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DIREITO PENAL - PARTE GERAL

Concurso de Pessoas III


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CONCURSO DE PESSOAS III

• Autoria vs participação – Teorias:


– Teoria subjetiva ou unitária
– Teoria extensiva
– Teoria objetiva ou dualista
- Teoria objetivo-material
- Teoria objetivo-formal
– Teoria do domínio do fato

Teoria subjetiva ou unitária


Não confundir com as teorias do concurso de pessoas, que buscam explicar a unidade de
infrações penais.
• Não há distinção entre autor e partícipe.
• Adotada pelo CP de 1940.

Todos que contribuem para a prática de um crime são autores.


Teoria extensiva
• Também não diferencia autor de partícipe.
• Todavia, estabelece causas de diminuição de pena conforme a menor relevância da
contribuição para o resultado.

Teorias objetivas ou dualista


Estabelece clara distinção entre autor e partícipe. Se divide em duas teorias:
5m • Teoria objetivo material.

Autor é quem presta a contribuição mais relevante. Partícipe é quem presta a contribuição
menos relevante.
Em crimes com autor intelectual, por exemplo, quem planejou seria o autor.
Crítica: dificuldade prática de identificar quem prestou a contribuição mais relevante. Difícil
de aplicação prática.
ANOTAÇÕES

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Não é adotada no Código Penal brasileiro, porque na prática não se consegue dizer com
exatidão quem é autor e partícipe. Mas, é cobrada em prova.
10m • Teoria objetivo formal.

Adotada no Código Penal brasileiro.


Traz um conceito restritivo de autoria. Autor é quem realiza o verbo núcleo do tipo penal.
Partícipe é quem presta qualquer contribuição para o delito, mas não pratica o verbo núcleo
do tipo penal.
Em crimes de homicídio, o verbo núcleo é matar, logo o autor é quem efetivamente efe-
tuou, por exemplo, os disparos. Já quem planeja e/ou contribui materialmente para o crime são
partícipes. É possível ter mais de um autor, quando, por exemplo, dois efetuam os disparos.
15m Teoria do domínio do fato (teoria objetivo-subjetiva)

Não é adotada pelo Código Penal brasileiro, entretanto a jurisprudência e as doutrinas


brasileiras admitem a aplicação dessa teoria no Direito Penal brasileiro.
• Criada por Hans Welzel

• Autor é quem possui o controle final do fato. O autor é quem domina o transcorrer do

crime e decide se e quando ele deve ocorrer.


• Há, portanto, uma ampliação no conceito de autor. Para a teoria do domínio do fato,

serão autores:
20m 1. Autor propriamente dito: aquele que realiza o verbo núcleo do tipo penal (teoria obje-
tivo formal).
2. Autor intelectual: aquele que planeja o crime para que seja executado por outras pes-
soas e que determina a prática do fato
3. Autoria de escritório: aquele que possui influência e determina, sem praticar a conduta,
as ações que devem ser realizadas por subalternos. Precisa ter relação de submissão. Em
muitas situações também será autor intelectual.
4. Autor mediato: aquele que se utiliza de um agente não culpável ou de pessoa que atua
sem dolo ou culpa para executar o tipo. Essa é uma das maiores críticas à teoria objetivo
25m formal, porque não explica esse tipo de autoria, já que quem efetivamente matou foi o agente
não culpável e seria um crime sem autor mas com partícipe.
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A teoria do domínio do fato reconhece a figura do partícipe?


30m
Sim. Para esta teoria, partícipe será todo aquele que concorre para o crime, desde que
não pratique o verbo núcleo do tipo penal nem possua o controle final do fato.

Obs.: a teoria do domínio do fato só tem aplicação nos crimes dolosos, uma vez que nos
crimes culposos não há que se falar em domínio final de um fato não desejado pelo
agente

Nos crimes culposos, só se adota a teoria objetivo formal.

