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STUART, R. C.; MARCONDES, M. E. R. A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências e Cognição, v.14, n.1, p.50-77, mar./2009.
Titolo originale
Resenha - A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências e Cognição
STUART, R. C.; MARCONDES, M. E. R. A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências e Cognição, v.14, n.1, p.50-77, mar./2009.
STUART, R. C.; MARCONDES, M. E. R. A manifestação de habilidades cognitivas em atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências e Cognição, v.14, n.1, p.50-77, mar./2009.
Faculdade de Ciências – Campus Bauru Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciências
Disciplina: Laboratório de Ciências: diferentes perspectivas metodológicas de ensino
Profa. Responsável: Profa. Dra. Alice Assis Aluna: Natália de Paiva Diniz
RESENHA – TEXTO 9
STUART, R. C.; MARCONDES, M. E. R. A manifestação de habilidades cognitivas em
atividades experimentais investigativas no ensino médio de química. Ciências e Cognição, v.14, n.1, p.50-77, mar./2009.
A experimentação no ensino de química vem sendo defendida no âmbito acadêmico,
porém há uma discordância do modo como ela vem sendo proposta e executada nas salas de aula. Considerada com uma alternativa que contribua para a aprendizagem, a experimentação investigativa contribui para o desenvolvimento cognitivo do aluno, uma vez possibilita a participação do aluno no processo de construção do conhecimento, possibilitando-o a predizer respostas, testar hipóteses, argumentar, discutir com os pares, podendo atingir a compreensão de um conteúdo. Dessa forma, as autoras afirmam que uma aula experimental organizada de forma a colocar o aluno diante de uma situação problema poderá contribuir para o aluno raciocinar logicamente e apresentar argumentos na tentativa de analisar os dados e apresentar uma solução. Os estudantes que tiverem a oportunidade de acompanhar e interpretar as etapas da investigação poderão ser capazes de elaborar, testar e discutir hipóteses, aprendendo sobre os fenômenos estudados e os conceitos que os explicam. O que privilegia o desenvolvimento de habilidades cognitivas e do raciocínio lógico. Para que sejam consideradas atividades experimentais investigativas, devem ser planejadas e executadas de forma a privilegiar a participação do aluno. O problema a ser investigado não deve ter uma solução evidente para o aluno, para que essa investigação seja mostre necessária. Assim, a pesquisa descrita no artigo teve como objetivo investigar se participando de atividades experimentais investigativas mediadas pelo professor, o aluno consegue raciocinar sobre o problema proposto e procurar respostas para sua solução a partir da proposição de hipóteses e análise dos dados. Para isso, foi proposta a atividade do “Laboratório Aberto”, uma atividade experimental investigativa na qual o aluno procura uma metodologia para a sua resolução do problema proposto, podendo ser dividida em seis momentos: proposta do trabalho, levantamento de hipóteses, elaboração do plano de trabalho, montagem dos arranjos experimentais e coleta de dados, análise dos dados e conclusão. Essas etapas estão descritas abaixo para ilustrar a investigação analisada no artigo: A proposta de trabalho foi a identificação dos fatores que afetam a temperatura de ebulição de um material. Uma breve introdução sobre a definição de temperatura de ebulição e explicações sobre a diferença entre evaporação e temperatura de ebulição foi realizada pela professora. Os alunos elaboraram algumas hipóteses partindo de suas ideias prévias e produzem o plano de investigação para a professora para que ela pudesse fazer as alterações necessárias e avaliar a possibilidade da realização dos experimentos. A professora deixa organizado os materiais e reagentes de cada grupo e devolve os procedimentos alterados para realização. Os alunos realizam o experimento, coletam dados e discutem as possíveis soluções para o problema. Posteriormente, os próprios alunos disponibilizam e discutem seus resultados com a turma, com a intervenção da professora. Após a discussão, foram entregues relatórios individuais contendo o objetivo, materiais utilizados, previsão, procedimento, resultados e conclusão. As pesquisadoras verificaram que os alunos apresentaram dificuldades para descrever os procedimentos, pois os alunos não têm o costume de realizar esse tipo de experimento atividade. Isso mostra a importância em proporcionar atividades que permitam aos alunos desenvolverem habilidades de escrita e leitura, que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio lógico e cognitivo. Com relação a realização do experimento, poucas dificuldades foram evidenciadas pelas pesquisadoras, uma vez que a professora avaliou os procedimentos previamente e orientou os grupos para a execução. A dificuldade mais evidente veio na etapa posterior, o desenvolvimento do relatório. Apesar das dificuldades descritas, os alunos demonstraram interesse pela investigação e manifestaram habilidades cognitivas de ordem alta como elaboração de hipóteses e análise de dados e variáveis para a sua confirmação ou refutação. As autoras destacam o papel da professora nesse processo, que em nenhum momento refutou ou comprovou as hipóteses dos estudantes, sempre privilegiando o momento de criação e imaginação. Quando se tratou de uma questão considerada errada, a professora corrigiu e explicou os motivos, sem inibir os estudantes. Nesse processo, vemos uma atividade experimental elaborada, conduzida e avaliada pelos estudantes, que participam de todo o processo de construção do conhecimento, mediado pelo professor. Notamos que pelos equipamentos utilizados e tempo para a realização do processo, a escola apresenta infraestrutura adequada para a realização de atividades experimentais e que a professora consegue dedicar tempo para essas atividades. Isso fica evidente quando as autoras apontam que a própria sala de aula é integrada ao laboratório, facilitando a realização do experimento. A professora também se dedica exclusivamente aos trabalhos da escola, o que contribui significativamente para o planejamento de atividades experimentais, e conta com o auxílio de um técnico que cuida do laboratório.
PERGUNTA: Ao descrever o público-alvo para a escolha da escola e da turma que seria
objeto de estudo das autoras do artigo, algumas características foram descritas para justificar essa escolha, dentre elas: professora com postura construtivista e investigativa; escola com abertura para pesquisa; infraestrutura da escola para realização de atividades experimentais; etc. A mesma pesquisa, poderia ser realizada em escolas com outro perfil/realidade? Como vocês acreditam que o contexto no qual a atividade foi realizada pode influenciar o resultado da pesquisa?