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oe § © Partido Democritico sendo uma opo- sigio no interior da classe dominante. acaba criando o espaco politico no qual © movimento pode existir. No entatnto, o idedrio liberal, desse partido ndo supse, em primeira instan= ‘em 1928, 0 conjunto de editoriais © artigos do Correio paulistano, porta-voz do PRP, 6. A rersonagem comparece com freqiiéncia nos. jernais € niio como pessoa comum. O combate do dia 18/10/1928 é ilustrativo: “Dz ordem do ge- neral Luis Carlos Prestes, chefe supremo da Revo- lugio Brosilsira, a diresio de O combate coms nica ao piblico que a subscrigio aberta por vespertino para socorrer aos soldados revoluci ‘montou ao total de 12:931$400 e mais 5 pesos do Paragusi, conforme publicagSo feita nesse 5 Digitalizada com CamScanner CIENCIA E CULTURA, 29 (1), sayveing 1977 entendida como meen leia-se a declaragac de oe a derrota do PD. 19287 oe Mi Nesse_ sentido. lc Francisco Morato, apos No pleito de outubro de EStaMOS vendo que ¢ impossivel solucio- Bar © problema politico brasileiro dentro a ordem. Temos feito todos os esforgos Para regencrar os costumes politicos. ¢ moralizar_a Repiblica pelos. processos constitucionais. Mus 0 governo fecha todas as portas, impede-nos todos os meios que poderiamos utilizar-nos baseados na Constitui¢io. $6 nos deiva um, que ele sabe qual ¢ As propostas dos “tenentes”, ao contratio do Partido Democratico. tem como ponto de Partida a idéia de revolucdo. Trata-se real- mente de propostas, no plural. existem varias evolucdes”. Propostas divergentes. com pola- rizaco politica distinta, dio a medida do cara ter do tenentismo como um movimento, mais do que como um grupo politico definido. Uma das propostas quanto a revolugio, sugerida nesse Ambito, pode ser lida em Miguel Costa ®: “Se a revolucao cra necessiria em acres- cida a histéria da Republica em 1924, com maior razd0 0 é em 1928... Nao hi, portanto, entendimento possivel entre a revolugao e 0 governo. a menos que este tltimo se decida a aceitar a aplica- io do programa revolucionario’ Tendo em vista que as propostas do P.D. ¢ do tenentismo pertencem a niveis diferentes, vejamos um texto do B.O.C., nessa mesma perspectiva, tendo por titulo “O proletariado as eleigdes” 9: “Ja 6 tempo dos proletirios das fabricas ¢ dos campos tomarem parte ativa nas lides eleitorais. £ essa uma das excelentes oportunidades com que poder contar a massa trabalha- 7. O combate — 5/11/1928. 8. O combare — 18/7/1928. 9. O Combate — 24/1/1928. Embora longo, 0 texto reprodu: a dimensio da outra meméria — foi perdida dentre todas. Isso nos 29 dora para o trabalho de penetragio no terreno da burguesia, minando-o, conse- qiientemente. Considerando-se 0 elevado nimero de operérios e trabalhadores rurais existen- tes em todo o Estado de Sio Paulo. é com otimismo acerca das possibilidades de vit6ria que se deve encarar a questo. E bastante que se comece desde ji um trabalho metédico € tenaz de alistamento leitoral do proletariado. Nesse mister 05 sindicatos poderio prestar seu valioso concurso, inaugurando em suas sedes se- {g6es especiais para esse fim, e encarre- gando os militantes mais aptos, mais capazes para levar avante a empresa atra- vés de uma propaganda inteligente © per- severante. Com tal proceso no s6 se alistario os trabalhadores ji sindicalizados, mas mi- Ihares de outros sem sindicazo. Isso seri, além de tudo, um ensejo pura a propria formacio de ‘sindicatos das corporagdes proletdrias que os no possuem ainda. A formacio do Bloco Operirio ¢ Campo- nés € uma_necessidade do momento. E por que fugir a tal necessidade? Depois dessa obra preliminar, imprescin- divel, nada mais a fazer ter o proleta- riado do que sufragar os nomes de seus candidatos, previamente escolhidos den- tie os seus “leaders” que maior capaci- dade de a¢io tenham mostrado até o momento. A perspectiva da derrota deverd ser de todo banida, tanto mais quando o objetivo principal de uma luta dessa natureza de- vera ser, acima