Sei sulla pagina 1di 246

José Carlos Peréa

As Finanças do
Homem
Sábio

PRINCÍPIOS BÍBLICOS NA
GESTÃO DA ECONOMIA
PESSOAL E FAMILIAR
1ª Edição

Brasília – DF

2016
As Finanças do Homem Sábio por José Carlos Peréa
Copyright© por José Carlos Peréa, 2016
Todos os direitos reservados na língua portuguesa a José Carlos
Peréa.
Editora e Livraria Adhonep. Caixa Postal 13617, Rio de Janeiro
Cep 20210-972, Brasil
Tel: (21) 2602-4460 | (21) 2109-0591 | Fax: (21) 2701-6473
E-mail: publicacoes@adhonep.org.br
ISBN: 978-85-915593-2-9
CDD 240 Peréa, José Carlos – As finanças do homem sábio:
princípios bíblicos na gestão da economia pessoal e familiar José
Carlos Peréa. – Brasília 2016.
1. Moral cristã e teologia devocional; 2. Finanças; 3.Bíblia; I.
Título.
1ª Edição: 2016
Copidesque e Revisão
Angélica Peréa
Jean Santos Projeto e Produção Gráfica
Jonas Lemos
Supervisão Editorial
José Carlos Peréa

Contatos do Autor:
Facebook: http://www.facebook.com/As financas do homem sabio
E-mail: jcperea@hotmail.com Editora e Livraria Adhonep –
www.adhonep.com.br
Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno

À minha esposa Angélica


e aos meus filhos
Raquel e Evilásio (genro),
Felipe e Sara (nora)
e Júlia.
SUMÁRIO AGRADECIMENTOS
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1. A IMPORTÂNCIA DO DINHEIRO Servir a Deus
ou ao dinheiro
Prejuízos para a família
Todas as coisas pertencem a Deus
Somos administradores dos bens de Deus na terra Deus é o
provedor dos homens e dos animais Deus nos entregou os
bens da terra com um objetivo Deus providencia pessoas para
nos ajudar Os nossos talentos vêm de Deus
Deus tem o melhor para nós
Não devemos ter apego aos bens materiais CAPÍTULO 2.
COMO UTILIZAR OS RECURSOS DISPONÍVEIS Muitos
não podem decidir o quanto ganhar, mas todos podem decidir
como gastar Quem gasta de maneira egoísta não recebe mais
de Deus A generosidade é uma grande sabedoria Cuide bem
de sua família
Valorize o que Deus lhe deu para administrar Prestamos
contas a Deus a respeito de nossa gestão Nossa capacidade
profissional é dom de Deus O critério de Deus para nos dar
seus recursos A recompensa da honestidade
O prejuízo da desonestidade
Fidelidade no pagamento dos impostos
Dízimos e ofertas como atitude de honra e gratidão As
bênçãos atreladas aos dízimos e às ofertas CAPÍTULO 3. O
DESPERDÍCIO É INIMIGO DA BONANÇA Jesus não
permitiu o desperdício
Os judeus rejeitam o desperdício
Não desperdice o seu tempo
Defina as prioridades
Vilões do desperdício de tempo
Uma mulher sábia não perde tempo com coisas inúteis
Prioridade sobre todas as coisas
Econômico sim, avarento não!
O avarento que se diz cristão
Dinheiro: servo ou senhor?
O que é doado à obra de Deus e a pessoas necessitadas não é
desperdício Doações no Brasil
Valorizando o pouco para receber o muito Aproveite as
oportunidades
Perdemos o que não valorizamos
Aprendendo com os exemplos
Seja encontrado fiel
CAPÍTULO 4. PLANEJAR É PRIMORDIAL
Poupança financeira
Poupança emocional
Haja luz nas finanças
Transparência nas finanças da família Dois em Um: força de
Três
Desejo, necessidade e supérfluo
Elaborando um orçamento
Despesas fixas e despesas variáveis
Agrupamento das despesas por tipo
Gestão dos principais grupos de despesas CAPÍTULO 5.
VIVENDO LIVRE DE DÍVIDAS
Possíveis causas do endividamento
Imprevistos são previsíveis
Não ceda ao apelo da propaganda
As consequências do endividamento
Quem tem dívidas não tem liberdade
Tenha aversão às dívidas
Viva contente com o que já tem
Quando é razoável pedir emprestado
Evitando o endividamento
Despesas sazonais
Plano de saúde e seguro
Cheque especial não é salário
O cartão de crédito e o endividamento Não ceda à tentação de
pagar somente parte da fatura Como sair da situação de
endividamento Faça um mapeamento das dívidas
Administre as dívidas
Mudança de comportamento
Priorize o pagamento das dívidas
Trabalhe um pouco mais
Cuidado com as propostas de ganho fácil A maldição do jogo
Envolva a família nesse desafio
Passando de devedor para investidor
CAPÍTULO 6. PREPARE SEUS FILHOS PARA A
INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA Ore pela carreira profissional
de seus filhos desde a infância deles O futuro de uma pessoa
depende do que seu coração está cheio Utilizando as palavras de
bênçãos
Deus nos abençoa também na crise
Falamos o que pensamos
Abençoe seus familiares
Seja agradecido
Ensine seu filho a bênção de ser dizimista e ofertante Invista
na educação de seus filhos
Ajude seu filho a descobrir a vocação dele Os filhos precisam
ser incentivados a dar o melhor de si Os filhos devem ajudar
nas tarefas de casa Uma planta não cresce na sombra
Os pais podem estimular a diligência ou a negligência dos
filhos O trabalho é uma grande bênção
Ensine seus filhos a lidar com o dinheiro CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGRADECIMENTOS

Em todas as boas coisas que tive a graça de


realizar, contei com a contribuição de várias pessoas,
além de minha esposa e filhos, por isso é bastante
difícil resumir em uma página os meus
agradecimentos pela publicação desta obra.
Certamente, deixarei de mencionar muitos que me
ajudaram a escrever este livro.
Sobretudo, sou grato ao Espírito Santo de Deus
que tem me inspirado e concedido o prazer de andar
nos caminhos do Senhor.
Agradeço à minha mãe Wanda e ao meu pai
Afonso Peréa (in memoriam) pela educação formal
e pelos valores familiares que eles me deixaram
como herança.
Agradeço ao meu pastor Márcio Simões pelos
seus ensinamentos, suas orações, incentivos e
palavras de bênçãos em meu favor, de minha família
e do meu ministério.
José Carlos Peréa
PREFÁCIO

