Sistema Único de Saúde.
COLETIVA

SAÚDE
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, N. “Qual o sentido do termo saúde? ”. In. Cadernos de saúde Pública. Rio de
Janeiro: Fiocruz e ENSP, v. 16, n. 2, abr./jun. 2000.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Assuntos Administrativos.
SUS: a saúde do Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria de Assuntos
Administrativos. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Vigilância ambiental em saúde/Fundação Nacional de
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Área Técnica de Saúde do Trabalhador Saúde do trabalhador / Ministério da Saúde,
Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área
Técnica de Saúde do Trabalhador. - Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no
SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2007.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios
e Diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 2. reimpr. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília/DF: Senado
Federal: Centro Gráfico, 1988.
DOLABELLA, Silvio Santana. Introdução a Saúde. Organizado por: Silvio Santana, Satie Katagiri,
Luciene Barbosa. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2011.
TERRIS, M. Tendenciasactualesenlasalud publica de lasAmericas. In: OrganizaciónPanamericana
de laSalud. La crisis de lasalud pública: reflexiones para el debate. Washington, D.C., 1992. (OPS -
Publicación Científica, 540). p. 185-204.

FONTES DIGITAIS
Assistência à Saúde Coletiva e ESF

Fio Cruz. Saúde da família. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/saude-da-familia Acesso


em: 18/05/2018.
Fio Cruz. Vigilância em Saúde. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-em-saude.
Acesso em: 18/05/2018.

SAÚDE
COLETIVA 27
Fio Cruz. Atendimento. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/atendimento. Acesso em:
18/05/2018.
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mv.com.br/pt/blog/entenda-os-3-niveis-de-atencao-a-saude-possiveis-no-brasil. Acesso em:
18/05/2018.
Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações (PNI). Disponível em: http://www.blog.
saude.gov.br/index.php/entenda-o-sus/50027-programa-nacional-de-imunizacoes-pni. Acesso em:
18/05/2018.

FONTES DAS IMAGENS


FIGURA 1 - Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Assuntos
Administrativos. SUS: a saúde do Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Subsecretaria
de Assuntos Administrativos. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011.
Figura 2 - http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2018/janeiro/30/calendario-vacinal-2018.
jpg. Acesso em: 18/05/2018.

Assistência à Saúde Coletiva e ESF

COLETIVA

SAÚDE
28 COLETIVA
Assistência à Saúde Coletiva e ESF

COLETIVA
SAÚDE
29
são josé dos pinhais: rua cap. benjamin claudino ferreira, 1846 - centro - 41 3282-7887
paranaguá: rua joão eugênio, 558 - centro - 41 3425-5857
araucária: RUA PREFEITO ODORICO FRANCO FERREIRA, 654 - centro - 41 3031-7887
camboriú: rua pernambuco, 153 - areias - 47 3050-0808

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