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O LEGADO DE THOT —

Eneagrama: a mensagem que veio de Sírius


— O eneagrama da unidade global e a missão dos eleitos —

Autor: Khristian Paterhan

CRÉDITOS:

Título: O legado de Thot — Eneagrama: a mensagem


que veio de Sírius
Este livro é uma nova edição, com versão digital, do texto
original editado no formato de livro impresso, formato
14x21, em papel, pela Quartet Editora e Comunicação
Ltda, no ano de 2000, sob o título de "Apocalipse 21 —
uma visão do Bem que está por vir", sob o ISBN 85-
85696-35-4, como "ficção ocultista".

Direção editorial e designer: Maurizzio Canali Design


www.maurizziocanali.com/design |
maurizzio_canali@uol.com.br

Contato com o autor


Escola de Eneagrama Khristian Paterhan©
www.escolaeneagrama.com.br

É proibida a duplicação ou reprodução deste material, ou


de suas partes, sob quaisquer meios, sem autorização
expressa do autor.
Sumário
O LEGADO DE THOT
| Dedicatória |
Parte 1 — O CONTATO
Capítulo 1 — Tanaim
Capítulo 2 — Abreviar os tempos do fim?
Capítulo 3 — Eu e os Novos Eleitos
Capítulo 4 — Minha Missão Revelada
Capítulo 5 — O Retorno
Parte 2 — A VIAGEM
Capítulo 6— Reflexões e Perguntas
Capítulo 7 — Um Belo Sonho
Capítulo 8 — O Portal Dimensional
Capítulo 9 — O Planeta Octor
Capítulo 10 — A Mente é Mais Veloz que a Luz
Capítulo 11 — Satlam
Capítulo 12 — Novas Revelações
Capítulo 13 — Os "Mediators"
Capítulo 14 — A Memória Coletiva
Capítulo 15 — Anthor
Capítulo 16 — O Cérebro não é a Mente
Capítulo 17 — Na Dimensão das Memórias Cósmicas
Parte 3 — THOT
Capítulo 18 — Uma Extraordinária Descoberta
Capítulo 19 — Causas de uma Guerra Interestelar
Capítulo 20 — Origem do Código de Thot. Seus Atuais
Fragmentos na Terra. O Eneagrama Hermético
Parte 4 — O QUÊ? SOMOS FRUTO DE UM ERRO DE
CÁLCULO?
Capítulo 21 — De Por que o “Código de Thot” chegou a
ser conhecido no nosso planeta. Gurdjieff tinha razão: um
cálculo errado deu origem à Lua e ela foi a causa da vida
na Terra. As primeiras raças. História do malsucedido
implante do órgão “Kundabuffer”.
Capítulo 22 — Os “criadores” extirpam o órgão
“Kundabuffer” e percebem que “algo” está funcionando
mal entre nossos antepassados
Capítulo 23 — O medo provoca 3 estranhas reações: A
destruição mútua; A deturpação do “prazer” e...
Capítulo 24 — Eneagrama da Deturpação dos 9 níveis de
Percepção. As 3 Virtudes-Ativas. Origem dos 9 traços
inadequados.
Capítulo 25 — Os 9 erros de Percepção e os 9 traços
impróprios. Origem dos chamados 7 pecados capitais.
Capítulo 26 — Necessidade de Reatualizar a ciência do
ser sintetizada no Eneagrama
Parte 5 — A QUARTA RAÇA
Capítulo 27 — Razões para uma “Nova Oportunidade”
Evolutiva. Thot decide conferir pessoalmente as estranhas
características desenvolvidas nos nossos antepassados.
Capítulo 28 — Algo sobre os Primeiros Lemurianos
Capítulo 29 — Fundação do Primeiro “Colégio dos
iniciados na Ciência de Thot”. O Plano para a evolução
consciente da humanidade é formalizado.
Capítulo 30 — A Anunciada destruição de Lemuria. Os
Sábios escolhem 36 grupos de jovens iniciados para
salvar os conhecimentos e o Código de Thot. Apenas 12
grupos sobrevivem à catástrofe. O surgimento da Quarta
Raça: Os Atlantes
Capítulo 31 — Atlântida: Uma civilização conectada com
o Cosmo. Educando indivíduos e não personalidades. Um
Governo Mundial à procura da Justiça Global.
Parte 6 — INVASORES!
Capítulo 32 — Invasão destrutora: Os Ildamans de Baoth
voltam ao ataque. Os vampiros cósmicos: somos o último
“elo” da cadeia alimentar? Os falsos paraísos e as
cidades subterrâneas.
Capítulo 33 — A Conspiração
Parte 7 — A GRANDE GUERRA
Capítulo 34 — Origem da Lenda da Torre de Babel.
Pandora: Andróides - Armadilhas. O Fim do Idioma único
e suas Trágicas consequências. A Guerra Global.
Capítulo 35 — Armas Atômicas e Vírus Assassinos
Capítulo 36 — A Confederação Intergaláctica chega tarde.
Uma Eco-catástrofe provocada. Os dias de caos e fuga. A
primeira Atlântida destruída.
Parte 8 — RETROCESSO E RECOMEÇO
Capítulo 37 — A Quinta Raça inicia seu difícil processo
Evolutivo. A Segunda Atlântida. Os Mistérios. Um novo
dilúvio destrói a lendária ilha dos feiticeiros. A procura
de novas terras. Os divinos instrutores voltam. Os
“Ildamans” sobreviventes repartem o planeta.
Capítulo 38 — O Período dos Reis Divinos. Monumentos,
escritas, símbolos, ideogramas, rituais e danças: os
iniciados tentam perpetuar o conhecimento da Ciência de
Thot. Os conhecimentos destruídos. Só ficam fragmentos.
Capítulo 39 — As lutas pelo poder. Razões para a
Divisão por castas. O macaco descende do homem. Os
alienígenas que ficaram.
Capítulo 40 — Fim das Visões na Dimensão das
Memórias Cósmicas
Capítulo 41 — Nossos Grandes Desafios. O perigo atual:
Temos que frustrar um novo ataque alienígena. Os últimos
Ildamans devem ser destruídos. A idade de ouro pode
começar neste instante se agindo como Eleitos
“Abreviamos os tempos do fim”.
Capítulo 42 — O Eneagrama da Unidade Global e os Três
Trabalhos dos Eleitos
Ponto 9: Amor em Ação para a Conservação e
Proteção do Corpo Global: Igualdade.
Ponto 6: Fé como Certeza Coletiva do Bem que está
por vir: Mente Global e Idioma Único: Liberdade.
Ponto 3: A Esperança e o Coração
Global.Sensibilidade e Solidariedade: Fraternidade.
Parte 9 — REAL OU IRREAL?
Capítulo 43 — Voltando da Dimensão das Memórias
Cósmicas. Reordenamento e Harmonização. Revelações
metafísicas. Toda verdade e semiverdade. Como evitar
ser devorado pelo impiedoso Cronos. Novas surpresas!
Capítulo 44 — Minha Origem Estelar
Capítulo 45 — A Transformação do Planeta Octor
Capítulo 46 — O Retorno
Capítulo 47 — Vaga-lumes Dançando com luz própria
Capítulo 48 — O Terceiro Contato. Ubiqüidade e Adeus.
POSFÁCIO
Sobre o Autor
| Dedicatória|

Para todos
os Eleitos,
meus irmãos,
que em todas as
partes do planeta
trabalham para e pelo
Bem que Está por Vir.

Khristian Paterhan
Parte 1

| O Contato |

“Gurdjieff,
um dos Budas deste século,
costumava dar uma certa meditação
para seus discípulos,
muito significativa.[...]:
‘Se vocês puderem
lembrar
durante um sonho
que ‘ele é um sonho’,
então vocês estarão
no verdadeiro limiar
da transformação.”

Osho em The Book of the books, Vol. V.


Capítulo 1 Tanaim

“Sucederá nos últimos dias, diz o Senhor, que


derramarei o
meu Espírito sobre todos...
Vossos filhos hão de profetizar, vossos jovens terão
visões e vossos velhos hão de ter sonhos...
E farei aparecerem prodígios em cima no céu, e sinais
embaixo, na terra...”
O Apóstolo Pedro, citando a profecia de Joel,
segundo o Livro dos Atos dos Apóstolos, 2,17-19.

“Vi, então, um céu novo e uma nova terra, pois o


primeiro céu
e a primeira terra se foram...
Ouvi uma voz forte que, do Trono, dizia: ‘Eis a Tenda de
Deus com os homens.
Ele habitará com eles, eles serão seu povo... Ele
enxugará toda lágrima dos seus olhos, pois nunca mais
haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá
mais.
Sim! As coisas antigas se foram... Eis que eu faço novas
todas as coisas...
Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras’...
Disse-me ainda:
‘Elas se realizaram!
Eu Sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim...’”
São João no Apocalipse, 21, 1-8.

Somente graças a Tanaim soube que o que eu via era


um dos futuros possíveis da nossa humanidade. O mundo
estava totalmente renovado e todos os seus habitantes
eram felizes. E quando fascinado olhava aquela visão
maravilhosa, ele apareceu ao meu lado, e, num suave tom
de voz me disse:
— A Paz seja com você, meu filho!
Sonhava? Talvez sonhasse. Era tão difícil perceber
isso às vezes. Nós humanos sonhamos sempre, até quando
parecemos acordados. Mas Tanaim sabia das minhas
dúvidas. Aliás, ele sempre sabia o que eu pensava, e isso
ficou muito claro desde o início.
— Não. Você não está sonhando. Apenas decidimos
usar sua atividade onírica como um meio de transporte até
este momento alternativo futuro - me disse enquanto
observava com atenção um objeto estranho na sua mão
direita como verificando algo em relação ao meu estado
geral:
— Mmm! Sua reação é normal. Relaxe e ouça. Meu
nome é Tanaim. Temos pouco tempo neste nosso primeiro
encontro. Não estranhe estar aqui. O futuro existe agora,
nesta dimensão na qual você penetrou, principalmente em
virtude de seu progresso espiritual, além de outras razões
as quais conhecerá em breve. Nosso Alto Conselho
Consciente ordenou que estabelecêssemos contatos
imediatos com milhares de humanos preparados de seu
tempo presente, para tentar deter certas possibilidades de
desvio evolutivo que poderiam provocar nossa
inexistência como espécie neste futuro alternativo. Você é
um deles... Esperava o momento certo para contatá-lo.
Bem-vindo ao Ciclo I da Nova Idade de Ouro!
Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
Fechei os olhos, botei a mão esquerda na cabeça e,
seguindo certa instrução esotérica, comecei a repetir
mentalmente: “Isto é um sonho, isto é um sonho”.Se tudo
era um sonho, acordaria de imediato ou poderia continuar
sonhando, ciente de que era só um sonho. Pelo menos, era
isso o que sempre acontecia quando realizava essa
prática. Só que desta vez, ao abrir novamente meus olhos
tudo continuava igual! Tanaim não impediu as minhas
tentativas de acordar do que eu achava ser apenas um
sonho lúcido.
— Por que a dúvida? Ora. Logo você que diz gostar
tanto dos novos paradigmas da ciência e sabe que o tempo
é relativo? Falava com firmeza, como se eu não estivesse
respondendo às suas expectativas em relação a mim.
— Mas, como é possível? – perguntei confuso.
— Simples.Você está aqui graças ao nosso domínio
dos momentos alternativos existentes nas diversas faixas
dimensionais do tempo!
Eu intuía que, teoricamente, tudo aquilo era possível.
Capítulo
do fim?
2 Abreviar os tempos

“Em razão de que tu desconheces, meu filho, as


particularidades excepcionais que apresenta o Tempo,
precisas saber, primeiramente, que a verdadeira Ciência
Objetiva outorga a seguinte definição deste fenômeno
cósmico:
‘O Tempo, como tal, não existe; ele não é mais que um
conjunto
de resultados provenientes de todos os fenômenos
cósmicos presentes num lugar dado’ [...] nenhum ser
pode compreendê-lo pela razão [...] não tem significado
objetivo [...] identificando-se sempre com tudo e
mantendo-se soberanamente independente – somente
ele, no Universo inteiro, pode ser nomeado e glorificado
com o nome de ‘Único Fenômeno Idealmente
Subjetivo’.”
George I. Gurdjieff
“[...] nossa visão sobre a natureza do tempo se
modificou através dos anos. Até o começo deste século
acreditava-se num tempo absoluto [...] Entretanto, a
descoberta de que a velocidade da luz parecia a mesma
a todos os observadores, independentemente do
deslocamento de cada um, levou à teoria da
relatividade, e com ela foi necessário abandonar a idéia
de tempo único e absoluto. Em vez disso, cada
observador teria sua própria medida de tempo [...]
Assim, o tempo se tornou um conceito mais pessoal,
relativo ao observador que o estivesse medindo.”
Stephen W. Hawking

Aproximou-se até ficar frente a mim. Tocou


gentilmente meu ombro direito com sua mão esquerda e
olhando nos meus olhos amorosa e profundamente, disse:
— Você está sendo testemunha do futuro que já foi
anunciado em todos os Livros Sagrados da Humanidade.
Lembre-se do Capítulo 21 do Apocalipse. Sim, meu
querido filho, tudo foi anunciado. Aliás, algumas
profecias desse livro estão se cumprindo no seu tempo
presente. Tudo acontece de acordo com o que foi
profetizado pelos videntes do futuro!
A lembrança veio acompanhada de uma suave corrente
ascendendo pela minha espinha.
Sim, Apocalipse 21: “Vi então um céu novo e uma
nova terra...” Era simplesmente incrível! Estava sendo
testemunha do Reino de Deus na terra anunciado no
Apocalipse!
Mas, como tinha acontecido esse milagre após tantos
séculos de desequilíbrios e injustiças? Eu estava ali e
aquilo estava acontecendo. Era real ou não? Percebia
minha ansiedade.
— Se você me diz — tentei ordenar meus
pensamentos — que para garantir este futuro é necessário
evitar um possível e negativo desvio evolutivo que poderá
acontecer no meu tempo, como e de que maneira podemos
evitá-lo?
— Existem duas maneiras. Uma é dolorosa e
traumática e não falarei sobre ela porque outros já o
fizeram muitas vezes. A outra depende apenas da
colaboração de todos os seus contemporâneos mais
conscientes.
— Então, me diga, como é que podemos evitar a
primeira alternativa? — fiquei perplexo por estar
reagindo assim ante essa incrível questão.
— Abreviando os tempos - alternativos.
Simplesmente, precisamos abreviar esse seu tempo... —
repetiu calmamente Tanaim.
— O quê? Abreviando os tempos... mas, como? —
achava absurdo o que ele propunha.
Ele apenas esboçou um sorriso de consideração.
— Ouça. O tempo é um fenômeno muito especial,
porque é altamente subjetivo. Sendo assim, nossos
cientistas - místicos descobriram que seu, digamos,
comprimento subjetivo pode ser acelerado, diminuído,
alongado ou abreviado... depende de certas condições...
— ele tentava explicar-me com simplicidade algo
extremamente complexo em relação ao tempo. Parecia
apresentar aquelas explicações que a gente ouve sobre a
Teoria da Relatividade e seus incríveis desdobramentos
físicos e espaços - temporais.
— Segundo a Sagrada Tradição Hermética, na qual
você foi iniciado, o momentum-espaço-temporal que seu
mundo vive é chamado de últimos tempos, ou tempos do
fim ou Kali Yuga. Lembra-se há quantos anos equivalem
esses chamados últimos tempos?
Fiquei surpreso. Aquele ser sabia tudo sobre mim.
— Bom, — respondi —, segundo antigos textos
sagrados da Índia, os últimos tempos, ou a Kali Yuga,
teriam uma duração de 432.000 anos, dos quais, apenas
temos vivido 5.100, aproximadamente, até o momento que
considero meu tempo presente... logo, segundo esses
dados, — calculei mentalmente — ainda faltariam...
426.900 anos para essa Idade de Conflito e Caos
acabar...! Foi como um choque. Era a primeira vez que
esses dados me afetavam de um modo profundo e novo.
Não pude ocultar minha tristeza porque percebia quão
terrível era esta possibilidade para as gerações futuras da
Terra.
Eu e meus contemporâneos estávamos, literalmente,
destruindo o futuro possível, com nossos atos errados e
inconscientes contra a vida e a existência.
— Não fique triste e reflita. Você não acha, então, que
é urgente abreviar o máximo essa Idade?
— Teoricamente, abreviar os últimos tempos pode ser
possível, sendo o tempo algo relativo, Tanaim. Porém
como é que isso poderia ser realizado na prática? —
fiquei olhando ansioso para aquele homem do futuro,
esperando sua resposta. Minha tristeza era enorme.
Capítulo 3 Eu e os Novos Eleitos

“Os seres humanos, no final de Kali Yuga, se acharão em


estado lamentável.
Em seu desespero, começarão a refletir. Então,
repentinamente, aparecerá
a nova Satya Yuga (a nova Idade de Ouro). Os
sobreviventes das Quatro Castas
serão a semente de uma nova humanidade...” .
Do Livro Sagrado indiano, “Linga Purana”.

“E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se


salvaria;
mas, por amor dos eleitos, AQUELES DIAS SERÃO
ABREVIADOS...”.
N. S. Jesus Cristo falando sobre os “últimos tempos”,
segundo o livro de São Mateus 24, 22.

“A responsabilidade da mudança, por conseguinte, está


em nós. Devemos
começar com nós mesmos, ensinando-nos a não fechar
as nossas mentes
prematuramente à novidade, ao surpreendente, ao
aparente radical”
Alvin Toffler.

Tanaim aguardou alguns segundos em silêncio e


finalmente respondeu: — Jesus Cristo, um dos mais
amados Mestres Enviados do Alto ao nosso mundo,
profetizou que abreviar os últimos tempos seria possível
unicamente graças ao amor dos eleitos. Muitos deles já
fizeram sua parte, -continuou-, agora é necessário que os
novos eleitos se unam e atuem juntos com esse propósito
superior. Eles já estão prontos.Você é um deles! Reparei
que os olhos de Tanaim tinham um brilho especial.
— Eu, um eleito?... Mas o que é que você está
dizendo...!? — exclamei surpreso. Não podia acreditar no
que estava ouvindo. Como eu, cheio de limitações podia
ser um dos novos eleitos? Não compreendia. Claro que
me importava com os problemas do meu tempo e queria
fazer alguma coisa em benefício do nosso mundo, como
tantos outros, mas... ser um desses tais eleitos era algo
demais para mim! Um mar de pensamentos se atropelava
na minha mente naqueles instantes. Foi então quando,
repentinamente, as palavras de Jesus Cristo vieram nítidas
à minha memória, como numa espécie de estalo:
“E se aqueles dias não fossem abreviados,
nenhuma vida se salvaria. Mas, por amor dos
eleitos, aqueles dias serão abreviados”.

Tanaim sorriu satisfeito pela minha lembrança.


Capítulo
Revelada
4 Minha Missão

“A marca de sua ignorância é a profundidade da sua


crença na injustiça
e na tragédia. O que a lagarta chama de fim do mundo o
Mestre chama de borboleta.” Richard Bach, em "ilusões:
as aventuras de uma Messias indeciso".

Aproximávamo-nos de umas grandiosas construções


circulares abertas e abobadadas, num de cujos amplos
jardins se realizava um belo evento musical. Enquanto
observávamos um grupo de alegres jovens dançando,
Tanaim me disse: — Os seres humanos da sua época
vivem um momentum muito especial, meu filho.
Digamos que vossa civilização chegou a uma
bifurcação crucial do seu sendeiro evolutivo. É tempo de
escolha. Ela está pronta tanto para ascender a níveis
consciênciais superiores como para sofrer de novo uma
violenta queda, um terrível retrocesso. Veja, no seu tempo,
o conhecimento científico e espiritual é suficientemente
avançado para provocar mudanças positivas que
beneficiariam todos os povos da Terra e acabariam com
todas as misérias. Porém, para que isso seja possível, se
faz necessário eliminar a maior ignorância que ainda
existe entre seus contemporâneos: a falsa percepção de
que tudo está desvinculado e dividido. É necessário e
urgente que todos voltem a aplicar a Lei da Unidade de
Todas as Coisas, segundo foi ensinada pelo sábio Mestre
Thot.
— Existiu realmente esse lendário sábio
extraterrestre? — perguntei, lembrando as preciosas
lendas a seu respeito e os seus famosos Sete Princípios
Herméticos. Tanaim se deteve por alguns instantes.
Olhava divertido em direção às crianças brincando perto
de nós. Após pegar uma delas no colo e beijá-la com
muito carinho, respondeu: — Sim, ele existiu — disse,
deixando-a suavemente no chão. — Sua missão, é a de
lembrar aos seus irmãos qual foi a origem do famoso
Código criado por ele, e por que, quando e como foi que
ele chegou a ser conhecido na Terra. O resgate dessa
lembrança é fundamental para que todos compreendam a
necessidade urgente de união e justiça global como única
maneira de abreviar os tempos do fim. Seus relatos
servirão, ainda, àqueles que, pelo amor que possuem pelo
próximo e pela vida, poderão vir a colaborar para que a
Lei da Unidade de Todas as Coisas, oculta no símbolo que
vocês chamam Eneagrama, seja novamente aplicada no
mundo. Repito — continuou ele — isto é urgente já que é
a forma não traumática de consolidar este futuro -
alternativo que você está testemunhando agora. Quando
seus contemporâneos compreenderem o valor desta Lei —
da qual o Amor é um dos principais alicerces—, a
corrente dos eventos possíveis será consolidada positiva
e imediatamente. Então, Kali Yuga acabará da mesma
forma que acaba uma longa dívida quando paga à vista.
Assim é que um novo ciclo evolutivo será iniciado pela
humanidade, superando-se definitivamente a alternativa de
recorrência temporal negativa, que tantas vezes provocou
os desvios e quedas da nossa espécie em tempos remotos.
É com este propósito sagrado que você e outros milhares
de seres humanos do seu tempo estão sendo escolhidos!
Quando Tanaim acabou de falar, compreendi que
aquele brilho, que momentos antes tinha observado nos
seus olhos, era uma expressão de toda sua esperança. Uma
esperança que agora eu também tinha e que deveria
compartilhar com todos neste final de século.
Capítulo 5 O Retorno

“Devemos aceitar que o tempo não é completamente


isolado e independente
do espaço, mas sim que eles se combinam para formar
um elemento chamado
espaço-tempo. [...] Um evento é alguma coisa que
acontece num determinado
ponto no espaço, e num tempo também determinado. [...]
É sempre útil
pensar nas quatro coordenadas de um evento como
especificadoras de sua
posição num espaço quadridimensional chamado
espaço-tempo. É impossível
imaginar um espaço quadridimensional. Eu
pessoalmente acho bastante
difícil visualizar um espaço tridimensional! [...]
Stephen W. Hawking, em "Uma breve história do tempo:
do big bang aos buracos negros".

Ficamos em silêncio por algum tempo. Eu, refletindo


nas suas palavras, e ele, talvez meditando. De repente
percebi que tudo estava ficando enevoado à minha volta.
Tanaim parecia saber o que se passava comigo e
suavemente me disse: — Está na hora de você voltar à sua
dimensão-espaço temporal — olhava atentamente o objeto
que brilhava na sua mão. — Descanse. Não tente
compreender tudo agora.
Apenas fique aberto e entregue à mensagem que terá
que transmitir aos que estão prontos para serem
colaboradores do Bem que está por vir. Do mesmo modo
— continuo — fique alerta às diferentes mensagens e
sinais vindos através dos demais eleitos da sua época...
Um novo tempo precisa ser estabelecido, para que o velho
tempo seja abreviado. Nós aqui, já iniciamos a sagrada
tarefa de mudar a freqüência do tempo, porém, sem vocês,
nossos esforços serão incompletos.
Tocou minha cabeça carinhosamente e olhando
novamente aquele estranho objeto luminoso que vibrava
na sua mão me disse:
— Volte em paz à sua época e saiba que seu preparo
psico-astral já foi iniciado. Reflita e não duvide. Nos
encontraremos de novo, em breve. Adeus, meu filho...!
À minha volta tudo sumia.
***
Etéreo, desci através de uma espiral luminosa a uma
velocidade incrível e senti uma espécie de corrente
elétrica ao entrar de novo na minha dimensão temporal.
Flutuando, olhei maravilhado, durante alguns segundos,
para o meu corpo que continuava deitado.
Em segundos, estava de novo “dentro” do meu veículo
físico. Meu coração batia fortemente. Fiquei imóvel
alguns instantes.Tremia e tentava compreender o que tinha
acontecido. Acendi a luz de minha mesa-de-cabeceira e
olhei o relógio despertador.
Eram 5 horas da madrugada. Estava tão maravilhado
pela lembrança dessa estranha experiência que não
consegui dormir novamente. Levantei-me. Estava frio e
saí para o jardim munido de um travesseiro e de dois
grossos cobertores. Estendi um deles numa poltrona,
cobrindo-me com o outro, e fiquei ali olhando para o céu
estrelado, cheio de pensamentos e perguntas. Ainda
confuso, refletia nas coisas ditas por Tanaim – o risco do
desvio evolutivo, o futuro possível em perigo pelo nosso
presente, a necessidade de união global para abreviar os
tempos do fim, o papel dos eleitos, o Código de Thot;
enfim, todas essas questões apareciam constantemente nos
meus pensamentos provocando-me uma estranha
ansiedade: Seria possível unir todos os seres humanos
para abreviar estes terríveis tempos do fim?
Era preciosa aquela madrugada. O cheiro e a frescura
maravilhosa do mato e do jardim me animaram. As horas
passaram suavemente e a luz do novo dia começou a
expandir-se à minha volta.
Esperei o nascer do sol meditando.Decidi que não
falaria com ninguém sobre esta minha primeira e incrível
experiência até estar totalmente pronto. Pensei que se tudo
o que tinha visto e ouvido naquela dimensão do futuro era
real, deveria esperar pelo próximo contato prometido e
pelas novas instruções. Por outro lado, sabia que se tudo
aquilo tivesse sido somente uma onírica e bela ilusão,
esse novo contato nunca aconteceria. Talvez tivesse
apenas que averiguar pelos ocultos e simbólicos
significados daquele sonho inesquecível.
Nesses momentos de dúvidas e incertezas, nem sequer
suspeitava que, pelo contrário, tudo o que tinha
vivenciado naquela noite era o começo de uma série de
extraordinárias revelações.
Elas mudariam minha vida e minha percepção da
realidade para sempre.
Parte 2

| A viagem |

“... iniciou-se uma discussão.


O tema era
a Travessia Noturna do Profeta Maomé.
Diz-se que naquela ocasião
o Profeta foi removido de seu leito
para as esferas celestiais [...] viveu muitas...
experiências,
sendo trazido de volta ao seu quarto
quando sua cama ainda estava morna.
Uma moringa cheia d’água que fora
derrubada e derramada por ocasião do vôo
celestial
ainda não esvaziara quando o Profeta retornou
[...]
Alguns sustentavam ser isso possível [...]
O Sultão afirmava ser algo impossível...”

Fragmento de um conto sufi extraído do livro


"Histórias dos Dervixes", compiladas por Idries
Shah
Capítulo
Perguntas
6 Reflexões e

“Conheço um homem em Cristo que, há quatorze anos,


foi arrebatado ao
Terceiro Céu — se em seu corpo, não sei; se fora do
corpo, não sei; Deus sabe!
— E sei que esse homem... foi arrebatado até o paraíso e
ouviu
palavras inefáveis, que não é lícito ao homem repetir...”
São Paulo Apóstolo, na Segunda Carta aos Coríntios.

Tinham-se passado 40 dias desde o primeiro contato


com Tanaim. Estava em casa, finalizando um rotineiro
relatório de marketing no meu laptop quando, subitamente,
senti a estranha sensação de que ele estava ali,
observando-me. Instantaneamente comecei a relembrar
tudo o que ele me tinha dito dando início a uma profunda
reflexão acerca da minha condição de eleito.
Um inesperado telefonema me fez voltar à realidade.
Haveria uma reunião com o diretor de marketing e outros
executivos da área, numa das empresas para a qual
prestava consultoria como especialista em Eneagrama
aplicado ás vendas. Uma nova campanha publicitária
seria iniciada. Minha participação era importante para
colaborar na análise dos detalhes da mesma e na tomada
de decisões junto aos representantes e criativos da
agência publicitária. Porém essa estranha sensação de
Tanaim estar ali comigo continuava e não conseguia
pensar no assunto. Tinha certeza de que o anunciado novo
encontro estava por acontecer a qualquer momento.
***
Aquela noite, após preparar alguns assuntos relativos
à reunião do dia seguinte, desliguei meu laptop e sai ao
jardim para meditar. É tão bom ficar apenas sentindo o
Ser! À minha volta todo o silêncio da floresta que rodeia
nossa casa somente era interrompido pelos diferentes
barulhos noturnos. Faltavam poucos dias para o mundo
cristão celebrar um novo Natal e, naqueles instantes, de
comunhão e centramento, a lembrança do nascimento de
Jesus Cristo e da sua sagrada missão me fez refletir com
mais intensidade nas palavras do meu guia do futuro:
É urgente abreviar os tempos de Kali Yuga. Sim, é
urgente. Todos sabemos disso, pensei. Talvez seja por
isso que em cada Natal a gente deseja, no profundo dos
nossos corações, que todas as formas de miséria e
injustiça acabem de uma vez para sempre.
No fundo, queremos um mundo melhor e queremos ser
felizes, simplesmente, porque algo no fundo de nos sabe
que isso é possível. Pensei que se o amor dos eleitos
fosse a causa dos Tempos do Fim serem abreviados,
então, o fato de nos esforçarmos por amar a Deus acima
de todas as coisas e ao nosso próximo como a nós
mesmos, nos daria o poder necessário para transformar
nosso mundo doente num paraíso. Compreendia, apesar
das minhas dúvidas, que o que nos tornaria dignos de
sermos eleitos para essa empreitada, era apenas uma
questão de atitude e escolha interna. Uma escolha feita por
amor ao Superior e a nós mesmos, porque somente
amando a nós mesmos conseguiríamos superar todos os
nossos vícios, mentiras e medos. E não são, por acaso,
essas nossas trevas internas que justamente nos impedem
de amar aos nossos próximos?
Não é essa a causa de todos os nossos males?
Visualizei, então, o estado no qual se encontra nosso
mundo. Quantos paradoxos! Todos os dias nos jornais,
revistas e noticiários da TV a gente lê, ouve e assiste
impotente aos fatos terríveis que fazem parte do dia-a-dia
desta Idade da Kali Yuga. É como se vivêssemos numa
constante contradição, na qual tendo todas as
possibilidades espirituais, científicas e tecnológicas de
sermos mais felizes como espécie, vivemos o constante
risco de perder todo o caminho percorrido na nossa longa
evolução humana. Vivemos cada vez com mais medo.
Aliás, pensei, medo parece ser a palavra síntese desta
época. Medo do futuro e medo do presente. Será esse
nosso medo uma intuição coletiva do possível desvio do
qual Tanaim me tinha advertido?
Tanaim tinha razão: unirmos como espécie para
abreviar os tempos do fim era realmente urgente. Mas
como convencer a todos dessa urgência? Como explicar
essa “irracional” possibilidade anunciada por Jesus
Cristo? Finalmente, como é que eu ajudaria a evitar o
risco de um novo desvio e retrocesso evolutivo, apenas
lembrando aos meus semelhantes o passado esquecido da
humanidade e a história e o poder do Eneagrama e do
Código de Thot? E se minha experiência tivesse sido
apenas uma ilusão?
Capítulo 7 Um Belo Sonho

“— Agora [ele] esta sonhando. Com quem sonha?


