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A visita aos membros infiéis nos dízimos e nas ofertas

As pessoas sempre me perguntam onde está o dinheiro. Recentemente, em uma


comissão de igreja, a pergunta veio novamente: Pastor, onde conseguiremos o dinheiro
para o piso novo da igreja? Geralmente respondo: Irmãos queridos, o dinheiro está em
nosso bolso. Brincadeiras à parte, possivelmente a visitação é um dos desafios mais
complexos do trabalho pastoral hoje, por diversas razões.
1. As pessoas estão muito atarefadas: No lufa-lufa na vida, para ganharem o pão
material e sustentar a família, a maioria dos membros trabalha até tarde da noite, com
múltiplas tarefas, e muito ocupados para receberem o pastor em casa.
2. Nas grandes cidades a visitação é dificultada. Muitos membros moram longe
da igreja, o trânsito é lento, as pessoas saem cedo de casa e chegam tarde, e muitas
vezes não se conseguem reunir toda a família para receber a visita pastoral.
3. A pós-modernidade anuviou a imagem pastoral. Muitos membros olham o
pastor como as lentes do mundo contemporâneo, ou seja, não olham muitas vezes o
pastor como líder espiritual que quer a salvação das suas ovelhas.
4. Alguns membros querem organizar a sua vida primeiro: ao receber o pastor
em sua casa, alguns membros querem sua casa e sua vida organizada para
demonstrarem um cristianismo vibrante e autêntico ao seu pastor, bem como uma vida
espiritual forte.
5. Muitos membros têm interrogações sobre a visita pastoral. Parece que ainda
muitos membros, quando o pastor liga para marcar a visita pastoral, se perguntam: O
que o pastor quer? Por que o pastor quer me visitar? Será que o pastor vai tratar algum
assunto específico comigo?
6. Alguns membros estão fracos espiritualmente, possivelmente por falta de
comunhão com Jesus, de leitura da Bíblia, de oração e de conduzir uma pessoa a Cristo,
muitos membros estão fracos espiritualmente. Envergonhados e relapsos, não fazem
questão ou não querem a visita do pastor.
7. Alguns membros devolvem dízimo fictício: Em uma de minhas igrejas, tenho
alguns membros que infelizmente devolvem um dízimo fictício, ou seja, devolvem um
valor inferior a 10% de sua renda, que é o ensinado na Palavra de Deus. Como sei
disso? Depois de algum tempo, percebe-se pelo padrão de vida da família, pelos bens
adquiridos, pelas viagens feitas e pelas vantagens contadas aos amigos e irmãos.
Todavia, essas e outras razões não deveriam desmotivar nem impedir o pastor
em procurar visitar os seus membros. Durante meus anos de Faculdade de Teologia,
sempre escutei de alguns professores: “Administre bem uma comissão para ser
respeitado, pregue bem para ser admirado e visite os membros para ser amado.” Parece-
me que a ênfase principal era na visitação pastoral. Ellen G. White corrobora com esta
ênfase na visitação pastoral: “Essa parte do trabalho pastoral não deve ser negligenciada
ou transferida para a esposa ou qualquer outra pessoa. Vocês devem se educar e treinar
a si mesmos para a visitar cada família a qual seja possível ter acesso. Os resultados
dessa obra testificarão de que é o trabalho mais proveitoso que um ministro do
evangelho pode realizar” (Ministério Pastoral, pág. 229).
Assim sendo, o pastor deveria priorizar em sua agenda de tantas atividades a
visitação pastoral aos desanimados, aos fracos na fé, aos doentes, aos enlutados, aos
desesperançados pelo sentimento de culpa, aos jovens, mas principalmente aos
interessados na igreja e os que estão recebendo estudos bíblicos dos membros e estão
perto de tomarem a decisão pelo batismo. Mas… e os não dizimistas e não pactuantes?
Como o pastor pode visitá-los e abordar o assunto, sem parecer que está cobrando o
dízimo ou o pacto, ou parecer indelicado? Como pastor, sei do grande desafio que é