• Autoria vs participação – Teorias:


- Teoria subjetiva ou unitária Teorias Unitárias
- Teoria extensiva (não diferenciam autoria de participação)

- Teoria objetiva ou dualista


- Teoria objetivo-material Teorias Diferenciadoras
- Teoria objetivo-formal (distinguem autoria de participação)
- Teoria do domínio do fato

Qual a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro?


Teoria objetivo-formal, de acordo com a maior parte da doutrina. Logo, o autor é punido
por praticar a norma descrita no tipo penal. Esta teoria, porém, deve ser complementada pela
teoria da autoria mediata.

ATENÇÃO
Atualmente, tanto o STJ quanto o STF (AP 470 - Mensalão) aceitam a teoria do domínio do
fato e já a aplicaram em diversas ocasiões.
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO/2012) A respeito do concurso de pessoas, assi-
nale a opção correta.
De acordo com a teoria objetivo-material, autor é aquele que pratica a conduta descrita
no núcleo do tipo; todos os demais que concorrerem para a consumação dessa infração
penal, mas que não pratiquem a conduta expressa pelo verbo que caracteriza o tipo, são
partícipes.

COMENTÁRIO
A questão descreve a teoria objetivo forma.
Na prática, na hora de julgar, não haverá distinção entre autores e partícipes para o juiz.
Autores e partícipes são apenas uma discussão doutrinária para entender melhor o crime.
35m
Não há uma relevância prática, pois é possível que o partícipe tenha uma pena superior ao
partícipe.

2. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO–OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2015) A respeito do direito penal, julgue o item a seguir.
Idealizada por Welzel e Roxin e considerada objetivo-subjetiva, a teoria do domínio do fato
diferencia autoria de participação em função da prática dos atos executórios do delito.

COMENTÁRIO
A teoria objetivo-subjetiva é a teoria do domínio do fato, foi criada por Welzel e incrementada
por Roxin e diferencia autoria de participação, porém vai dispor que quem é autor tem o
domínio final do fato. A explicação sobre a função da prática dos atos executórios do delito,
trazida na questão, refere-se a teoria objetivo-formal do fato.

3. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Em 18/2/2011, às


21 horas, na cidade X, João, que planejara detalhadamente toda a empreitada criminosa,
Pedro, Jerônimo e Paulo, de forma livre e consciente, em unidade de desígnios com o ado-
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lescente José, que já havia sido processado por atos infracionais, decidiram subtrair para
o grupo uma geladeira, um fogão, um botijão de gás e um micro-ondas, pertencentes a
40m Lúcia, que não estava em casa naquele momento. Enquanto João e Pedro permaneceram
na rua, dando cobertura à ação criminosa, Paulo, Jerônimo e José entraram na residência,
tendo pulado um pequeno muro e utilizado grampos para abrir a porta da casa. Antes da
subtração dos bens, Jerônimo, arrependido, evadiu-se do local e chamou a polícia. Ainda
assim, Paulo e José se apossaram de todos os bens referidos e fugiram antes da che-
gada da polícia. Dias depois, o grupo foi preso, mas os bens não foram encontrados. Na
delegacia, verificou-se que João, Pedro e Paulo já haviam sido condenados anteriormente
pelo crime de estelionato, mas a sentença não havia transitado em julgado e que Jerônimo
tinha sido condenado, em sentença transitada em julgado, por contravenção penal. Com
base na situação hipotética apresentada, julgue os itens:
1) De acordo com a teoria objetivo-material, considera-se Paulo autor do crime de furto
e João e Pedro, partícipes.
2) Como o crime foi executado por Paulo e por José, menor de idade, e, por isso, inim-
putável, não incidirá a qualificadora do concurso de pessoas.

COMENTÁRIO
João – planejou crime, cobertura
Pedro – cobertura
Jerônimo – entrou na residência – desistência voluntária
Paulo – entrou na residência – subtração
José – adolescente – entrou na residência – subtração
Crime de furto qualificado
Vítima – Lúcia
1) Margem para interpretação, mas foi considerada a ação de Paulo mais relevante.
2) Todos respondem pela qualificadora do concurso de pessoas
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GABARITO
1. e
2. e
3. 1) c 2) e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Erico Palazzo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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