Sabes?
— Ninguém sabe.
— Sonha contigo. E se deixasse de sonhar, o que seria
de ti?
— Não sei.
— Desaparecerias. És uma figura de um sonho. Se esse
rei despertasse, tu te apagarias como uma vela.”
Lewis Carroll, em "Aventuras de Alice através do
espelho".

Já deitado não conseguia dormir. O pensamento


voltava uma e outra vez às mesmas questões. Dei-me
conta que estava ansioso pelo prometido novo encontro
com Tanaim.
Fechei os olhos, deliberadamente relaxei e decidi que
isso somente aconteceria se fosse real sua existência.
Apenas esperaria. Enquanto relaxava e quase sem
perceber como, veio à minha memória um belo sonho de
infância. Devia ter uns 5 anos e estava na enorme casa de
meu avô. Sonhava com um ser luminoso, de aspecto sábio
e bondoso que descia do espaço.
— Te levarei a conhecer as esferas do céu... —
disseme amoroso.
Então, tomava minha mão e, de repente, voando, eu
via todas as estrelas como esferas luminosas passando
perto de mim no espaço infinito. Sentia tanta alegria!
Aquele ser sorria feliz ao ver que eu estava tão contente
entre as esferas do céu! Era estranho, mas Tanaim me
lembrava tanto aquele ser!
Sorri ao lembrar a figura amável do meu amigo guia e
acho que foi assim que dormi, invocando seu nome.
***
Acordei repentinamente sentindo uma estranha
sensação corporal como de formigamento, estranha,
porém agradável, como uma espécie de estática na minha
pele toda. Olhei mecanicamente o meu relógio
despertador: eram 3 horas e 12 minutos da madrugada
(você compreenderá mais adiante por que faço constar
este dado com tanta exatidão). Sentia que algo estava por
acontecer, pois a estranha sensação corporal continuava.
Era como se estivesse saindo do meu corpo. “Será este
estado o limiar para entrar naquela outra dimensão?”,
pensei, enquanto surpreso e fascinado começava a flutuar
no espaço guiado por uma invisível e amorosa força.
Capítulo
Dimensional
8 O Portal

“Que está dizendo? Eles modificaram a geometria do


espaço?”. — “Foi. Estamos dizendo que o espaço não é
conectado,
topológicamente de maneira simples.
É como... sei que Abonnema não gosta dessa analogia...
é como uma
superfície bidimensional plana. O plano 1 está ligado,
através de tubulações
complicadas, a outra superfície bidimensional, o plano
2. O único meio de
passar do plano 1 para o plano 2, em tempo razoável, é
através dos tubos...”
Carl Sagan, em "Contato".

Uma suave luz se expandia pelo infinito quando ouvi a


voz inconfundível de Tanaim: — Até que chegou mais
rápido desta vez! — me olhava como se estivesse
avaliando minha chegada no seu nível espaço-temporal.
— Esperava por você!
— Hoje senti que o veria novamente e não sei nem
como estou aqui agora! — respondi admirado com a
naturalidade desse nosso segundo encontro. — É...
Incrível... — ele sorriu satisfeito.
— Sentiu porque eu me comuniquei com você. Mas
falaremos disso numa outra oportunidade. Tenho uma
surpresa para você! A gente vai viajar hoje.
— Viajar? Aonde iremos Tanaim? — perguntei
intrigado.
— Conhecerá uma outra dimensão espaço-temporal na
qual um planeta e seus habitantes estão prestes a viver
uma extraordinária modificação existencial... Está pronto,
meu amigo?
— Bom... gostaria de fazer algumas perguntas antes
de... — não consegui concluir.
Tanaim fitou-me de um modo particular:
— Perguntas deverão esperar. Temos que aproveitar
este momento... Está vendo essa luz azul e brilhante na
nossa frente?
Eu tinha reparado nela ao chegar ao encontro de
Tanaim. Aquela luz se movia diante de nós como uma
espiral vibrante e não queimava apesar de ser tão forte.
— É nosso portal-dimensional. Vamos! — me
estendeu sua mão e de repente estávamos no meio daquele
vórtice de luz, viajando na espiral vibrante do Cosmo, em
meio às esferas dos céus... tal como naquele precioso
sonho de infância.
Capítulo 9 O Planeta Octor

“Deves conhecer, também... esse planeta extraordinário,


porquanto os seres que
o povoam são considerados, em todas as partes do nosso
Grande Universo,
como o ideal perfeito dos seres tri-cerebrais com
inumeráveis formas de
revestimento exterior... Esse planeta... pertence ao
sistema do Protocosmos [...]
Está povoando de seres [...] seu aspecto exterior se
assemelha muito ao nosso...”
G.I. Gurdjieff; Em "Relatos de Belzebu a seu neto".

“No Brahamajyoti (o céu espiritual) existem


inumeráveis planetas
espirituais. O número destes planetas é muito, muito
maior que o de todos os
planetas deste mundo material.Neste segmento material
há bilhões e bilhões
de universos com trilhões de planetas e sóis, estrelas e
luas. Mas toda esta criação
material é apenas um fragmento da criação total. A
maior parte da
criação está no céu espiritual. Aquele que deseja fundir-
se na existência do
Brahman Supremo é transferido imediatamente ao
Brahmajyoti do Senhor
Supremo e deste modo alcança o céu espiritual...”
Sua Divina Graça A. C. Bhaktivedanta Swami
Prabhupada, na introdução ao "Bhagavad Gita como ele
é".

“Pela primeira vez na história da exploração espacial,


pesquisadores dos EUA
descobriram a existência de um sistema planetário
semelhante ao Sistema
Solar... A descoberta... [pode] indicar também que, no
Universo, o número de
sistemas planetários múltiplos pode ser muito maior do
que o estimado. A
estrela desse novo sistema é a Úpsilon de Andrômeda... a
cerca de 44 anos-luz
da Terra... os dois planetas mais distantes estão em uma
região habitável...”
Folha de São Paulo (16/04/99).
Estávamos em um dos planetas superiores localizados
numa das dimensões mais próximas ao nosso Sistema
Solar e reparei, surpreso, que nossos corpos astrais
tinham ali uma densidade semelhante aquela de nossos
corpos físicos na Terra. Tanaim me explicou a razão.
— Este é o planeta Octor, meu querido filho, um
planeta de evolução superior. O que na Terra seria para
nós algo sutil e quase invisível, aqui se torna concreto e
tangível. Sua luz, sutileza e harmonia são um anúncio do
que será a Terra nesse futuro alternativo do qual você foi
testemunha no nosso primeiro encontro...
Amanhecia naquele mundo e, durante alguns minutos,
ficamos olhando a peculiar paisagem octoriana e sua rara
beleza. O sol nascente descobria as cores daquela exótica
vegetação e o ar puro trazia até nós seus suaves aromas.
Impressões e sensações desconhecidas penetravam minha
alma e me sentia como quando somos crianças e ficamos
fascinados ante cada nova revelação da existência.
— Por que estou aqui, Tanaim? — perguntei como
quem pensa alto.
— Você está aqui, em primeiro lugar, para ser
testemunha da extraordinária transformação evolutiva que
este planeta e seus habitantes viverão em breve —
respondeu meu guia e, após ficar calado alguns instantes,
acrescentou: — Em segundo lugar, porque as revelações
acerca da origem do Eneagrama e do Código de Thot,
assim como as relacionadas com a nossa evolução, lhe
serão feitas por alguém deste mundo que deseja conhecê-
lo por uma razão exata.
Eu não entendia aquilo. Por que alguém desse mundo
ia querer me conhecer?
— Tenha calma, compreenderá tudo no seu devido
tempo.
Fez-me um sinal e agregou com suavidade:
— Agora, siga-me.
Minha curiosidade aumentava junto com a confusão
dos meus pensamentos.
10
Capítulo
A Mente é Mais Veloz que a
Luz

“Sedes perfeitos assim como o meu Pai nos céus é


perfeito”
N. S. Jesus Cristo.

Avançamos até uma colina da qual era possível ter


uma ampla visão da paisagem octoriana. Tanaim fechou os
olhos e levantando o braço esquerdo fez um estranho
movimento com a mão. Ficou imóvel durante alguns
minutos na mesma posição.
Imaginei que estivesse se contatando telepaticamente
com alguns habitantes daquele mundo. Não estava
equivocado. Após alguns instantes, duas espécies de
naves, extremamente luminosas e de formas ovóides,
apareceram como saídas do nada.
Tanaim me explicaria mais tarde que essa minha
impressão delas terem aparecido como do nada, era
conseqüência de uma extraordinária descoberta feita
pelos eco-cientistas octorianos: a mente era muito mais
veloz que a luz e produzia, como esta, uma energia
extraordinária e quase inesgotável que eles conseguiram
canalizar para diversas aplicações. Assim, a velocidade
inimaginável atingida por aquelas naves era apenas um
dos resultados tecnológicos dessa extraordinária
descoberta. Nelas pode-se viajar de um ponto a outro
desse planeta em apenas alguns segundos e também a
diferentes níveis dimensionais e espaços - tempos
diversos em apenas alguns dias ou minutos. Cinco
octorianos desceram, nos convidando a subir numa delas e
reparei, surpreso, que Tanaim era conhecido e
profundamente respeitado por eles. Os corpos daqueles
seres, ainda que semelhantes aos nossos, tinham
diferenças notáveis. Belos e com uma estatura média de 2
metros, possuíam a simetria das esculturas com as quais
os gregos tentaram simbolizar a perfeição de seus deuses.
Chamou especialmente minha atenção a peculiar formação
craniana na qual se destacava um maior desenvolvimento
da zona frontal desconhecido entre nós. Suas presenças
irradiavam luz e harmonia e seus olhares pareciam
penetrar nossas almas além das aparências. Após termos
sidos devidamente acomodados, a nave iniciou sua
viagem e, em apenas alguns segundos, chegamos ao nosso
destino.
11
Capítulo
Satlam

“Os Portões do Céu estão abertos para ti;


As portas do Lugar Fresco estão abertas para ti.
Tu encontrarás Ra parado ali, esperando por ti.
Ele tomará tua mão. Ele te levará para o Duplo
Santuário do Céu;
Ele te colocará no trono de Osíris...
Tu ficarás em pé, amparado, equipado como um deus...
Entre os Eternos, na Estrela Imorredoura."
Fragmento do “Texto das Pirâmides”, extraído de A
escala para o céu, de Zecharia Sitchin.

Nunca esquecerei o impacto que provocou em mim


aquela gigantesca cidade flutuando a mais ou menos 1.200
metros da superfície do planeta. Nela, milhares de
octorianos realizavam suas rotineiras e pacíficas
atividades, num clima harmonioso e feliz.
Sem dúvida, Satlam era uma das mais maravilhosas
megápoles-levitantes de Octor. Ao vê-la pairando
silenciosa acima de uma das preciosas florestas - parques
daquele mundo superior, compreendi que os octorianos
tinham alcançado não somente grandes avanços científicos
e tecnológicos, mas principalmente, tinham conquistado a
virtude de conviver em completo equilíbrio com todas as
formas de vida.
Após descer numa das pistas aéreas disponíveis,
fomos conduzidos até um amplo salão octogonal
localizado num dos 9 Níveis Sinérgicos do Décimo-Setor-
Estrutural satlanense. Três seres de nobre aparência
receberam Tanaim com alegria, o qual me apresentou
como um “novo viajante na Luz Uma”. Devo esclarecer
que eu podia entender e falar claramente o precioso
idioma mantrico dos octorianos em virtude de um
microscópico tipo de “chip” — aderido ao meu canal
auditivo após a chegada a Satlam —, o qual o
decodificava e traduzia instantaneamente na área da
linguagem do meu cérebro. Afastando-se alguns metros de
mim, os três seres e meu guia iniciaram uma longa
conversa. Percebi que Tanaim falava de mim, pois, a cada
certo tempo, ele e os octorianos olhavam na minha
direção com muita atenção. Ao concluir nossa
“recepção”, os três seres, desmaterializando-se,
abandonaram o local deixando-nos sozinhos. Eu estava
como que hipnotizado. Meu cérebro, em choque, tentava
“aceitar”
uma realidade que não estava registrada na sua
limitada “programação” terrestre.
Sentindo-me tremendamente pequeno perante aquela
manifestação superior de existência, percebia a enorme
distância evolutiva que nos separava de toda aquela
incrível civilização. Sua grandiosidade provocava-me,
por instantes, um misto de medo e admiração quase
primitivos. Como descrever o que acontecia dentro de
mim diante daquelas maravilhas que nem sequer o melhor
dos nossos escritores de ficção científica imaginaria
existir?
Tudo tinha acontecido tão rapidamente. Conhecer o
meu guia, conhecer esse modo de viajar no astral, através
de “portais-dimensionais” a uma velocidade maior que a
da luz, sem usar nenhuma nave espacial e estar naquele
mundo superior era maravilhoso, indefinível e inefável.
Tanaim esperou que passasse esse choque inicial com
sua habitual serenidade. Talvez como um efeito colateral
desse meu estado alterado de consciência, percebi, de
repente, que havia algo de familiar nele, algo que não
tinha reparado antes e que me fazia sentir um misto de
amor e segurança. O que era esta nova impressão? Sua
presença era tão valiosa e necessária naqueles instantes,
que num impulso repentino o abracei com carinho e
gratidão. Já não havia mais dúvida em mim... Tudo era
real nesse novo estado além dos meus longínquos e irreais
sonhos! Então, ele me disse: — Como o esperava, tardou
mais que outros eleitos a sentir o impacto desta
experiência, e isso, somente graças à sua força interior —
retribuía meu abraço com fraternal carinho. - Fique
calmo... Tudo está bem agora. — Afastou-me suavemente
e acrescentou: — Alguns sentem esse choque após o
primeiro contato e até demoram muito a voltar ao total
equilíbrio psico-astral. Você, pelo contrário, se recuperou
rapidamente. Calma — repetiu — calma, você logo há de
saber o “porquê” de tudo o que está vivenciando aqui...
Pronto para mais experiências? — deslizava suas mãos
com suaves movimentos circulares através de todos os
meus chakras, revitalizando aos poucos meus vórtices de
energia astral. Assenti agradecido e nos dirigimos até uma
espécie de enorme varanda giratória, de onde se podia
contemplar, em todo o seu esplendor, a beleza daquele
mundo, assim como algumas das vizinhas cidades-
levitantes. Tanaim me explicou que essas cidades eram
construídas tendo em conta o equilíbrio psicofísico de
seus habitantes, mediante a combinação sábia de materiais
e de uma diversidade de vibrações positivas geradas
pelas formas, cores e volumes dos seus diversos
ambientes e amplos espaços urbanos. Tudo ali obedecia a
exatas medidas áureas, conscientemente aplicadas pelos
eco-arquitetos e eco-engenheiros daquele planeta.
Fora isso, Octor não estava dividido em países e seus
habitantes — que falavam um único idioma — viviam em
fraterna unidade, governados por um grupo de sábios
responsáveis pelo bem comum do planeta e de todas suas
formas de vida, sem distinção.
Mas não vou detalhar todos os avanços que observei
naquele mundo. Seria impossível e inútil até pela minha
incapacidade conceitual e técnica para tal. Em resumo, só
posso dizer que eles tinham conseguido tudo aquilo que
para nós é apenas uma utopia, talvez porque além dos seus
avançados conhecimentos e tecnologias, estavam unidos.
Tanaim me prometeu, em função do meu interesse, que
numa outra oportunidade me levaria para conhecer outros
dos avanços daquele mundo, antes que acontecesse o que
ele chamava de “o translado total ao nível Quinto” de toda
aquela avançada civilização, solicitando-me que não
fosse tão curioso no momento.
12
Capítulo
Novas Revelações

“Talvez estejamos aqui apenas para dizer casa, ponte,


poço, jarro, oliveira, janela
– no máximo, pilar, torre... mas dizê-las, lembra-te, dizê-
las de uma maneira que
as próprias coisas nunca sonharam que pudesse existir
tão intensamente”
Rainer Maria Rilke. em Elegias de Duíno, Nona Elegia.

— Agora devo explicar-lhe um pouco mais a sua


missão como eleito — respirou fundo e após um breve
silêncio disse: — Sei que ainda não ficou muito claro —
continuou e me fez um sinal para que sentássemos.
— No final, gostaria de compreender melhor como é
que apenas escrevendo sobre estas coisas, eu virei a
colaborar para que os tempos do fim sejam abreviados na
prática — perguntei sem poder disfarçar meu ceticismo.
Tanaim percebia isto e esboçando um dos seus belos
sorrisos me respondeu: — É simples. Veja. Cada um dos
eleitos é capaz de visualizar diferentes faces da realidade
superior segundo seu nível consciêncial e conceitual.
Conseqüentemente, cada uma dessas diferentes faces é
uma peça a mais do complexo quebra-cabeça evolutivo da
nossa espécie. Seus relatos, por exemplo, provocarão
certas lembranças, intuições e sentimentos elevados
naqueles que estão preparados para completar este
quebra-cabeça.
Digamos que você lhes ajudará a lembrar o futuro,
lembrando do passado! Atos são produtos de sentimentos
e quando você acorde neles tais sentimentos, muitos
começarão a agir de uns modos novos, amorosos e
especiais que ajudará a promover essa união que virá a
abreviar os tempos do fim.
Tanaim olhou à sua volta e senti que o que estava por
acontecer naquele planeta o deixava especialmente alerta
e sensibilizado.
— Outros eleitos— continuou — conhecem e
descobrirão novas peças. Alguns já estão canalizando
essas novas descobertas. Todos esses dados e
informações - fragmentos estão relacionados com o
propósito de abreviar os tempos do fim. Assim, o objetivo
de evitar o desvio para um momento-alternativo
inadequado e destrutivo para nossa espécie terá maiores
possibilidades de ser atingido. — Observei que seus
olhos brilharam cheios de esperança ao expressar estas
palavras.
— Graças às suas revelações e às que outros eleitos
farão na sua época, milhões de pessoas, ao redor de todo
o mundo, serão motivadas a transformar-se em seres cada
vez mais conscientes da Unidade de Todas as Coisas.
Assim, a compreensão profunda das razões pelas quais
nossa espécie fracassou no passado, será relembrada.
Então, meu filho, milhões de indivíduos compreenderão
que os fracassos do passado foram produtos de um mesmo
e grande erro: o sentimento de separatividade, ou seja, a
incapacidade de ver as ligações existentes entre todos os
seres e todas as coisas. Somente então, novas
possibilidades evolutivas serão, de certa maneira,
pressentidas e intuídas por muitos na Terra, surgindo
assim novas formas de lidar com os desafios emergentes
da sua época.
Visões cada vez mais esclarecidas da realidade tal
qual ela é permitirão descobertas e soluções inovadoras
para os atuais problemas e crises enfrentadas por sua
civilização.
Aos poucos, todas as novas descobertas, dados e
informações se unificarão, complementando-se. Unidos
pelo ideal da Unidade de Todas as Coisas, vocês poderão,
finalmente, planejar e organizar as ações que evitarão e
neutralizarão todos os desvios evolutivos possíveis.
Porém não será uma tarefa fácil. Todos deverão estar
preparados para enfrentar grandes obstáculos e forças
contrárias a essa sagrada missão. Lembre que tudo o que
estou lhe dizendo é apenas uma possibilidade no conjunto
dos futuros alternativos. Afinal, nem todos, neste vasto
Universo, estão interessados em que nossa espécie
progrida. Temos que vencer grandes opositores, muitos
deles velhos inimigos ignorados pela humanidade e
ansiosos de vingar-se daqueles que, no passado, os
derrotaram — concluiu e, intuindo que eu queria saber
mais acerca desse novo e inusitado tema, me disse
enigmático:
— Chega destas revelações por enquanto, meu
querido. Esse alguém, que habita neste mundo e que
deseja conhecê-lo, lhe mostrará este e outros assuntos!
Enquanto nos dirigíamos a um outro nível daquela
bela cidade levitante, pensava por que Tanaim tinha me
dito que aquele misterioso alguém iria me mostrar esses e
outros assuntos. Não teria sido mais correto dizer “lhe
informará sobre estas questões?” Detive o divagar da
minha mente quando contemplei fascinado o instante em
que, através de um portal dimensional de cor amarela, que
surgiu de improviso a alguns metros frente a nós, um
grupo de alegres octorianos voltava de uma agradável
viagem espacial.
13
Capítulo
Os "Mediators"

“— Eu, por exemplo, que existo há tantos anos no


Universo, jamais pensei
que, talvez, tivesse existido um tempo no qual tudo o que
vejo, tudo o que possuo não existisse [...]. E agora,
amado avô, [...] tomei consciência disto
na minha presença inteira, e sinto a necessidade de
compreender a razão
pela qual estes confortos, [...] me foram dados [...] e a
quais obrigações me
compromete isso [...]”
Belzebu, olhando-o com carinho, respondeu-lhe:
— “Te aconselho, meu querido Jassin, que não te faças
tais
questionamentos. Tem paciência. Quando for o momento
certo [...] refletirás ativamente e compreenderás o que
deverás fazer em troca. Ainda
não estás obrigado, na tua idade, a pagar pela tua
existência.”
G.I. Gurdjieff, em "Relatos de Belzebu a seu neto".
As palavras de Tanaim possuíam uma vibração tão
poderosa que tive certeza de que jamais as esqueceria.
Apesar de não conseguir compreender tudo o que me
revelavam, especialmente o relativo à suposta
conspiração invisível contra nossa espécie, intuía que
seria inútil querer saber mais sobre isso naquele
momento. Decidi, esperar pelo encontro com esse
anunciado alguém e levantar apenas questões relacionadas
com a minha missão.
— Significa que fui eleito para agir como uma espécie
de canal?
— Sim. Aliás, cada ser humano que, como você, ame
seus semelhantes, tem hoje a mesma possibilidade de se
transformar num canal ativo do Bem que está por vir —
reparei que ele enfatizara as palavras “possibilidade” e
“canal ativo”.
— A estes seres humanos — continuou —, nós
chamamos Mediators. Assim, todo eleito é um Mediator,
ainda que alguns o sejam inconscientemente ou apenas
potencialmente por enquanto. Eles são como pontes entre
os planos superiores e inferiores, entre os níveis de maior
e menor consciência. Seu número está aumentando,
atualmente, no seu “espaço-temporal alternativo...” Sim,
você é um Mediator. — respondeu Tanaim fitando-me com
uma expressão de absoluta certeza.
— Foi sempre assim? Sempre existiram os
Mediators? — perguntei, ansioso por ouvir mais a
respeito.
— Sim, sempre foi assim — respondeu olhando para
o infinito como se lembrasse de muitos casos especiais.
— Inspiramos e trabalhamos com alguns deles desde
nossa dimensão no futuro, há séculos. — suspirou e em
seguida acrescentou: — Existem “Mediators” de
diferentes graus e níveis. Os mais importantes, ou seja, os
dos Níveis Quinto ao Sétimo são chamados por vocês de
“profetas” “iluminados”, “visionários” e “gênios”. Esses
foram e são alguns dos nomes dados em todas as épocas
àqueles seres humanos aos quais, em virtude dos Nove
tipos de canalização e inteligência superior que
desenvolvem, lhes é permitido ultrapassar diversos
portais dimensionais e experienciar novos momentos-
alternativos. Alguns foram reconhecidos entre vocês como
grandes pensadores e inovadores capazes de mudar
paradigmas que até antes das suas existências pareciam
absolutos. Muitos foram aceitos nas suas épocas e suas
descobertas têm sido benéficas para todos. Outros
sofreram porque foram incompreendidos por seus
contemporâneos, sendo tratados como se fossem malucos
ou sonhadores, iludidos por fantasias. Alguns foram até
perseguidos, torturados e mortos, sem nunca chegar a ver
os resultados positivos de suas descobertas e trabalhos.
Ainda assim, todos eles conseguiram semear na memória
coletiva da espécie os ‘dados’
necessários para favorecer o contínuo progresso
espiritual e material da espécie humana.
Às vezes, alguns deles conseguiam “processar” esses
“dados” de maneiras insuspeitadas graças ao alto
desenvolvimento de suas capacidades emocionais,
mentais e intelectuais.
Porém nem sempre suas descobertas foram bem
utilizadas. O conhecimento é um poder neutro. Com ele
acontece o mesmo que com o que vocês chamam dinheiro.
Seu bom ou mau uso depende de quem o possui. Enfim,
desde este ‘futuro-alternativo’ que é nosso “presente”, nós
estamos influindo sempre, consciente e deliberadamente,
para que todo o conhecimento necessário para a evolução
da nossa espécie não se perca, para que vocês o possuam
sempre ou voltem a possuí-lo, resgatando-o do
esquecimento quando a ignorância e a separatividade
toma conta dos seus semelhantes.
Tínhamos chegado até um grande salão luminoso e
amplo, no qual algumas famílias e casais octorianos
conversavam animados sobre a futura transformação
daquele planeta.
Respirava-se uma atmosfera de plena harmonia. Após
sentarmos numas agradáveis poltronas de material
desconhecido, as quais se adaptavam automaticamente às
nossas medidas e movimentos, e olhando pelas amplas
janelas daquele local os belos arredores de Satlam,
perguntei:
— Essa influência tem algo a ver com o plano de
abreviar os tempos do fim?
— Sim. — respondeu meu guia — Essa nossa maneira
de influir faz parte, também, do plano para abreviar os
tempos do fim que Jesus Cristo e outros Enviados já
conheciam, e que, como todos Eles ensinaram, se
fundamenta na Lei da Unidade de Todas as Coisas, cujo
único alicerce é o Eterno Amor Universal.
Lembrei os ensinamentos secretos relativos à milenar
“transmissão” da chamada “Ciência Objetiva” a partir do
“Governo Invisível do Mundo”, também conhecido como
o “Centro Consciente da Humanidade”, que a conserva e
que influi beneficamente na evolução da nossa espécie. O
quebra-cabeça se completava aos poucos na minha mente.
— E acerca dos grandes inventos e tecnologias do
meu tempo presente e a velocidade com que novas
descobertas são realizadas, o que é que o senhor poderia
me ensinar? — perguntei curioso.
14
Capítulo
A Memória Coletiva

“Quanto mais se aproxime do seu Protótipo no ‘Céu’,


tanto melhor para o
mortal cuja personalidade foi eleita — por sua própria
Divindade pessoal (o
Sétimo Princípio) — para sua mansão terrestre. Porque,
a cada esforço de
vontade no sentido da purificação e da união com esse
‘Deus Próprio’, um dos Raios
inferiores se interrompe, e a entidade espiritual do
homem é atraída cada
vez mais para o alto, para o Raio que sucede ao
primeiro, até que de Raio em
Raio, o Homem Interno é absorvido no Raio Uno, o mais
elevado do Sol-Pai”.
H.P.Blavatsky.