Não ter uma atitude correta a respeito do


dinheiro e das finanças tem levado inúmeras pessoas
e famílias ao fracasso. Entre os cristãos, muitos
ainda acreditam, erroneamente, que dinheiro e
prosperidade são sinônimos de ganância e pecado. A
mesma Palavra que diz que “é mais fácil passar um
camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um
rico no reino de Deus” (Marcos 10.25), também diz
que “o homem que teme ao SENHOR, [...] na sua
casa há prosperidade e riqueza” (Salmos 112.1-3).
Se observarmos bem, a Bíblia não condena o
dinheiro, mas o amor a ele (1 Timóteo 6.10). O
cerne da questão não está no objeto, mas na atitude,
no coração de quem o manipula (Eclesiastes 5.10).
Dediquei boa parte da minha vida a estudar a
Bíblia, não apenas em sua mensagem devocional – a
qual eu pratico desde muito jovem –, mas todo o
conhecimento laico contido em sua sabedoria. Após
anos de análise atenta, percebi nas Escrituras um
verdadeiro manual de sucesso profissional e
financeiro. E sei o quanto um cristão influente e
respeitado pode ajudar a igreja e a sociedade, em
especial por sua conduta e pela sua atuação digna.
O que a Bíblia ensina me possibilitou expandir
meus horizontes e alcançar pessoas que jamais teria
oportunidade. O meu êxito tem muita relação com
as mensagens de sabedoria contidas nas Escrituras,
dentre as quais destaco: “Você já observou um
homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido
ao serviço real; não trabalhará para gente obscura”
(Provérbios 22.29).
A sabedoria tem diversos prismas, e um deles é a
sabedoria financeira. Dinheiro foi assunto recorrente
nas lições de Jesus, assim como em toda a Bíblia.
Há versos que nos aconselham sobre os riscos:
“Porque ingressamos neste mundo sem
absolutamente nada, e ao partirmos daqui, nada
podemos levar; por isso, devemos estar satisfeitos
se tivermos com o que nos alimentar e vestir.
No entanto, os que ambicionam ficar ricos caem
em tentação, em armadilhas e em muitas vontades
loucas e nocivas, que atolam muitas pessoas na
ruína e na completa desgraça” (1 Timóteo 6.7-9).
E versos que nos prometem sucesso em tudo:
“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos
ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se
assenta na roda dos zombadores. Ao contrário, sua
satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita
dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas
correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não
murcham. Tudo o que ele faz prospera” (Salmos
1.1-3).
Em suma, o tema é relevante, atual, bíblico e
indispensável para quem deseja ter uma vida íntegra,
produtiva e próspera financeiramente.
Por tudo isso, foi com muita alegria que recebi o
convite de prefaciar esta obra de José Carlos Peréa,
que é Analista do Banco Central e Doutor em
Contabilidade e Finanças, e reconhece que estão nos
ensinamentos bíblicos os mais perfeitos caminhos
para o sucesso financeiro de uma pessoa ou de uma
família. Sua vasta experiência no ensino dessa
matéria é confirmada por mais de uma centena de
seminários de treinamentos de líderes, ministrados
no Brasil e no exterior, por meio da Associação de
Homens de Negócio do Evangelho Pleno –
Adhonep.
Ele também é autor de uma obra relevante: A
Herança do Homem Sábio, que se transformou em
um curso para família, já sendo ministrado em várias
cidades do Brasil e no exterior, em sua versão em
espanhol. Agora, nos brinda com mais um livro que
veio para fazer diferença. Saúdo em especial a
continuidade de seus esforços em compartilhar com
os leitores a sabedoria da Bíblia.
As Finanças do Homem Sábio traduz o
importante conhecimento bíblico sobre como
conduzir de forma adequada sua vida financeira
com uma linguagem atual, fácil, acessível e
dinâmica. Esta obra mostra-se oportuna e muito
relevante também pelo fato de tratar sobre educação
financeira, tema que, normalmente, não é estudado
nas escolas e nem ensinado pelos pais. A pesquisa,
atenta e focada, realizada pelo autor revela o seu
zelo e cuidado em manter a fidelidade dos
ensinamentos do livro aos fundamentos bíblicos.
Trata-se de uma obra riquíssima que, embora
voltada para as pessoas de fé, traz lições
indispensáveis a todos, independentemente de credo.
Àqueles que tiverem o privilégio de desfrutar da
leitura como eu tive, se apresentará uma
extraordinária perspectiva de como lidar e discutir,
sem receios ou ressalvas, as questões financeiras que
fazem parte da vida, afinal, “o Senhor cuida da vida
dos íntegros, e a herança deles permanecerá para
sempre. Em tempos de adversidade não ficarão
decepcionados; em dias de fome desfrutarão
fartura” (Salmos 37.18,19). Serão reveladas novas
experiências e pontos de vista que farão com que
repensem (pré) conceitos e discursos ultrapassados,
mas que também tornarão possível seguir em
passos firmes rumo a uma vida mais equilibrada e
feliz. E, além disso, como fazê-lo em conformidade
com as leis de Deus, respeitando essa grande
sociedade que deve ser a vida em Cristo.
Agradeço ao amigo José Carlos Peréa pela
oportunidade e confiança, mas, principalmente por
sua generosidade em compartilhar, tal como a
herança do homem bom (Provérbios 13.22), de
forma tão clara e objetiva, as boas práticas
financeiras contidas na Bíblia.