de tudo, ndo a vitéria sobre os candidatos da burguesia, mas a agitaco que se faré em torno dessa luta e que ter como fruto mais precioso a arregimentacio sindical das forcas dis- persas do proletariado. Enfim, 0 que se fara agora ser nao s6 um ensaio importantissimo dos trabalha: dores, no campo da luta de classes, mas, principalmente, um meio opo poder o proletariado se organizar entdo, preparado para outras lut interesse econdmico-politico”. Digitalizada com CamScanner Jo na integra. No interio: da revO~ democratico-burguess. ¢ (LO.C) é um Partido cleitoral, Existe aproveisatdo 0 espaso sal PD e pele PCP. in: ico_al Gluindo-se no movimema de Opes" ead. vitoria € Observe-se que ele nio pretend: : uta puramente eleitorais: esta é fs1 texto para a tarefa organizatéria, « poe em trés momentos: propaga zacio da classe. ¢ reforgo. dos Revolugio, ai, tem um camps de signifi- cagio preciso. Supde luta de classe: é oposicio proletariado-burguesia. F. claro 0 sen- tido de que esta contradicio se deve orientar para os interesses especificos uo ; :oletariado, tanto econdmicos quanto politicos. Essa revo- lugao. porém. € um a posteriori, No presente do texto ela inclui-se no interior v's revolugi democrético-burguesa — role“sriada _nio pode prescindir dessa ultima poke atraves da FABSHiGs-qUe~poue~alender—-y-areFImeMtaca mm poUeatender—t-arierimentagao Sindical das Torcas disper ‘obra_preyi- mminar™“impreseindivel™ para autias lutas. Como vimos. 6 movimento le oposicao formado pelos “tenentes”. B.O.C. ¢ P.D.. alm de conjugar propostas especificas de cada um desses setores, se substantiva na luta politica através de um acordo tacito sobre dois pontos ja citados. Sobre esse acordo. aparece uma Proposta que tende a englobar ss diferentes sugestées de cada grupo da oposisio — foi elaborada por Mauricio de Lacerda". Do noticidrio de O combate :etiramos © trecho a seguir, sobre um discurso do autor pro- nunciado em um comicio do Partido Demo- cratico ". Segundo o jornal. 0 personagem participara desse comicio: “.. para restituir a grande cidade dos fundadores da PAtria a sua palavra ¢ 0 seu compromisso ¢ enrolar no Pantheon’ dos ‘Andradas, aos pés de ambos. bandeira branca da anistia, desfraldando ali, tam: bém a bandeira yermelha das veiMlien: gées nacionais, que tinham por chefe o general Luis Carlos Prestes. Era plena- mente solidario com este que o orador vinha a Sao Paulé encerrar a campanha gills, combate. 15/2/1928 — A reprodugio desse iscurs0 aparece, nos thesmos ermos € nome dia, também em O estado de S. Paulos weno 1977 ccatwera x cutTuRa, 29° (116 24 estender pela anistia. fama alanca, 2 sh da palavra. 20 at fista, Via nes , eat Pas, i evn te eco. 0 Espirit fampliava no espaco 0 ECO. O eSPE § a obra nacional das revolugoes de Jui- Ss quais surgiram para demolir 2 politics Ge bligarquia, os governos de profissio- trais, € cm seu lugar colocar os governoy de nagdo € a politica do povo. ‘A obra do Partido Democraticn. ev mo dos partidos operatios. era de coope- rar com a agitagio fecunda dos espiritor. fh agitagao das massas, a marcha nacion: {que contemplamos para outro porvir. que nao o de escravidao politica © esmagit- mento econGmico que mos espera com pow ¢ como nagio. ... Cumpris. por. potilo. estimuli-lo num propésite libe- ral, sem desprezo também da outra forest {que Ihe surgi paralela. dos partidos ope fatios... Em tudo, poréz, era preciso clementar cuidado de nao’ se tornarem incompativeis essas duas forgas que ne- cessariamente teriam de convergir pars derrubar © inimigo comum no campo politico do presente...” = Os trés setores do arranjo, P.D.. B.O.C.. “tenentes” esto ai. Existe uma relagio unindo o Partido Democratico ¢ tenentismo, através das “revolugdes de julho”. das quais aquele seria a continuidade. Essa relagao ¢ feita sobre © ideario € objetivos que teriam estado presen- tes nessas “revolugées”. A outra forga., nese sentido, estaria representada pelos "partidos operdrios, que se uniriam a anterior quanto 20 seu