— Logo saberá que alguns desses inventos e


descobertas já existiram no “passado” e que outros foram
“inspirados” pelo “futuro”. Direta ou indiretamente, e,
através de certos “Mediators”, a informação chega a se
transformar, em algum momento, num fato concreto,
sempre o mais adequado. No seu “tempo-espaço-
alternativo”, a velocidade de recepção da “informação”
contida na “memória da espécie” passada e futura
multiplicou-se. Por esta razão, se redescobre e se
reinventa o que foi conhecido em épocas proto-históricas
nos lendários continentes desaparecidos e se “inventa” o
que se recebe desde nosso futuro. Sua época vive um
momento de especial intensidade evolutiva e só a
ignorância da “Lei de Unidade de Todas as Coisas”
impede, ainda, a superação do que podem ser as causas
do “desvio” desse futuro que neste “momento alternativo”,
paradoxalmente, já existe.
Fiquei pensando nessa “memória coletiva” e em todos
os que tinham trabalhado em diversos aspectos para que
chegassem até nós os “dados” e “informações” que
promoviam nosso avanço científico e espiritual.
Compreendi que tudo quanto sabemos e temos à nossa
disposição provém do amor, trabalho e esforço de alguns
poucos que deixaram para nós uma herança preciosa de
conhecimentos, frutos da razão e da intuição... seres do
passado, do presente e do futuro trabalhando para o
progresso de todos os seres humanos sem distinção de
nenhuma espécie.
— Sim, querido filho, assim foi e assim será sempre.
Novamente meu guia falava como se meus
pensamentos fossem palavras audíveis para ele.
Começava a me acostumar a essa sua “clariaudiência-
telepática”. Senti que ele queria me dizer outras coisas e
esperei em silêncio. Fez-me um gesto para segui-lo e nos
levantamos das nossas confortáveis “poltronas”
octorianas. Começamos a caminhar pelo agradável terraço
panorâmico daquele formidável salão e após uns instantes
Tanaim continuou:
— Esse fenômeno, cuja manifestação chamamos
“memória coletiva da espécie”, implica muitas
conseqüências lógicas. A principal é que, em virtude da
sua existência, cada ser humano possuidor de determinada
capacidade consciêncial se torna automaticamente
responsável pela sua qualidade e continuidade. Por sua
vez, a existência dessa “memória coletiva” também é
devida à “Lei de Unidade de Todas as Coisas”. Ou seja, é
graças ao Amor que a memória de todas as coisas existe,
e, justamente por esta causa, o conhecimento atingido por
seres conscientes jamais morre porque está protegido pelo
Amor. De alguma maneira, o conhecimento está sempre
presente nas camadas superiores da nossa Consciência
Coletiva. Em algumas épocas, o retrocesso evolutivo
resultante das condições erradas de vida dos seres
humanos provoca seu esquecimento; em outras, mais
apropriadas ao exercício das faculdades emocionais e
cerebrais superiores, o conhecimento volta através da
energia-mente, utilizando como canais aqueles Mediators
mais preparados que o revelarão ou aplicarão novamente.
Assim, se redescobre o conhecimento acumulado durante
séculos e se somam a ele aqueles novos dados e
descobertas que nunca poderiam existir se não fosse o
acúmulo sinérgico de todas as experiências gravadas na
nossa milenar memória coletiva. Na verdade, não existem
inventos ou descobertas que possam merecer esse nome,
porque o conhecimento é fruto de uma longa cadeia de
experiências e aprendizados refletidos e gravados, de
acordo com a Lei do Carma, na atividade sigilosa do
ADN humano. Sim, O ADN é o canal biofísico da nossa
memória coletiva. Naqueles que atingem certos níveis de
amor e consciência, essa memória se torna ativa, graças à
autolembrança e à auto-observação, no momento certo,
com propósitos definidos e sempre benéficos para todos.
A partir desse ‘resgate-memorial’ e graças às leis da
herança, nós, humanos, conseguimos continuar nossos
avanços como espécie inteligente, do mesmo modo que a
combinação planejada e constante dos materiais
adequados e criados para sua construção, permitem
materializar os projetos de um arquiteto. Quando esse
conhecimento desaparece, como conseqüência das guerras
mais destrutivas ou das mega catástrofes cíclicas, naturais
ou provocadas pelos nossos inimigos ‘invisíveis’, ou pelo
mau uso das descobertas e inventos, ou ainda, pela
destruição ignorante do equilíbrio natural ou pela
combinação terrível de todos estes fatores, nossa espécie
vive longos períodos de barbárie, ignorância e
obscurantismo, até que condições gerais mais apropriadas
permitem, novamente, o resgate de tais conquistas
preciosas. Essa tem sido nossa história, meu filho,
conhecida e desconhecida, com seus altos e baixos
evolutivos. Apesar de tudo e, paradoxalmente, nunca
temos deixado de progredir, porque, graças à unidade e ao
amor dos Mediators, sempre podemos voltar a resgatar
nossas conquistas e continuar subindo pela difícil e
cíclica espiral evolutiva a partir do ponto no qual nos
detemos.
O rosto de Tanaim tinha uma expressão de paz
enquanto dizia estas coisas. Logo, voltou a repetir:
— Nesse “momento-alternativo-presente”, vocês
devem corrigir urgentemente seus atuais modos de agir e
pensar em relação à natureza; devem unir-se e reavaliar,
criticamente, suas ‘metas’ e ‘objetivos’ para benefício do
Todo e de todos e não apenas de algumas minorias. Vocês
devem compreender que o sofrimento de muitos retardará
a realização de todos.
Tanaim se deteve e tive a certeza de que percebia
melhor o que era esperado de mim e de todos os eleitos...
Era algo assim como a “Teoria do Centésimo macaco”,
pois se conseguia compreender e processar tudo o quanto
me estava sendo revelado, muitos outros seres humanos
conseguiriam também. Era uma grande oportunidade para
pagar parte da minha dívida com a existência.
Uma suave brisa me fez respirar profundamente. Senti
os deliciosos aromas que exalavam dos diversos tipos de
flores cultivadas naqueles exóticos jardins públicos de
Satlam.
Tanaim me fez um gesto para que o seguisse até alguns
metros de uma nave octoriana que, segundos antes, tinha
chegado aparentemente destinada a nos servir de
transporte.
Não estava equivocado. Éramos esperados por dois
octorianos que nos fizeram um sinal para abordá-la.
Embora soubesse que naquele mundo o meu corpo astral
não sofreria, numa potencial queda, como o meu corpo
físico, não posso negar que, por mecanicidade, tive um
certo temor, ao passar do deck para o interior daquela
preciosa nave, especialmente após observar, apreensivo,
os mais de mil metros de altura que nos separavam da
superfície daquele planeta.
Quando a nave iniciou seu vôo, senti que ia ao
encontro mais importante da minha vida.
Conheceria, por fim, aquele misterioso octoriano do
qual Tanaim falara de um modo tão especial e saberia por
que ele queria me conhecer.
Anoitecia em Octor.
15
Capítulo
Anthor

“Ver o Mundo num grão de areia.


E o Céu numa flor silvestre.
Ter o infinito na palma da mão.
E a Eternidade numa hora”.
William Blake, no poema "Augúrios da Inocência".

O sereno céu estrelado daquele setor do Cosmo podia


ser contemplado em todo seu esplendor, através das
amplas janelas curvas daquela abobadada espécie de sala
de estar octoriana. Enquanto esperávamos nosso anfitrião,
Tanaim me indicou certo “mecanismo luminoso” nelas
existente, o qual, mediante sua manipulação, permitia a
obtenção de visões telescópicas das constelações e
estrelas que eu desejava ver em detalhes.
Distraído com essas visões celestes não percebi
quando o octoriano apareceu na sala.
— Tanaim, meu querido amigo! — exclamou
abraçando o meu guia. — Vejo que não perde tempo na
preparação do nosso eleito!
Sua aparência bela, serena e majestosa, chamou
imediatamente minha atenção.
— De jeito nenhum, sábio Anthor! Quando seu convite
chegou, decidi trazê-lo de imediato, ainda que isso
significasse para ele uma experiência, inesperada e
surpreendente, da qual ainda se recupera.
Anthor se aproximou e me abraçou em silêncio. A
vibração de familiar alegria que minha presença lhe
causara atiçou ainda mais a minha curiosidade de saber
por que ele queria me conhecer. Após nos refrescarmos
com uma deliciosa bebida, a qual, diga-se de passagem,
me provocou um estado misto de alerta e relax muito
especial, Anthor nos convido para que nos sentássemos
perto dele e comentou detalhes “técnicos” da próxima
transformação daquele planeta. O respeito e carinho com
que ele e Tanaim se tratavam chamavam poderosamente
minha atenção. Como e quando se teriam conhecido?
Quais seriam as outras surpresas das quais estava sendo
poupado no momento? Não tive tempo de perguntar,
porque após alguns minutos, Anthor nos levou até um
salão circular, em cujo centro se destacava uma brilhante
esfera que chamou poderosamente minha atenção. Percebi
que essa esfera devia servir a propósitos definidos, já
que, quando o octoriano dela se aproximou, sua superfície
se iluminou, seguramente ativada pela sua presença. Não
estava equivocado.
— Já era tempo de que ele participasse das
lembranças de quem conhece em detalhes a história do
Eneagrama, do Código de Thot e do nosso mundo —
comentou Tanaim, olhando em volta com um gesto de
aprovação, enquanto sentava onde Anthor lhe indicava.
— Com sua ajuda será mais fácil. — respondeu
gentilmente o octoriano. — Por acaso já revelou a ele a
razão do meu interesse em conhecê-lo pessoalmente? —
perguntou, observando-me detidamente. Tanaim negou
com um movimento de cabeça: — Demasiadas surpresas
num só dia talvez não sejam convenientes, meu querido
amigo! — Ambos sorriram após esse provocante
comentário do meu guia.
Anthor mexeu num objeto, quase do tamanho de um
botão, que tinha sobre sua mão esquerda, o qual flutuando
no ar se encaixou perfeitamente numa imperceptível
abertura daquela esfera central, que começou a vibrar
silenciosamente. Esse pequeno objeto, soube mais tarde,
feito de diversas densidades de mente-luz, era um
“Canalizador”, espécie de nexo entre ele e a esfera que
não era outra coisa senão um avançado “computador”
acionado mentalmente pelo seu evoluído usuário. Quando
a luminosa esfera iniciou aquele sutil processo vibratório,
ambos se olharam em silêncio. Tanaim fez um gesto de
afirmação. Tudo estava pronto. Algo parecia penetrar
minha mente.
Lembro que não opus resistência.
16
Capítulo
O Cérebro não é a Mente

“Tudo depende da memória. Não se começa por


aprender, mas pelo
relembrar. A distância entre a existência infinita e as
diversidades da vida
nos fazem esquecer. Por esta razão, Deus ordenou:
Lembra!”.
Hakki, Mestre sufi, em "El Camino del Sufi", de Idries
Shah.

“Tudo depende da memória. Não se começa por


aprender, mas pelo relembrar. A distância entre a
existência infinita e as diversidades da vida nos fazem
esquecer. Por esta razão, Deus ordenou: Lembra!”
A luz lilás provinda da aura de Anthor provocava em
mim um estado de alerta consciêncial elevadíssimo.
Estava sendo preparando para testemunhar e aprender
algo muito importante e intuía, que a partir dessa
experiência ficariam claros diversos e complexos
ensinamentos iniciáticos recebidos no passado. De
repente, comecei a relembrar o que tinha aprendido com
meu Mestre acerca do processo de aprendizado
consciente:
— A compreensão é o resultado da união do
intelectual e do emocional. Esta é a união “alquímica” que
provoca as transformações reais e totais. Até não
compreender, você não sabe. Apenas acumulou mais
dados no seu cérebro. O processo de aprendizado
consciente é a chave dessa memória que não depende
apenas do cerebral.
Existem, portanto, dois modos de aprender. Um deles
é temporal, irreflexivo e adquirido mecânica e
inconscientemente. É o modo como se educa a maioria. Os
dados assim obtidos não têm maiores conseqüências nas
suas vidas. São “mortos”. Porém o aprendizado
consciente é atemporal em seus efeitos e conseqüências.
Nele participa o verdadeiro Eu. Sendo assim, aprenda
sempre conscientemente. Reflita e processe os dados
obtidos através de seu intelecto até que os sinta no seu
coração. Faça isto sempre e deliberadamente, porque sua
mente não é o cérebro, assim como o programador não é o
computador.
Assim você se lembrará sempre e em cada existência
e, algum dia, unir-se-á, à Grande Memória Cósmica e terá
todas as lembranças que o Ser possui. Os cérebros são
bilhões e de todos os tipos, mas a Energia-Mente é Uma.
Lembre-se disto: a Mente é Uma, os ‘terminais’ somos
muitos!

***

O fluxo de meus pensamentos começou a ser


interrompido lentamente.
— Ouça. Até hoje só tinha captado sua presença
graças a Tanaim e a um outro motivo que lhe revelarei
oportunamente. — Apesar de minha curiosidade por saber
de imediato esse outro motivo, Anthor fez um gesto e
continuou dizendo: — Nessas ocasiões sondei seu mundo
interno e soube, então, de seus esforços por atingir níveis
superiores de consciência. Sim, sei mais de você do que
você pode imaginar... Está observando minhas mudanças
exteriores?
Assenti maravilhado em poder apreciá-las tão
naturalmente. Anthor se tornava cada vez mais luminoso.
— Pois é, algum dia seus esforços evolutivos também
terão estes maravilhosos resultados. Apenas persevere e
jamais esqueça seu sublime objetivo porque, desta
maneira, você e os demais eleitos realizarão o resgate da
Lei da Unidade de Todas as Coisas que está contida no
Eneagrama, e, então, transmutarão a Terra. Sim, algum dia,
graças à aplicação consciente dessa Lei, seu mundo, igual
ao nosso agora, poderá atingir este Nível Superior de
existência do qual você é testemunha.
17
Capítulo
Na Dimensão das Memórias
Cósmicas

“O homem é um olhar, o restante é somente carne. Mas o


verdadeiro olhar é
aquele que vê ao Amigo. Funde teu corpo inteiro no teu
olhar, olha em
direção da visão, olha em direção da visão, olha em
direção da visão.”
Rumi, Mestre Sufi.

A irradiação vinda do octoriano pulsava ritmicamente.


Ondas dessa energia entravam através do meu plexo solar,
provocando no meu peito uma agradável sensação de
calor e amor. Anthor continuou dizendo:
— Saiba que o “Código de Thot” e o Eneagrama,
cujos fragmentos você e outros Iniciados conhecem, fazem
parte dessa Sagrada Lei cuja origem conhecerá agora.
Ser-lhe-á revelado como é que ela foi ensinada em todos
os planetas habitados, quando chegou a Terra e por que foi
esquecida. Então, compreenderá por que são tão urgentes
seu resgate e reatualização. Está pronto?
— Estou — respondi seguro.
— Vamos, então, penetrar na Dimensão das Memórias
Cósmicas – a voz de Tanaim era suave e rítmica. —
Relaxe, meu filho, relaxe profundamente. Fique apenas
entregue e aberto para o que vai testemunhar.
O octoriano fechou uma vez mais os olhos e levantou
sua mão esquerda fazendo um rápido e singular
movimento com seus dedos. De repente, a esfera à nossa
frente começou a expandir-se. Parecia feita de “cristal
líquido” e nos envolvia como se fosse água. Em apenas
alguns segundos estávamos “dentro” dela!
Uma voz disse:
— Bem-vindo à dimensão das Memórias Cósmicas.
Obediente às ordens telepáticas do octoriano, que
manipulava sua energia com uma destreza extraordinária,
algo naquela esfera provocou uma espécie de abertura
astral na minha testa, e subitamente vi uma explosão de luz
e imagens surgir desde o seu centro.
Observei, atônito, que a esfera parecia não ter limites
e perdi a noção de espaço e tempo, sentindo-me apenas
como um ponto naquela imensidão infinita.
Logo senti uma agradável vibração, semelhante à
produzida quando o sagrado mantra OM é cantado pelos
corais místicos, porém sem interrupções, sem fim. Percebi
um feixe de luz dourada vindo das profundezas da
Dimensão das Memórias Cósmicas e, então, eles
disseram:
— Que nossas lembranças sejam vossas lembranças,
agora somos um...!
Parte 3

| Thot |

“Num domingo,
fui arrebatado em espírito,
e ouvi, por trás de mim,
voz forte como de trombeta, que dizia:
O que vês, escreve-o num livro...”
Palavras de São João em
Apocalipse 1,10-11.
Palavras de São João em
Apocalipse 1,10-11.
18
Capítulo
Uma Extraordinária
Descoberta

“Vê! Aqui está Thot,


Senhor dos Mistérios!
Prepara as libações ante o
Mestre de Milhões de Anos,
E abre-lhe o caminho ao longo do firmamento.
Que Thot regozije meu coração!”
Do Hino CXXX do Livro dos Mortos, egípcio.

“Os Lipika [...] são os [...] cronistas que imprimem


sobre tábuas invisíveis (para
nós) da Luz Astral, o grande museu de quadros da
eternidade, um registro fiel
de cada uma das ações e até de cada um dos
pensamentos do homem, e de tudo
o que foi, é e será no Universo fenomenal. [...] esse
repositório divino e invisível
é o Livro da Vida. [...] Os Lipika são os que projetam
[...] o plano ideal do
Universo [...] pelo qual os Construtores reconstroem o
Cosmos depois de cada
Pralaya. [...] Os Anais Eternos não são um sonho
platônico...”.
H.P. Blavatsky, na “Doutrina Secreta”..

“Zero (ár. Sifr, via ital. zero) Algarismo em forma de 0,


sem valor absoluto [...]”.
Dicionário. Michaelis 2000/Vol.2.

Isto é parte do que vi na Dimensão das Memórias


Cósmicas, e que fui autorizado a revelar a todos os meus
irmãos da Terra :
Há milhões de séculos terrestres, Thot, um dos mais
evoluídos Seres Cósmicos, fez uma extraordinária
descoberta quando era apenas uma criança. Certa noite,
observando o céu, intuiu, subitamente, que tudo estava
unido no Universo, pois compreendeu o “Valor Objetivo
do Número Zero”. A partir desse instante dedicou toda a
sua existência a comprovar matematicamente sua genial
hipótese.
Os anos se passaram e, sendo já adolescente,
finalmente anunciou, num dos grandes encontros
intergalácticos de sábios - cientistas vindos de vários
pontos do Universo, para alegria de todos, sua Teoria “0”
acerca da Unidade de Todas as Coisas. Graças a ela
demonstrou: Primeiro: Que todo ser vivo, em qualquer
nível de existência vibratória, faz parte e obedece a um
único, delicado e complexo processo cósmico-sinérgico.
Este processo é provocado pelo Onisciente e Onipresente
Zero desde seu Centrum Primordial, mediante as Três
Manifestações do seu Poder Eterno. Assim, juntamente
com a realização das diversas bio-transformações
destinadas a liberar as energias necessárias para sua
Manutenção Geral e Harmônica, o Onipotente Zero supera
o Tempo e suas conseqüências, razão pela qual é
considerado o Eterno Ser Um.
Segundo: Que essa Unidade deve ser preservada,
porquanto nos “Níveis Vibratórios Inferiores”, ou seja,
aqueles mais afastados do Centrum Primordial, existem
exatas possibilidades de “desvios” com respeito a ela.
Estes podem interferir negativamente nos processos
necessários à manutenção e equilíbrio do Zero-Todo e,
conseqüentemente, do Universo que Ele tem como se
fosse seu Sagrado Corpo.
Terceiro: Que estes “desvios” são provocados pelos
freqüentes acidentes e choques, sofridos pelas diversas
formas vibratórias de vida quanto mais afastadas do
Centrum.
Quarto: Que o número de Leis que afeta cada Nível
Vibratório de existência cresce quanto mais longe do
Centrum ele estiver, o que implica uma maior
probabilidade de “desvios”.
Calculou, ainda, com magistral exatidão, todos os
“desvios possíveis”, enunciando uma fórmula matemática
chamada “Fórmula Geral dos Resultados Paradoxais da
Eterna Unidade Manifestada”.
Ainda que Grandes Seres Cósmicos tivessem
vivenciado essa “Unidade Total de Todas as Coisas” por
meios místicos, tais como a Meditação, em diversos
planetas, Thot era o primeiro a fornecer provas empíricas
e objetivas desse extraordinário fato e a advertir,
matematicamente, sobre os perigos recorrentes dos
possíveis “desvios”.
Mediante suas incontestáveis fórmulas físico-
matemáticas, as razões objetivas da existência dessa
Unidade Geral foram conhecidas no Universo pela
primeira vez. Para facilitar seu estudo, Thot dividiu o
Zero-Todo em “Nove Dimensões Alternativas e
Sinérgicas de Atuação da Única — Consciência —
Cósmica”. Esta divisão do Todo seria conhecida, séculos
mais tarde, na Terra, durante a Terceira Raça, como
“Eneagrama dos Processos Unificantes” cuja expressão
simbólica é a seguinte:

Foi devido a estas extraordinárias descobertas que


Thot foi integrado de imediato ao Conselho dos Dhyân-
Chohâns, Iluminados Sábios Cósmicos que colaboram a
“æones”
na manutenção da Harmonia do Todo e Tudo. Estes,
que esperavam há milênios essas maravilhosas
descobertas para aperfeiçoar suas Altíssimas Obras, o
receberam com alegria.
Motivado pelo amor à vida, Thot pediu licença ao
Sublime Conselho para treinar todas as consciências
preparadas, a fim de que esse extraordinário “nexo”, que
une Todas as Coisas, fosse protegido e mantido segundo a
Vontade Sublime do Zero em Todo o Cosmo.
Queria, especialmente, apoiar os seres de Nível
Vibratório 3 — o nível que nós chamamos “humano” —
que pudessem vir a transformar-se em canais-conscientes
e “promotores” da Eterna Unidade de Todas as Coisas.
Assim, pensava, se realizariam os objetivos do Divino
Zero, em todos os cantos do Universo, especialmente,
naqueles “Níveis Vibratórios Inferiores”, onde os
“desvios” energéticos eram, matematicamente, mais
prováveis.
Inspirado pelo Trino Poder do Amor, Thot iniciou sua
transcendental missão em companhia de outros sábios
colaboradores.
Assim, visitou diferentes mundos _teoricamente
capazes de compreender a Unidade Cósmica_ lhes
informando dos resultados objetivos de sua valiosa
descoberta científica.
Trilhões de seres conscientes o apoiaram iniciando a
aplicação imediata da Lei de Unidade de Todas as Coisas
nos milhares de planetas superiores localizados nas
diversas galáxias do Universo incomensurável.
Porém, Thot não tardou a encontrar grandes
obstáculos, tendo que enfrentar os interesses egoístas de
certos seres poderosos, governantes de mundos superiores
localizados em setores cósmicos mais próximos dos
Níveis Vibratórios Inferiores, que não aceitavam suas
sábias propostas. Com efeito, durante séculos eles tinham
vivido explorando diversos mundos afastados do
Centrum, muitos dos quais habitados por seres Tipo Três
primitivos e, portanto, fáceis de dominar. Aceitar as
propostas de Thot era abrir mão de todas essas fontes de
riqueza, já que, uma vez que os habitantes dos mundos
inferiores evoluíssem, graças às suas benéficas
descobertas, nunca mais seria possível explorá-los nem
submetê-los. Thot e seus aliados já esperavam esta
oposição e sabiam que esses eram apenas alguns dos
efeitos negativos dos “Três Desvios Primários no
Eneagrama dos Processos Unificantes” previamente
calculados.
Por esta razão, tentaram de todos os modos persuadir
os governantes daqueles mundos das vantagens de aplicar
a “Lei de Unidade de Todas as Coisas”, demonstrando-
lhes matematicamente os benefícios que poderiam obter
em longo prazo. Porém esses esforços foram inúteis e
apenas provocaram algo inesperado e nefasto: o
conhecimento desta nova Lei foi para eles o equivalente à
descoberta de uma nova e poderosa arma.
19
Capítulo
Causas de uma Guerra
Interestelar

“Houve uma guerra no céu: Miguel e seus anjos tiveram


de combater o
Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas
não prevaleceram. E
já não houve lugar no céu para eles. Foi então
precipitado o grande Dragão
[...] e com ele foram precipitados os seus anjos. [...]
Mas, ó terra e mar,
cuidado! — porque o Demônio desceu para vós, cheio de
ira, sabendo que
pouco tempo lhe resta”.
Apocalipse de São João 12:7-12.

Sim, antes de aceitar pôr em prática corretamente a


“Lei de Unidade de Todas as Coisas”, os astutos líderes
daqueles mundos perceberam que ela também podia ser
aplicada às avessas.
Começaram, então, a mentalizar um ambicioso plano:
dominariam o que chamavam de “bio-formas inferiores”
totalmente, assim como as energias que estas produziam,
ainda que com isso ameaçassem o Equilíbrio do Todo e
sua Unidade. Para tanto, procurariam controlar novos
mundos nos quais os efeitos negativos dos “desvios”
fossem notáveis.
Conquistando-os garantiriam milhões de “guerreiros-
escravos” cerebralmente submetidos e programados com
suas “psico-tecnologias”. Então, criariam um império
intergaláctico, e, quando este fosse consolidado,
iniciariam maciços ataques aos mundos superiores, dos
quais faziam parte até esse momento, usando seus
guerreiros-escravos, sem ter que arriscar suas próprias
existências. Iludidos, imaginavam conquistar até o próprio
Centrum! De nada adiantaram os apelos de Thot para que
desistissem dos seus nefastos projetos.
Foi, então, que vi quando os mais poderosos dentre
estes rebeldes — os Ildamans do planeta Baoth,
motivados por estas “razões”, unificaram os rebeldes dos
outros mundos e declararam a mais terrível “Guerra
Interestelar” conhecida no Universo, contra os planetas
que apoiavam Thot e suas sábias idéias de unidade e
harmonia.
Ah! Quando lembro desses nefastos eventos,
provocados pela sede de poder dos rebeldes tremo de
espanto e temor! Aquela guerra longa e inimaginável para
mentes humanas, durou vários séculos. Porém, apesar de
seus inumeráveis poderes bélicos, os rebeldes foram
finalmente derrotados pelos exércitos galácticos dos
mundos favoráveis à “Lei da Unidade de Todas as
Coisas”. O “castigo” para esses milhares de rebeldes foi
a expulsão dos menos perigosos, para os “Níveis
Inferiores”. Objetivava-se que dessa maneira
compreendessem em “carne própria” o que significava
viver nesses Níveis mais afastados do Centrum e
voltassem a evoluir, após os necessários ciclos de
renascimentos, até os Níveis Superiores sendo
conscientes da Lei de Unidade de Todas as Coisas.
Outros, devido à sua alta periculosidade, foram
submetidos ao processo de “re-integração matenergial”, o
que significava voltar a fazer parte das energias cósmicas
primárias, com as quais o Divino-Zero-Todo, gera,
ciclicamente, suas constantes “criações”. Eram, por assim
dizer, “reciclados”. Afinal, no Universo “nada se destrói,
tudo se transforma”. Porém o perigo não tinha sido
totalmente superado. Um grupo de líderes Ildamans,
alguns dos quais muito perigosos e poderosos, conseguiu
fugir desta “reciclagem”, ocultando-se em dimensões de
difícil acesso localizadas anos-luz dos sistemas
superiores e, infelizmente, muito perto do nosso Sistema
Solar. Séculos mais tarde, estes fugitivos unificariam
todos os demais rebeldes exilados nesse setor do Cosmo e
juntos seriam, num determinado momento, os
protagonistas de uma das mais terríveis experiências
proto-históricas que nossa espécie sofreu.
Mas, antes de relatar esses fatos, devo concluir estes
fragmentos das Memórias mais antigas, dizendo que, após
o fim da Guerra Intergaláctica, e superados
temporariamente os nefastos resultados daquela Guerra,
testemunhei quando todos os mundos que tinham aceitado
viver de acordo com a “Lei da Unidade de Todas as
Coisas” criaram organizações interestelares para
promovê-la e se uniram numa poderosa Confederação
Intergaláctica atuante até nossos dias.
20
Capítulo
Origem do Código de Thot.
Seus Atuais Fragmentos na Terra.
O Eneagrama Hermético

“Os Princípios da Verdade são Sete: aquele que


compreender isso perfeitamente
possui a Chave Mágica com a qual todas as Portas do
Templo serão
abertas, uma a uma”.
O Kaibalion.

Foram os membros desta Confederação Intergaláctica,


os que, sensibilizados pelos sábios propósitos de Thot,
solicitaram-lhe em certa oportunidade, que pensasse numa
maneira mais “didática” de fixar a “Lei de Unidade de
Todas as Coisas” e seus complexos “9 Modos” de
manifestar-se, entre as criaturas de Terceiro Nível
Vibratório...como nós. Assim surgiria o famoso “Código
de Thot”, composto de 7
Princípios. Potencialmente, eles poderiam ser
aplicados e compreendidos em qualquer mundo habitado,
promovendo o harmônico e gradual desenvolvimento
eneagramático dos seus habitantes mais conscientes, até
que estes atingiram o Nível 4, ou Primeiro Nível de Razão
Objetiva. Milênios mais tarde este mesmo Código seria
trazido ao nosso planeta pelo próprio Thot. Seus
fragmentos são conhecidos até hoje como os “7
Princípios Herméticos” e fazem parte do milenar
Kaibalion egípcio e da antiga e Mística “Tábua de
Esmeralda”.
Fui testemunha de muitos eventos cósmicos. Vi surgir
novas galáxias e observei o nascimento e a morte de
mundos e estrelas. Admirei a indescritível beleza e
harmonia do Todo em seus 9 Modos de Manifestação.
Mas não é o meu propósito e nem seria capaz de
descrever tantas maravilhas. Meus guias queriam que
apenas contasse os fatos mais relevantes da desconhecida
proto-história do nosso mundo.
Então, devo começar agora.
Parte 4

|O Quê? Somos Fruto de um Erro de


Cálculo? |

“Disse a Terra: ‘Senhor da Face


Resplandecente;
Minha casa está vazia...
Envia os teus Filhos
para povoarem esta Roda...
Proibiste aos teus Servidores, os pequenos Anéis,
que recolham a tua Luz e o teu Calor...
Envia-nos agora à tua Serva...’
Disse o Senhor da Face Resplandecente:
‘Eu te enviarei um Fogo quando o teu trabalho
estiver começado...’
... Tua gente estará sob o comando dos Pais.
... Teus homens serão mortais...
... Cessa a tua queixa...
... Teus homens não estão preparados.”

Do livro Estâncias do Livro de Dyan, Estância I,


citado por H. P. Blavatsky, e A doutrina Secreta.
“Em seguida foram ensaiados seres construídos,
seres formados pelos Construtores, os
Engendradores...”

Popol Vuh
21
Capítulo
De Por que o “Código de
Thot” chegou a ser conhecido
no nosso planeta. Gurdjieff tinha
razão:
um cálculo errado deu origem à Lua e
ela foi a causa da vida na Terra.
As primeiras raças.
História do malsucedido implante do
órgão “Kundabuffer”.

“Porém, como conseqüência dos cálculos errados de


certo Individuum Sagrado,
experto em matéria de leis de criação e conservação do
mundo [...] o
planeta Terra e o cometa Kondur entraram em colisão;
bateram tão
violentamente que, devido ao golpe [...], desprenderam-
se da Terra dois
grandes fragmentos [...] o fragmento grande foi
designado, não faz muito
tempo, com o nome de“Lua”. No que diz respeito ao
fragmento pequeno, foi
esquecido aos poucos [...] os seres dos tempos atuais
não somente não lhe dão
nenhum nome, sequer suspeitam da sua existência [...]
Se por uma casualidade
um deles o percebe através desses brinquedos
excelentes, embora muito
infantis, que chamam “telescópios”, não lhe prestam
muita atenção,
achando que é simplesmente um grande “aerólito” [...].
G.I. Gurdjieff, em 1946.

“O mundo acabou em fogo, enxofre, estrondo e


escuridão [...] há 65 milhões de anos [...] Uma pesquisa
científica [...] confirma a teoria de que [...] um cometa
ou asteróide gigante, com cerca de 10 quilômetros de
diâmetro, caiu na Península de Yucatán, no Golfo do
México”.Mais adiante, um dos cientistas que colaborou
nessa pesquisa declara: 'A Terra é um lugar mais
perigoso do que se imagina [...] Nós estamos na beira do
abismo, protegidos da imensidão do universo apenas por
uma fina membrana azul, a atmosfera'”.
Na Revista Veja em 1997.
“Asteróide acompanha Terra em torno do Sol. Objeto
pode ser uma segunda “lua” para o planeta.”
Jornal do Brasil, em 12 de junho de 1997.

“Descoberto um pedaço da Lua em órbita da Terra.


Cientistas dizem que o achado é um alerta sobre a
aproximação de astros até agora desconhecidos”.
O Globo, em 28 de março de 1999.