WILLIAM DOUGLAS
AUTOR DOS LIVROS “AS 25 LEIS BÍBLICAS DO SUCESSO” E
“SOCIEDADE COM DEUS”, JUIZ FEDERAL DA 4ª VARA FEDERAL
DE NITERÓI E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO.
INTRODUÇÃO

Dinheiro é tão importante que é um dos temas


mais mencionados na Bíblia. Cerca de 2.400
versículos relacionados com dinheiro e bens,
incluindo 16 parábolas anunciadas por Jesus, deixam
evidente que manter uma relação correta com as
finanças tem muita importância para Deus.
Quando Jesus ensinava sobre o que deveria
encher o nosso coração, Ele apresentou o dinheiro
como concorrente dos valores do Reino de Deus em
nossa vida. Jesus deixou claro que ambos não
poderiam coabitar, um deveria excluir o outro. Isso
indica que o nosso relacionamento com Deus
influencia de forma significativa em como nos
relacionamos com o dinheiro.
Pesquisas realizadas em Harvard[1] e em outras
importantes universidades no âmbito da psicologia
demonstram que o fato de ser bem-sucedido
financeiramente determina, no máximo, 10% da sua
felicidade. Entretanto, no sentido contrário, quando
alguém não é capaz de gerir razoavelmente as suas
finanças, pode se tornar muito infeliz. Ou seja, ao
mesmo tempo em que a boa administração
financeira por si só não determina a felicidade de
uma pessoa, a má gestão de seus recursos e bens
pode determinar a sua infelicidade.
Destaca-se também que as questões financeiras
estão entre as principais causas dos conflitos de
casais. Uma pesquisa realizada pela Experian[2] em
2015, envolvendo três mil pessoas, apontou que as
demandas relacionadas com a economia da família
representaram 56% das causas de divórcio nos
últimos seis anos. Portanto, é determinante para o
sucesso do indivíduo e de sua família que se tenha
uma relação correta com o dinheiro e com os bens
materiais.
Os problemas financeiros são consequências de
um estilo de vida que se baseia em conceitos e
filosofias que prometem o que jamais podem
oferecer, tal como felicidade, paz e segurança. A
Bíblia contém princípios e fundamentos que
norteiam a correta postura e atitude em relação ao
trato com o dinheiro, que garantem o sucesso de
uma pessoa e de sua família nesta área. Por isso,
este livro pretende apresentar tais princípios e suas
aplicações, de forma direta e prática, com vistas à
estabilidade financeira pessoal e familiar, tendo um
correto relacionamento com Deus e com as pessoas.
Deus pode fazer-vos abundar em toda
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla
suficiência, superabundeis em toda boa obra.
2 Coríntios 9.8

Cremos que a palavra de Deus tem o poder para


mudar atitudes e comportamentos, transformando
uma pessoa gastadora em poupadora, devedora em
investidora, alguém que tem um estilo de vida
perdulário em um indivíduo econômico. Enfim,
Deus pode modificar uma pessoa egoísta e torná-la
extremamente generosa.
Partimos do princípio de que todas as coisas são
criadas por Deus e que Ele nos entregou parte dos
bens da terra para administrarmos. Portanto,
precisamos prestar contas a Ele de nossa gestão.
Somos motivados a não gastar tudo o que
ganhamos, mantendo uma provisão para os períodos
de escassez ou imprevistos, e a administrar nossas
contas familiares com transparência, domínio
próprio e sabedoria, tendo o cuidado para não
desperdiçar os bens de que dispomos.
O sucesso financeiro de uma família depende
também da boa comunicação do casal. Antes de
tomarem decisões relevantes, devem falar
claramente e ouvir com amor o que pensam sobre o
assunto, pois isso sempre contribui para uma melhor
decisão. Destacamos também o valor do trabalho
para a saúde financeira da família e para o
cumprimento dos propósitos de Deus em nossas
vidas.
Além disso, são apresentados temas como o valor
das palavras de bênçãos sobre as questões
relacionadas à economia da família e ações que
podem promover a independência e a prosperidade
financeira de nossos filhos. Ressaltam-se o risco e as
consequências da avareza, bem como o valor
intrínseco de contribuirmos financeiramente com os
necessitados e com a igreja em que congregamos.
Ao aplicarmos esses ensinamentos, passamos a
desfrutar de uma vida sem dívidas, e a contar com
suprimento mais do que suficiente para viver em paz
e servir a Deus com liberdade.
Cremos que os princípios compartilhados neste
livro ajudarão o leitor a aprimorar a sua atitude em
relação aos recursos financeiros e bens materiais sob
a sua responsabilidade, redundando em um melhor
desempenho de sua economia e maior harmonia nos
relacionamentos familiares. Pelo conhecimento é
que obtemos a ampla suficiência:
Com a sabedoria se edifica a casa, e com a
inteligência ela se firma; e pelo conhecimento se
encherão as câmaras de todas as substâncias
preciosas e deleitáveis.
Provérbios 24.3-4

Antes de ensinar técnicas e métodos para


organizar a vida econômica da família, esta obra tem
como foco principal a reeducação de hábitos e
atitudes a respeito do trato com o dinheiro e com os
bens tangíveis, pela fé nos preceitos e nas promessas
registradas nas Escrituras Sagradas que, ao serem
colocados em prática, promovem a prosperidade e a
estabilidade financeira da família.
Conforme afirma Andrés Panasiuk[3] “Os
princípios eternos são as estrelas que guiam o
navegante pelo mar da vida ou as luzes da pista que
ajudam o piloto a pousar seu avião são e salvo no
aeroporto do destino econômico”.
O homem sábio é aquela pessoa que aplica em
sua vida os preceitos bíblicos, pois terá uma vida
próspera, inclusive na área financeira. Este é o
tempo de aprender e praticar esses preceitos que o
ajudarão a planejar e a controlar melhor suas
finanças e a tornar possíveis seus sonhos e projetos.
Capítulo
1

A importância
do dinheiro

Tratar sobre o assunto dinheiro é tão importante


que é um dos mais mencionados na Bíblia. Cerca de
2.400 versículos relacionados com dinheiro e bens
deixa evidente que uma relação correta com as
nossas finanças tem muita importância para Deus. A
maioria das parábolas de Jesus tratava sobre esse
tema e quando Ele falou sobre honrar pai e mãe,
estava se referindo a recursos materiais.
Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a
tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe
seja punido de morte. Mas vós dizeis: Se alguém
disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor
aquilo que poderias aproveitar de mim; esse jamais
honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim,
invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa
tradição.
Mateus 15.4-6

