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Parecer Jurídico n° 00008

Requerente: Rodrigo Pitana Pires

Resumo do processo: O autor começou seu trabalho junto da empresa reclamada no dia
01/08/2005, e foi demitido sem justa causa no dia 17/07/2015.
O reclamante fora contratado para exercer o trabalho de vigia, com um salário mensal
de R$ 2.165, conforme consta as anotações da sua CTPS.
Seu horário de trabalho era da 15:45 as 7:30 sem intervalos, trabalhando 14 horas na
segunda, folgando na terça, trabalhando 14 horas na quarta e folgando na quinta, porém
de sexta sábado e domingo, trabalhava todas essas horas, sem folga, e sem nenhuma
remuneração apta, para compensar a carga trabalhada.
Dentro desse período de trabalho junto da reclamada, nunca teve férias, mesmo pagas o
reclamante nunca chegou a realizá-las, e ainda ficava a disposição da empresa no
período que deveria ser de seu descanso anual.
Alem de tudo ainda fazia trabalhos além do seu de vigia para o qual fora contratado,
tinha que proceder a abertura e fechamento de comportas da barragem para os valos,
além de puxar água no inverno, bem como também tinha que providenciar a irrigação
de arroz. Sem receber o devido pagamento por eles, ficando exposto ao perigo e sem
qualquer tipo de equipamento de proteção.
Ainda, ao exigir o cumprimento das normas trabalhistas o reclamante sofreu humilhação
e era tratado com desprezo e com ofensas.
A reclamada por sua vez visa lucro sobre o trabalho realizado pelo autor, o qual sempre
fora empregado assíduo, dedicado e honesto, buscando sempre realizar seu trabalho da
melhor forma possível, dentro do que lhe era solicitado.
A reclamada, entretanto não cumpriu com suas responsabilidades, razão pela qual a
presente ação se mostra imperiosa, a fim de que seja garantido ao reclamante a devida
tutela jurisdicional e a aplicação da lei trabalhista violada.

Fundamentação:
- A CLT, que contém a maioria dos direitos e obrigações de empregados e
empregadores no Brasil, determina o conceito de horas extras como sendo é
a hora suplementar, em número não excedente a 2 (duas), mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho (CLT, artigo 59).

- Sobre desvio de função no cargo: no art. 468, da CLT, o qual dispõe que nos


contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.

- Fica protegido também pelo artigo 483 da CLT:


Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos
bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato
lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
afetar sensivelmente a importância dos salários.

Vale ressaltar que no artigo a cima não fez nada contra a empresa mesmo podendo
fazer isso, pois estava protegido pela lei.

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