Para compreender as razões pela quais o “Código” foi


trazido pelo próprio Thot até nosso planeta, revelarei aqui
fragmentos de alguns antiqüíssimos e desconhecidos
acontecimentos terrestres dos quais fui testemunha.
Thot e seus colaboradores sabiam que, antes da
descoberta da “Lei da Unidade de Todas as Coisas”, os
Sábios Cósmicos tinham tentado, inutilmente, diminuir as
catastróficas conseqüências dos estranhos fenômenos
periódicos que costumavam alterar negativamente a ordem
nos diversos níveis afastados do Centrum, entre eles, o
nosso.
Por esta razão, quando intervinham nesses processos
desequilibrantes, cometiam, às vezes, graves “erros de
cálculo”. Ainda que estes “erros” fossem passíveis de
serem corrigidos, nem sempre o resultado era imediato.
Em alguns casos, era necessário esperar alguns æones.
Isto foi o que aconteceu com o nosso planeta e
comprovei então, pessoalmente, que tudo aquilo que
Gurdjieff revelara nos “Relatos de Belzebu a seu neto” e
Blavatsky na sua “Doutrina secreta” acerca da história
esquecida da humanidade, tinha realmente acontecido. Em
benefício dos que desconhecem essas revelações, vou
resumir brevemente algumas delas aqui, acrescentadas
com os dados que obtive nas minhas visões:
Quando nosso Sistema Solar estava acabando de se
formar, alguns Sábios Cósmicos aproveitaram a ocasião
para estudar mais de perto o evento. O objetivo era a
obtenção de dados que lhes permitiriam conhecer o
funcionamento cósmico daqueles níveis mais afastados do
Centrum. Paralelamente, aproveitaram para estudar o
surgimento dos diversos planetas, sendo que um deles lhes
chamou especialmente a atenção, em virtude do
extraordinário potencial que demonstrava para a formação
de vida, na medida em que sua massa se esfriava e sua
atmosfera se consolidava. Esse planeta era a
Terra.Concluíram, também, que este Sistema, e os
diversos planetas que nele começaram a se formar,
possuía tremendas possibilidades de sofrer diversas
desarmonias e catástrofes cíclicas, confirmando o que já
sabiam a respeito dos perigosos “Níveis Vibratórios
Inferiores”. Em certa ocasião, eles observaram que um
cometa estava em rota de colisão com nosso mundo ainda
em formação. Ao tentar desviá-lo, cometeram,
acidentalmente, um desses costumeiros “erros de cálculo”
já mencionados, provocando justamente o que pretendiam
evitar. O impacto foi tão violento que causou o
desprendimento de dois grandes fragmentos do nosso
planeta, um dos quais se transformaria na nossa atual Lua.
Enfim, após analisarem os resultados dessa colisão
fenomenal, chegaram à conclusão de que não haveria
perigo imediato de que esse terrível acidente provocasse
desgraças maiores nem no Sistema, nem no nosso planeta.
A razão era simples: os fragmentos tinham ficado
orbitando em volta do nosso mundo graças à influência
das leis cósmicas correspondentes. Porém, preocupados
com a possibilidade de que, no futuro, esses fragmentos,
“escapassem” da órbita do nosso mundo, ocasionando
outros gravíssimos transtornos nesse e em outros Sistemas
vizinhos, decidiram que o único modo de fazer com que a
Terra mantivesse esses “fragmentos” sujeitos à sua órbita
era provocando e acelerando novas condições adequadas
para a vida. Sabiam que, desse modo, a interação das
diversas formas de vida orgânica geraria certas energias
cósmicas que tinham a propriedade de produzir vibrações
com as quais esses fragmentos seriam mantidos na sua
acidental órbita “para sempre”.
Após solicitar ao Conselho de Sábios as devidas
autorizações, foi iniciado, com a participação de um
grupo de cientistas cósmicos famosos naquela época, o
processo de geração de vida orgânica no nosso planeta.
Os resultados foram excelentes e, graças a essa
intervenção, os fragmentos deixaram de constituir uma
ameaça para o Cosmo.
Assim o primeiro “erro de cálculo” foi corrigido.
Os séculos se passaram e a vida “semeada” no nosso
mundo foi atravessando os estágios previstos de
desenvolvimento evolutivo, tornando-se, aos poucos, cada
vez mais complexa, como era de se esperar.
Os “criadores” não tardaram a descobrir com alegria
que — como em todos os outros mundos nos quais existem
as condições para o desenvolvimento de formas de vida
cada vez mais complexas e inteligentes—, o nosso mundo
logo seria o berço de bio-formas de Nível 3 básico.
Logicamente, seriam inicialmente diferentes daquelas
existentes nos mundo superiores, devido às condições
planetárias e sistêmicas imperantes, mas teriam, em longo
prazo, as mesmas probabilidades evolutivas que toda
criatura de Nível 3 pode vir a manifestar em qualquer
ponto “habitado” do incomensurável Universo. Afinal,
eram bio-formas criadas “à imagem e semelhança” dos
seus “criadores” e, portanto, eles viam estes processos
cheios de esperança. Foi assim que aqueles seres que
formaram parte das lendárias “Primeiras Raças
assexuadas”, conhecidas graças a Blavatsky como “os-
Nascidos-por-si-mesmos e sem-mente” e “os Nascidos-
do-Suor e com um germe de inteligência” se
desenvolveram naturalmente.
Milhares de anos mais tarde, quando os nossos
criadores voltaram para observar o resultado de suas
experiências, verificaram que as mencionadas criaturas de
Nível 3
tinham atingido o nível evolutivo chamado “Terceira
Raça”, e que, após um longo ciclo natural de “androginia”
e “hermafroditismo”, tinham iniciado o processo
conhecido como a “separação dos sexos”, o qual
permitiria de ali em diante, o tipo de procriação sexual
que conhecemos hoje em dia. Ao mesmo tempo, os
criadores verificaram que os parâmetros básicos de
inteligência e razão necessários para obter maiores níveis
de consciência já estavam prontos. Porém as opiniões a
respeito ficaram divididas e alguns achavam que isso não
deveria acontecer até que fossem tomadas certas medidas
de segurança, já que supunham que atingindo novos níveis
de consciência, nossos antepassados poderiam dar-se
conta da precária situação de sua existência e perceber
que somente tinham vindo povoar o planeta
“acidentalmente” e, apenas, para fazer parte de um
processo de equilíbrio naquele “perigoso” Sistema Solar.
Fora isso, se descobrissem a grande distância que
separava seu mundo do Centrum, poderiam pensar que
suas vidas não tinham nenhum valor e até querer deixar de
existir e reproduzir-se ante essa terrível constatação.
Após sérias deliberações, decidiram que, para que
eles não tivessem consciência durante algum tempo dos
perigos a que estavam submetidos naquele afastado setor
do Universo, deveriam realizar uma arriscada, porém,
necessária intervenção biopsicogenética de caráter
massivo.
Assim, implantaram no “Sistema cérebro-espinhal”
dos nossos antepassados uma espécie de “órgão” que
provocaria uma temporária “visão errada da realidade”,
caracterizada por percepções, sensações e sentimentos de
caráter prazeroso, que lhes faria pensar que nosso mundo
era um verdadeiro “paraíso” e eles, criaturas
“afortunadas” e “importantes” por viver nele.
A idéia, fruto de suas “boas intenções”, era mantê-los
cerebralmente “adormecidos”
para as verdadeiras razões da sua existência, até
quando o equilíbrio do planeta e seus “satélites”,
estivesse totalmente consolidado e garantido.
Acreditavam ser esta a única maneira pela qual eles
garantiriam, junto às outras formas de vida, a produção e
emanação das energias equilibrantes tão necessárias
naquele “instável” período evolutivo pós-catástrofe.
Este “dispositivo biopsicogenético” — ao qual
Gurdjieff chamou Kundabuffer —, emitia certos “sinais
químicos” os quais, além de provocar entre eles a
percepção errada de um “eu pessoal” e separado do Todo,
liberava as “substâncias” produtoras das sensações de
prazer e gozo. Desta maneira, a ilusão de possuir egos
separados do Todo permitia que eles esquecessem de
pensar nas desvantagens de viver num planeta tão afastado
do Divino Centrum e, por outra parte, as sensações de
“prazer” e “gozo” acentuavam, entre outras coisas, o
nascente e forte desejo de união sexual, o que garantiria a
reprodução. Ou seja, reproduzir-se seria, daí por diante,
percebido como parte de um ato prazeroso. Desta forma,
desejariam realizá-lo “com todas as suas forças”, sem ter
noção de que apenas estariam assegurando o eco-
equilíbrio planetário ao multiplicar-se sem restrições.
Nesse momento a ordem dos “criadores” era: “cresçam e
multipliquem-se”. 25 A intervenção parecia um sucesso,
porém, o esquecimento de um “detalhe” foi a causa de um
novo “erro de cálculo” e o início de outros graves
problemas para nossa espécie.
Este segundo “erro de cálculo” foi provocado pelo
fato de não se considerar certos aspectos instintivos da
espécie. Com efeito, nossos antepassados, como qualquer
outra espécie animal, possuíam os naturais instintos de
sobrevivência e preservação. Estes não foram afetados
pelo órgão Kundabuffer, razão pela qual, nos seus
“inconscientes-animais”, mantinha-se a sensação
“irracional” de que algo não estava bem nesse mundo, de
que existia um “perigo” oculto, algo “contrário à ordem”,
algo desconhecido e ameaçador que foi provocando uma
crescente e poderosa sensação de medo, um medo surdo e
inexplicável.
22
Capítulo
Os “criadores” extirpam o
órgão “Kundabuffer”
e percebem que “algo” está
funcionando mal
entre nossos antepassados

“Naquele terceiro descenso, os membros sagrados da


Alta Comissão, após
haver estabelecido com suas pesquisas minuciosas, que
as medidas tomadas
já não eram necessárias [...] suprimiram, entre outras
coisas, nos seres
tri-cerebrais (humanos) de lá, [da Terra...] dito órgão
Kundabuffer, com todas
as suas surpreendentes propriedades”.
G.I. Gurdjieff, nos “Relatos de Belzebu a seu neto”

Quando, finalmente, os criadores acharam que era o


tempo de extirpar Kundabuffer, aquele medo inconsciente
junto com a nefasta ilusão de possuir um “eu pessoal”
tinha-se cristalizado na memória biogenética dos nossos
antepassados. Somente então eles começaram a perceber
“algo” anormal entre os “humanos”, algo que modificava
negativamente suas condutas até provocar neles
manifestações impróprias em criaturas de Nível 3. Esse
“algo” sombrio e assustador era o resultado da
externalização cada vez mais destrutiva do medo
instintivo há tanto tempo abafado.
Como todo o mundo sabe, o medo gera, às vezes,
reações de agressividade incríveis, até o ponto de quem o
sofre parecer valente, ousado e corajoso perante os
demais.
Neste caso, eles começaram a reagir agressivamente
em todos os sentidos e os resultados foram terríveis.
23
Capítulo
O medo provoca 3
estranhas reações: A destruição
mútua; A deturpação do “prazer” e...

“E os que careciam de Centelha tomaram para si


enormes animais fêmeas...
geraram monstros... uma raça muda para silenciar a sua
vergonha. [...]
Vendo isso, os Lhas que não haviam construído homens
choraram, dizendo:
‘Os Amanasas' (Sem-Mente) macularam nossas futuras
casas. Isto é Carma”.
Do Livro de Dzyan

Os sábios criadores alienígenas, após uma série de


estudos e pesquisas, perceberam que, em função desse
fator desconhecido, nossos antepassados tinham adquirido
3 tipos de comportamento indesejáveis:
Primeiro: A destruição mútua. A cada certo tempo
iniciavam terríveis guerras sem nenhuma causa nem razão
objetiva. Nelas, motivados até pelos mais fúteis motivos,
matavam-se uns aos outros aos milhares. O medo se
manifestava na violência desses processos periódicos de
destruição mútua, assim como nos sangrentos rituais e
sacrifícios humanos e animais, que começaram a
proliferar em todo e qualquer lugar.
Era como se uma parte de suas psiques primitivas
tivesse encontrado um modo doentio de escapar e
exorcizar as “forças malignas e ocultas” que faziam deste
mundo algo tão perigoso, cuja real situação seus
“criadores” tinham tentado ocultar: morrer e matar era a
saída. Morrer sacrificado era uma honra, morrer na guerra
era uma oportunidade para chegar aos “paraísos
verdadeiros”. Matar uns aos outros estava assim,
inconscientemente justificado: era uma maneira de liberá-
los do medo. Só que isso jamais seria consciente. A partir
de então, as guerras humanas seriam, são e continuarão
sendo, apesar de todas as nossas explicações, teorias e
racionalizações, uma maneira indireta e disfarçada de
acabar com o sofrimento de viver neste perigoso mundo
afastado do Centrum e um meio para canalizar o desejo
inconsciente de suicídio coletivo. Logicamente, o instinto
de perigo que tinha sido abafado em virtude do órgão
Kundabuffer, se manifestava dessa maneira degenerada,
terrível e cruel. Por acaso o animal selvagem quando
acuado pelo perigo e sem poder fugir não ataca com cega
e suicida fúria?
Segundo: A deturpação do prazer a qual provocou os
seguintes desvios: Do mesmo modo que em determinadas
épocas se destruíam com terrível paixão, em outras se
reproduziam de uma maneira tão explosiva e irracional,
que viviam todas as conseqüências negativas que hoje,
sabemos, estão atreladas a uma superpopulação
descontrolada.
Por outro lado, a extrema lascívia que o desejo de
prazer sexual tinha despertado neles, fez com que nossos
antepassados começassem a transar com certo tipo de
fêmeas animais de uma espécie já extinta, o que acabou
dando origem aos primatas, criaturas sub-humanas que os
cientistas acreditam erroneamente ser a origem da
humanidade. Os criadores observaram ainda que esse
deturpado desejo de prazer se manifestava até
psicologicamente através do desejo incontrolável que
nossos antepassados passaram a mostrar por possuir o
alheio e dele gozar, luxuriosamente. Gozar sem limites foi
a maneira de enfrentar essa dor interna provocada pela
intuída brevidade e precariedade das suas existências.
Toda conduta era justificada para atingir esse gozo, até
matar.
Matar também gerava prazer.
Assim, ora se reproduziam lascivamente, sem controle
nem medida, ora se destruíam em massa, uns aos outros,
em guerras absurdas, banais e insanas, de violência e
crueldade desenfreadas e assustadoras, desconhecidas em
outros setores do Universo.
24
Capítulo
Eneagrama da Deturpação
dos 9 níveis de Percepção.
As 3 Virtudes-Ativas. Origem dos 9
traços inadequados.

“Após a queda, os rostos dos humanos ficaram feios e


lhes foi tirada a
Sabedoria... somente conservaram inteligência para
as coisas materiais e corporais”.
Do livro sagrado “Zohar”

A última conseqüência indireta do segundo erro de


cálculo gerou-se mais ou menos do seguinte modo: A
retirada do órgão kundabuffer não conseguiu acabar com a
ilusão de um eu pessoal e separado do Todo. Esta ilusão
ficou tão cristalizada na psique humana que, com o correr
do tempo, começou a entorpecer a percepção da Unidade
de Todas as Coisas, provocando o fato dos seres humanos
se considerarem até mais importantes que o Todo ao qual
pertenciam. Devido a este fato, nossos antepassados
começaram aos poucos a manifestar 9 alterações
psíquicas impróprias para a canalização justa dos
chamados “Nove Níveis de Percepção da Realidade Tal
qual Ela É” e, como naquela época, nossos criadores
ignoravam a existência destes Níveis — já que, somente
mais tarde, é que seriam conhecidos graças às descobertas
de Thot —, nada puderam fazer para impedi-las.
Devo acrescentar, ainda, que esses Nove Níveis de
Percepção da Realidade Tal qual Ela É se expressam
sempre segundo a exata Lei de Três que governa todo o
Universo e promove em todo ser vivo: O AMOR (ou
Ativo Amor – Realizador), A FÉ (ou Ativa Fé e Certeza
no Sentido Real da Vida Uma), e A ESPERANÇA (ou
Ativa Esperança da Verdadeira Expressão do Ser Um).
Apesar de qualquer ser de Nível Três ter a possibilidade
de canalizar estas Três Ativas-Virtudes Cósmicas
naturalmente, através dos seus Três Centros, elas
começaram a se manifestar em nossos antepassados, com
efeito exatamente contrário. Isto provocou o surgimento de
9 Erros de Percepção e 9
Traços Psicológicos Impróprios, ou seja, 3 alterações
impróprias e negativas para a expressão correta de cada
uma das Três Virtudes Originais. A partir de então, os
Três Centros, em desarmonia, se desenvolveriam precária
e unilateralmente, sendo uma árdua tarefa reintegrá-los e
harmonizá-los.
25
Capítulo
Os 9 erros de Percepção e os
9 traços impróprios.
Origem dos chamados 7 pecados
capitais.

“Sabemos, de fato, que a Lei é espiritual, mas eu sou


carnal, vendido ao
pecado. Porque não sinto gosto pelo que faço, pois não
faço o que quero, mas
faço o que aborreço. E se faço o que não quero,
reconheço que a Lei é boa.
Mas então, não sou eu que o faço, mas o pecado que
mora em mim [...]
Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero.
Ora se faço o que não quero,
já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim
habita [...]
Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo
que acarreta a morte?
Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, Nosso
Senhor”
Apóstolo São Paulo, em Romanos 7, 14-16.

O Medo provocou a deturpação da Fé, a qual


degenerou aos poucos se transformando em:
a) Percepção Ilusória, Incerteza, e Medo-mental;
b) Insatisfação constante e ilusória, Percepção de
falsos satisfatóres, Percepção Ilusória de liberdade e; c)
Falso saber, pseudo-entendimento e psico-separatividade
egocêntrica.
Esta degeneração provocou a transformação gradual
do Amor, em: a) Pseudo-Ação, Pseudofazer e Pseudo-
esforço;
b) Ação exagerada, agressiva e luxuriosa e;
c) Ação repetitiva, limitada e obsessiva.
Finalmente, como resultado desses desvios, a
Esperança foi negativamente alterada para 3 formas de
mentira:
a) Confusão ilusória de: ser com ter, ser com parecer
(e/ ou aparecer), e ser com falso ego ou personalidade;
b) Auto-engano, Expressão enganosa, Sugestibilidade
e;
c) Falsa Realização, Sofrimento ilusório e Falso
sentir.
Com o correr dos séculos, vi que estas Nove
deturpações das Três Virtudes-Ativas seriam reduzidas
pelos sábios cristãos aos famosos “Sete Pecados
Capitais”, tal como conhecidos na atualidade. Assim, as
deturpações do Ativo-Amor-Realizador são chamadas
Luxúria e Ira. As deturpações da Ativa Fé-Certeza-no-
Sentido-Real-da-Vida-Uma são conhecidas como Gula e
Avareza. As deturpações da Ativa Esperança-na-
Verdadeira-Expressão-do-Ser-Um são chamadas de
Orgulho e Inveja. Todas estas deturpações, enquanto
vibrações negativas, impedem que o Amor se manifeste, e
o Amor, como o expressaria séculos mais tarde o
Apóstolo Paulo, é a maior das Três Virtudes Sagradas.
Sim, é o Amor a verdadeira causa de todas as retas ações.
Por isso, a Preguiça ou Indolência, entendida como a
Incapacidade de Realizar e Atuar Por e Com Amor,
completou a lista dos famosos “Sete Pecados Capitais”.
Era lógico se esperar que, tendo ficado obstaculizada
a manifestação do Amor em nossos antepassados, todas as
demais influências trinas associadas à Fé e à Esperança
sofressem os sutis “desvios” que finalmente se
cristalizariam nos chamados Nove Traços Impróprios do
Eneagrama, dos quais os 3 Nucleares são o Medo, a
Pseudo-Ação e a Mentira.
Por esta razão, quando estes tristes resultados
indiretos ficaram definitivamente comprovados, vi que
todos os Grandes Instrutores Iluminados, que ciclicamente
viriam à nossa Terra para colaborar com a nossa
evolução, tentariam nos fazer compreender e sentir,
primeiro, a importância e o Poder do Amor.
Sei que, quando o Amor volte a ser canalizado por
cada um de nós, conscientemente, nosso planeta poderá
vir a ser um paraíso e a Vontade do Todo será feita na
Terra assim como se faz nos Níveis Dimensionais
Superiores.
26
Capítulo
Necessidade de Reatualizar
a ciência do ser
sintetizada no Eneagrama

[...] é necessário compreender que o Eneagrama é um


símbolo universal.
Qualquer ciência tem seu lugar no Eneagrama e pode
ser interpretada graças
a ele. E, sob este aspecto, é possível dizer que um
homem só conhece realmente,
isto é, só compreende aquilo que é capaz de situar no
Eneagrama. O que não
é capaz de situar no Eneagrama, não compreende [...]
G.I. Gurdjieff.

Contemplei, entristecido, como foi que, com o


decorrer do tempo e devido às impróprias maneiras de
viver da nossa espécie, estes “Nove Traços” se fixariam
totalmente na nossa memória psicogenética, dificultando a
compreensão e a vivência dos ensinamentos dos nossos
Instrutores Celestes. São estes Nove Traços Negativos os
que provocam nossos sofrimentos psíquicos e morais,
pessoais e coletivos.Sei que eles deveriam ser objetos de
profundos estudos, especialmente por parte daqueles que
pretendem ser os detentores dos conhecimentos relativos à
psique humana e que ainda ignoram a milenar Ciência do
Ser, da qual o Eneagrama é a síntese total, exata e
objetiva.
Foi justamente em razão de todos estes fatos e de suas
nefastas conseqüências para nossa espécie que Thot e
seus colaboradores foram convidados para trazer
pessoalmente o “Código” até nosso planeta.
Parte 5

| A Quarta Raça |

“Instruamo-los melhor
para evitar
que algo de pior aconteça.
E assim fizeram...
Então os homens todos foram dotados de Manas
(Mente).
Viram o pecado
daqueles
que não tinham mente.
A Quarta Raça desenvolveu a linguagem.
O Um se converteu em Dois”...

Do livro Estâncias do Livro de Dyan,


citado por H. P. Blavatsky, e A doutrina Secreta.
27
Capítulo
Razões para uma “Nova
Oportunidade” Evolutiva.
Thot decide conferir pessoalmente
as estranhas características
desenvolvidas nos nossos
antepassados.

“A Ciência Magistral do Universo... Chegou ao Planeta


Terra nos tempos da
Lemúria, segundo afirma a Tradição, trazida por
Mestres extraterrestres, os
quais pretenderam, com este ato transcendental,
conceder ao sapiens a possibilidade
de uma evolução superior, a qual, até esse momento, lhe
esteve negada...”.
John Baines

“Sendo parte dessa hoste de Mestres extraterrestres, que


vieram das estrelas
para ajudar a Humanidade, Ele (Thot) é hoje uma lenda
maravilhosa...”.
Khristian Paterhan

Sim, graças ao trabalho dos colaboradores de Thot em


todos os cantos do Universo, aqueles Sábios que vieram
pela primeira vez até nosso Sistema Solar e tinham
cometido os ditos “erros de cálculo” perceberam, cheios
de alegria, que o “Código de Thot”
serviria para dar aos humanos uma oportunidade
ímpar de atingir o Nível Quatro de existência, superando
os efeitos bio-psíquicos provocados pelo segundo erro.
Conscientes dos sofrimentos que nossos antepassados
tinham suportado naquela longa e acidentada “oitava”
evolutiva pediram a Thot que viajasse pessoalmente até o
Sistema Solar de Ors (o nosso) e instruísse os seres
“racionais” ali existentes nas Leis do seu Código,
atendendo as especiais características que os faziam tão
diferentes dos seres do mesmo nível em outros mundos
habitados. Para Thot e seus colaboradores, estas razões
foram mais que suficientes, já que, além de poder estudar
in loco os efeitos dos “desvios” possíveis nesse afastado
nível do Universo, teriam a oportunidade de verificar as
estranhas características que, em função das acidentais
experiências passadas, se tinham desenvolvido nessas
desgraçadas criaturas, nossos antepassados.
Por estas razões, o Código foi trazido até nosso mundo
pelo próprio Thot.
Naqueles tempos, a chamada “Terceira Raça”,
conhecida hoje como Lemuriana, vivia seu último ciclo
evolutivo.
28
Capítulo
Algo sobre os Primeiros
Lemurianos

“Eles construíram cidades colossais... talhavam suas


próprias imagens...
ergueram grandes imagens de nove yatis de altura: o
tamanho de seus corpos”.
O livro de Dzyan

Antes de continuar com o relato da visita dos Mestres


Estelares, devo registrar aqui que me foi permitido
observar que os “humanos” das primeiras sub-raças
lemurianas eram tão diferentes de nós, em tantos sentidos
e tão inconcebíveis para nossas mentes, que fiquei
profundamente chocado com essas visões. Tinham
enormes estaturas e força física, o que lhes permitia, entre
outras coisas, construir prédios e monumentos gigantescos
e enfrentar e submeter às monstruosas criaturas existentes
na época.
Ciclopes de quatro braços, e seres que possuíam um
tipo de “visão astral”, graças a uma espécie de “terceiro
olho” localizado na testa eram comuns naquela época.
Após um longo processo evolutivo, muitas dessas
incríveis características psicofísicas começaram a
desaparecer.A pesar disso, quando os Mestres Estelares
chegaram à Terra, ainda era possível encontrar alguns
daqueles raros e gigantescos lemurianos.
29
Capítulo
Fundação do Primeiro
“Colégio dos iniciados na Ciência de
Thot”.
O Plano para a evolução consciente da
humanidade é formalizado.

“Pai nosso que estais no Céu [os Níveis Superiores],


santificado seja o Vosso Nome; Venha a nós o Vosso
Reino;
Seja feita a Vossa vontade,
assim na Terra, cmo no Céu".
Jesus Cristo

“Desde os antigos tempos a ciência hermética não se


tem perdido nem
desvirtuado, ela ainda é conservada na sua pureza [...]
Os alienígenas...
não estão por chegar; estão aqui desde a remota época
de Lemúria,
anônimos e completamente confundidos com a multidão.
Estes homens têm sido
sempre a luz da humanidade [...] auxiliando os homens
terrestres, os quais
encontram-se apenas num estado larvário na sua
evolução".
John Baines

Vi que após um lento processo e uma série de contatos


com aqueles nossos antepassados, o Sábio Thot e seus
colaboradores entregaram alguns dos seus conhecimentos
e o Código a um grupo de lemurianos sábios da época aos
quais iniciou nos segredos da sua maravilhosa Ciência.
Posso lembrar, com alegria, que foram muitos os
benefícios que essa celestial visita trouxe para nosso
planeta e para o progresso da nossa espécie. Os
lemurianos, agradecidos, renderam grandes homenagens
aos seus Instrutores Celestes e, em poucos anos, observei
como começaram a vivenciar os resultados positivos que
os novos conhecimentos provocavam quando
conscientemente aplicados.
Alguns meses antes de partir, os Sábios visitantes
alienígenas fundaram o poderoso “Colégio de Iniciados na
Ciência de Thot”, que era composto pelos seus discípulos,
cientistas e sábios terrestres da época, vindos de todos os
cantos daquele proto-histórico mundo. Sabedores de que o
planeta viveria novas mudanças catastróficas, prepararam
os Iniciados em todas as “especialidades científicas e
técnicas” necessárias para suportá-
las. Fora isso, deixaram ordens precisas para que
trabalhassem constantemente em beneficio de seus
semelhantes e lhes foi solicitado jurar que protegeriam o
Código e todos os ensinamentos recebidos, para que
nunca se perdessem.Ele seria transmitido através de uma
disciplinada corrente iniciática capaz de sobreviver até o
fim da última Ronda evolutiva terrestre. Desta maneira, se
garantiria que os benefícios destes ensinamentos
chegassem às gerações futuras até que toda humanidade
estivesse pronta para ascender a novos planos de
existência em níveis dimensionais superiores, superando,
gradualmente, os erros eneagramáticos.
Por outro lado, prometeram nunca mais abandonar
nossa espécie. Declararam, também, solenemente que
continuariam colaborando para sua evolução, deixando
formalizado um Plano Mestre, o qual prevê a visita
cíclica de Sábios Instrutores conhecedores da Ciência de
Thot, assim como se faz naqueles diversos planetas nos
quais habitam seres de Nível 3 como nós. Senti muita
alegria após testemunhar aqueles eventos, porque
constatei que, a partir desse momento, a evolução da
nossa espécie se reiniciaria com uma força extraordinária.
Dali em diante, nosso desenvolvimento dependeria apenas
dos esforços conscientes que todos conseguíssemos
realizar no sentido de viver a “Lei da Unidade de Todas
as Coisas”, aplicando o Código com o objetivo de atingir
os níveis de consciência superiores do Eneagrama
Cósmico.
Os Sábios pensavam que com o correr do tempo e
graças a este inteligente plano, conseguiriam nos elevar
até um grau capaz de provocar neste setor tão conflituoso
do Cosmo, as condições que um dia transformariam este
planeta e todo o Sistema num centro de harmonia análogo
ao daqueles existentes nos planetas superiores
pertencentes aos Sistemas Solares mais próximos do
Centrum Omniabarcante 40.
Para nossos antepassados lemurianos, essa “ponte”
criada entre a Terra e o Céu teve resultados maravilhosos.
Durante muitos séculos, a lenta e chocante transição
evolutiva da Terceira para a Quarta Raça continuou se
desenvolvendo com os “altos” e “baixos” esperados pelos
Mestres Estelares. Naquela época em que seres
insuspeitos coexistiam com novos tipos humanos, a
nascente corrente iniciática manteve parte daquela bizarra
e estranha civilização numa relativa harmonia para
felicidade de todos os nossos ancestrais.
30
Capítulo
A Anunciada destruição de
Lemuria.
Os Sábios escolhem 36 grupos de
jovens iniciados para salvar
os conhecimentos e o Código de Thot.
Apenas 12 grupos sobrevivem à
catástrofe.
O surgimento da Quarta Raça: Os
Atlantes

“Fogos internos haviam destruído a terra de seus Pais.


A Água ameaçava a
Quarta. As primeiras Grandes Águas vieram.
Submergiram as Sete
Grandes Ilhas. Salvos todos os Justos; destruídos os
Ímpios. Com estes pereceu
a maior parte dos enormes animais produzidos pelo suor
da Terra.
Poucos ficaram. Alguns amarelos, alguns morenos,
alguns vermelhos ficaram.
Os que tinham a cor da lua haviam desaparecido para
sempre”.
Do Livro de Dzyan, citado por H. P. Blavatsky, em A
doutrina secreta

As catástrofes naturais anunciadas pelos clarividentes


já estavam por acontecer. Era necessário salvar o Código
de Thot e, para tanto, os Sábios Reitores do Colégio
Iniciático idealizaram um arriscado plano com esse
propósito. Primeiro, fizeram cópias exatas de todos os
ensinamentos recebidos das mãos de Thot, usando
materiais alquimicamente preparados para evitar sua
destruição ainda que se perdessem por milhões de anos.
Também foram feitas cópias de todos os registros e
conhecimentos obtidos até então pela nossa espécie Em
segundo lugar, 36 grupos, cada um deles composto por
144 pessoas, homens e mulheres, escolhidas
eneagramaticamente dentre os mais jovens desses
Iniciados, foram treinadas psíquica e fisicamente para
suportar as terríveis condições planetárias pós-catástrofe.
Quando faltavam apenas algumas semanas para o início
dessa série de fenômenos naturais destrutivos que
durariam centenas de anos, os 36 grupos se refugiaram
com aqueles tesouros em locais especialmente construídos
para resistir a essas adversas condições. Estes locais
estavam espalhados por diversos setores do gigantesco
continente lemuriano. Neles, segundo os cálculos feitos,
existiam altas possibilidades de sobrevivência as novas
catástrofes naturais. Que dolorosas lembranças!
Apesar de todas essas providências, vi com tristeza
que apenas 12 grupos sobreviveram.
Após uma série de catástrofes menores, nosso planeta
modificava uma vez mais toda a sua superfície. A
civilização lemuriana desapareceu, destruída por fogos
subterrâneos e dilúvios, e o grande continente se dividiu
em grandes e pequenos fragmentos. Milhões morreram...
Lembro os sobreviventes... Quanta dor e sofrimento
somos capazes de suportar para evoluir? Séculos se
passaram, até que um novo espécime “humano” começou
um novo ciclo de vida e progresso, cujo ponto evolutivo
culminante aconteceria sob “novos céus e novas terras”.
Oh! A Roda do Samsâra e seus eternos giros! Sim, eu
fui testemunha do surgimento lento e doloroso de um novo
continente que emergiu dos abismos para se tornar o lar
da nova e poderosa Raça Atlante, a Quarta, a que aos
poucos seria a mais parecida conosco...
31
Capítulo
Atlântida: Uma civilização
conectada com o Cosmo.
Educando indivíduos e não
personalidades.
Um Governo Mundial à procura da
Justiça Global.