Servir a
Deus
ou ao
dinheiro

Quando Jesus ensinava sobre o que deveria


encher o nosso coração, Ele apresentou o dinheiro
como concorrente dos valores do Reino de Deus em
nossa vida. Jesus deixou claro que ambos não
poderiam coabitar, um deveria excluir o outro. Isso
significa que o nosso relacionamento com Deus
influencia em como nos relacionamos com o
dinheiro.
Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao
outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Mateus 6.24

Outro motivo pelo qual é muito importante


conhecermos mais sobre esse assunto é o fato de
que, segundo a Bíblia, todos os males que existem
têm como fonte o amor ao dinheiro. Ademais, uma
pessoa pode até se afastar do Senhor e se perder por
não saber se relacionar corretamente com os
recursos financeiros.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da
fé e a si mesmos se atormentaram com muitas
dores.
1Timóteo 6.10

É creditada ao grande evangelista Billy Graham a


seguinte frase: “Se uma pessoa adquire a atitude
correta em relação ao dinheiro, isso ajudará a
endireitar quase todas as outras áreas de sua vida”. A
maneira como lidamos com o dinheiro tem relação
com os nossos valores que, por sua vez, se refletem
em nossas decisões diárias.
Prejuízos para a família
Os maus hábitos em relação ao trato com o
dinheiro e a dificuldade de fazer um planejamento
têm levado muitas famílias a viverem
constantemente envolvidas com problemas
financeiros. Isso gera constante tensão e ocasiona
desentendimentos, discussões, ofensas e
ressentimentos, ferindo e afastando as pessoas que
mais amamos, além de prejudicar a autoestima dos
filhos.
Sabemos que entre as principais causas de
divórcios estão as demandas relacionadas à
administração financeira do casal. Quando alguém é
incapaz de gerir razoavelmente suas finanças, pode
fazer com que a sua família passe por sérias
dificuldades. Sem planejamento, equilíbrio e
moderação na administração da economia pessoal e
familiar, além do crédito, uma pessoa perde
dinheiro, paz, alegria, saúde, liberdade, tempo,
oportunidades. Em alguns casos, ela pode perder o
respeito das pessoas, pode vir a se afastar dos
amigos e até a destruir sua família.
Todas as coisas pertencem a
Deus
É primordial entender que tudo o que existe no
mundo, tanto o que é visível como o que não
vemos, pertencem a Deus. Isso inclui o ar, a água,
os minerais, as florestas e os animais.
Eis que os céus e os céus dos céus são do
SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há.
Deuteronômio 10.14
Também a terra não se venderá em
perpetuidade, porque a terra é minha...
Levítico 25.23a
Minha é a prata, meu é o ouro, diz o
SENHOR dos Exércitos.
Ageu 2.8

Pois são meus todos os animais do bosque e


as alimárias aos milhares sobre as montanhas.
Salmos 50.10

Tudo foi criado por Deus e a Ele pertencem


todas as coisas, tanto pela criação como pela
redenção em Cristo Jesus.
E que, havendo feito a paz pelo sangue da
sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo
mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos
céus.
Colossenses 1.20

Isso inclui a nós mesmos que estávamos


separados do Senhor por causa do pecado, e fomos
comprados por Ele pelo sangue de Jesus.
Porque fostes comprados por preço. Agora,
pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
1 Coríntios 6.20

Somos administradores
dos bens de Deus na terra
Até mesmo quando estamos ofertando para a
obra de Deus ou ajudando pessoas necessitadas, o
fazemos com os recursos que Ele mesmo tem nos
dado para administrar.
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo
para que pudéssemos dar voluntariamente estas
coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to
damos.
1 Crônicas 29.14
Ele criou e é o dono de tudo, mas confia a cada
um de nós a administração de parte dessas riquezas.
A autoridade que o homem tem sobre as riquezas,
os peixes, as aves e sobre todos os animais de toda a
terra, é delegada por Deus.
Deste-lhe domínio sobre as obras da tua
mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois,
todos, e também os animais do campo; as aves do
céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as
sendas dos mares.
Salmos 8.6-8
Sede benditos do SENHOR, que fez os céus e
a terra. Os céus são os céus do SENHOR, mas a
terra, deu-a ele aos filhos dos homens.
Salmos 115.15-16

Quando Deus formou o homem do pó da terra,


Ele já havia criado todas as coisas que existem, de
modo que tudo o que existe lhe pertence.
Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas e para quem existimos.
1 Coríntios 8.6a

Deus é o provedor dos


homens
e dos animais
Ao mesmo tempo, o próprio Deus providenciou
que nada faltasse ao homem. Diariamente, de uma
forma ou de outra, bilhões de pessoas e animais se
alimentam, não somente por terem dinheiro para
adquirir em um supermercado ou ir a um
restaurante, nem pela capacidade que os animais têm
de fazer uma boa caçada, antes porque o Senhor já
tem providenciado alimento para todos.
Fazes crescer a relva para os animais e as
plantas, para o serviço do homem, de sorte que da
terra tire o seu pão.
Salmos 104.14

E dá alimento a toda carne, porque a sua


misericórdia dura para sempre.
Salmos 136.25

Portanto, um cristão deve agradecer a Deus pelo


alimento que desfruta a cada dia, como Jesus
costumava fazer: “E aconteceu que, quando
estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e,
tendo-o partido, lhes deu.” (Lucas 24.30).
Deus nos entregou os bens
da terra com um objetivo
Devemos ter em mente que tudo que chega às
nossas mãos pertence a Deus, pois foi Ele quem nos
constituiu e nos confiou à administração dos
recursos dessa terra. Precisamos cuidar com zelo e
sabedoria dos bens que estão sob nossa
responsabilidade, com o objetivo de proteger e, ao
mesmo tempo, fazer frutificar.
Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e
o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o
guardar.
Gênesis 2.15

Concomitantemente, não devemos ser apegados a


essas riquezas terrenas visto que não nos pertencem,
mas nos foram dadas por Deus para administrarmos
com diligência.
Ora, todas as minhas coisas são tuas, e as
tuas coisas são minhas.
João 17.10a