objetivo imediato frente ao “inimjgo omum” ¢ sob a condugao da luta dentrosdo, [so tacito. Dessa forma, o B.O.C. apre- senta-se como respaldo ou forga de apoio no. Ambito desse movimento. © objetivo comum, nesse acordo, difuso, expresso em termos de “reivindica nacionais". Ha um lider que consegue ‘repr sent-las: € Luis Carlos Prestes. Além -des E necessério consteuig um. preparar o futuro no mesmo ai Digitalizada com CamScanner _ Va “cin 6 CULTURA, 29 (1), JANEIRO 1977 mejam-se 0s “povernos da nagio" ¢ a "poli- {ka do povo”. Assim, no “eampo politico do Nesente™. hd um preparagdo ¢ wn agir com Nistas a esse ol jetivo, Isso deve ser uma “m cha nacional” -- isto é, a Nacio como suj | Ge sua historia, Assim sendo, 0 acordo entre fs Forgas citad.. na luta do presente é 0 evitar | continuidad: do mesmo presente como a ‘esciv ido politica” ao mesmo tem- previsivel “ po que impde sccessariamente o seu porvir. _ © dmbito de fianga entre os grupos de ORO sigdo esti dato neste discurso. Ai, também Seiste uma pes udizagio da histéria do Brasil. acesso revolucionario. que abre, porcr:, um pr De outro lado, essa perindizagao permitiv 20 Seu autor recvpcrar © Partido Democratico dni-lo ao tener:tiemo, enquanto passagem nate ral de um part outro. Essa propo::2. enquanto analise ¢ pratica do process revo'uciondio. exige que e#e fet vemente se converta em uma revolucaa Esta, no interior € no sentido do acordo serit FP Yatma pela qual se construiria um porvir € Se impediria perpetuacdo de outro Em sintese, procuramos mostrar que Wt ‘um process rev0~ processo real Uecorrey — aoe eegrios prerusemo-nos a iniciar @ Fecahe € reperiodiza-lo. REompankan: lo desde as suas diferentes Pe ‘agentes o entenderam postas, por cnde seus Pomelag quais futaram. Estas mantiveram PLO ressio — a0 mesmo menos dois niveis de exp! everiam ser entendidas no ambito do tempo 4 seareto ticito, mas também no que carreavan de peculiar. wv Por sltimo, devemos compreender como ram ser unuladas € sub- essas propostis puder SSiides no movimento de constituigao da meméria do vencedor. Em seu conjunto elas Uullzaram em grande parte um vocabulério Camm is palavras é que eram comuns. Th. Veiase a entrevistn dada por Mauricio, de Lacerda em 0 vombate de 13/2/1928: ~ Esté filinto a0 Partido, Democrético?™ ecg Nie 00 Semaerhico «si erly cio ramen evant, 6 revtcte para miny, a solugso mais vidvel para Se complcxo Foblema basi, Els ¢ ones de Favor a enforce falas, Jo ata fein pais =" Notes poo lad. i, gr em percha cme ‘de que “revo- grupos do arranio. oe Paral tpdasie= 3 Os debates € aproximagoes entre clas, 00 decorrer da luta, se fizeram no interior desse Vocabulirio, O proprio acordo tacite existen'e igdo garantiu a manu- entre os grupos de oposis fengao de uma pratica especifica, que reP0U- ta terminologia politica. sava sobre uma cert Nesse sentido. cada ‘uma das propostis ¢xis per que deeorreu 0 processo revoluclonieits per aire daas aproximacoes. Praticamen'e mes- ma terminologia teve conta tanto questdes relacionadas ¢sPe tina. dessas propostas. quanto. PX Tegitimidade do compromisse, (CHO ‘assumi fas. aproximaci ‘mais complex texto referente a cadit entes no perfodo em ges. 0 problema se ‘quando percebe- rang dessus propostas CArTEES srsigo em todo 0 transcorrel movimento politica, a possibilidade Ge uma leitura de Pormaria, Isso fica mais cTafo $ retomamos © mmemrse de Mauricio de Laced ‘apresentad® discret anterior. Voltemas 2 ¢i<: ‘com brevi- Gade, num exercicio de Teitura semelhante a0 fades in relacao montagem Co meméria do feito Gor através do. discurso JE ‘Waldomiro de Lima. Em Mauricio de Lacerda também verifi ‘case una periodizagao que. independente das peculiaridades politicas especificas ue sua ¢s Peta, dava fungao 20 Presenic- Abria um “revolt: process revol desde as I Prose julho — que era 0 Seu SHOrE eg Reese momento que sé definia um porvir a ser meses Mdo e um outro a ser exorcizade. Tam- consurmaparece 0 sujeito da historia. SOP nage e sob povo. A necessidade de