“E os deuses em carros transportados em nuvens vieram


ver o belo
espetáculo...Deslumbrantes carros celestes em grande
número
atravessavam o céu sem nuvens...”
Mahâbhârata I, 4.

“Brilhantes imortais vestidos de luz solar atravessavam


o céu líquido e seus carros deslumbrantes correndo em
nuvens pousavam nas altas torres.
Oferendas... contentavam os Brilhantes no Alto”.
Mahâbhârata. III, 2
“Os textos sânscritos falam dos ‘vimanas’ como de
carros voadores
de autopropulsão, esclarecendo que não se trata de
tradições míticas,
as que distinguem escrupulosamente como ‘Daiva’,
senão como informações reais,
assinaladas como ‘Manusa’... O Samaranga Sutradhava’
proporciona detalhes a respeito da construção destes
‘vimanas’[...]
graças aos quais ‘os seres humanos podem voar pelo ar
e os seres do céu descer sob a terra’.”
Arturo Aldunate Philips, sábio e cientista chileno, em La
quinta dimensión

“O livro das montanhas e dos mares, uma das famosas


histórias míticas chinesas, diz que um andrógino que
tinha apenas um braço e três olhos viajou no vento num
veículo voador até países distantes”
Y. J. Matsumura, citado por Raymond Drake, em Gods
and spacemen in the ancient East

Foram tempos confusos aqueles. Estranhos e


inexplicáveis acontecimentos, que não me foram
permitido revelar, marcaram profundamente as psiques
daqueles nossos antepassados.
Apesar de tudo e após superar os caóticos tempos
pós-catástrofe e os graves traumas sofridos, aquela nova
humanidade reiniciou sua lenta ascensão evolutiva. Após
alguns séculos, observei maravilhado o surgimento da
hoje lendária Civilização Atlante. Ela se ergueu como a
mais extraordinária civilização terráquea conhecida até
então, e atraiu inclusive a atenção dos habitantes dos
mundos superiores, graças aos seus notáveis progressos
científico-tecnológicos, produtos das sábias aplicações do
Código e de todos os conhecimentos que tinham sido
preservados pelos 12 grupos de Iniciados sobreviventes.
Unificados, eles voltaram a fundar o “Colégio dos
Iniciados de Thot” em três pontos do planeta, agora
dividido em continentes após a catástrofe lemuriana. Com
a ajuda dos Sábios Cósmicos — com os quais mantinham
contato permanente graças a uma poderosa tecnologia de
comunicação intergaláctica —, continuaram a trabalhar
pelo progresso de nossa espécie e fundaram as bases de
um extraordinário Governo Mundial.
Grandes avanços científicos e tecnológicos foram
sendo alcançados com o correr dos anos, alguns deles
superiores aos que nos orgulham hoje como espécie.
Observei, fascinado, suas famosas Três Cidades
Levitantes, pairando a centenas de metros acima da
superfície daquele continente as quais estavam habitadas
por uma elite de cidadãos altamente qualificados em
diversas ciências. Ainda que não fossem tão avançadas
quanto aquelas do planeta Octor, elas mereciam serem
consideradas como verdadeiras jóias da engenharia
atlante. Vi, também, os sofisticados vimanas, cidades
voadoras, silenciosas e magníficas, assim como outros
incríveis e extraordinários inventos.
Guardarei para sempre em minha memória as visões
maravilhosas daqueles tempos. O
“Eneagrama dos Processos Unificantes” era aplicado
na educação e em todas as ciências conhecidas na época.
As “multiversidades” atlantes não se preocupavam apenas
com a “formação de especialistas e profissionais”, mas
também, com o harmonioso desenvolvimento psicofísico
dos jovens.Assim, incentivando a criatividade e não a
mecanicidade, a compreensão dos conhecimentos e suas
ligações e não o entendimento mecânico e sem frutos das
palavras mortas, a individualidade ao invés da
personalidade, a fraternidade universal ao invés da
separatividade, os Atlantes consolidavam dia após dia a
melhor das culturas. Todos aprendiam a Lei de Unidade
de Todas as Coisas. Os instrutores e mestres trabalhavam
despertando os Nove Potenciais do Eneagrama Positivo
desde a infância, facilitando assim a obtenção dos níveis
de consciência superiores através de diversas técnicas
objetivas de meditação e autoconhecimento.
Naquela época, o Colégio dos Iniciados de Thot
trabalhava fortemente para diminuir ainda mais as
seqüelas acidentais provocadas pelos antigos “erros de
cálculo”
superiores. O contato permanente com os sábios
alienígenas colaboradores de Thot foi de grande ajuda
nessa importante tarefa.
Outro aspecto do qual fui testemunha, e que devo
revelar aqui, diz respeito ao contato normal que nossos
antepassados tinham com seres de outros mundos e
dimensões espaço-temporais. Neste sentido os atlantes
foram, realmente, a mais “cosmopolita” das raças
humanas no sentido radical e cósmico da palavra.
Isto tem uma explicação. A partir de uma determinada
época — do mesmo modo que tinha acontecido durante o
último ciclo da Terceira Raça —, nosso mundo voltou a
ser visitado por seres vindos de diferentes sistemas
solares e dimensões. Muitos desses visitantes alienígenas
se estabeleceram na Terra, formando prósperas colônias,
e colaborando cultural e cientificamente com o
desenvolvimento do nosso mundo.
Terrestres e alienígenas de revestimentos corporais
semelhantes aos nossos se uniram formando famílias e
gerando filhos “mutantes” de características genéticas
extraordinárias e especiais.
Graças a esses contatos e à plena vigência do
“Código”, a Atlântida prosperava gradualmente e com ela
quase todos os habitantes da Terra...
Sim, “quase todos” porque, como ainda acontece neste
século, o progresso não favorecia a maioria. Com efeito,
uma das conseqüências mais graves provocadas pelas
catástrofes passadas era o total isolamento de centenas de
povos e tribos lemuro-atlantes em locais geográficos
inacessíveis. Muitos deles tinham sobrevivido às
catástrofes lemurianas em lamentáveis condições físicas e
psicológicas. Por outro lado, o isolamento geográfico e as
traumáticas experiências passadas eram a causa de
doenças e terríveis conflitos entre esses povos mais
atrasados. Por todas estas razões, a integração destes
seres à civilização era extremamente difícil e conflitante.
A fome, a pobreza e a ignorância, da mesma maneira
que em nossos dias, excluía esses milhões de seres do
progresso atingido nos setores mais próximos da
influência benéfica dos governantes atlantes.
Apesar dos grandes esforços do Governo Mundial por
integrá-los à civilização e por melhorar a qualidade
psicológica geral da espécie, as Nove manifestações
Negativas da psique humana obstaculizavam de diversas
formas os planos mundiais que ele incentivava. Ao mesmo
tempo, um poderoso governo paralelo, desejoso de poder
e rebelde à “Lei da Unidade”, tinha conseguido polarizar
a sociedade atlante, culpando o Governo central pelos
principais problemas planetários. Sim, o mundo estava
dividido em dois grandes blocos.
Com o propósito de diminuir a influencia negativa
desses graves problemas, e cientes de que nosso planeta
era passível de sofrer novos “desvios” evolutivos a
qualquer momento, o Governo Atlante fazia grandes e
contínuos esforços para consolidar, em todo o mundo, a
Justiça e a “Lei da Unidade de Todas as Coisas”. Um
deles foi a criação das Escolas de Líderes, nas quais
jovens de ambos os sexos, escolhidos por suas especiais
características psicofísicas, eram treinados para dirigir os
habitantes do planeta. Naqueles tempos a atividade
política era tida como a Ciência de Governar para o Bem
Comum, e não apenas como uma fonte de poder egoísta ou
de prestigio pessoal para satisfazer os complexos de
inferioridade de egos conflituosos e problemáticos.
Logicamente, um tipo de política que está longe de ser
praticada e compreendida nesta nossa época de tiranias
violentas e de falsas e corruptas democracias. Voltando ao
assunto, segundo os cálculos do Governo Mundial, se o
preparo aprimorado dessas jovens lideranças continuasse
no ritmo e na velocidade que os sábios tinham
determinado, bastariam alguns anos para conseguir que
toda a espécie gozasse dos benefícios atingidos pela
civilização, inclusive aqueles povos mais atrasados.
Mas...
uma vez mais o futuro da nossa sofrida espécie seria
submetido à prova.
Parte 6

| Invasores! |

“Ildabaoth estava longe de ser


um espírito puro; nele imperavam
a ambição e o orgulho.
Resolvera romper todas as relações
Com sua mãe Achamoth
E criar um mundo inteiramente seu”...

Em “Gnostic and their remains”.(1887)


32
Capítulo
Invasão destrutora: Os
Ildamans de Baoth
voltam ao ataque. Os vampiros
cósmicos: somos
o último “elo” da cadeia alimentar?
Os falsos paraísos e as cidades
subterrâneas.

“[...] Os Ciclopes... transformaram-se em demônios


subalternos, ferreiros e artífices de todas as armas dos
deuses, mas sempre sob a direção de Hefesto... possuíam
uma oficina subterrânea”.
Junito de Souza Brandão, em Mitologia Grega

“Hefesto (Vulcano)... tinha muita força... e toda sua obra


era de uma
habilidade sem rival. Numa ocasião fez uma série de
mulheres mecânicas
de ouro que lhe colaboravam na sua frágua [que],
inclusive podiam falar
e realizar tarefas das mais difíceis que ele lhes
encomendava. Possuía
uma serie de trípodes com rodas... [que] podiam ir por
si mesmos a uma reunião
dos deuses e voltar do mesmo modo”.
Robert Graves, em Los mitos gregos

A abertura do nosso mundo às culturas extraterrenas,


ao mesmo tempo em que favoreceu o progresso atlante foi,
paradoxalmente, a causa de uma lenta, sorrateira e bem
planejada invasão destrutora por parte de seres contrários
à nossa evolução. Esses alienígenas eram comandados
pelos perigosos “Ildamans”, seus outrora derrotados
chefes-rebeldes do planeta “Baoth”.
Cheios de um rancor milenar, estes acalentavam, há
séculos, uma cruel vingança que servisse de “lição” para
a Confederação Intergaláctica, e o nosso planeta
apresentava as condições ideais tanto para concretizá-la
como para reiniciar os planos de expansão e conquista
dos “mundos inferiores” detidos após a humilhante
derrota sofrida durante “A Guerra Interestelar”. Entre as
condições que eles consideravam ideais devo destacar as
seguintes: Por uma parte, o fato deste nosso “sombrio
mundo” estar longe demais do Centrum facilitaria o
necessário sigilo no reinício dos seus ilegais
investimentos, pesquisas e atividades de manipulação das
bio-formas Tipo 3 inferiores. Essas atividades são
fundamentais para esses alienígenas porque: tanto eles
quanto seus aliados são uma espécie altamente evoluída e
inteligente de vampiros cósmicos que descobriram que se
alimentando de certos tipos de psico-energia, apenas
produzidas (e desperdiçadas) por criaturas Tipo 3,
conseguiam “imortalizar-se”, ou seja, existir durante
longos períodos de tempo inimagináveis e subjetivamente
“eternos” para nós.
Por outro lado, eles descobriram que nossa espécie,
em particular, era e continua sendo uma das maiores,
melhores e inconscientes produtoras dessas psico-
energias, em razão dos 9 erros eneagramáticos que nos
impedem de processá-las em nosso favor. Portanto,
conseguir o controle do nosso mundo era muito importante
não apenas para “pôr em marcha” seus planos para a
conquista total do Universo, o que, deste modo, poderiam
reiniciar em breve, mas também porque eles nos
consideram, simplesmente, uma excelente fonte de
alimentação. Quando consultei meus guias em relação a
estas atitudes de total desprezo pela existência humana,
eles me revelaram que nós tínhamos que compreender que
não somos o último elo da maravilhosa cadeia alimentar
promovida pelo processo que Gurdjieff chamaria de
Trogoautoegocrático. Portanto, para os Ildamans e seus
aliados, a Terra é como um grande galinheiro ou um
grande curral, do qual se podem obter “psicomatérias-
primas” de “alto teor psico-energético”, além de “bons
lucros” quando “explorada e administrada eficientemente”
por eles, claro! Por outro lado, do mesmo modo que nós
não sentimos culpa nem remorso pelo que fazemos com
nossos quadrúpedes, bípedes e “frutos do mar” e nem
consideramos esses atos “bons” ou “maus”, eles também
não sentem nenhum desses “piedosos”
sentimentos de consideração em relação à gente. Suas
condutas estão longe de poderem ser julgadas a partir das
nossas “considerações inferiores e subjetivas”. Em suma,
quem ainda estiver pensando que nós somos o último elo
na cadeia alimentar, está vivendo nas nuvens e apenas
demonstra o grau de ignorância que uma espécie pode
atingir, quando acha que é o “centro do Universo”.
Lamentavelmente, a nossa espécie, ainda perante a visão
estonteante do vasto Universo, não consegue acabar com
seu fantasioso e tolo antropocentrismo, o que pode ser
muito perigoso!
Bem, voltando ao assunto, observei que nossos
invasores, impossibilitados de agir naqueles setores
atlantes nos quais o Código de Thot era respeitado,
dificultando assim seus obscuros projetos, utilizaram
diversos “subterfúgios legais” para estabelecer-se no
planeta. Assim, por exemplo, para evitar a fiscalização do
Governo Mundial, estabeleceram suas avançadas colônias
e cidades longe das megalópoles e dos grandes centros
culturais e urbanos, justamente perto dos setores mais
atrasados e de maior nível de ignorância do planeta,
argumentando perante as autoridades terrestres que
desejavam apoiar os planos governamentais de progresso
global. Para o Governo Atlante, a iniciativa era positiva,
já que, supunha que esses alienígenas, como outros,
colaborariam com mais recursos para o desenvolvimento
daqueles setores mais conflitantes. Ninguém suspeitava
que, por trás desses “nobres propósitos” e
empreendimentos, se escondia uma terrível sentença de
morte. Com efeito, vi que foi embaixo daquelas
“benéficas”
cidades, onde os invasores construíram
aceleradamente enormes e bem aparelhadas bases
militares e de “pesquisa”, impossíveis de serem
detectadas pelos sistemas de segurança terrenos. Quando
ficaram prontas, iniciaram de imediato suas “experiências
científicas” contrárias ao Código e à “Lei de Unidade de
Todas as Coisas”.
Paralelamente, começaram a pôr em prática um
inteligente plano através do qual pretendiam conseguir o
controle total do planeta. Para isso, era necessário
conhecer “a fundo” o funcionamento cerebral do animal
humano e controlá-lo. Testemunhei, com dor, que os “ratos
de laboratório” utilizados para esse fim foram recrutados
dentre aqueles humanóides sobreviventes das últimas
catástrofes, os quais, por viver em condições miseráveis,
eram facilmente enganados e submetidos. Assim, mediante
processos hipnóticos e drogas psicotrópicas especiais
conseguiram, em pouco tempo, conhecer a fundo todos os
nossos processos químico-cerebrais. A partir disso e da
utilização das células e da “informação genética” retirada
dos seus “escravos”, criaram “andróides serventes” e
“clones submissos” em grande quantidade. Estes eram
aperfeiçoados até um nível no qual era impossível
distingui-los dos verdadeiros humanos. Somente os mais
experientes engenheiros genéticos atlantes possuíam,
naquela época, o conhecimento necessário para distinguir
os verdadeiros dos “falsos humanos”, porém, ninguém
suspeitava o horror que se desenvolvia ali, dia após dia.
Com suas bases subterrâneas concluídas — graças ao
trabalho escravo dos humanos ignorantes e cerebralmente
controlados que os consideravam “deuses”,
impressionados com suas tecnologias, as quais chamavam
“poderes divinos”, e, com o exército de andróides e
clones submissos completo, testemunhei aterrorizado que
os Ildamans e seus aliados estavam prontos para
“intervir” no nosso mundo.
Na superfície, continuavam iludindo seus ignorantes
serventes criando os chamados “paraísos”, belos locais
que na verdade eram prisões, protegidas por avançados
sistemas de segurança. Estes falsos “paraísos” serviam
também como uma “amostra concreta”
das suas “boas intenções”, no caso de “fiscalização”
por parte das autoridades atlantes.
***
Enquanto isso, terráqueos e extraterrestres praticantes
da “Lei da Unidade de Todas as Coisas” consolidavam a
crescente cultura e civilização atlantes, baseadas no
intercâmbio justo de conhecimentos e tecnologias que
obedeciam ao Código de Thot.
Observei ainda como muitos desses avanços
científicos e tecnológicos beneficiavam, não somente a
nossa espécie, como também aos seus aliados. Neste
sentido, chamou particularmente a minha atenção o fato de
que os sábios cientistas atlantes testavam e analisavam
esses avanços minuciosamente, até que demonstrassem
que não provocavam danos ambientais, nem interferiam no
delicado equilíbrio cosmo-ecológico da Terra “a curto,
médio ou longo prazo”.
Porém minha dor era tremenda, pois sabia que a
terrível semente da destruição de toda essa equilibrada e
estável civilização construída, após tantos milênios de
esforços pelos nossos antepassados, estava em pleno
desenvolvimento.
33
Capítulo
A Conspiração

“Toda a terra tinha uma só língua, e servia-se das


mesmas palavras [...]
Depois disseram: ‘Vamos, façamos para nós uma cidade
e uma torre
cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o
nosso nome, para que não
sejamos dispersos sobre toda a face da terra’. Mas os
deuses desceram para
ver a cidade e a torre que construíam os filhos dos
homens [e disseram]:
‘Eis que são um só povo, e falam uma só língua;
começaram esta obra,
e agora nada os impedirá de executar suas empresas”.
Do livro de Gêneses 11, 1-6.

“[Os ‘deuses’] em seus carros sobre nuvens... olhavam


do alto com mudo
espanto os líderes humanos...”.
Mahâbhârata, Livro VIII, 2.
Ansiosos por concretizar seus planos num curto prazo,
os vingativos líderes Ildamans e seus aliados iniciaram
uma analise da situação geral para definir as estratégias
necessárias para submeter o mundo. Após sobrevoar o
planeta em seus rápidos Vimanas, sob o argumento
mentiroso de desejar conhecer melhor este “hospitaleiro
mundo”, perceberam que o desenvolvimento global da
civilização humana era tão acelerado que, se continuasse
nesse ritmo, seus planos poderiam fracassar.
Então, decidiram que teriam que deter esses
progressos a qualquer custo. De outra maneira correriam
o risco de ter que abandonar o planeta, o que atrasaria
ainda mais o reinício da sonhada revolução cósmica que
lhes permitiria separar-se definitivamente do Todo-Mente,
e dominar as centenas de mundos evolutivamente
semelhantes à Terra.
Perceberam, então, que a razão principal desse rápido
progresso era o fato do Código de Thot estar sendo
aplicado num ambiente que possuía certa condição ideal:
os humanos falavam apenas uma única língua, um único
idioma, condição observada somente nos mundos
superiores e que favorecia sua divulgação e compreensão.
Se eles conseguissem destruir esse fator de poder e
unidade global, não somente poderiam deter o rápido
progresso humano, como teriam mais chances de
apoderar-se do planeta com maior rapidez e facilidade.
Após longas deliberações, os “tecno-bio-tiranos”
decidiram iniciar um “programa científico” sistemático e
silencioso para destruir esse valioso fator de unidade.
Por outro lado, como sabiam que nem todos os
humanos concordavam com o Governo Mundial,
convenceram os líderes rebeldes, usando “clones”
programados de figuras altamente respeitadas entre eles,
previamente assassinadas, que o mundo estava sendo
enganado há séculos pelos Sábios Criadores Cósmicos e
seus discípulos humanos.
Revelando-lhes deturpadamente as razões ocultas das
suas existências, mentiram sobre o Kundabuffer,
argumentando que esse órgão não tinha sido retirado e que
ainda existia nos cérebros humanos para submetê-los aos
Criadores, que seriam na verdade tiranos cósmicos e não
seus benfeitores. Graças ao alto grau de hipno-
sugestionabilidade atingido pela nossa espécie, eles
conseguiram persuadir os rebeldes de que o Governo
Mundial trabalhava para consolidar essa submissão e que,
por trás das suas ações benéficas em prol da unidade
global, se ocultava um terrível plano que acabaria com
todas as liberdades humanas. Sempre à procura do poder
e de justificativas para se opor aos governantes atlantes,
os rebeldes acabaram se sentindo cada vez mais
motivados para atacá-los. Os astutos Ildamans sabiam que
isto facilitaria ainda mais seus nefastos planos, já que o
caos causado naquela sociedade pela perda do idioma
comum seria um bom pretexto para que os rebeldes
iniciassem, paralelamente, uma aparentemente “justa
guerra civil”, culpando os sábios e governantes por essa
situação. Sem que pudessem se compreender uns aos
outros, o controle do que chamavam “essas primitivas
bio-formas inferiores”, seria, então, uma brincadeira.
Parte 7

| A Grande Guerra |

“ Numa passagem deste surpreendente


relato, escrito
há milhares de anos (...) se lê: ‘Um projétil
flamejante, porém sem fumaça,
foi enviado. Uma escuridão profunda envolveu
repentinamente as tropas.
Todos os pontos do horizonte foram invadidos
pelas trevas.
Um vento ruim soprou (...) Os elementos
pareciam transtornados (...)
O mundo calcinado pelo calor da arma
mortífera estava com febre (...)
os elefantes queimados por essa energia (...) A
água fervente matava aqueles
que entravam nela (...) Os inimigos caíam como
árvores, devorados
por um terrível incêndio (...) Os cavalos e os
carros de guerra
pulverizados pela energia desta arma pareciam
troncos retorcidos
pelo fogo (...) Começaram a soprar ventos frios
(...)
o horizonte se iluminou (...) vimos um espetáculo
extraordinário:
consumidos pela terrível força desta arma, os
cadáveres apareciam
irreconhecíveis. Nunca tínhamos visto nada
semelhante,
nunca tínhamos ouvido falar de uma arma
semelhante.’

A visão de Hiroshima destruída pela bomba


poderia ser descrita com as mesmas palavras!...

Do livro “La Quinta Dimensión


34
Capítulo
Origem da Lenda da Torre
de Babel.
Pandora: Andróides - Armadilhas. O
Fim do Idioma único e
suas Trágicas consequências.
A Guerra Global.

“... Vamos: desçamos e confundamos a sua linguagem,


de sorte que eles não
se compreendam mais um ao outro.E assim [os seres
humanos] foram
dispersos daquele lugar sobre a face da terra, e
cessaram a construção
da cidade. Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque
ali os deuses
confundiram a linguagem de todos os habitantes da
terra...”
Do livro de Gêneses 11, 7-9.
“Prometeu foi imediatamente ver a Atena solicitando-
lhe que lhe deixasse
entrar no Olimpo. [...] acendeu uma tocha no carro
ígneo do Sol [...] saiu
às escondidas e entregou o fogo à humanidade [...] Zeus
jurou vingar-se.
Ordenou a Hefesto que fizesse uma mulher de argila [...]
enviou essa
mulher, Pandora, a mais bela jamais criada, como
presente a Epimeteo [...]
a quem seu irmão (Prometeu) advertiu que não devia
aceitar [...]
Mas, enraivecido Zeus fez acorrentar a Prometeu [...]
Epimeteo, alarmado pela sorte do seu irmão, aceitou
Pandora a quem Zeus
tinha feito [...] malvada [...] bela, a primeira de uma
longa casta de mulheres como ela.
Após algum tempo, [Pandora] abriu uma caixa [...] na
qual
estavam presos todos os males que podiam infestar a
humanidade [...]
Todos eles saíram da caixa na forma de uma nuvem [...]
e atacaram a raça dos mortais.
Porém a Esperança Falsa [que também tinha estado
presa naquela caixa]
lhes dissuadiu, com suas mentiras, de cometerem um
suicídio geral”
Do mito grego de Atlante e Prometeu.

Utilizando seus profundos conhecimentos da química


cerebral humana, os Ildamans criaram um vírus neuronal
poderosíssimo, que provocaria um desastre massivo e
cujo resultado principal seria aquele que mais tarde as
lendas chamariam a “confusão de línguas”, ou “Síndrome
da Torre de Babel”, além de outros efeitos colaterais
miticamente conhecidos como “as maldições da
misteriosa caixa de Pandora”.
Com efeito, numa operação terrorista relâmpago e
bem-sucedida, centenas de “andróides-pandora” foram
espalhadas em todas as megápoles e vimanas atlantes
portando “caixas” codificadas que continham o terrível
vírus “Hipmorph”, que uma vez liberado agia
rapidamente, penetrando pelas vias respiratórias até
atingir o Sistema Cérebro-Espinhal dos atlantes.
O tragicômico deste terrível fato foi que, como estas
“andróides-pandora” pareciam “mulheres perfeitas”,
sexualmente muito atraentes e possuidoras de “cativantes
e sensuais personalidades”, não despertavam a menor
suspeita naqueles “felizardos” dos quais se aproximavam.
Alguns deles, movidos pela curiosidade de saber qual era
o conteúdo das misteriosas “caixas”, até colaboraram
abrindo-as, provocando a entrada em ação do vírus mais
rapidamente. Os Ildamans já sabiam que isso aconteceria
em função das desordens psicofísicas derivadas dos
efeitos negativos do órgão Kundabuffer, entre eles, a
procura exacerbada de “prazer sexual”.
Alertados pelo SSG — Sistema da Segurança Global
—, os governantes atlantes ordenaram de imediato a
aplicação de um antídoto contra os efeitos do vírus
“Hipmorph”.
Porém, era tarde demais. Testemunhei, cheio de
espanto e dor, como, em apenas 15
dias, eram milhões os seres humanos totalmente “fora
da realidade” que caminhavam pelas ruas, sem sentido e
sem que ninguém conseguisse compreender o que falavam.
O
idioma único tinha sido destruído. Os danos e perdas
provocados foram catastróficos para a economia e a
ordem mundiais. Milhares de obras detidas, pois, ninguém
conseguia se comunicar com seus semelhantes. O mundo
parou. Então, os Ildamans e seus aliados rebeldes
exigiram a rendição total do mundo. O Governo Mundial,
surpreendido pela traição dos que anos antes pareciam
benfeitores da espécie, não aceitou se render. A Guerra
Global entre terrestres e “alienígenas” estava declarada.
A Confederação Intergaláctica enviou estrategistas e
armas avançadas para colaborar na destruição dos
inimigos.
Apesar desse valioso apoio, os Ildamans sabiam que
tinham dado o “golpe mortal” e, no caos por eles criado,
se fortaleciam, controlando, com a ajuda dos tolos
rebeldes, novos territórios a cada dia. O fim da Atlântida
estava próximo.
35
Capítulo
Armas Atômicas e Vírus
Assassinos

“... extremamente resplendente como um carro celestial,


[...] na batalha
entre os deuses e os asuras nos velhos tempos, ele
executava um
movimento circular, para frente, para trás, e diversas
outras espécies de movimento...
depois disparou a arma chamada Tashtva... capaz de
matar grandes formações de inimigos de uma só vez”
Do livro sagrado hindu Samsaptakabadha Parva.

“Antigamente os valentes asuras tinham no céu três


cidades.
Cada uma dessas cidades era excelente e grande [...]
Quando, entretanto, as três cidades
se encontraram no firmamento, o Senhor Mahâ-deva
atravessou-as com aquele
seu terrível dardo que consistia em três nós. Os danavas
eram incapazes
de olhar para aquele dardo inspirado pelo fogo Yuga e
composto de Vishnu e Soma”
Do livro sagrado Drona Parva.

Os lldamans atacaram com armas atômicas e químicas


terríveis, com poderes destrutivos espantosos. Também,
criaram vírus letais que agiriam como “bombas de
tempo”, debilitando ainda mais a nossa espécie. O
planejado era que ainda que nossa espécie sobrevivesse,
esses vírus ficariam prontos para serem reativados em
qualquer época futura, bastando para isso o mais leve erro
de contato humano, garantindo assim o seu controle em
caso de possíveis rebeliões. Vi que esta é a causa dos
milhões de vítimas que, ao longo da nossa história, foram
mortas por doenças massivas de origem desconhecida,
que até hoje nos assolam.
Observei angustiado como o eco-equilíbrio planetário
começou a ficar comprometido com a longa Guerra.
Os sábios advertiram que a continuidade do uso das
terríveis armas “nucleares” levaria, em poucos meses, a
uma aterrorizante catástrofe planetária a qual mudaria,
uma vez mais, toda a face da Terra.
Resignada e pensando, erroneamente, que os Ildamans
não se atreveriam a destruir totalmente o planeta, a União
Atlante decidiu realizar uma operação de emergência para
salvar nossa espécie e o Código de Thot, o qual tinha que
ser preservado a qualquer custo, juntamente com o acervo
científico e cultural conseguido até então. Centenas de
jovens iniciados atlantes foram deliberadamente
escolhidos para essa missão. Divididos em 144 grupos e
acompanhados de sábios conhecedores do Código, eles
foram enviados para setores de segurança máxima
localizados em vários pontos do planeta. Esperava-se que
eles conseguissem sobreviver, garantindo assim a
continuação do progresso humano após a Guerra.
36
Capítulo
A Confederação
Intergaláctica chega tarde.
Uma Eco-catástrofe provocada. Os
dias de caos e fuga.
A primeira Atlântida destruída.