abordar este assunto com os membros em suas casas na visitação pastoral. Ao longo de
24 anos de ministério, 2 anos como departamental e 22 anos como pastor distrital,
gostaria de sugerir algumas dicas práticas.
1. Visitação se apreende a fazer: segundo Patrícia Konder Lins e Silva, no seu
livro Inteligência Se Aprende, todo ser humano nasce inteligente. Ela afirma na página
15: “Se todos nascem inteligentes, todos podem aprender. Não há ser humano que não
consiga aprender.” Pode ser até que muitos de nós, pastores, tenhamos dificuldades em
visitar, não saibamos como visitar ou até mesmos não gostemos do trabalho de
visitação; mas, por outro lado, parece que todos nós concordamos com sua importância
e relevância no ministério pastoral. Assim sendo, aprender a visitar de maneira eficaz é
vital.
2. Visite com alegria da salvação e a missão no coração: Triste e dura coisa é um
pastor visitar por obrigação apenas. É verdade que nem sempre o nosso interior está
bem para que o rosto brilhe de alegria, todavia é mister e muito salutar que ao visitar os
desesperançados o pastor leve uma fisionomia alegre, palavras de esperança e um aperto
de mão confiante, principalmente quando se vai tratar de um assunto tão delicado como
a mordomia cristã na vida dos membros da igreja. Ellen G. White afirma: “Deus pede
não apenas a benevolência de vocês, mas também sua fisionomia alegre, suas palavras
de esperança e seu aperto de mão” (Ministério Pastoral, pág. 232).
3. Visite primeiro alguns dizimistas e pactuantes: Como pastor que participo
mensalmente de concílios ministeriais, sei que, muitas vezes, principalmente quando
remessas diminuem, ouve-se o pedido: Pastores, visitem os não dizimistas. Com certeza
é de suma importância o trabalho do pastor junto a este grupo de membros. Todavia me
aprece mais salutífero começar a visitação intencional primeiro a alguns dizimistas e
pactuantes. Primeiro é uma brilhante oportunidade para o pastor agradecer a fidelidade
dos irmãos, embora não seja necessário dizer isso com palavras específicas, somente a
presença do pastor ali na casa já diz muita coisa e pode ser inconscientemente ou
conscientemente um agradecimento a fidelidade da família visitada. Em segundo lugar,
os irmãos têm amizade uns com os outros e conversam entre si, isso é uma realidade, e é
possível que muitos que não são dizimistas perguntem aos dizimistas: O que o pastor
queria ao te visitar? Que temas o pastor abordou? Na maioria das vezes, quando pastor é
visitador, a notícia se espalha por toda igreja. Assim sendo, como os primeiros visitados
foram os dizimistas e pactuantes e não se tratou com eles diretamente deste tema, os não
dizimistas ficam mais tranquilos e receptivos à visita do pastor.
4. Visite com a missão no coração e os relacionamentos em mente: O líder de
missões modernas Donald McGavran disse: “Os relacionamentos são as pontes de
Deus.” Mas possivelmente a missão seja o transpor essas pontes para alcançar as
pessoas. Assim sendo, o pastor que visita com o objetivo de criar relacionamentos e
alcançar o coração tem mais chance obter êxito ao abordar um tema tão melindroso
como a devolução de dízimos e ofertas.
5. Visite com as perguntas certas: Geralmente quando chego à casa da família
para a visita, depois dos cumprimentos e de acomodar-me, começo dizendo que tenho
32 perguntas para fazer a família, mas que por causa do tempo só irei fazer 5 perguntas.
(Geralmente essas 5 perguntas e orientações sobre elas permite uma visita entre 1 a 2
horas de visita.) Antes de começar as minhas 5 perguntas, sempre dou a oportunidade
para alguém da família que tenha uma pergunta para me fazer sobre qualquer tema.
Neste momento, para descontrair, sempre brinco dizendo: “Por obséquio, faça uma
