Jesus disse: “Pai, se possível, afaste de mim este cálice, mas não faça como
eu quero, mas como tu
queres!”1. Ele hesitou diante da sua dor? Alguns vêem ali recuo e hesitação. Todavia, se estudarmos detalhadamente seus comportamentos, compreenderemos que ele expressou, naquela noite densa e fria, a mais bela poesia de liberdade, resignação e autenticidade. Estava plenamente consciente do cálice que iria beber. Seria espancado, açoitado, zombado, cuspido; teria uma coroa de espinhos cravada em sua cabeça e, por fim, passaria por seis longas horas na cruz até a sua falência cardíaca. A psicologia e a psiquiatria têm muito a aprender com os pensamentos e reações que o mestre expressou ao longo de sua história, principalmente nos seus últimos momentos. Diante das mais dramáticas situações, ele demonstrou ser o mestre dos mestres da escola da vida. Os sofrimentos, ao invés de abatê-lo, expandiam sua sabedoria. As perdas, ao invés de destruí- lo, refinavam-lhe a arte de pensar. As frustrações, ao invés de desanimá-lo, renovavam-lhe as forças. A missão, propósito ou objetivo de Jesus Cristo é impressionante. Não queria apenas colocar o O Mestre da sensibilidade teve uma existência pautada por desafios, perdas, frustrações e sofrimentos de toda ordem. Ele tinha todos os motivos para ter depressão durante sua trajetória de vida, mas não a adquiriu; pelo contrário, era alegre e seguro no território da emoção. Tinha também todos os motivos para ter ansiedade, mas não a adquiriu; pelo contrário, era tranqüilo, lúcido e sereno. Todavia, no Getsêmani, expressou que sua alma estava profundamente triste. O que ele vivenciou nesse momento: depressão ou uma reação depressiva momentânea? Qual a diferença entre esses dois estados? Quais procedimentos Cristo adotou para administrar seus pensamentos e superar sua dramática angústia? homem numa escola de sábios, mas também imergi-lo na eternidade. Ele valorizava o homem ao máximo, por isso nunca desistia de ninguém, por mais que o frustrassem. Sob o cuidado afetivo dele, as pessoas começaram a contemplar a vida sob outra perspectiva. Investigar a sua personalidade nos fará assimilar mecanismos para expandir nossa qualidade de vida e prevenir as mais insidiosas doenças psíquicas da atualidade: a depressão, a ansiedade e o stress.