“O valente Ashwatthaman... invocou a arma Agneya a


que os próprios deuses
não podiam resistir. Apontando contra todos os seus
inimigos... despediu-a
para todos os lados, cheio de raiva. Densas nuvens de
setas
partiram, então, dela no céu. Dotadas de chamas
ardentes... caíram [como] meteoros
em fogo do firmamento... Uma espessa escuridão
envolveu subitamente a hoste...
o próprio Sol não dava mais calor... parecia girar no seu
eixo...”
Do livro sagrado hindu Drona Parva.
A Confederação Intergaláctica decidiu intervir com
todas as suas Forças. Um ataque relâmpago seria iniciado
em favor do nosso planeta em poucos dias.
Foi então que uma terrível e inesperada notícia
abalaram de vez os nossos antepassados e os seus aliados
alienígenas: o inimigo tinha ativado um “acelerador
matenergial atômico”, que adiantaria a temida catástrofe
que os sábios-cientistas atlantes tinham calculado poder
acontecer caso a guerra continuasse.
Faltavam apenas 5 dias para que o desastre
acontecesse.
A única coisa que restava era escapar, fugir, refugiar-
se. O pânico foi geral. O caos total. Sofri tanto com estas
visões!
Milhares de extraterrestres receberam ordens de
voltar a seus mundos acompanhados de familiares e
amigos terrestres. Algumas dessas famílias não
obedeceram à ordem.
Ficaram, por amor a este mundo e se ocultaram em
locais seguros. A Confederação concluiu que não poderia
atacar sem comprometer ainda mais o nosso mundo. Todos
os laços entre a Terra e os mundos superiores foram
cortados como medida de segurança.
Apenas se realizariam os resgates e translados
urgentes dos que estavam em condições de voltar a seus
mundos de origem. Foi uma dramática escolha. Os
portadores de vírus não poderiam viajar. Seres queridos e
parentes foram separados. Foram dias de angustia e dor
inimagináveis.
Avisados da iminente destruição final, outros milhões
de atlantes eram direcionados a setores do planeta onde,
segundo os cálculos, poderiam sobreviver. Ao mesmo
tempo os 144 grupos de escolhidos já se encontravam
momentaneamente a salvo nos locais designados.
Milhares de famílias doentes, atingidas psicológica e
fisicamente e incapazes de comunicar-se entre si
verbalmente, refugiavam-se em grutas e cavernas das
montanhas para sobreviver.
Centenas de dementes vagavam com olhares perdidos
pelas avenidas vazias das outras prósperas megápoles e
cidades atlantes. Desesperados, enlouquecidos e
alienados, aqueles seres abandonados à própria sorte, sem
compreender-se uns aos outros, se matavam entre si com
desenfreada violência, enquanto centenas se suicidavam
num último, desesperado e desvairado intento de fugir da
horrível situação. Tudo aconteceu da noite para o dia. O
mecanismo de destruição foi ativado pelos invasores, os
quais, ou não calcularam os danos planetários possíveis,
ou, talvez, não se importaram. Nosso planeta, já
desequilibrado ecologicamente, não resistiu e o desastre
foi total.
Chorei perante o dantesco espetáculo daquele
apocalipse atlante. Anthor e Tanaim compreendiam minha
dor consolando-me nesses momentos nos quais
testemunhava aquelas nefastas imagens do passado na
Dimensão das Memórias Cósmicas.
A segunda megacatástrofe planetária destruiu
totalmente aquela civilização.
Lembro que o resultado foi tão espantoso que atingiu
os próprios invasores. A fúria da natureza que eles tinham
ativado, cegos pelos sentimentos de uma vingança suicida,
foi paradoxalmente a causa de sua parcial destruição e
derrota.
Sim, foram poucos os ‘Ildamans’ que conseguiram
fugir a tempo do desastre e do castigo aplicado pela
Confederação Intergaláctica. Com efeito, muitos foram
capturados pelos representantes do Alto Conselho
Protetor da Unidade de Todas as Coisas e submetidos a
uma imediata desintegração. Os que conseguiram escapar,
se ocultaram em “dimensões-espaço-temporais-
alternativas” de difícil e arriscado acesso esperando o
momento certo para volver a atacar.
Quanto ao nosso planeta, ele sofreu fortes mudanças
climáticas e geográficas. Onde antes fervilhava de vida,
vi, angustiado, surgirem grandes desertos. Parte do mar
atlante “desapareceu” e não ouvi mais o som das suas
ondas batendo perto das praias localizadas nas regiões
costeiras onde tinham existido até bem pouco algumas das
mais belas cidades daquela civilização.
Vi tribos de seres humanos traumatizados, vagando
pelas terras áridas, outrora férteis, cansados e temerosos,
brigando entre si, ora pela água, ora por um lugar seguro
nas obscuras cavernas. Vi que do enorme continente
Atlante apenas sobrou o que mais tarde seria considerada
apenas uma lendária e Grande Ilha, a Segunda Atlântida,
sobre a qual escreveriam alguns sábios antigos, entre eles
Platão. Ali, entre os restos daquela grande civilização, os
sobreviventes tentariam, sem sucesso, recomeçar tudo de
novo. A outra, a grande e poderosa primeira Atlântida já
não existia mais.
Era o início de novos ciclos e a continuação de nossa
proto-história humana, tão absurda, tão fragmentada, tão
paradoxal e tão desconhecida...como sempre. Era o início
da Quinta Raça, a atual... Samsâra, novamente, Samsâra.
Parte 8

| Retrocesso e Recomeço |

"(...) Então, um dos sacerdotes, que era


muito ancião, lhe diz:
‘Oh Solón, Solón, vós os gregos sois todos
apenas crianças. (...).
Solón respondeu: ‘O que é o que você quer dizer
com isso?’
— Vós sois todos jovens de espírito, respondeu o
sacerdote, porque não possuem em vossa
alma nenhuma opinião fundada nas velhas
tradições encanecidas pelo tempo [...]
Tem havido e ainda haverá no futuro muitas
destruições dos homens
originadas pelos diversos elementos, [...] tudo se
encontra aqui consignado...
nos nossos templos, desde tempo imemorial [...].
Pelo contrário, em vosso país [...]
nos demais povos, apenas se têm estabelecido as
letras e demais instituições [...]
sobrevém em certos intervalos chuvas torrenciais
[...] que não deixam com vida
mais que aqueles que desconhecem as letras [...]
De maneira que volveis a começar [...] sem
saber nada dos acontecimentos remotos [...]
Os dados genealógicos que acabas de expor me
parecem historinhas de crianças,
porque além de não mencionares mais do que
um só dilúvio, o último,
apesar de haver sido precedido por outros,
ignorais também que uma raça
mais perfeita de homens existiu em vosso país,
raça da qual descendes vós e todos os
cidadãos de vosso Estado, graças a um pequeno
gérmen que escapou do desastre.
Isto o ignorais porque os sobreviventes, durante
muitas gerações, morreram,
sem deixar nada recolhido por escrito...”.

Do diálogo “Timeo” de Platão


37
Capítulo
A Quinta Raça inicia seu
difícil processo Evolutivo.
A Segunda Atlântida. Os Mistérios.
Um novo dilúvio destrói a lendária
ilha dos feiticeiros.
A procura de novas terras. Os divinos
instrutores voltam.
Os “Ildamans” sobreviventes repartem
o planeta.

“Na época [...] se encontrava ali um ser muito


importante do continente
Atlântida, pertencente, na sua qualidade de ‘astrosovor’
a certa ‘sociedade científica’ como jamais se tinha visto
igual e como,
provavelmente, jamais será vista na Terra.
[...] Justamente antes da segunda catástrofe, os
verdadeiros
sábios da Atlântida, fundadores dessa realmente grande
sociedade ‘Ajldán’, se deram
conta de que algo muito grave estava por acontecer em
breve no seu planeta;
começaram a observar atentamente todos os fenômenos
da natureza circundante;
porém, apesar dos seus esforços, não puderam
compreender o que iria se produzir. [...]
quando o continente Atlântida se abismou nas
profundezas do planeta,
esse sábio Ajldanés, sem saber mais para onde regressar,
ficou com os
caçadores nesse país que viria a ser chamado
‘Maralpleissís’"
Dos “Relatos de Belzebu a seu neto” de G. I. Gurdjieff.

Contar o que testemunhei após a destruição da


Primeira Atlântida é muito triste e desolador. Dos 144
grupos escolhidos para preservar a Ciência de Thot e os
conhecimentos adquiridos pela ciência atlante, somente
alguns poucos sobreviveram.
Isolados pelas grandes distâncias ocasionadas pelas
novas características geográficas do planeta, sem ter
nenhum meio de comunicação disponível e havendo
perdido todas as suas principais tecnologias e meios de
transporte aéreos e terrestres, tentaram reconstruir
parcialmente aqueles antigos centros atlantes que tinham
sido preservados da destruição em diversos pontos do
planeta. Em todos eles ainda era possível achar alguns
dos grandes prédios piramidais característicos da
arquitetura da Quarta Raça. Alguns dos grupos escolhidos
conseguiram, com a ajuda dos sobreviventes mais
capacitados e graças ao Código e a seus conhecimentos
científicos, organizar, na chamada Grande Ilha, os
fragmentos culturais da outrora poderosa civilização. Mas
foi inútil porque já não possuíam mais os meios
necessários para resgatar a destruída tecnologia.
Paralelamente, em diversos lugares, os sobreviventes
menos afortunados lutavam apenas para continuar vivos
em cavernas e grupos nômades procuravam, com a ajuda
de líderes mais conscientes, terras adequadas para
continuar suas existências. Em diversas partes do globo,
os Iniciados tentaram resgatar o necessário para fazer com
que a humanidade começasse uma nova sociedade
solidária e unida, capaz de enfrentar esses novos e
difíceis tempos.
Lamentavelmente, a velha unidade atlante já não seria
mais possível. Nosso mundo, outrora unido e poderoso,
estava fragmentado para sempre, Aqueles foram os
tempos das lendárias lutas entre os Iniciados e os
poderosos “magos negros” atlantes que eram apenas
cientistas inescrupulosos e ávidos de riqueza e poder,
treinados e utilizados pelos vampirescos Ildamans, que,
enfraquecidos e impossibilitados de sair de seus
“esconderijos” dimensionais, os usavam como médiuns
para enfrentar as forças do bem representadas pelos
Iniciados sobreviventes. Sim, foi assim que os Ildamans
iniciaram uma longa “luta” parapsicológica contra os
Iniciados e seus aliados, porque estes eram os únicos
capazes de estragar os seus planos de controlar o planeta
que eles mesmos tinham destruído.
Vi espantado que, ao mesmo tempo em que essa luta
entre as forças do “bem” e do “mal” continuava, milhões
de nossos antepassados, ainda traumatizados com as
seqüelas da grande destruição, foram aos poucos
esquecendo todas as coisas, se tornando miseráveis e
ignorantes, supersticiosos e incapazes de discernir entre o
verdadeiro e o falso. Paradoxalmente, esta “degradação”
da nossa espécie acabou provocando o enfraquecimento
da unidade dos nossos inimigos invisíveis. Ciumentos e
vingativos, os “Ildamans” começaram a brigar entre si
para ter o controle absoluto daquelas criaturas cada vez
mais fáceis de controlar. Agora cada um deles desejava
ficar como dono desse mundo por eles mesmos destruído
e se autodeclaravam perante os ignorantes humanos como
o “único deus” ao qual era necessário servir e adorar.
Com este vil propósito, subjugavam, mediante o medo e o
terror, e em diversos setores do planeta, aqueles infelizes
seres humanos que, enganados pelas demonstrações de
poder desses seus falsos “protetores”, acreditavam ser
parte de utópicos “povos escolhidos”.
Para tanto, projetavam imagens hipnóticas nesses
sugestionáveis seres humanos, através das quais
apareciam como se fossem seus “deuses-protetores” e
“guias”. Iludidos com falsas promessas de felicidade e
abundancia em terras férteis e maravilhosas que jamais
possuiriam, os usavam, não apenas como fonte de
alimento, mas também como “canais”
das suas disputas pelo poder sem que eles
suspeitassem de nada. A partir desse momento, aqueles
ignorantes e desesperados seres humanos se matariam uns
aos outros sem misericórdia, convencidos de estarem
lutando “guerras santas” e derramando o sangue de seus
próximos, em nome do “único e verdadeiro deus”.
Não percebiam e jamais conseguiram perceber que
apenas estavam dando suas vidas em beneficio dos
escusos anseios de seus vampiros e tiranos alienígenas
que, dessa maneira, conseguiam alimentar-se das energias
psicofísicas desprendidas de toda essa dor e sofrimento
coletivo. Apesar dos esforços para evitar esses conflitos,
os Iniciados não conseguiriam deter as selvagens guerras
que essas falsas promessas provocaram e provocariam no
futuro.
Séculos mais tarde, observei que este confronto entre
as forças protetoras da humanidade e os tirânicos
Ildamans sobreviventes, somente seria detido temporária
e tragicamente pela natureza, com ocasião da terrível
catástrofe que provocaria o afundamento no abismo
daquela Grande Ilha e de outros restos do antigo
continente atlante. Assim acabaram também as tentativas
de reconstruir a velha cultura da Quarta Raça. A causa
desse e de outros afundamentos foram os diversos e
lendários “dilúvios”, sendo mais famoso e recente aquele
que aconteceu há mais de 850.000 anos atrás e que daria
origem à lenda de Noé e sua Arca.
Quando a Segunda Atlântida deixou de existir, a
última prova concreta da existência da primeira também
se perdia para sempre. Glaciações terríveis e prolongadas
atingiram a Terra e durante séculos os sobreviventes da
nossa espécie lutariam para garantir suas precárias
existências.
Com o decorrer dos séculos a atual configuração
geográfica do planeta ficou totalmente consolidada. Os
novos continentes e mares que tinham surgido nesses
longos períodos pos-catástrofes atraíam os povos
nômades, cada vez mais numerosos, que continuavam a se
espalhar através do novo globo terráqueo, à procura de
terras apropriadas para a existência.
Entretanto, nossa espécie uma vez mais seria
protegida “do Alto”. Como nosso mundo tinha ficado
totalmente destruído, os Sábios Cósmicos iniciaram um
processo de colaboração com aqueles Iniciados que ainda
guardavam o Código. Os Mestres Superiores voltaram a
visitar nosso mundo e o Plano de Evolução foi
restabelecido apesar de todos os obstáculos. Aos poucos,
as chamadas Escolas Iniciáticas, nas quais eram
preparados os reis-sacerdotes da época, foram
organizadas sob rígidas condições de segredo, para evitar
que a Ciência de Thot viesse a ser utilizada pelos
inimigos ocultos da espécie ou por seus “povos
escravos”. No interior destas organizações, que mais
tarde seriam conhecidas como Escolas de Mistérios, a
Ciência de Thot continuou a ser preservada, assim como
todos os conhecimentos psico-filosóficos, matemáticos,
científicos e artísticos para o benefício presente e futuro
da humanidade. Também os Enviados criaram o “Projeto
Prometeus”, através do qual Instrutores de variadas
ciências e tecnologias vieram para colaborar com a
nascente Quinta Raça, aperfeiçoando a agricultura e
ensinando artes e técnicas primárias para garantir a
existência e as necessidades básicas da nova humanidade.
Trouxeram trigo, fruto de profundas pesquisas genéticas;
uva, cuja composição química é altamente recomendada
para seres de Terceiro Nível, e alguns tipos de vermes e
insetos, entre eles a abelha, capazes de colaborar com a
transformação e o processamento das substâncias-
alimento necessárias ao ser humano.
Os povos primitivos, agradecidos por essas dádivas,
fizeram daqueles frutos, assim como do pão, do vinho e
do mel, alimentos sagrados, e por essa razão, estariam
sempre presentes nos futuros rituais religiosos de uma
forma ou de outra até nossos dias.
Mas esse nobre processo de reeducação da
humanidade também foi causa de grandes sofrimentos para
alguns dos Enviados do Alto. Com efeito, testemunhei,
horrorizado, quando alguns desses novos “Prometeus”
foram interceptados pelos “deuses vampiros” que os
submetiam, como no passado, a terríveis processos de
torturas parapsicológicas em animação suspensa
impossíveis de descrever ou os sacrificavam através dos
seus escravos humanos. Não queriam que os nossos
antepassados voltassem a ter conhecimento, porque
sabiam, por experiência, que a ignorância é a melhor arma
para submeter os povos às piores condições de servidão.
Alguns dos “Enviados” começaram a combater estes
vampiros, e vários foram destruídos. Porém outros se
fortaleciam cada vez mais, tornando-se quase
indestrutíveis, graças aos processos de transformação de
energia psíquica que tinham desenvolvido após milênios
de evolução egoísta. Usando seus “magos negros” e seus
conhecimentos de engenharia genética, criaram monstros
poderosos que, clonados, dizimavam a população e
espalhavam o terror entre os traumatizados humanos.
Irados com a impossibilidade de voltar a obter o nível de
poder e destruição que possuíam antes da catástrofe,
“castigavam” cruelmente aos povos que controlavam,
enquanto continuavam tentando o controle do maior
número de seres possíveis para assim garantir pelo menos
uma segura existência num planeta que no fundo odiavam,
e que se tinha convertido em uma prisão obrigatória e
final. Porém, devido às suas contínuas lutas internas, seu
número começou aos poucos a se reduzir, para a alegria
da nossa espécie e dos nossos sábios Protetores
cósmicos. Com efeito, o poder destes seres só não foi
maior nem capaz de controlar todo o nosso planeta, graças
aos Enviados e alienígenas que ficaram na terra e aos
"An" ou “filhos das estrelas”, os míticos heróis humanos
mutantes, descendentes de extraterrestres, que graças a
seus poderes especiais tanto físicos como
parapsicológicos, defendiam nossa espécie e destruíam os
monstros criados pelos Ildamans-Vampiros. Foi então que
meus guias me revelaram qual tinha sido o verdadeiro
motivo para que um dos nossos mais adorados Enviados
do Alto, Jesus Cristo, nascesse neste mundo: Ele era parte
daquele Plano Superior para a libertação da humanidade.
Ele foi o sagrado instrumento, por médio do qual se tentou
destruir um dos mais poderosos Ildamans ainda existentes.
Apesar de não ter conseguido sucesso total na sua missão,
o Divino Enviado pelo menos conseguiu diminuir e muito
o poder desse sanguinário vampiro, ganhando assim o
título de “Salvador do Mundo”. Soube também que esse
vingativo e astuto ser, quase destruído pelo magnetismo
amoroso do sangue de Jesus Cristo sabe que tem muito
pouco tempo de vida. Cheio de raiva, ainda continuará
provocando o derramamento de sangue inocente, agindo
nos invisíveis níveis parapsicológicos para provocar
novas e absurdas guerras no mundo, especialmente
naquelas regiões em que ainda exerce mais influência. Ele
sabe que esta é a única maneira possível de acabar com o
extraordinário magnetismo amoroso do Precioso Sangue
Celeste derramado deliberadamente por esse Divino
Enviado. Sim, é o poder do Amor presente nesse Seu
Precioso Sangue o que atua até hoje como uma Força
Protetora contra as vibrações de ódio, vingança e morte
que seu mortal inimigo tentou e ainda tenta impor neste
mundo. Não posso revelar, por enquanto, mais nada
acerca disto, e aqueles que desejem saber deverão
observar sob novos ângulos as “histórias” de alguns
povos e raças, que ainda em nossos dias não conseguem
viver em paz por estas esquecidas e obscuras razões.
Declaro que dificilmente o conseguirão até não
reconhecer e aceitar a Lei do Amor, trazida pelo Mestre
dos Mestres. Quando este reconhecimento coletivo
aconteça, a “morte por inanição” desta espantosa criatura
que jamais amou e jamais amará a nenhum ser humano
será inevitável.
Agora devo voltar a relatar outros fatos relacionados
com aqueles esquecidos períodos da humanidade que
pude observar na Dimensão das Memórias Cósmicas.
38
Capítulo
O Período dos Reis Divinos.
Monumentos, escritas,
símbolos, ideogramas, rituais e
danças: os iniciados
tentam perpetuar o conhecimento da
Ciência de Thot.
Os conhecimentos destruídos. Só ficam
fragmentos.

“O Bem-aventurado Senhor disse: Eu instruí esta


Ciência imperecível...
ao Deus do Sol, Vivasvãn a instruiu a Manu, o Pai da
Humanidade,
e Manu, por sua vez, a instruiu a Isvãku.
Esta Ciência Suprema foi assim recebida através da
corrente de
sucessão discipular, e os reis santos compreenderam-na
desta maneira.
Mas com o passar do tempo a sucessão se rompeu e por
isso a Ciência como ela é parece perdida.
Esta antiqüíssima Ciência da relação com o Supremo é
falada, hoje,
por Mim a você, porque você é meu devoto bem como
Meu amigo; portanto você
pode compreender o mistério transcendental desta
Ciência”.
Palavras do Senhor Krishna a seu discípulo Arjuna no
Bhagavad Gitã Canto 4:1, 2,3.

Com o correr dos tempos, novos “Enviados”


chegaram ao nosso planeta. Os Iniciados que conheciam
as nobres características daqueles seres superiores,
alguns dos quais ficaram na Terra desejosos de colaborar
com nossa espécie, faziam contato com eles, iniciando
parcerias benéficas para nosso mundo. Muitos dos que se
estabeleceram na Terra aceitaram governar os humanos.
Organizaram novas culturas e iniciaram aqueles
maravilhosos tempos nos quais muitos povos eram
governados com justiça, amor e eqüidade.
Eles seriam lembrados nas lendas da Quinta Raça
como os Reis Divinos ou Celestiais.
Alguns outros alienígenas visitantes se fixaram em
diversos setores do planeta guiados pelos Sábios
Cósmicos, criando colônias ao redor dos novos centros
Iniciáticos e colaborando com as novas culturas. Quando
partiam, deixavam suas obras sob o controle de seus
discípulos terrestres, os quais, agradecidos pelos seus
favores, juravam esperar o retorno de seus “protetores”,
conservando suas bases terrestres e transmitindo às
gerações futuras as lembranças daqueles “contatos” que
hoje alguns pseudo-sábios chamam de “mitos e lendas de
agricultores e pastores ignorantes”, sem saber que os
ignorantes são eles.
Sim, diversas culturas tiveram seu início graças aos
colonizadores de longínquos planetas. Seus diferentes
idiomas foram aprendidos pelos povos e tribos aos quais
influenciavam, o que viria a aumentar, ainda mais, a
proliferação de novas línguas e dialetos, que aos poucos
seriam assimilados e aceitos. Com o passar do tempo, os
novos idiomas e escritas se consolidaram na Terra, isto
garantiu a continuidade e a transmissão dos
conhecimentos.
Junto com isso, os Iniciados na Ciência de
Thot,_conhecedores, graças ao Eneagrama, das Nove
Chaves necessárias para decifrar, traduzir e interpretar os
diversos modos de expressão científico-matemáticas,
verbal e psico-verbal, terrestres e alienígenas_
criaram com o tempo sistemas universais de
interpretação através de monumentos, ideogramas,
símbolos, lendas codificadas, danças e rituais que,
segundo o grau de conhecimento daqueles que as
“vivenciavam”, “liam”, ou “decodificavam”, podiam
transmitir desde conhecimentos matemáticos até historias
destinadas a preservar a memória coletiva da nossa
espécie. Apesar desses incríveis esforços, muitos desses
valiosos conhecimentos seriam destruídos e pilhados ao
longo dos séculos. Com efeito, fanáticos religiosos, e
outros tipos de ignorantes, apoiados por ladrões e outros
cúmplices motivados pelo desejo de poder e outras
absurdas razões, se dedicaram a queimar grandes
bibliotecas e valiosos documentos ancestrais, assim como
a quebrar os monumentos onde tais conhecimentos eram
gravados e a assassinar aqueles que possuíam as chaves
de interpretação. Estes fatos promoviam a gradual
deturpação dos profundos significados dessa antiga
sabedoria. Aos poucos, a Grande Ciência de Thot foi
sendo fragmentada e os que tinham as chaves para unir as
partes desse complexo quebra-cabeça se tornaram cada
vez mais raros. Apesar de tudo, muitos Iniciados em
diversas partes do mundo conseguiriam proteger até
nossos dias grandes fragmentos daquele que Gurdjieff
chamou o “Grande Conhecimento” e, também, as Chaves
Mestres da maravilhosa Ciência de Thot e sua síntese
máxima: o Eneagrama.
39
Capítulo
As lutas pelo poder. Razões
para a Divisão por castas.
O macaco descende do homem.
Os alienígenas que ficaram.

“Porém, mais tarde, por certas razões, havendo-se


expressado do Alto
o desejo de ver diminuir o mais possível o número de
seres
da nossa tribo existentes no planeta Terra, a maioria
emigrou
para outros planetas [...] e somente alguns ficaram entre
teus favoritos[...]”
G.J. Gurdjieff nos Relatos de Belzebu a seu Neto.

Devido ao fato de entre os sobreviventes das duas


Atlântidas existirem 3 tipos de sub-raças diferentes,
simbolizados nos lendários três filhos de Noé, os antigos
líderes travaram durante séculos inúteis e constantes
guerras pela hegemonia de uma ou outra. Alguns deles
eram justos; outros, porém, eram déspotas e tiranos. As
Nove Manifestações Eneagramáticas Negativas
continuavam provocando dor e miséria o que era útil para
os “Ildamans” inimigos da nossa espécie, que
colaboravam com os “líderes guerreiros” que lhes
rendiam obediência e culto em troca de poder e vítimas.
Novamente as guerras irracionais e os processos de
destruição mútua tomaram conta da humanidade durante
séculos.
Mas está na hora de fazer uma importante síntese.
Naqueles dias vi que coexistiam 4 tipos de seres Tri-
cerebrais na Terra, juntamente com 3 tipos de criaturas,
frutos da engenharia genética alienígena. O primeiro
grupo, estava formado por:
1 — Os mutantes, produtos do cruzamento entre
extraterrestres e humanos, miticamente chamados “An”
(que significa “filhos das estrelas”), alguns tidos como
“heróis” e/ou “semideuses”.
2 — Os chamados “homens da terra”, sem mistura,
frutos da evolução das primeiras 4 raças proto-históricas.
3 — Uma criatura semi-humana, fruto das relações
sexuais deturpadas entre “homens da terra” e certo animal
já extinto a cujos descendentes chamamos “primatas”.
Como já disse anteriormente, não somos nós que
descendemos deles e sim eles que são uma descendência
degenerada do sapiens. Esta é a razão pela qual nunca
será encontrado esse tal de “elo perdido”, tão procurado
por alguns “evolucionistas”. Simplesmente porque nunca
existiu.
4 — Finalmente, completam este primeiro grupo, os
extraterrestres que ficaram entre nós por decisão própria.
São poucos na atualidade. Vivem milhares de anos e não
se misturam com humanos, apesar de suas notáveis
semelhanças externas. Isto, talvez, para evitar o
sofrimento que derivaria do envolvimento emocional com
seres que, como nós, vivemos cada vez menos, comparado
nosso tempo de vida com o dos nossos primitivos
antepassados lemuro-atlantes.
O segundo grupo era formado pelas criaturas
sobreviventes “criadas” pela engenharia genética dos
Ildamans para satisfazer suas necessidades e desejos:
— Os “clones” e os “andróides” submissos e sem
vontade própria, utilizados para a guerra e em trabalhos e
obras perigosas e mortais. Completa este segundo grupo,
um tipo de “humanóide” criado com autorização dos
Sábios Cósmicos para realizar os empreendimentos dos
novos “visitantes” da Terra. Este foi feito a partir de
modificações genéticas realizadas nos “homens-macacos”
do primeiro grupo, obtendo-se um tipo de ser mais apto,
adequado e obediente para realizar trabalhos perigosos
e/ou pesados (mão-de-obra para a construção, por
exemplo). O “humanóide” desta rara “espécie” seria
chamado de “Lu-lu”, nos antigos e lendários registros
sumários. (*) Devido à existência destes dois grupos de
seres “humanos”, e na medida em que os povos se
organizaram em novos impérios e potências, os
“Enviados” criaram, nas culturas mais avançadas, um
complexo sistema de castas. A idéia original da divisão
em castas era simplesmente evitar cruzamentos sexuais
impróprios que pudessem provocar o nascimento de
criaturas “inferiores”, em termos de “humanidade”, ou
ainda “monstruosas” e/ou “imbecis e idiotas”. Apesar
destes esforços, estes cruzamentos foram inevitáveis. Não
me foi autorizado falar nada sobre este assunto.
Após alguns séculos, estes necessários “sistemas de
castas” não conseguiram atingir seus sábios objetivos e
finalmente se deturparam transformando-se em novos
meios de justificar a escravidão, os ódios raciais e a
supremacia dos mais fortes sobre os mais fracos para
benefício dos poderosos e tiranos de “plantão”.
Outro “erro de cálculo?” Talvez.
40
Capítulo
Fim das Visões na
Dimensão das Memórias Cósmicas

“O Muito Santo Ashyata Shemimash foi o único Enviado


do Alto
que conseguiu, por seu santo Labor, criar em teu planeta
condições tais
que a existência dessas infelizes criaturas se fez,
durante certo tempo,
algo semelhante à dos seres tri-cerebrais que povoam os
demais planetas
de Nosso Grande Universo dotados das mesmas
possibilidades que eles...”.
G.J. Gurdjieff nos Relatos de Belzebu a seu Neto.

Vi muitas coisas que estão escritas nos livros antigos,


nos registros e livros sagrados, nos mitos e lendas dos
povos desta nossa Quinta Raça. Vi a origem de todos os
grandes reinos e impérios governados pelos “Enviados”
ou “Reis Celestiais” durante suas primeiras dinastias:
sumerianos, egípcios, romanos, gregos, indianos,
chineses, japoneses, incas, astecas e maias. Também fui
testemunha das suas transformações, declínios e
desaparecimentos, e, em alguns casos, como o dos
misteriosos maias; dos seus translados a níveis
dimensionais superiores. Sim... lento e sofrido foi o
processo através do qual os Enviados e seus discípulos,
os Iniciados na Ciência de Thot, tentaram preservar o
Grande Conhecimento assim como as ciências e artes que
seriam o alicerce do futuro progresso da nossa espécie.
Vi, enfim, os períodos que chamam hoje “pré-história e
história conhecida da humanidade” e não é necessário
escrever aqui sobre estes tempos. Existe suficiente
informação a respeito e apenas deve ser processada com
novos olhos e sem preconceitos tendo como base o fato de
que essa “história conhecida”tem origem e causas muito
diferentes das ensinadas oficialmente. Sobre determinados
fatos de que fui testemunha, não me foi autorizado revelar
nada em virtude da sua proximidade histórica e para
evitar o agravamento dos milenares conflitos existentes
entre os descendentes de determinados povos.
41
Capítulo
Nossos Grandes Desafios. O
perigo atual:
Temos que frustrar um novo ataque
alienígena.
Os últimos Ildamans devem ser
destruídos.
A idade de ouro pode começar neste
instante
se agindo como Eleitos “Abreviamos
os tempos do fim”.