O dinheiro e os demais talentos e capacidades


que Deus nos entregou são ferramentas para
utilizarmos conforme a sua vontade, ou seja, para
cumprir os seus propósitos.
Porque dele, e por meio dele, e para ele são
todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente.
Amém!
Romanos 11.36

Por isso, não podemos fazer uso do dinheiro ou


gastar os bens que temos de qualquer maneira, mas
devemos aplicá-los com respeito, diligência e o
cuidado que merecem os bens do Senhor. Ele é o
dono de tudo o que temos e nós os administradores:
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e
sobre todo animal que rasteja pela terra.
Gênesis 1.27-28

Conforme afirmam William Douglas e Rubens


Teixeira[4]: “Pense bem: alguém que quer seguir
Jesus e já lhe ofereceu sua vida não deveria colocar
também seu patrimônio à disposição dele? Afinal, a
vida não é mais importante que bens materiais? Não
faz sentido entregar o que temos de maior valor (nós
mesmos) e não entregar o de menor valor (os bens
que possuímos)”.
Por isso, Jesus estabelece como pré-requisito
para sermos seus discípulos, que deixemos de
considerar como nossos os bens que estão sob os
nossos cuidados.
Assim, pois, todo aquele que dentre vós não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu
discípulo.
Lucas 14.33

Deus providencia pessoas


para nos ajudar
Nessa vida, ninguém faz algo de importante
sozinho. Tudo que uma pessoa realiza conta com a
ajuda e o apoio de muitas pessoas, nós não
conquistamos nada sozinhos. Fomos ajudados e
influenciados pelos nossos pais e familiares,
professores, líderes e amigos. Deus colocou cada
uma dessas pessoas em nossa vida.
Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá
do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
pode existir variação ou sombra de mudança.
Tiago 1.17

Os nossos talentos vêm de


Deus
A nossa capacidade física e intelectual, os talentos
que nos permitem desenvolver uma determinada
atividade, até a vontade e a disposição para
empreendermos e desenvolvermos alguma tarefa são
dádivas de Deus.
Porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.
Filipenses 2.13
Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá
do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
pode existir variação ou sombra de mudança.
Tiago 1.17

Portanto, as habilidades para adquirir os bens


materiais que temos nos foram dadas por Deus.
Não digas, pois, no teu coração: A minha
força e o poder do meu braço me adquiriram estas
riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu
Deus, porque é ele o que te dá força para
adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança,
que, sob juramento, prometeu a teus pais, como
hoje se vê.
Deuteronômio 8.17-18

Deus tem o melhor para


nós
Deus deseja que tenhamos uma vida rica de paz e
alegria, sendo supridos por Ele e desfrutando do
melhor desta terra.
Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o
melhor desta terra.
Isaías 1.19

Os leõezinhos sofrem necessidade e passam


fome, porém aos que buscam o SENHOR bem
nenhum lhes faltará.
Salmos 34.10

Os planos do Senhor para as nossas vidas são


sempre de êxito e jamais de fracasso.
Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não
de mal, para vos dar o fim que desejais.
Jeremias 29.11

Não devemos ter apego


aos bens materiais
Quando reconhecemos o senhorio de Deus sobre
todos os recursos, as decisões de como gastar o
dinheiro ou utilizar os bens que temos conosco se
tornam uma decisão espiritual. Ao reconhecermos
que o patrimônio que temos não é nosso mas de
Deus, temos mais facilidade em nos desapegarmos.
Certo dia, o nosso carro foi arrombado por um
ladrão que levou o som do automóvel e uma Bíblia
de minha filha, cujo formato parecia uma carteira.
Após olharmos os estragos, oramos por aquele
homem, para que Deus tivesse misericórdia dele.
Dias depois recebemos um telefonema de uma
pessoa que tinha se convertido lendo a Bíblia de
minha filha, a qual ele havia encontrado na rua, na
mesma noite do arrombamento do nosso carro.
Provavelmente, ao perceber que não era uma
carteira, o ladrão jogara a Bíblia na rua. Cremos que
isso só foi possível porque o nosso coração não
estava apegado àquele carro, e, ao invés de
amaldiçoarmos ou lamentarmos, sentimos
compaixão e oramos pelo ladrão.
Assim, pois, todo aquele que dentre vós não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu
discípulo.
Lucas 14.33

Devemos cuidar com zelo do patrimônio que o


Senhor nos confia, mas a nossa alegria, paz e
segurança não devem depender dele.
Não há dúvidas de que saber administrar os
recursos financeiros disponíveis é determinante para
que se possa desfrutar de uma vida cristã abundante.
Antes, porém, precisamos ter sempre em mente que
tudo nesse mundo pertence a Deus, que os bens que
usufruímos foram concedidos por Ele com o
objetivo de cumprir Seus propósitos. Ele é o
supremo provedor, vem dele a nossa capacidade e
os nossos talentos. Deus providencia as
oportunidades e as pessoas para nos ajudar. Por essa
perspectiva, não faz sentido sermos apegados aos
bens materiais, mas sim agradecidos e diligentes na
administração do que Ele tem nos dado.
Capítulo
2

Como utilizar
os recursos
disponíveis
Administrar significa utilizar de maneira racional
os recursos disponíveis com vistas a alcançar um
determinado objetivo, envolvendo o planejamento e
a execução de atividades, maximizando a aplicação
dos recursos e minimizando o desperdício.
O equilíbrio financeiro não depende de ganhar
mais. Seja qual for o valor de sua renda, você
sempre poderá viver bem financeiramente. Não
pense que somente ganhando mais você poderá
resolver sua vida financeira. Conhecemos pessoas
que ganham muito dinheiro e ainda assim têm
problemas nessa área.
Muitos não podem decidir o
quanto ganhar, mas todos podem
decidir como gastar
O esforço empreendido no sentido de ter mais
não pode consumir a energia necessária para
administrarmos com diligência e desfrutarmos
daquilo que já temos. Pelo contrário, o foco
principal deve ser na boa utilização dos bens que já
adquirimos. Antes de pensar em ganhar mais,
devemos pensar em como utilizar melhor os
recursos que já dispomos.
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mateus 25.21