um Somo parte desse fazer, também se 4 Quanto & terminologia que define esses Oe monies, marquemos 0 “inimigo™. definide, POF Mirugeio de Lacerda — 2 “politica de oligor Marie fs “governos de profissionais”. Em quivvomico de Lima vejamos @ etapa anteri r wANND w= “perfodo de politica oligéraquica’’ ¢ sob 0 dominio dos Além dess: torna ainda mos que cad: ucionario — a revolugao- presenta ‘“reguletes”. Assinalemos também o futuro almejado em ambos: em um é 0 “governo da Nagdo” € 2 “politica do povo", no outro é a “plena integragao do pais ro regime republicano”. mas obtida com. A Nagao caminhando “pelos seus proprios P: eae “aproximagao de ambos torna-se a maior, quando examinado 0 presente de im: é “a marcha nacional que contempl para outro porvir”, ¢ 0 “inicio de um: etapa de consciéncia politi ‘ai Digitalizada com CamScanner Procurando diferengas xo nivel da meméria. estas io estio exatamente no vocabulario desses agentes, Estas “sicmériaw” estio em momentos de constituicio distintos. Se. por tum lado, a primeira dela reforga © proceso revolusionirio, ou seja justifica a sua exis téneia. legitimidade © a continuidade do mes- mo. a outta encerra-o. Para isso. anula-o sob a idéia de uma revolugin. Desse modo afirma. sua unidade e também upresenta-se como atender da vontade geral da nagio — ¢ assim destrdi a propria lembranga do proceso Te volucionatio. Eysa mesma conclusio — quanto aos dife: rentes momentos da coxstituigdo da memori pode ser obtida qu:ndo analisamos 0 que cada um deles exorciza. No primeiro momento fesse exercicio refere-se a um porvir possivel fe em otto a0 pasado, Enquanto exorcizac do porvir é a anulacdo «la possibilidade de se constituir um futuro que deve ser impedido. 20 mesmo tempo que sc caminha para outro, futuro — desejado. Esse ¢ 0 caminho do fazer da historia enquanto a vitéria na luta pol sinda ica ‘in foi aleancada. SO apds isso pode-se retornar so passauo. Quando _da_viteria, hil que_apagar_todas_as_outras_proposta ‘apresentadg. como - corporificada em Saeie-wujeito, o vencsdor se confunde com festa —— a iddiaapaga © proceso. ao mesmo fempo que 0 substitui pola meméria. © movi- mento completo, assim definido, so pode ter Nao feite. pela’ prozressiva constituigio de uma meméria que. a absorver clementos das MUNG VA LOM In ender wba BOVanader ayag 6 cabncia e CULTURA, 29 (1), JANEIRO 1977 demais ¢ anular o que de peculiar havia nae mesmas. também apagou seu proprio cami: har. quando tornada exercicio de dominagie do. vencedor. . ‘Desa forma, nio cabe mais dividas, sobre ter acortido Um processo revolucionatio real oa um processo_ politico que foi_perdide ‘nguafto Conjunto. Ficou. apenas_a.lembrangs deixada_por es¥a_memoria. Centrada na idéia Frevoincdn — revolugao de 1930 — que & marco divisor da historia, definindo atores. els também decidiw sobre 0 sistema politico an- terior o marco © sobre a situagdo poster Dificutta sobremaneira_ 0 entendimento Je dois problemas. Um detes & 0 do espaco po- ico sobre 0 qual decorreu 0 processo TeV jucionario, € 0 outro & o da composicio dz foreas de veneedor. E 0 fato de que a histéria tenho tegistrado — nesse fazer — 0 que de mais tdeito apareceu no acordo das oposicée: flém de ter aceito o ponto nodal da memori ji exereicio de dominacio do vencedor. nio Contribuiu menos para/a perpetuacio dessa memoria, Assim, revolugio de 1930 vai cres- teendo através do tempo. desde suas proposi- goes iniciais. Vai sofrendo continuas sofistica- ges. Finalizando, © observando que essa idéia continua impedindo a completa percepsao do movimento politico © que a mesma cresce finda-com novos desdobramentos, pretende- mos, com 0 criticar meméria, contribu cm parle para_a tecuperagao_completa_do SP paies eaqucenTon Num ce cag ea ja,_enY ROME. snore ae oe x caro paleo J ony opea\an SOM Apo WY alice 1 C WAKO » alin A Dro Noman tyolucze” oO a nN GriNnugée dr ec he toy Ra SULLD hot & "WNsrval > enr \ Lyne Digitalizada com CamScanner

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