“(...) Porque a nossa luta não é contra o sangue e a


carne,
e, sim, contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes...”.
São Paulo Apóstolo, em Carta aos Efésios 6,12.
Dos nossos tempos atuais posso dizer que vi as nossas
alternativas como espécie, algumas muito dolorosas e
outras muito felizes. Apenas posso advertir que está na
hora da gente refletir e mudar. E quem não sabe disso?
Precisamos “compreender” como evitar os velhos erros
repetitivos e como “resgatar” o que nos pode ajudar a
criar melhores condições de vida para o beneficio de
todos... Precisamos de um novo “Renascimento”.
Precisamos saber que ainda existe a possibilidade de um
ataque alienígena iniciado pelos Ildamans sobreviventes,
a partir dos conflitos ainda não resolvidos entre alguns
povos da Terra. Seus “agentes” terrestres estão operando
inteligente e sorrateiramente para acelerar o possível
“desvio evolutivo” na atualidade. Porém sei também que
os Ildamans estão muito enfraquecidos e que estamos em
condições de vencê-los e eliminá-los para sempre. Se
conseguirmos consolidar uma real união global, eles não
terão condições de nos vencer novamente. No fundo eles
estão apostando no “tudo ou nada”. É a nossa chance e
não podemos desperdiçá-la.
Estes “vampiros” e seu Grande Líder quase destruído
pelo Mestre dos Mestres observam, com ódio, que
novamente, como na Primeira Atlântida, podemos viver
sob um Novo Tempo e uma Nova Ordem baseada numa
Unidade Global em Harmonia com o Cosmo. Sabem que
nossas possibilidades de acabar com as fronteiras
geográficas e mentais são cada vez mais reais. Sabem que
novamente podemos chegar a ser um só povo com uma só
língua. Sim, eles sabem que nossas possibilidades de
progresso humano são novamente extraordinárias.
Reflitamos: quanto nos tem custado voltar a recuperar
parte dessa unidade global perdida na última Grande
Catástrofe! Quantas dores e sofrimentos, quantas guerras
cruéis, quantas idades de trevas e escuridão, quantas
inquisições e fogueiras em todos estes séculos, quanta
ignorância, quantas mentiras, quantas falsas interpretações
da existência, da vida, e da natureza! Quantos demônios
nos têm assombrado! Quantos seres se sacrificaram por
nós, quantos Mestres e sábios sofreram por nossa causa,
quantos esforços, trabalhos e pesquisas!
Está na hora de demonstrar a todos eles que
aprendemos a lição transformando nosso “tempo-
presente” num “portal dimensional” para essa nova e
superior oitava evolutiva que já existe na Dimensão
Alternativa da qual fui testemunha!
Eu vi que temos apoio de forças superiores que amam
a espécie humana e que querem libertar-nos das “forças
das trevas”. São muitos os Iluminados que hoje formam o
“Círculo Consciente” da nossa humanidade e que esperam
que cada um de nós decida ser um eleito e um colaborador
para preparar o caminho para esse “Bem que Está Por
Vir”.
O desafio no presente é o de recuperarmos a unidade
que um dia nos levou tão perto de realizar a Vontade do
Todo nesta Terra. Estamos muito perto de consegui-lo na
atualidade e, paradoxalmente, muito perto de perder esta
nova oportunidade, para alegria dos nossos velhos
inimigos.
Graças à forte corrente criada pelos Iniciados do
passado, do presente e do futuro e com a colaboração dos
milhões de eleitos em todo o mundo as mentalizações dos
Ildamans estão sendo neutralizadas dia após dia. Graças
às nossas avançadas tecnologias e atuais conhecimentos,
resgatados e atualizados após séculos de atraso e
ignorância, graças aos esforços de sábios e perseverantes
seres humanos, estamos perto de realizar todos os nossos
sonhos de Igualdade, Fraternidade e Liberdade. Não
devemos deixar que eles novamente nos vençam! Foi para
trabalhar, dia após dia, na consolidação da nossa unidade,
que me foi revelado o Eneagrama da Unidade Global.
*Nota: Os diagramas do "Eneagrama da Unidade
Global", do "Movimento Internacional dos Eleitos", e
do "Eleito como um cidadão Global", são de autoria de
Khristian Paterhan.
42
Capítulo
O Eneagrama da Unidade
Global
e os Três Trabalhos dos Eleitos

“Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor,


estes três: porém o maior destes é o Amor”
São Paulo Apóstolo

Será através da aplicação do Eneagrama da Unidade


Global (ver gráfico) que deixo para a análise e reflexão
dos eleitos que as 9 principais questões (3 nucleares
localizadas nos Pontos 9, 6 e 3 do Eneagrama e 6
relacionadas e interagindo na dízima periódica
0,142857...) a serem desenvolvidas nestes “últimos
tempos” nos permitirão conseguir o propósito superior e
não-egoísta de evitar o possível “desvio” evolutivo.

Ponto 9: Amor em Ação para a Conservação e


Proteção do Corpo Global: Igualdade.

“Na nave espacial Terra não há passageiros. Todos são


tripulantes.”
Marshall McLuhan.

Conservar e proteger a vida é a maneira como o eleito


demonstra na prática sua compreensão da Lei da Unidade
de Todas as Coisas no Plano Físico. Todos somos
testemunhas da gradual e perigosa deterioração do meio
ambiente. Sabemos dos inquietantes desequilíbrios
ecológicos atualmente existentes e compreendemos como
eles afetam a vida neste planeta.
A poluição da nossa atmosfera e das nossas fontes de
água e alimentos está provocando alarme em todo o
mundo. Sabemos que os desastres ecológicos, produtos da
depredação e do uso irracional dos chamados “recursos
naturais”, poderão não apenas vir a aumentar a miséria e a
fome no nosso planeta, mas também poderão inviabilizar a
existência futura da nossa espécie e das outras formas de
vida com as quais compartilhamos nossa casa cósmica.
Todos sabemos estas coisas, todos somos informados
diariamente sobre estes assuntos. Porém poucos são os
que reagem. O desinteresse, a apatia, a desídia,
característicos do aspecto negativo do Ponto 9
eneagramático, devem ser urgentemente superados. Está
na hora de atuar individual e globalmente para que nosso
planeta possa continuar oferecendo essas condições
naturais que garantem a vida e todos os seus ciclos de
harmonia e equilíbrio. Devemos trabalhar para ter
consciência desse nosso Corpo Global e impedir que ele
continue a adoecer. Precisamos Proteger (Ponto 8) e
Conservar a vida e sua ordem Dhármica natural (Ponto
1). Existem muitas organizações e grupos que trabalham
em prol do equilíbrio ecológico do planeta. Nosso dever
é participar delas, apoiá-las, colaborar com seus projetos
e ações. Individualmente, e de acordo com nossas
capacidades, devemos realizar tudo o que esteja ao nosso
alcance para ajudar conscientemente na conservação e
proteção do planeta. Podemos, enquanto consumidores,
boicotar as empresas que poluem o ambiente ou que
fabricam produtos que deterioram a qualidade do ar, da
terra e da água, deixando de comprar e de consumir esses
produtos. Podemos agir comunitariamente, organizando-
nos para reciclar nosso lixo, e exigindo das autoridades
medidas concretas a respeito. Devemos impedir e
protestar contra o andamento de projetos que impliquem
na destruição do meio ambiente, no desmatamento e na
poluição das águas e da terra. Podemos organizar-nos
para plantar árvores, proteger áreas verdes vizinhas às
nossas comunidades, reunirmo-nos para limpar os rios,
fazer campanhas para limpar nossas praias. Enfim, todas
essas atitudes devem transformar-se em rotinas
individuais e coletivas nestes “últimos tempos”.
Participando ativamente de toda iniciativa que tenha como
meta o equilíbrio ambiental e ecológico estaremos
provocando mudanças positivas num curto prazo.
Paralelamente devemos exigir dos governantes e políticos
leis e medidas efetivas para a conservação do equilíbrio
ambiental, lembrando-lhes a célebre frase do inesquecível
Jacques Cousteau: “Ecologia não é política, e sua defesa
deve fazer parte dos programas de todos os partidos, e
não somente de um". (Sim, vale a pena lembrar o que
Cousteau diz, porque ele, um dos eleitos destes"últimos
tempos", não apenas era um grande defensor da natureza,
como também tentou colaborar para o resgate da nossa
memória coletiva quando, em 1975, pediu permissão ao
governo grego para mergulhar no mar Egeu para buscar
evidências da esquecida existência de Atlântida).
Estes são apenas alguns aspectos relacionados com a
tríade Corpo Global (Pontos 8,9 e 1) do Eneagrama da
Unidade. Cada um dos eleitos deverá perceber a
amplitude dos conceitos ligados a uma efetiva Ação
Global quando seja consciente do valor e importância do
seu próprio corpo físico e aplique o Princípio Hermético
que diz “Assim como é em cima é embaixo”.
Finalmente, devo acrescentar que a necessidade de
proteger e conservar o equilíbrio ambiental e ecológico é
muito mais importante para nós que para a Natureza. Esta
afirmação, que poderá parecer demasiado forte e
paradoxal para alguns desavisados se fundamenta na
seguinte razão: a Natureza nunca será destruída pelo
homem (outra ideia fruto da nossa inflacionada visão
antropocêntrica da existência), porque, antes que isso
aconteça, é Ela quem nos poderá destruir, modificando
uma vez mais a superfície deste planeta. Um desequilíbrio
generalizado do meio ambiente pode provocar a
destruição da civilização humana tanto direta como
indiretamente. Diretamente, porque as modificações
negativas do equilíbrio e ritmos naturais podem gerar
grandes catástrofes. Por exemplo, o aumento da
temperatura como consequência do chamado “efeito
estufa” pode provocar a desertificação de zonas
geográficas hoje produtoras de alimentos ou aumentar o
nível dos oceanos o que poria em risco, principalmente,
importantes cidades costeiras em vários lugares do
mundo. Indiretamente, a modificação negativa dos climas
pode provocar, por exemplo, o aumento da miséria e da
violência em determinados pontos do planeta. A migração
de povos atingidos por grandes catástrofes provocadas
pelo desequilíbrio de grandes ecossistemas para regiões
mais seguras pode gerar guerras, conflitos sociais,
políticos e econômicos incalculáveis. Não é minha
intenção escrever aqui sobre questões amplamente
conhecidas. Apenas desejo chamar a atenção dos que
estão prontos para que iniciemos as mudanças que podem
evitar esses e outros males que ameaçam nossa
humanidade. Ainda é tempo.

Sobre a necessidade de um escudo protetor para o


planeta
Um outro perigo que ameaça a humanidade no plano
dos “Futuros alternativos” e que me foi permitido ver na
Dimensão das Memórias Cósmicas, foi a possibilidade de
um grande corpo sideral colidir com nosso planeta,
destruindo nossa civilização.
Por esta razão me foi permitido advertir para a
necessidade de se criar um “escudo protetor” para o
planeta, evitando que se repita o fenômeno que no passado
foi a causa do primeiro “erro de cálculo”.
Cientistas e forças armadas deve unir-se nesse esforço
e os governos de todo o mundo devem criar um fundo
internacional com o objetivo de implementar um eficiente
sistema de defesa planetário.

Acerca da necessidade de Igualdade Social


Trabalhar pela igualdade social, eliminando a
pobreza e a ignorância também faz parte da missão dos
eleitos de proteger e conservar nosso mundo. Sabemos,
por exemplo, que o aumento da pobreza — que implica,
entre outras coisas, na falta de moradia e de infraestrutura
—, propicia a ocupação desordenada da terra, com a
consequente destruição de lençóis freáticos e de outros
delicados ecossistemas. Todos devemos estar cientes de
que na medida em que existam injustiças sociais
estaremos fomentando a destruição do nosso planeta.
Igualdade aqui significa dar a todos as mesmas
oportunidades de desenvolvimento.
A questão da preservação e conservação do Corpo
Global implica, portanto no resgate da harmonia social e
o fim das injustiças (Pontos 8 e 1). Ela não pode ser
unilateral nem parcial. Ela deve ser planetária e os líderes
do mundo devem mobilizar a sociedade e suas
instituições, para a realização das ações necessárias que
possam garantir esse aspecto físico-energético da
Unidade Global, sem o qual é impossível desenvolver os
outros dois além dos seus atuais limites. Quando
compreendermos estas coisas e formos um com nosso
Corpo Planetário, poderemos ter condições de realizar
essas mudanças globais e sociais que poderão garantir o
Princípio da Igualdade e, consequentemente, a
continuidade dos nossos atuais níveis de progresso
cultural e tecnológico num meio ambiente apto para a
nossa evolução e para a evolução de todas as demais
formas de vida existentes neste mundo. Entra aqui o
conceito de Mente Global do Eneagrama da Unidade.
Ponto 6: Fé como Certeza Coletiva do Bem que
está por vir: Mente Global e Idioma Único:
Liberdade.

“A Internet de hoje não é a estrada da informação que


eu imagino, mas pode-se pensar nela como o começo da
estrada.”
Bill Gates, em “A estrada do futuro”,
Companhia das Letras, São Paulo, Brasil, 1995.

Uma Ação Global implica uma união global de todas


as mentes humanas, interligadas e em comunicação
constante, independentemente de seus diversos níveis de
compreensão e cultura, com respeito às necessidades do
planeta e da nossa espécie. Todos, segundo seu nível,
devem ser conscientizados da necessidade da Unidade
planetária. Nossos atuais sistemas de comunicação e
informação global já possuem a capacidade de realizar a
conscientização coletiva em relação a essa necessária
Unidade Mental. Essa união global de mentes humanas é a
Mente Global através da qual se promoverá o intercâmbio
de ideias e conhecimentos que abreviarão os tempos do
fim. Se essa conscientização global não se produz, a
incerteza e o medo paranoico do futuro só podem
aumentar. O medo mental, cujos aspectos negativos estão
explicados pela análise do Ponto Nuclear 6 do
Eneagrama psicológico, mata a Liberdade.
Ele provoca incerteza, egoísmo e incapacidade de
visualizar futuros alternativos positivos e viáveis. O medo
mental faz com que as pessoas pensem no “fim do
mundo”. Todos sabemos que uma das principais
características da nossa sociedade é o medo. As pessoas
não confiam em nada totalmente e temem o futuro. Isso
aumenta o sentimento de separatividade e a necessidade
de que cada um deve dar-se bem de qualquer modo e sem
se preocupar com os outros. Ou seja, aumentam o
egoísmo, o isolamento e a insensibilidade, fatores que
inviabilizam a compreensão da Lei da Unidade de Todas
as Coisas. As pessoas atualmente tendem a isolar-se e
procuram satisfação que não as comprometam com os
demais (aspecto negativo do Ponto 5 do Eneagrama
psicológico). Hoje podemos ter até relacionamentos e
sexo virtuais. Uma das críticas que se fazem à Internet é a
de que ela estaria aumentando a alienação e o isolamento
das pessoas que usariam esta ferramenta para se
comunicar e interagir apenas num mundo virtual, onde
podem “atuar” sem compromissos nem responsabilidades,
“vivenciando” fantasias e compartilhando pseudo-
experiências sem correr os riscos próprios do chamado
“mundo real”. Esta maneira de viver reflete uma
pseudoliberdade (Ponto 7 do Eneagrama psicológico).
Porém nós, como eleitos, devemos trabalhar para que
essa nova maneira de comunicação virtual, a qual
chamamos “A Rede”, possa ser aperfeiçoada e utilizada
como um instrumento para a criação e manifestação
coletiva da nova Mente Global. Através da Rede, a
Mente Global poderá manifestar-se para beneficio da
humanidade, espalhando a Fé e a Certeza no Bem que Está
por Vir em todo o mundo, incentivando as pessoas a
pensar criativamente na solução dos problemas mais
urgentes e atuais, mediante o uso de cenários virtuais em
que se poderão reproduzir diversas situações específicas
facilitando a tomada de decisões corretas assim como a
exatidão das ações no mundo real. A Rede é o início do
novo Idioma Único que todos podem conhecer e usar para
intercambiar ideias e conhecimentos. A Rede não foi
criada para que nos isolemos em mundos virtuais, não foi
criada para fugirmos da realidade nem para satisfazer
apenas nossas fantasias e delírios. Ela tem outra “face”
que nós, os eleitos, devemos mostrar: é a face da total e
livre interatividade mundial. A Rede é o fim das
fronteiras. Porém a Rede, com seus defeitos e virtudes,
reflete seu criador. Vai depender de cada um de nós que
ela se transforme efetivamente na “Estrada do Futuro”
— usando o título de um dos livros de Bill Gates —, pela
qual circulem conhecimentos e projetos que unam nossa
espécie e a beneficiem. A Rede é nossa grande
oportunidade para inventar esse novo idioma global e
único com o qual poderemos pensar, criar e projetar para
realizar esse "Bem que está por Vir". Devemos usá-la
para promover a Fé no futuro.
Sabemos que todas as coisas têm dois lados: assim
como a Rede pode ser utilizada por personalidades
negativas e destrutivas, também pode ser utilizada por
aqueles que desejam pensar globalmente e trabalhar pela
união da nossa espécie, acabando com a separatividade.
Não devemos apenas criticar os efeitos negativos da
Internet, devemos tomar conta dela para aumentar o
intercâmbio positivo de informações e conhecimentos.
Junto com a Rede, possuímos, também, um sistema muito
aperfeiçoado de comunicação planetária: temos satélites,
sistemas avançados de televisão, telefonia e rádio, que
podem vir a ser canais de união, integração e criatividade
para realizar a Unidade Global. Devemos usar de todos
estes meios para unir os povos da Terra num grande
projeto que resgate esse Idioma Único que tantos
benefícios trouxe em tempos passados.
Por outro lado, a Mente Global deve recriar desde o
sistema financeiro até o sistema educacional visando o
beneficio e crescimento harmonioso de todos os seres
humanos e evitando a concentração das riquezas e do
conhecimento para o beneficio de apenas uma parcela
privilegiada de seres humanos.
O anterior implica que a criação da Mente Global
também passa pela superação dos dogmas políticos de
“direita” e “esquerda”, dos dogmas religiosos,
econômicos e científicos, porque todos eles dividem a
sociedade em extremos irreconciliáveis. Devemos
trabalhar pela conciliação desses extremos, esta é a única
maneira de provocar o surgimento de uma nova ordem que
se refletirá numa sociedade equilibrada onde a pobreza e
a ignorância não poderão mais existir. Todas as formas de
separação mental egoísta devem ser superadas, (Ponto 5
do Eneagrama da Unidade) porque elas promovem uma
visão parcial e subjetiva da realidade. Paralelamente,
nossa relação mental com a “Quarta Dimensão”, o Tempo,
deverá aos poucos ser transformada numa relação
Universal e Harmônica, para obtermos a possibilidade de
transladar-nos até a dimensão espaçotemporal, na qual já
existem esses “Novos Céu e Terra” prometidos, razão
pela qual as profecias indianas nos lembram que a
“passagem” para a nova "Idade de Ouro" ou “Satya
Yuga” se iniciará “repentinamente” após a compreensão
da Lei da Unidade de Todas as Coisas. Esta mudança na
nossa relação mental com o fator tempo, não implicará
apenas uma maneira de superar os atuais dogmas que
impedem a consolidação da nascente “Mente Global”,
também possibilitará nossa abertura para canalizar,
conscientemente, aquelas energias cósmicas cujas
influências positivas nos libertarão como espécie da
tenebrosa “prisão” mental que um dia nos separou da
Mente-Uma a qual chamamos “Vontade do Pai”.
Por fim, o conceito “Mente Global”, tem como base a
necessidade de uma visão imparcial e objetiva da
realidade, pela qual a aplicação da Lei de Unidade de
Todas as coisas promove a satisfação das necessidades
objetivas de todos, o intercâmbio criativo e positivo de
tecnologia e conhecimento, sem distinção de raça, credo,
sexo, condição social, enfim, sem distinção de nenhuma
espécie. (Ponto 7 do Eneagrama da Unidade). Quando os
eleitos trabalharem pela criação da Mente Global, eles
estarão trabalhando pela conciliação de todos os opostos.
Não podemos permitir que os meios de comunicação
sejam monopolizados por religiões, seitas, partidos
políticos, grupos econômicos e multinacionais. Leis
devem ser criadas para evitar esse mau uso que aumenta
dia a dia e que favorece a criação de neofeudos
comandados por “senhores” que tratam aos demais como
“vassalos” e simples “seguidores-consumidores” cegos e
sem vontade própria, prisioneiros deste moderno “campo
de concentração” mental a que chamamos de “mercado
globalizado”. A criação da Mente Global comprovará, na
prática, que o velho aforismo hermético que diz que todas
as verdades são semiverdades e que todos os paradoxos
podem ser reconciliados, pode ser realizado. Se tivermos
um Corpo Global e uma Mente Global, teremos também
um Coração Global que sentirá a necessidade de
trabalhar solidariamente pela Unidade Global.
Ponto 3: A Esperança e o Coração
Global.Sensibilidade e Solidariedade:
Fraternidade.

“A Conspiração Aquariana também está agindo no


sentido de amenizar a fome — pela significação,
conexão, integração. Cada um de nós é o ‘projeto
integral’ o núcleo de uma massa crítica, um admirador
da transformação do mundo”.
Marilyn Ferguson.

Quem possui Fé possui também Esperança e quem


possui Esperança pode e sabe Amar. Assim, a tríade
Coração Global completa o movimento nuclear
eneagramático 9 — 6 — 3 da Unidade Global. Perdemos
a Esperança quando perdemos a Fé no futuro. Uma
humanidade que teme o futuro não pode ter esperança.
Isso é o que acontece atualmente. As estatísticas mostram
que as novas gerações não têm fé no futuro e estão
perdendo a esperança. O que se lhes oferece é inaceitável,
absurdo e mentiroso. Os jovens sabem disso e por isso
não confiam no atual sistema, nem nos seus líderes. A
perda da esperança aumenta o egoísmo e o egoísmo
aumenta um egocentrismo que se transforma em
insensibilidade social e ecológica e na perda do
sentimento de solidariedade. Esse é o quadro atual. Quem
se torna insensível e incapaz de enxergar as necessidades
alheias não pode sentir as necessidades globais e
coletivas e deturpa as próprias criando o desejo de
satisfazer falsas necessidades sem nunca se sentir feliz
nem satisfeito (Ponto 4 do Eneagrama psicológico).
Desta forma se perde a capacidade de ver e sentir a
constante e sempre presente Unidade de Todas as Coisas.
Quem não tem esperança não pode atuar em beneficio dos
demais, não pode ver a seus próximos como “irmãos” e,
portanto, não pode ser fraterno. Seres insensíveis não
podem compreender os conceitos de Corpo Global e
Mente Global. Devemos resgatar a Esperança latente no
coração da nossa espécie, porque sabemos que existe uma
Evolução possível e que podemos trabalhar juntos para
que ela se realize num futuro alternativo que nós podemos
viabilizar já, neste nosso presente, conscientes do Eterno
Agora. Podemos fazer isto porque sabemos da Unidade de
Todas as Coisas e possuímos a Fé (Mente Global) que é a
certeza do Bem que está por vir. Então, devemos nos unir
numa Fraternidade Mundial, num movimento global que
nos permita espalhar a Esperança no mundo,
sensibilizando (Ponto 4 do Eneagrama da Unidade)
nossos semelhantes para que estes também se transformem
em eleitos e se sintam motivados a realizar ações em
beneficio da espécie e da natureza. Seres humanos
ecológica e socialmente sensíveis se tornam,
naturalmente, solidários e fraternos. Assim, colaboram
solidariamente ativos (Ponto 2 do Eneagrama da
Unidade Global) para reverter o atual quadro de
desesperança que atinge a tantos milhões de corações
humanos. Sensibilidade e Solidariedade: estas são as
forças que devolverão a Esperança ao nosso sofrido
Coração Global que clama pela Fraternidade. Todos
devem se unir nesta tarefa. As religiões, fraternidades e
seitas devem superar suas dogmáticas diferenças em prol
deste despertar da Esperança. Elas devem hoje, mais do
que nunca, promover e pregar a fraternidade, a tolerância,
a solidariedade e a sensibilidade ecossocial. Políticos e
empresários devem promover programas contínuos de
solidariedade, junto com todas as forças vivas da
sociedade, criando trabalho e oportunidades de
desenvolvimento para todos. Nós, os eleitos, somos os
portadores da Esperança porque sabemos que o Bem que
está por Vir é uma realidade que se concretiza e atualiza
com cada ação que diminui a dor e a miséria no mundo.
Todos devemos fazer nossa parte para recuperar a
Esperança. Assim é como a Trindade Eneagramática —
Fazer (Ponto 9), Pensar (Ponto 6) e Sentir (Ponto 3)- se
torna Uma. Então, o movimento eneagramático dos pontos
1 a 7 se realiza em harmonia com essa Unidade:
Ponto 1: Os eleitos somos cientes do Corpo Global e
trabalhamos para conservar a harmonia social e o meio
ambiente;
Ponto 4: Sensibilizamos a todos os nossos
semelhantes para trabalhar em prol da fraternidade
mundial e dos mais elevados ideais ecológicos e sociais;
Ponto 2: Quando todos sejam sensibilizados e unidos
pelo Coração Global resgataremos a Esperança, então a
Solidariedade acontecerá provocando as ações
necessárias;
Ponto 8: Essas ações estarão sempre baseadas na
compreensão de que protegendo o planeta e a sociedade,
criaremos as condições para que a Vida Uma continue seu
natural desenvolvimento harmônico de acordo a Lei de
Unidade de Todas as Coisas;
Ponto 5: Essas condições apropriadas deverão
beneficiar a todos os seres, sem diferenças de nenhuma
espécie. A ciência e a tecnologia se aperfeiçoaram com
este objetivo. Um novo sistema de educação global
deverá ser estabelecido. O sentimento de separatividade
será eliminado e todos nos uniremos mentalmente com um
mesmo objetivo: transformar este planeta num paraíso.
Ponto 7: Unidos mentalmente todos promoveremos a
Mente Global, criando, desenvolvendo e compartilhando
tecnologias e conhecimentos que aumentem a Unidade
Global e a Harmonia planetária num clima de Igualdade
(Ponto 9 do Eneagrama da Unidade), Liberdade (Ponto 6)
e Fraternidade
(Ponto 3). O sistema de comunicação global
incentivará a união e o progresso mundial. A Fé no futuro
se transformará numa certeza, o que aumentará nossas
capacidades para aperfeiçoar a Unidade Global
iniciando-se assim um novo movimento até o Ponto 1 do
Eneagrama da Unidade Global o que implica a
consolidação do processo 9, 3, 6, que assim continuaram
se aperfeiçoando, sendo cada perfeição obtida não um
fim, mas apenas o início de um novo processo
eneagramático positivo para a evolução da nossa espécie
num mundo harmonioso e ordenado de acordo com a Lei
da Unidade de Todas as Coisas!
Aquele que refletir profundamente no Eneagrama da
Unidade Global poderá descobrir muitas outras coisas
relacionadas aos movimentos e processos eneagramáticos
positivos e criativos, desdobrando seus benefícios tanto
para as organizações para as quais trabalha quanto para o
aperfeiçoamento de si mesmo, de seu próximo e da
sociedade planetária na qual está inserido, como visto no
capítulo 41.
O Eneagrama da Unidade Global é o início da
verdadeira Globalização porque ela possibilita o
nascimento do novo cidadão do mundo. Sei que todos os
conceitos envolvidos neste processo eneagramático para a
Unidade Global implicarão na análise de muitos aspectos
teóricos e práticos, de cunho social, econômico, político,
cultural e científico. Apenas deixo esta explicação
simples e muito geral do que me foi revelado, com a
certeza de que os eleitos de todo o mundo aperfeiçoarão e
ampliarão não apenas estas ideias básicas como também
descobrirão os meios para as pôr em prática.
Assim os tempos do fim serão abreviados.
Enfim, deixo até aqui o relato do que Anthor e Tanaim
me permitiram revelar daquilo que observei na Dimensão
das Memórias Cósmicas, dimensão na qual não existe
nem passado, nem presente, nem futuro, apenas o Eterno
Agora.
Parte 9

| Real ou Irreal |

“Na cidade onde Nasrudin, o Mestre, vivia,


comentavam-se muitas estórias e lendas sobre
ele. Uma das mais antigas
relatava que os antepassados de Nasrudin
tinham chegado
há mais de 100.000 anos, vindos de uma grande
e longínqua estrela chamada Kanopp.
Um dos seus jovens discípulos, após ouvir esta
estória ficou estarrecido e confuso
e apresentando-se perante ele lhe perguntou:
— Diga-me, Mestre: é verdade que seus
antepassados vieram de uma estrela tão
longínqua?
Porque, se for assim, não lhe vejo muito
preocupado
com o que possa estar acontecendo lá com seus
parentes.
— Veja só — respondeu Nasrudin —, se nada
nessa lenda é verdadeiro,
não vejo por que deveria preocupar-me, e se,
pelo contrário, ela é verdadeira,
então são eles que devem estar preocupados por
ter-me deixado aqui!

Do livro “Cuentos Enseñanza del Maestro Sufi


Nasrudin” reunidos por H. D. Halka
na “Colección Cuentos Sufis” da Editora
“Dervish International
43
Capítulo
Voltando da Dimensão das
Memórias Cósmicas.
Reordenamento e Harmonização.
Revelações metafísicas. Toda verdade e
semiverdade.
Como evitar ser devorado pelo
impiedoso Cronos.
Novas surpresas!

“Ele não ficou nem um pouco impressionado.


— Você deve entender de uma vez por todas que essas
são coisas normais
na vida de um feiticeiro. Você não está ficando louco;
está simplesmente ouvindo a voz do emissário do sonhar
[...]
— O que é o emissário do sonho?
— Energia alienígena consciente. Energia alienígena
que procura
ajudar os sonhadores [...]”
Diálogo entre Don Juan e Carlos Castañeda, em "A arte
de sonhar".