Quem gasta de maneira


egoísta
não recebe mais de Deus
Devemos dedicar a primeira parte dos nossos
ganhos à obra de Deus e às pessoas necessitadas, em
seguida destinar parte para reservas e para
investimentos, e por fim para a nossa manutenção e
bem-estar: alimentação, conforto, educação e lazer
da família.
Aprendemos com a Bíblia que as primícias, ou
seja, a primeira parte de tudo o que adquirimos,
deve ser dedicada a Deus, dessa forma seremos
alvos de Suas bênçãos.
Honra ao SENHOR com os teus bens e com
as primícias de toda a tua renda; e se encherão
fartamente os teus celeiros, e transbordarão de
vinho os teus lagares.
Provérbios 3.9-10

Quando alguém privilegia o seu próprio deleite


antes da obra de Deus, o seu trabalho não frutifica,
seu conforto não satisfaz e o que ganha não rende.
Tendes semeado muito e recolhido pouco;
comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas
não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se
aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo
num saquitel furado.
Ageu 1.6

Na prática cristã, as primícias podem ser


representadas pela primeira décima parte ou dízimos
de toda a nossa renda, que devemos entregar para
ser administrada pela igreja na qual congregamos.
Tudo o que temos pertence a Deus, por isso, os
dízimos devem representar a primeira parte de toda
a nossa renda, separada exclusivamente para esse
fim.
Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro,
para que haja mantimento na minha casa; e provai-
me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós bênção sem medida.
Malaquias 3.10

Os noventa por cento que restam devem ser


administrados por nós de forma sábia, tendo o
cuidado para que não haja desperdícios e não nos
esqueçamos das pessoas necessitadas. Nesse aspecto
é muito importante a estabilidade financeira para que
se tenha a liberdade e o poder de decisão para
destinar parte do que se tem para ajudar os menos
favorecidos.
A generosidade é uma
grande sabedoria
Um dos instrumentos mais eficazes para
praticarmos a generosidade é o dinheiro. Quando
temos recursos financeiros podemos investi-los para
reduzir ou eliminar as dificuldades de pessoas
necessitadas. É creditada a Margaret Thatcher,
primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990, a
seguinte frase: “Ninguém se lembraria do bom
samaritano se além de boas intenções ele não tivesse
dinheiro”.
Também, são fantásticas as experiências vividas
pelo centurião de Cafarnaum, por Cornélio e por
Tabita, entre outros, pelo fato de eles serem pessoas
que podiam e destinavam parte dos seus recursos à
obra de Deus e para ajudar pessoas carentes. Nessa
linha, Jacques Attali[5] afirma que “o rico adquire
apenas o privilégio de poder tornar-se útil, de poder
ajudar os outros”.
O centurião solicitou que alguns líderes religiosos
pedissem ajuda a Jesus. Estes, além de fazerem o
pedido com insistência, afirmavam que aquele
homem merecia ser atendido porque amava Israel e
tinha construído a sinagoga deles.
Tendo ouvido falar a respeito de Jesus,
enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe
que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a
Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é
digno de que lhe faças isto; porque é amigo do
nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga.
Lucas 7.3-5

Cornélio recebeu a visita de um anjo, que lhe


orientou a procurar Pedro e saber a respeito da
salvação em Cristo Jesus. Nessa ocasião, o anjo
destacou que suas orações e suas esmolas haviam
alcançado o trono de Deus.
Cornélio! Este, fixando nele os olhos e
possuído de temor, perguntou: Que é, Senhor? E o
anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas
subiram para memória diante de Deus. Agora,
envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão,
que tem por sobrenome Pedro.
Atos 10.4-5

Do mesmo modo, a Bíblia ressalta que uma


mulher chamada Tabita, que se dedicava a praticar
boas obras e a dar esmolas, foi ressuscitada por
meio de uma oração de Pedro.
Havia em Jope uma discípula por nome
Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer
Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas
que fazia. Ora, aconteceu, naqueles dias, que ela
adoeceu e veio a morrer; e, depois de a lavarem,
puseram-na no cenáculo. Como Lida era perto de
Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali,
enviaram-lhe dois homens que lhe pedissem: Não
demores em vir ter conosco. Pedro atendeu e foi
com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o
cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e
mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera
enquanto estava com elas. Mas Pedro, tendo feito
sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te!
Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. Ele,
dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os
santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.
Atos 9.36-41

Essas pessoas receberam o favor de Deus por


serem generosas e empregarem seus recursos
financeiros para ajudar outras pessoas. Na vida delas
se cumpriu “Quem se compadece do pobre ao
SENHOR empresta, e este lhe paga o seu
benefício” (Provérbios 19.17).
Ser desprendido dos bens materiais e liberal para
doar aos pobres pode ser, inclusive, um sinal de
salvação.
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao
Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade
dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho
defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta
casa, pois que também este é filho de Abraão.
Lucas 19.8-9

Quem se compadece do pobre e o serve em suas


necessidades recebe livramentos nos momentos
difíceis de sua vida.
Bem-aventurado o que acode ao
necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal. O
SENHOR o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz
na terra; não o entrega à discrição dos seus
inimigos. O SENHOR o assiste no leito da
enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama.
Salmos 41.1-3

Por meio de nossas atitudes generosas até os


nossos descendentes são abençoados.
Fui moço e já, agora, sou velho, porém
jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão. É sempre
compassivo e empresta, e a sua descendência será
uma bênção.
Salmos 37.25-26

Por tudo isso, a Bíblia também nos ensina que


devemos buscar um trabalho cujo resultado seja
suficiente também para ajudar outras pessoas.
...antes trabalhe, fazendo com as mãos o
que é bom, para que tenha o que repartir com o que
tem necessidade.
Efésios 4.28b

Cuide bem de sua família


Obviamente, parte dos nossos ganhos deve ser
aplicada na manutenção e bem-estar de nossa
família. A Bíblia afirma que se uma pessoa não
cuida bem de sua família, tem negado a fé e é pior
do que um incrédulo.
Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé
e é pior do que o descrente.
1 Timóteo 5.8

