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A taxa de dependência energética da União Europeia (UE) em 2017 foi de 55%, o que significa
que mais de metade da energia necessária nos 28 estados-membros teve de ser coberta por
importações. Destas, quase dois terços foram de petróleo e derivados, seguindo-se o gás
natural e o carvão. A Rússia tem um papel central no abastecimento energético da UE:
representa 30% das importações de petróleo, 39% das de gás natural e 40% das de carvão.
Embora o seu peso seja variável de país para país, em 2017, o petróleo e os seus derivados
representaram 41% do consumo final na UE, seguindo-se o gás natural (22%). As famílias
europeias são responsáveis por 25% do consumo energético, a indústria consome uma fatia
de 31% e os transportes, 28%. Aos serviços cabe 13% e à agricultura, 2%.
A produção de eletricidade na UE traduz realidades muito distintas, que estão traduzidas no
esquema abaixo. No conjunto, 44% da eletricidade produzida na UE, em 2017, resultou da
queima de combustíveis fósseis, 31% teve origem em fontes renováveis e 25% provieram de
centrais nucleares. Nas renováveis, a eólica contribuiu com 11%, a hídrica com 10%, a
biomassa com 6% e a solar com 4%.
A União Europeia tem metas globais para a percentagem de renováveis que devem entrar no
consumo final de energia e todos os estados-membros devem contribuir para as alcançar. A
meta de Portugal para 2020 é de 31% e para 2030 de 47%.
Fonte: https://www.publico.pt/2019/10/15/infografia/energia-europa-379 (adaptado)
Figura 1
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1. Considere as seguintes afirmações relativas à origem e produção de energia na União
Europeia.
I – Os combustíveis fósseis já representam uma pequena parte de energia que é consumida
na União Europeia.
II – A Rússia possui jazigos de combustíveis fósseis, mas que não constituem reservas.
III – A energia elétrica na União Europeia é produzida a partir de diferentes fontes de energia primária.
6. Explicite o(s) objetivos(s) das metas globais da UE para a percentagem de renováveis que
devem entrar no consumo final de energia dos estados-membros para 2020 e 2030.
7. Comente as condições de Portugal para a produção de energias renováveis e até que ponto
terá facilidade, ou não, em alcançar as metas definidas.
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Proposta de resolução
1. Opção (A). Os combustíveis fósseis representam uma grande parte da energia consumida
na Europa, o texto refere que 2/3 das importações de energia foram de combustíveis fósseis
e que 44% da eletricidade produzida na UE, em 2017, resultou da queima de combustíveis
fósseis (I – F). Os jazigos de combustíveis fósseis da Rússia constituem reservas, se a Rússia
exporta combustíveis fósseis para a UE fá-lo a partir de jazigos conhecidos e com
rentabilidade económica (II – F). A energia elétrica da UE é produzida a partir de diferentes
fontes de energia primária, que estão ilustradas na Figura 1 (III – V).
3. A produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como o sol, o vento ou a água,
tem as vantagens de não emitir poluentes para a atmosfera, nem contribuir para o aumento
da concentração de CO2, e permite poupar os combustíveis fósseis para outras utilizações.
Como limitações, podem referir-se a disponibilidade variável, de região para região e ao longo
do ano; o custo e a complexidade das infraestruturas que permitem o aproveitamento dessas
fontes de energia, o facto de serem energias de baixo rendimento (são necessárias muitas
horas de sol para produzir uma quantidade de energia equivalente à que é fornecida por um
barril de petróleo) e de ainda não conseguirem ser armazenadas.
5. É a França. A energia nuclear tem as vantagens de ser uma energia de elevado rendimento,
que não emite para a atmosfera gases com efeito de estufa e as reservas de urânio são, ainda,
abundantes. As desvantagens da energia nuclear são a produção de resíduos sólidos
radioativos difíceis de armazenar e de tratar, o risco de acidentes com fuga de radiações e a
poluição térmica da água.
7. Portugal continental tem muito boas condições para a produção de energias renováveis. A
sua localização geográfica faz com que tenha muitas horas de sol por ano para a produção de
energia solar e uma linha de costa extensa que pode ser aproveitada para a produção de
energia das ondas e das marés. O relevo e as características físicas do território fazem com
que seja possível a produção de energia eólica em serras e de energia hidroelétrica nos rios.
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No arquipélago dos Açores, a atividade vulcânica possibilita a produção de energia
geotérmica. Com estas condições, e decisões políticas adequadas, Portugal terá facilidade em
alcançar, ou pelo menos ficar muito perto, das metas definidas pela UE.