Quando Anthor “desligou” o Canalizador, a esfera


multidimensional na qual flutuávamos pareceu “sumir”
novamente no ar transformada em milhares de pontos
luminosos. Enquanto os milhares de pontos de luz
voltavam a tomar sua forma original, percebi,
maravilhado, que nossos corpos não tinham mudado de
posição naquela espaçosa “sala” octoriana.
Desconcertado com o longo sofrimento da nossa espécie e
perplexo com todas aquelas visões e revelações, lembro
que chorei muito e que fazia muitas perguntas aos meus
guias. Eles não responderam, aguardando com sabedoria
meu centramento normal. Aos poucos consegui me
acalmar. Fiquei em silêncio durante muito tempo. Não era
mais o mesmo, ou melhor, nunca mais poderia ser como
antes.
Anthor e Tanaim reordenaram minhas energias e
alinharam todos os meus centros e chakras até que, aos
poucos, voltei à “normalidade”.
Então, percebi que Octor estava acelerando seu
processo de transformação e comecei a sentir como se
todas as coisas ao meu redor ficassem mais luminosas e
vibrantes.
Contemplei Anthor e admirei as harmoniosas
“alterações” que estavam acontecendo em sua estrutura
psicobioenergética.
O octoriano interrompeu nosso longo silêncio:
— Vejo que já está recuperado.
— Sim — respondi — foi uma experiência muito
forte...já estou bem.
— Sei o que quer dizer. Relaxe, apenas relaxe... —
Tanaim me olhava com ternura. Anthor voltou a falar:
— Penso, meu querido Tanaim, que você deve dizer
agora as razões pelas quais escolheu Khristian para esta
experiência interdimensional. Dessa maneira, as minhas
talvez possam ser mais facilmente compreendidas. Não
acha?
Essa declaração me provocou uma intensa
curiosidade. Embora tivesse consciência que tudo quanto
me tinha sido revelado ali poderia ter dispensado nossa
“viagem interdimensional”, intuía que a razão pela qual
meu guia do futuro tinha me levado até Octor e me
apresentado ao extraterrestre, obedecia também a outros
motivos.
Tanaim se aproximou até onde eu estava e, após dar
um ligeiro “toque” harmonizador no meu plexo solar,
disse:
— Quero que saiba que você nunca poderia ter se
oposto a estas experiências. Você não as escolheu, apenas
estava em condições de vivenciá-las. Em nosso primeiro
encontro, me perguntou, ansioso, por que você tinha sido
eleito. Naquele “momento alternativo”, eu lhe respondi
que as razões eram, por uma parte, derivadas de seu
progresso espiritual e acrescentei que outras lhe seriam
‘reveladas em breve’, se lembra?— fitou-me de um modo
especial.
Lembrava. Como poderia esquecer aquela noite na
qual não sabia se era tudo real ou se apenas sonhava...
Tanaim, como sempre ouvindo meus pensamentos,
acrescentou:
— Sim, eu lembro de suas dúvidas: ‘realidade’ ou
‘sonho’... Era até engraçado vê-lo fechar seus olhos e
botar a todo instante sua mão esquerda acima da cabeça e
dizer, “isto é um sonho, isto é um sonho” — sorriu
divertido.
— O que importa agora é você saber que tudo isto que
está vivenciando é real e ao mesmo tempo não é...!
Fiquei surpreso e perguntei:
— O que significa que esta experiência seja real e ao
mesmo tempo irreal? — parecia-me tão absurdo ouvir
aquilo. Tanaim continuava a sorrir:
— Ora, você sabe, “toda verdade é uma
semiverdade”, certo? O que ouviu significa apenas o que
ouviu...tanto o que você chama ‘real’ ou ‘verdadeiro’
quanto o que chama ‘sonho’ ou ‘irrealidade’ não são outra
coisa senão ‘semiverdades’. As diversas ‘realidades’ ou
‘verdades’ e as diversas ‘irrealidades’ são nada mais que
‘modos’ imperfeitos e temporais de perceber ou não, o
Ser manifestado.
Então, tudo quanto viu nestes seus ‘sonhos
conscientes’ é ‘real’ num determinado ‘espaço-tempo-
alternativo’ e, ao mesmo tempo, tudo o que viu e o que
está vivendo nestes instantes são apenas ‘modos’ de
manifestação do Único Ser neste ‘momento e espaço
alternativo’.
Nada além de diversos ‘graus’ de manifestação do
Ser...
Fiquei admirado pela lógica desses conceitos.
— Anthor, eu e você — continuou meu guia — somos
um. Ou seja, nós expressamos o Ser Um, do mesmo modo
como no seu mundo todas essas primitivas luminárias, que
vocês chamam ‘lâmpadas’, acesas à noite nas suas
cidades e nas suas casas, são apenas canais de
manifestação de uma única energia a que vocês chamam
de ‘eletricidade’. Assim é o Ser, o Divino Zero... Uma
grande e inesgotável fonte de energia que se manifesta
através de cada um de nós. Então nossas existências e
personalidades são como essas lâmpadas, sim, somos
apenas ‘lâmpadas’ do Ser. Por esta razão, ainda que
estejamos em tempos-espaços diferentes, somos parte do
Ser Um que se manifesta em todos os planos, em todos os
mundos, em todos os céus, em todos os cantos e partículas
de todos os macro e microcosmos que existem apenas por
Sua Causa... O Ser é a ‘Causa-sem-causa’ de tudo o que
vive e existe... Por isso, meu filho, tudo é real e irreal ao
mesmo tempo! Tudo é Zero. Tudo é Nada.
Tanaim sorria ao contemplar o estado de confusão
“metafísica” em que me encontrava. Eu intuía a verdade
de tudo o que ele falava. Aliás, algo em mim já sabia.
Acho que começava a compreender, num outro “nível de
consciência”, o conceito indiano de Maya, aprendido nas
minhas aulas de Filosofia Vedanta Advaita. Maya
significa “ilusão” e tudo o que existe é Maya, não porque
não seja “real” e sim porque tudo se transforma, daí sua
“irrealidade” e “impermanência”. Esse era o sentido
profundo do conceito de Maya. Tanaim interrompeu
minhas reflexões:
— Estou falando estas coisas apenas para que você
possa compreender duas questões importantes. A
primeira, para que perceba que tudo pode ser modificado,
que nada é permanente, que Maya é transformação
constante e que, portanto, a ‘realidade’ perigosa de
‘desvio evolutivo’ que o seu mundo vive nesse ‘tempo-
espaço-alternativo’ ao qual chama ‘presente’, pode ser
modificada, ou seja, pode ‘virar uma irrealidade’,
compreende? Um velho mito grego revela que Cronos, o
Tempo devorador de seus filhos, foi vencido no passado...
Você e todos os eleitos deverão vencê-lo novamente,
abreviando com amor os chamados ‘tempos do fim’,
transformando as crises em oportunidades de apoio à
evolução.
—Tanaim se deteve uns instantes como pensando no
modo de falar da segunda razão de todo aquele discurso
metafísico.
— Se vocês conseguem unir-se e abreviar os tempos
do fim, poderão ‘modificar’ a ‘realidade’ e tornarão
‘irreal’ o potencial desvio evolutivo da espécie.
Compreenda o seguinte: quando um ser se torna
consciente de si mesmo, ele pode alterar o presente e
provocar as alterações correspondentes no passado e no
futuro.
Lembrei um verso do Baghavad Gita: “Ó Arjuna,
assim como o fogo ardente converte a lenha em cinzas,
assim também o fogo do conhecimento reduz a cinzas
todas as reações das atividades materiais”.
— Sim, meu querido, quando os eleitos começarem a
atuar nesse seu presente temporal, o passado e o futuro da
humanidade serão transformados ao mesmo tempo, num
piscar de olhos, repentinamente. Compreendes por que
tudo é real e irreal agora?
— Sim, Tanaim, compreendo agora como intervir no
tempo. Devemos agir conscientemente sempre, criando no
presente as características do que será o passado e o
futuro.
— A segunda razão pela qual lhe falo estas coisas —
continuou — é para que o que vai ouvir agora, aquilo que
até este instante eu e Anthor tínhamos reservado para lhe
dizer no momento mais adequado, possa ser
compreendido em toda a sua extensão e
complexidade...Lembre-se, então, tudo é ‘real’ e ‘irreal’
ao mesmo tempo. Está claro?
— Acho que sim - respondi um tanto confuso com
minha certeza.
— Bem — continuou com sua habitual serenidade -
nem todos os eleitos o são pelas mesmas razões e nem
vou falar dessas outras razões agora. Apenas revelaremos
a você por que é que você foi um dos eleitos para nós.
Tudo bem. Começarei lhe revelando as minhas. Terá
reparado que, às vezes, você nem sequer precisa me falar
porque eu já sei o que você está pensando — Tanaim
parecia procurar as palavras certas para dizer algo muito
especial — isso acontece entre nós porque fui autorizado
a saber tudo sobre você — se deteve de novo e corrigiu:
— ou melhor, quase tudo, portanto não precisa temer pela
sua ‘privacidade’, tá? — acrescentou sorridente e
continuou: — dizia, então, que fui autorizado a saber tudo
sobre você pela simples razão de que eu — seu olhar se
tornou profundamente amoroso — serei seu pai nesse
‘futuro-alternativo’ do qual você foi testemunha no nosso
primeiro encontro.
Entendi subitamente o porquê de meus sentimentos
para com ele e sem hesitação o abracei forte e cheio de
amor. No fundo eu já sabia, não sei como, mas sabia.
Pensei que talvez esses sentimentos tivessem surgido
quando vi aquelas crianças brincando ao nosso redor no
primeiro encontro interdimensional...
— Sim, Khristian — ele confirmava minha “secreta”
intuição — foi nessa ocasião... Lembra da criança que
peguei no meu colo naquela ocasião? Pois é... era você!
Enquanto isso, Anthor nos contemplava feliz.Parecia
ter esperado por esse instante. Então compreendi que
devia existir uma forte razão para ter solicitado a Tanaim
que ele iniciasse essas “revelações” tão “familiares”.
Mas qual seria essa razão? Por que ele me teria escolhido
para conhecer-me pessoalmente? Por que Tanaim o
conhecia e o tratava com tanta familiaridade? Eu teria
mais uma surpresa.
44
Capítulo
Minha Origem Estelar

“Sou filho da terra e do céu estrelado; mas sou da raça


celeste, saiba-o bem!”.
Antiga inscrição pitagórico-órfica em lápide funerária de
Roma (séc. I ou II).

Ao mesmo tempo em que eu percebia as cada vez mais


rápidas e maravilhosas mudanças externas decorrentes da
acelerada passagem de Octor ao Quinto Nível
Consciêncial, Anthor começou a relatar uma bela história.
Só posso registrar apenas algumas coisas, pois é
impossível tentar repetir o que agora guardo como uma
das mais belas lembranças no profundo de meu coração.
Era a história dos meus ancestrais e suas origens, a saga
dos meus antepassados celestiais e terrestres...
— Há milhares de anos, quando meus irmãos
visitaram seu planeta, quando a primeira Atlântida atingiu
seu maior esplendor, na época em que seu mundo podia
ser visitado pelos seres dos diversos mundos superiores...
um dos meus antepassados — continuou — Javel-than-ref,
amou Zul-an-Asle, a belíssima filha de um dos sábios
terrestres daqueles tempos. Esse sábio era Toran, aquele
que ‘hoje’ é seu guia e será seu pai no futuro, nosso amado
Tanaim. Da união de Javl-than-ref e Zul-an-Asle nasceram
An-kor e Talian... Você, querido Khristian, era An-kor.
Antes de falar acerca dessa sua remota encarnação, das
suas obras e dos seus descendentes, devo revelar-lhe o
seguinte: Javl-than-ref, nosso antepassado comum — hoje
um Alto Individuum Consciente —, foi um dos mais
jovens colaboradores de Thot e após a chegada...
Anthor continuou durante muito tempo revelando-me a
história de meus ancestrais e de outras épocas e
reencarnações. Por seu poder, minhas memórias foram
totalmente despertadas e soube a razão de estar ali, com
ele, naquele longínquo mundo. Ao concluir seu
maravilhoso relato, ele me disse solenemente:
— “Agora sabe quem você é, conhece sua origem e
seu destino: você é um An, um homem-estelar, um dos
meus parentes... era por tudo isso que queria conhecê-lo!”
— Pousou carinhosamente sua mão na minha cabeça e
senti como se eu despertasse para uma realidade superior
e mais plena. Estava tão maravilhado com tudo o que tinha
ouvido que não reparei no que estava acontecendo nesses
instantes à minha volta. Quando me dispunha a expressar a
Anthor meu amor e gratidão por tudo o que tinha me
revelado, percebi que algo maravilhoso estava
acontecendo com o seu belo corpo de luz. A
Transformação de Octor atingia seu nível crítico naqueles
instantes. Tanaim, sempre alerta, disse:
— Agora, você deverá ser protegido para que possa
resistir à forte vibração da Transformação, meu filho.
De imediato, Anthor ordenou ao Canalizador que
criasse uma espécie de “aura oval” desde o qual eu e
Tanaim pudéssemos contemplar o salto evolutivo daquele
planeta superior sem sermos prejudicados nos nossos
corpos sutis.
O que vi em seguida foi extraordinário.
45
Capítulo
A Transformação do
Planeta Octor

“Toda a matéria dessa enorme estrutura que tinha 500


mil anos-luz
de diâmetro, jorrava de um minúsculo ponto de luz no
espaço, quase
imperceptível, e que se localizava exatamente entre
jatos.
— Vocês estão fazendo Cygnus A?
Vagamente ela se lembrava de uma noite de verão em
Michigan,
quando ainda era menina. Tivera medo de cair no céu.
— Bem, não estamos sozinhos. Trata-se de um... projeto
cooperativo
de muitas galáxias. É principalmente isso que fazemos...
engenharia. Apenas... alguns de nós
estamos envolvidos com civilizações emergentes.”
Carl Sagan, em "Contato", Cap.20.
Os Mestres das Sete Leis Sagradas, assim como os
demais membros do Alto Conselho Consciente e os
Governantes dos 9 Níveis de Manifestação observavam,
no “Setor dos Canalizadores”, os últimos preparativos
que provocariam a nova fase de aproximação ao “Quinto
Nível Consciencial”.
Vi todos eles felizes. As “étero-informações” vindas
dos Canalizadores eram processadas constantemente para
facilitar a fluidez vibracional da “Transformação”.
Tinham completado o último estágio como seres tri-
cerebrais de Nível Quarto Completo. A evolução nos
níveis consciênciais mais densos estava totalmente
superada.
Alguns dos melhores “Exploradores” forneciam os
“meta-etero-dados”, com os quais os detalhes necessários
para o sucesso do “Translado” ao Nível Quinto,
integravam-se aos cérebros de todos os seres desse
longínquo mundo. Estava tudo pronto.
A preciosa notícia foi conhecida telepaticamente em
todos os Setores Dimensionais do planeta: o “Consciente
Coletivo” de Octor unia uma vez mais todos eles...
Vi que o Centro Reitor do Sistema Solar do qual Octor
era nono planeta, permitia que todo esse delicado
processo de “ascensão matenergial e consciencial”
fosse realizado em total harmonia com os Princípios do
Código de Thot e da “Lei de Unidade de Todas as
Coisas”.
Os Sábios dos 8 planetas vizinhos trabalhavam nos
ajustes “matenergiais” necessários para que o equilíbrio
daquele sistema Solar não fosse alterado negativamente
por aquela extraordinária “mudança”. Contemplei os
habitantes de todos esses mundos, meditando e enviando
“vibrações positivas” aos octorianos, que retribuíam com
ondas mântricas de pleno amor.
Percebi de modo direto e com total certeza, que,
graças à Lei de Unidade de Todas as Coisas, o “avanço”
octoriano para uma nova oitava de consciência
colaboraria com a evolução geral de todas as formas de
existência em todo o Cosmo, inclusive com as
possibilidades evolutivas de nosso longínquo planeta
Terra.
Quando somos crianças brincamos, às vezes, lançando
pedrinhas com força num lago de águas tranquilas só para
ver como as ondas produzidas aumentam seu raio de ação
até chegar à outra margem, ainda que
imperceptivelmente... Octor era, nesse instante, como uma
pedra preciosa que vibrava no grande lago da existência
cósmica... Senti que sua transcendental vibração chegaria
até nós trazida pelas infinitas mãos da luz eterna, para
“despertar” nossas próprias “transformações” até
conseguir que aquele “futuro alternativo”, do qual fui
testemunha, estivesse totalmente consolidado.
Orei para que essa preciosa influência não fosse
desviada da nossa Terra por alguma força contrária...
46
Capítulo
O Retorno

“De onde vem esta diferença entre o passado e o futuro?


Por que nos lembramos do passado e não do futuro?”
Stephen W.Hawking, em "Uma breve história do tempo:
do big bang aos buracos negros".

A voz de Tanaim me trouxe repentinamente de volta


desses meus pensamentos:
— Tempo de regressar ao seu tempo — olhava para
Anthor e suas cada vez mais rápidas transformações. O
octoriano se tornava cada vez mais luminoso. Tudo à
minha volta parecia translúcido, etéreo. Reparei no meu
estado geral. Sentia-me cansado. Não sabia direito, era
uma sensação estranha. Tinha estado no passado e no
futuro e aquele meu estado era, talvez, uma reação lógica
de toda essa alucinante experiência astral. Pressenti que
Tanaim tinha razão: era o momento adequado para voltar
ao meu “nível dimensional”.
— Devemos partir agora, Mestre Anthor, porque
Khristian não resistirá às ondas vibracionais do Quinto
Nível Consciencial — ambos se olhavam com profundo
amor.
— Eu sei, Tanaim, eu sei... — se aproximou de nós
com seu belo corpo de luz e nos abraçou largamente.
— Estarei sempre com vocês — sua voz tinha a bela
harmonia dos mantras sagrados.
Senti que nos uníamos além do tempo e do espaço
naquele sagrado instante... algo inexplicável... Logo se
afastou de nós sem deixar de nos olhar. Pareceu sumir,
amoroso e sutil, no infinito.
Depois, só lembro apenas de uma silenciosa explosão
de luz...
47
Capítulo
Vaga-lumes Dançando com
luz própria

"Acredito em ti, minha alma...


Vaga comigo na relva, desata o nó da tua garganta;...
Só gosto da bonança, do zumbir da tua voz aveludada.
Lembro-me de como, de uma feita, nós nos deitamos,
numa
transparente manhã de verão.
Rápida se ergueu e espalhou à minha volta a paz e o
conhecimento que sobrelevam todos os argumentos da
terra.
E sei que a mão de Deus me foi prometida,
E sei que o Espírito de Deus é irmão do meu,
E que todos os homens já nascidos são também meus
irmãos e
as mulheres minhas irmãs e amantes,
E que a sobrequilha da criação é o amor.”
Walt Whitman
Meu corpo físico estava ali, no tempo presente, no
quarto, na cama, deitado. Voltei a ter a sensação de entrar
numa “luva” estreita quando “entrei” nele. O segundo
“contato” tinha sido concluído. Abri lentamente e com
certa estranha dificuldade meus olhos. Senti como se
estivesse olhando através de um par de janelas. O tique-
taque rítmico do velho relógio despertador parecia se
impor no silencioso ambiente. Lembro que verifiquei a
hora e qual não foi minha surpresa ao perceber que eram
apenas 3: 15 da madrugada. Era simplesmente incrível
que tudo isso tivesse acontecido em apenas 3 minutos do
tempo terrestre.
Levantei-me aos poucos. Era uma sensação muito
estranha ter que me mover novamente usando este pesado
corpo. Abri a janela e respirei fundo o ar puro da
montanha.
Fiquei pensando em tudo o que me tinha sido revelado
na “Dimensão das Memórias Cósmicas” e na minha
tremenda responsabilidade de ter que compartilhar com
outros essa minha experiência. Agora compreendia muitas
questões sobre nossa humanidade. Mitos e lendas, antigos
ensinamentos e tradições sagradas, pareciam partes de um
grande quebra-cabeça que finalmente começava a
mostrar-se completo e claro na minha mente. Sentia como
era terrível estarmos de novo tão perto de um desvio
evolutivo e como era fácil perdermos tudo quanto
tínhamos reconquistado após milênios de esquecimento.
Porém também percebia quão perto estamos de viver uma
Nova Idade de Ouro.
Lembrei a primeira Lei de Thot: “Tudo é Mente, a
Raiz do Universo é Mental” e compreendi que tão-
somente precisamos escolher essa opção para que seja
real. Só precisamos refletir e tornar-nos os eleitos
capazes de abreviar, com unidade e amor, os tempos do
fim.
As estrelas brilhavam no céu e me lembrei de Octor.
Há milhões de anos-luz de distância, esse planeta vivia
sua grande transformação. Senti a noite ao meu redor. Os
suaves barulhos e o cheiro gostoso da floresta se
tornavam mais presentes do que nunca naqueles instantes
de lúcidas percepções. A luminosidade noturna parecia
pratear as folhas das árvores adormecidas. A brisa fresca
beijava o orvalho silencioso e os vaga-lumes, essas
mágicas criaturas de luz própria, dançavam livres no meio
do mato. Eles me lembravam os habitantes daquele
longínquo mundo que finalmente tinham conquistado sua
própria luz e que agora ascendiam a uma outra Oitava na
Eterna “Harmonia das Esferas”.
Conseguiríamos, como eles, externar a luz divina do
Ser que habita em nós, luz que talvez encerra o mistério
apocalíptico que anuncia que Deus habitará algum dia
conosco os humanos e sua Vontade será feita na nossa
Terra?
Fechei a janela e me deitei novamente. Estava
relaxado e sentia uma grande paz. Queria sonhar nosso
mundo renovado, tão belo como era a Terra futura na qual
Tanaim, meu pai e guia, habitava, e tão harmonioso como
aquele distante e inesquecível planeta superior no qual
existia um ser com o qual estava ligado por laços eternos.
Acho que foi pensando assim que lenta e suavemente
adormeci novamente, ignorando o fato de estar começando
a dormir como sempre nos acontece nesses imprecisos e
esquecidos instantes de todas as noites, pelos quais
penetramos na vasta e misteriosa dimensão do sono e dos
sonhos...
48
Capítulo
O Terceiro Contato.
Ubiqüidade e Adeus.

“Querida Posteridade, se você não se tornou mais justa,


mais pacífica e... mais racional do que nós somos (ou
fomos) — ora, então vá para o diabo!”
Mensagem de Albert Einstein à "uma cápsula de tempo",
citada por H. Dukas e B. Hoffman em "Albert Einstein:
the human side".

Rio de Janeiro, 18 de março de 1997, caminhava pela


avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, em direção à
empresa na qual era esperado para uma apresentação de
negócios, quando aconteceu o terceiro contato. Foi tudo
muito rápido. Lembro que percebi minha perna direita se
movendo lentamente no ar no momento justo de iniciar um
novo passo. O barulho intenso da cidade começou a ficar
muito longe, até sumir, e todas as pessoas à minha volta
desapareceram. Um clarão repentino e, então: Tanaim
estava em minha frente! Ele ria divertido ante minha
surpresa.
— O que é isto?! Como é possível? — senti que
minha pergunta era totalmente “mecânica”.
— Fique tranquilo, relaxe. Tudo continua acontecendo
nesse seu momentum espaço-temporal. Está comigo aqui e
ao mesmo tempo está ali naquela cidade do seu mundo.
Ubiquidade, simplesmente ubiquidade... Por acaso já não
ouviu falar em ubiquidade, ou no poder de estar em dois
ou mais lugares ao mesmo tempo?
— Sim, mas eu gostaria de saber...
Como sempre, nem tive tempo de perguntar como
podia fazer aquilo e, no final, adiantaria alguma coisa?
— Queria apenas que lembrasse mais uma vez nosso
futuro alternativo — diz amoroso. Então, levantou sua
mão direita. Parecia que, de repente, tudo ficava mais
luminoso e mais belo. Ele sorria. Meu olhar se perdeu no
infinito e tive, de novo, numa fração de segundos, a
maravilhosa visão do nosso mundo futuro. Um novo céu e
uma nova terra...
Olhei uma vez mais o rosto de Tanaim para poder
fixá-lo em minha memória e perguntei:
— Pai, será que conseguiremos desta vez?
— Sim, conseguiremos de um modo ou de outro. Por
acaso você esqueceu que eu já existo nesse novo
mundo?... Devo ir embora... Nós nos veremos em breve...
Comunique o que você viu a todos e continue a
trabalhar por sua evolução individual, essa é uma das
mais poderosas maneiras com as quais um ser humano
pode colaborar para abreviar os tempos do fim. Ame
esta sua Terra e colabore com todos os eleitos para que
juntos provoquem o fim do possível ‘desvio’. Não
abandone seu mundo, não desista dele, tenha amor pela
natureza, sinta amor por todos, tenha fé e esperança.
Permaneça nele e colabore, para que ele seja mais
humano e mais justo.
Agora já sabe como abreviar os tempos do fim: Viva
conforme o Eneagrama da Unidade e faça sua parte,
confiando unicamente no atemporal poder do Amor”.
Senti mais uma vez sua agradável vibração no
profundo do meu coração. Despedia-se amoroso.
— Até já meu filho.
Sorri enquanto estendia meus braços num vão intento
de abraçá-lo mais uma vez. A figura de Tanaim
desaparecia, translúcida, naquela dimensão do futuro-
alternativo na qual ele já existia.
— Até já, Tanaim, até já pai! — respondi
mentalmente. Tinha certeza de que a partir desse dia nos
voltaríamos a reunir muitas vezes nesse plano dimensional
no qual se penetra através dos “sonhos conscientes...”.
Lembro que o barulho do tráfego na avenida Rio
Branco chegou de repente aos meus ouvidos. Senti minha
perna direita se movendo no ar para dar um novo passo.
Tinham sido apenas “alguns segundos” no futuro! As
pessoas apressadas passando, indo e vindo, o céu azul, as
árvores, a luz daquele lindo e ensolarado dia. Tudo
continuava acontecendo como sempre no meu “espaço-
tempo presente”.
Senti o calor de algumas suaves lágrimas no meu
rosto. Saudades. Respirei fundo. Olhei meu relógio. A
reunião de negócios para a qual tinha sido convidado se
iniciaria dentro de exatos 11 minutos. Tudo bem. Estava
perto.
Um grupo de crianças espertas e brincalhonas passava
perto de mim, de mãos dadas, rindo à toa, atrás de duas
jovens professoras, que tentavam inutilmente mantê-las em
ordem. Talvez estivessem indo visitar alguma exposição
no Museu de Arte ali perto, ou talvez iriam conhecer a
Biblioteca Pública. Olhando-as, despreocupadas e felizes,
minha esperança de um mundo melhor se confirmava...
Atravessei a avenida... Sentia-me cheio de energia.
Reparei o quanto gostava de toda essa agitada rotina do
Rio de Janeiro. Para certificar-me de que não estava
sonhando, botei minha mão esquerda na cabeça e repeti
“tudo isto é um sonho”, então, sorri feliz e grato por estar
existindo nesse instante, neste presente, ao mesmo tempo
em que você.
Afinal — pensei —, tudo isto é real e irreal ao
mesmo tempo...
FIM
POSFÁCIO
Esta terceira obra de Khristian Paterhan, foi publicada
pela primeira vez no ano 2000, pela Quartet Editora sob o
título “Apocalipse 21:Uma Visão do Bem que Está por
Vir”.

Nesta nova edição revisada, Paterhan, por sugestão de


amigos, optou por um título que não provocasse a ideia de
se tratar de uma obra relacionada com religião ou com
algum tipo de estudo bíblico, por isso, o nome “O Legado
de Thot – Eneagrama, a mensagem que veio de Sírius”.
Uma obra que aborda, também o "Eneagrama da Unidade
Global" e a missão dos Eleitos.
Ele compartilha nesta obra, uma experiência pessoal e
suas inquietantes visões sobre o que teria sido o passado e
poderá ser o futuro da humanidade, um futuro do qual
podemos ser os construtores conscientes caso
escolhamos o caminho certo como espécie. Para tanto,
Paterhan nos mostra que é preciso colaborar urgentemente
com o início de um “novo mundo”, se não quisermos viver
um novo genocídio da nossa espécie, como aconteceu em
épocas remotas — segundo narram os antigos livros
sagrados e os mitos e lendas de continentes
desaparecidos, que segundo ele, teriam sido destruídos
como consequência dos desvios evolutivos dos nossos
esquecidos antepassados.
Muitas das visões de Khristian Paterhan estão sendo
confirmadas na atualidade e este livro é, de alguma
maneira, uma profecia que vale a pena considerar
seriamente na atualidade por todos aqueles que se
interessam pelo futuro da nossa espécie e do nosso
planeta.
O legado de Thot — Eneagrama: a mensagem que
veio de Sírius , é, sem dúvida, um livro empolgante e
polêmico que, além de revelar a possível origem
extraterrestre da Filosofia Hermética e do Eneagrama —
milenar e instigante símbolo de autoconhecimento do qual
o autor é um dos mais respeitados divulgadores da
atualidade —, provocará novas reflexões e insights
acerca da origem e do destino da nossa espécie, propondo
a aplicação coletiva do que ele chama de Eneagrama da
Unidade Global.
O autor acredita que esta nova versão virtual poderá
chegar ao conhecimento de um número maior de pessoas,
através da internet, e que, desta forma, muitas delas
poderão escolher trabalhar para a realização de um mundo
mais fraterno, livre e solidário, e que outras continuarão a
trabalhar, ainda com mais afinco, na construção de um
mundo no qual os seres humanos possamos ser
conscientes de que Somos Um e conscientes de que nossa
Mãe Terra precisa de uma urgente cura global.
Sobre o Autor
Filósofo e escritor, Khristian Paterhan é um dos
principais estudiosos e divulgadores do Eneagrama no
Brasil. É autor de “Iniciação e autoconhecimento: o
despertar interior através do Quarto Caminho” (1993) e
“Eneagrama: um caminho para seu desenvolvimento
individual e profissional” (1998) — o mais inspirado
livro sobre o tema publicado em língua portuguesa e já na
sua 7a edição e, também, na Amazon Brasil, na sua versão
e-book.
Há mais de 25 anos, Khristian Paterhan, realiza
estudos comparativos das filosofias, religiões, mitos e
lendas da humanidade.
Fundou o Instituto para o Desenvolvimento Humano
Integral – IDHI®, instituição iniciática, sem fins
lucrativos — sob cuja égide promove o desenvolvimento
humano baseado no Eneagrama e na filosofia do "Quarto
Caminho" — e, posteriormente, fundou a "Escola de
Eneagrama “Khristian Paterhan” no Brasil.
Emérito comunicador, é convidado regularmente por
empresas e instituições para realizar palestras e
workshops sobre o Eneagrama e suas aplicações para o
autoconhecimento e treinamento visando o aumento da
produtividade humana nas áreas de liderança, inovação,
criatividade e

empreendedorismo.
"Apocalipse 21: uma visão do bem que está por vir",
agora, revisado e lançado com o título de “O legado de
Thot — Eneagrama: a mensagem que veio de Sírius”,
seu primeiro livro de ficção, é baseado em vivências
pessoais e profundos conhecimentos sobre a Bíblia e a
sabedoria hermética. Sendo uma jornada interplanetária
rumo à esperança, esta aventura cósmica não faria sentido
para Paterhan se não lhe oferecesse a oportunidade de
apresentar o caminho para uma abreviação do anunciado
"fim dos tempos": o Eneagrama da Unidade Global.

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