Antes de querer resolver o problema da


humanidade, uma pessoa deve cuidar do seu núcleo
familiar. Uma frase creditada à Madre Tereza de
Calcutá reforça essa verdade: “Quer fazer algo para
promover a paz mundial? Vá para casa e ame sua
família”.
Valorize o que Deus lhe
deu para administrar
O Senhor espera que sejamos fiéis na gestão do
patrimônio que temos sob os nossos cuidados; ter
isso em mente faz toda a diferença na hora de
negociar, de comprar e vender, de pagar os
impostos, pois estamos lidando com o que é de
Deus.
Ora, além disso, o que se requer dos
despenseiros é que cada um deles seja encontrado
fiel.
1 Coríntios 4.2

Quem compra sem antes negociar ou pechinchar


está desperdiçando dinheiro. Não devemos nos
apressar na hora de comprar, antes devemos fazer
um levantamento de preços com os fornecedores,
além de verificar a diferença entre os preços a prazo
e à vista e, depois de escolher o mais barato, ainda
negociar o preço final com o fornecedor. “Quem
tem dinheiro paga, mas nunca paga caro” afirma a
frase atribuída a Corrado Álvaro[6].
Juntar dinheiro e comprar à vista permite adquirir
o bem mais barato e não ficar endividado. Essa
atitude requer qualidades de caráter como a
disciplina para separar uma parte do dinheiro todo
mês, a paciência para esperar até ter o dinheiro
completo e o domínio próprio, que é fruto do
espírito, para não gastar com outra coisa antes de
completar o valor do bem.
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra
estas coisas não há lei.
Gálatas 5.22-23

Da mesma forma, antes de vender, de comprar,


de fazer algum investimento ou determinada dívida,
precisamos conversar com o cônjuge e orar para
saber qual é a vontade do Senhor, que é o dono de
tudo.
Prestamos contas a Deus
a respeito de nossa gestão
Vale ressaltar que a administração dos recursos
que recebemos de Deus é objeto de prestação de
contas. O que fazemos com o que Ele nos confiou
irá determinar o que teremos no futuro: “Por isso, o
reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu
ajustar contas com os seus servos” (Mateus 18.23).
Conforme Jesus ensinou na parábola dos
talentos, certo homem chamou seus servos e lhes
confiou seus bens, a um deu cinco talentos, a outro,
dois e ao último, um talento. Tempos depois, ao
prestar contas, o que tinha recebido cinco lhe
devolveu dez; o que recebera dois devolveu quatro;
mas o que havia recebido um não frutificou e
devolveu a mesma quantia. Os dois primeiros foram
elogiados e premiados enquanto que o último,
apesar de ter guardado e devolvido o talento que
recebeu, foi chamado de servo inútil e severamente
punido por não haver feito render o que lhe tinha
sido confiado. (Mateus 25.14-30)
Somos responsáveis pelos bens que vêm às
nossas mãos para administrarmos,
independentemente da quantidade. Deus espera que
sejamos eficazes para fazer render e multiplicar
todos os recursos de que dispomos, além de sermos
vigilantes no sentido de proteger, manter e não
desperdiçar.
A parábola dos talentos também evidencia que
nossa fidelidade será provada no pouco. Se uma
pessoa não administra de forma eficaz onde se
encontra atualmente, não pode esperar que Deus lhe
promova. À medida que somos aprovados em
relação ao que temos, o Senhor nos acrescenta ainda
mais. De modo que a nossa prosperidade econômica
é determinada pelo que fazemos com os cem reais
que dispomos hoje e não pelo que pensamos em
fazer quando tivermos um milhão.
Quando não administramos com diligência os
recursos que recebemos ou negligenciamos a
responsabilidade que nos foi confiada por Deus,
somos penalizados e disciplinados pelo Senhor.
Provavelmente, por isso algumas pessoas
desorganizadas financeiramente sofrem
atormentadas com dívidas e falta de recursos.
...Mas ao que não tem, até o que tem lhe
será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas
trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Mateus 25.29b-30

Por outro lado, quando administramos de forma


eficaz os
bens que temos, honrando a Deus com os dízimos,
ajudando pessoas necessitadas, não desperdiçando,
não gastando desnecessariamente e fazendo bons
investimentos, temos a nossa competência
reconhecida por Deus e recebemos mais recursos.
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mateus 25.21

Talvez seja esse o motivo pelo qual se diz “o rio


só corre para o mar” ou “ganha dinheiro quem tem
dinheiro”. Muitas vezes a pessoa está se queixando
de não ter dinheiro suficiente, ou até mesmo de que
Deus não está lhe abençoando, quando deveria se
queixar de que não está sendo capaz de administrar
corretamente o que tem.
Ademais, devemos lembrar que os bens que não
são de nossa propriedade também pertencem a
Deus, tais como os bens públicos de uso comum, os
recursos naturais, os ativos da empresa em que
trabalhamos. O sucesso financeiro de uma pessoa
também depende da utilização racional desses bens.
Se não vos tornastes fiéis na aplicação do
alheio, quem vos dará o que é vosso?
Lucas 16.12

Nossa capacidade
profissional é dom de
Deus
Dentre os recursos de que dispomos, os nossos
talentos e a nossa capacidade profissional estão entre
os mais valiosos. Devemos também utilizá-los de
forma eficaz, acrescentando valor às nossas
atividades profissionais, dando o nosso melhor,
inclusive além do que estiver estipulado para a nossa
função. Devemos imitar a Deus dando mais do que
as pessoas esperam.
Quanto ao homem a quem Deus conferiu
riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e
receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto
é dom de Deus.
Eclesiastes 5.19