pergunta que seu pastor saiba responder.” Logo em seguida começo fazendo a primeira
pergunta a cada um dos membros da família presentes. É muito importante que todos
participem, isso gera inclusão, relacionamento, unidade familiar, compromisso e, com
certeza, brilhantes momentos em família, além de crescimento espiritual.
6. Prepare seu coração para a visita e suas perguntas de acordo com sua
realidade: Sei que, ao ler este artigo, alguns pastores podem ser tentados a pensar: “isso
não funciona aqui no meu distrito”. Quero deixar claro que estou escrevendo aquilo que
têm funcionado durante os 22 anos que tenho sido pastor distrital e que pode funcionar
com pessoas do mundo inteiro, basta você preparar suas perguntas de acordo com sua
igreja e realidade. Mas uma coisa é certa: pastor, seu coração deve ser o mais preparado
para a visitação. Todos nós sabemos que o coração só pode ser aquecido por Cristo Sol
da Justiça (Ml 4:2). Para tanto, é mister que a pastor que deseja ter êxito na visitação
separe tempo a cada manhã para orar, estudar a Bíblia e meditar na pessoa de Cristo, e
com certeza não haverá limites para Deus nos usar na visitação em nosso ministério
pastoral. Ellen G. White declara: “Não há limite para utilidade de quem, pondo de parte
o próprio eu, dá lugar à operação do Espírito Santo no coração e vive vida inteiramente
consagrada a Deus” (Testemunhos para Igreja, vol. 8, pág. 18).
7. Faça as perguntas na ordem correta: Nunca comece perguntando sobre a
fidelidade da família. Comece com uma pergunta que toque o coração proficuamente,
tal como: “Por gentileza, relate um fator positivo que marcou sua infância dos 0 aos 10
anos? Apesar de toda farfúncia que as pessoas fazem para se lembrar de algo positivo,
muitas vezes querem relatar algo negativo. Assim, insista no relato positivo. Em
seguida, pergunte: Por favor, quando você chegar ao Céu na presença de Jesus, quais
serão suas primeiras palavras para Ele? Assim fazendo, o coração será aberto e tocado e,
na maioria das vezes, os próprios membros falam da sua mordomia cristã com respeito
aos dízimos e ofertas. De acordo com Curt Thompsom, “o ponto é que todos nós temos
áreas da vida as quais não estamos atentos. […] A maioria até acredita que sim, está
atenta aos filhos, ao cônjuge, aos pais e a Deus” (Conexões para Vida, pág. 73). Mas
que na verdade não estão atentos, e o pastor têm a oportunidade e o privilégio de
despertar e direcionar os membros para essas áreas tão importantes para o crescimento
espiritual, a felicidade da família e a salvação.
Sem dúvida alguma, ser pastor na atualidade, com relevância e fazendo a
diferença, passa pela visitação, que talvez seja a atividade mais próxima do pastor com
sua igreja. Apesar de saber de tudo isso, como disse Timothy Keller: “É evidente que
podemos nos ocupar com muitas atividades na igreja sem que haja uma verdadeira
mudança em nosso coração, e sem ter um envolvimento real e compromisso com as
pessoas” (A Cruz do Rei, pág. 189). Sendo assim, será importante lembrarmos que
visitar é “buscar o povo exatamente onde ele estiver, seja qual for sua posição ou
condição, e ajudá-lo de todo modo possível: eis o ministério evangélico” (Ministério
Pastoral, pág. 232). O grande apóstolo Paulo nos enche de esperança com as palavras:
“Diante de tudo isso, prezados amigos, permaneçam firmes. Força! Nada de desânimo!
Dediquem-se inteiramente ao trabalho do Senhor, pois nada do que fazem para Ele
jamais será perda de tempo” (1Co 15:58 [A Mensagem]).

José Mauro Ferraz, mestre em Teologia Pastoral e em Liderança, é pastor


adventista há 24 anos. Atualmente pastoreia o distrito Central de Vila Velha, ES.

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