Considerado o homem mais rico da história, John


D. Rockefeller[7] afirmava: “Eu acredito que o
poder de ganhar dinheiro é uma dádiva de Deus”.
Ele utilizou a sua fortuna no desenvolvimento de
pesquisas na área de saúde, fundou duas
universidades e ajudou muitas igrejas durante sua
vida.
Deus nos criou com dons e talentos para
frutificar e multiplicar na expectativa de que sejamos
bons gestores. Administrar bem o que Ele nos deu
não é colocar no piloto automático e levar a vida
apenas sobrevivendo. Rozane Cunha[8] afirma que
“A organização atrai o favor de Deus para as suas
finanças. Deus é organizado. Todo o seu Reino tem
ordem e é bem administrado”.
O critério de Deus para
nos dar seus recursos
Apoiados nos princípios bíblicos, podemos
concluir que Deus não dará recursos somente pelo
fato de a pessoa ser cristã ou por ter uma
necessidade, Ele dará na medida da capacidade
demonstrada por cada um para administrar.
A um deu cinco talentos, a outro, dois e a
outro, um, a cada um segundo a sua própria
capacidade; e, então, partiu.
Mateus 25.15

Somos responsáveis pelos bens que estão sob a


nossa responsabilidade, mas não devemos andar
ansiosos com isso, pois, acima de tudo e
independentemente da quantidade de bens que
tenhamos, seremos felizes se tivermos a Deus em
primeiro lugar em nossas vidas.
Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho
de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
Salmos 128.1-2
A recompensa
da honestidade
Uma pessoa íntegra e honesta em suas atividades
profissionais, que não tira proveito pessoal daquilo
que não lhe pertence, que não busca satisfazer o seu
próprio interesse em detrimento de outras pessoas, é
tratada com intimidade pelo Senhor, vive feliz e em
prosperidade plena.
Ditoso o homem que se compadece e
empresta; ele defenderá a sua causa em juízo.
Salmos 112.5
Porque o Senhor abomina o perverso, mas
aos retos trata com intimidade.
Provérbios 3.32

Na casa do justo há grande tesouro, mas na


renda dos perversos há perturbação.
Provérbios 15.6

No mesmo sentido, quem busca o bem coletivo


antes do seu próprio e, em seu trabalho, reconhece o
valor da contribuição dos demais colegas, desfruta
de longevidade e a sua família é abençoada.
O justo anda na sua integridade, felizes lhe
são os filhos depois dele.
Provérbios 20.7
O lábio veraz permanece para sempre, mas
a língua mentirosa, apenas um momento.
Provérbios 12.19

Pelo contrário, uma pessoa egoísta, mentirosa ou


desonesta é abominável ao Senhor e está sujeita a
muitas maldições e, além disso, prejudica a sua
família.
“O que é ávido por lucro desonesto
transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno,
esse viverá.”
Provérbios 15.27

E aquele que ganha dinheiro sem esforço não


consegue retê-lo.
“Os bens que facilmente se ganham, esses
diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho
terá aumento.”
Provérbios 13.11
Trabalhar por adquirir tesouro com língua
falsa é vaidade e laço mortal.
Provérbios 21.6

Da mesma forma, não devemos nos aproveitar da


situação difícil de alguém para obter qualquer tipo
de vantagem ou lucro. O dinheiro ganho de forma
desonesta nunca faz bem.
O que oprime ao pobre para enriquecer a si
ou o que dá ao rico certamente empobrecerá.
Provérbios 22.16

O dinheiro ganho com desonestidade não rende e


no final se transforma em maldição, mas quem o
ajunta por meio do trabalho honesto será abençoado
e terá cada vez mais. A pessoa mais prudente em
gastar é aquela que conhece as dificuldades de
ganhar com o esforço do seu trabalho.
O dinheiro ganho com desonestidade
diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada
vez mais.
Provérbios 13.11

Deus abençoa a família daqueles que são justos e


não exploram as pessoas para ganhar dinheiro.
O que anda em justiça e fala o que é reto; o
que despreza o ganho de opressão; o que, com um
gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa
os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios,e
fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará
nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu
alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas
serão certas.
Isaías 33.15-16

Devemos aprender e desenvolver o


contentamento e a gratidão pelo que temos e
trabalhar honestamente, crendo que Deus jamais
deixará faltar o melhor para nossos filhos.
Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-
vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito:
De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te
abandonarei.
Hebreus 13.5

William Douglas e Rubens Teixeira[9]


recomendam: “A honestidade é um valor essencial
para a sua vida, sendo fundamental para os seus
relacionamentos, sua imagem e sua carreira.
Mantenha padrões elevados de honestidade, não
defraude o próximo, não abuse do seu próximo”.
O prejuízo da
desonestidade
Pelo contrário, afrontam a Deus aqueles que
lucram de forma desonesta, que se utilizam da
mentira e da corrupção.
Eis que bato as minhas palmas com furor
contra a exploração que praticaste e por causa da
tua culpa de sangue, que há no meio de ti. Estará
firme o teu coração?
Ezequiel 22.13

Os filhos do grande profeta e juiz Samuel


perderam a oportunidade de sucederem o pai na
liderança do povo de Israel por não serem corretos
em seus negócios. Aceitaram suborno e perderam o
direito à herança mais valiosa.
Tendo Samuel envelhecido, constituiu seus
filhos por juízes sobre Israel. O primogênito
chamava-se Joel, e o segundo, Abias; e foram juízes
em Berseba. Porém seus filhos não andaram pelos
caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e
aceitaram subornos, e perverteram o direito. Então,
os anciãos todos de Israel se congregaram, e
vieram a Samuel, a Ramá, e lhe disseram: Vê, já
estás velho, e teus filhos não andam pelos teus
caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre
nós, para que nos governe, como o têm todas as
nações.
1 Samuel 8.1-5

A ganância dos filhos de Samuel trouxe prejuízo


para eles e para seus descendentes, pois perderam a
oportunidade de serem juízes em sua nação, bem
como para todo o Israel, que passou a ter a
monarquia como forma de governo, contra a
vontade de Deus.
A ganância humana não tem limites, por isso a
aquisição material jamais trará satisfação e
felicidade.
O inferno e o abismo nunca se fartam, e os
olhos do homem nunca se satisfazem.
Provérbios 27.20

Geralmente, as contendas, os divórcios, as


guerras são resultado da ganância e da cobiça de
pessoas que buscam satisfazer os seus próprios
desejos. No final, tudo o que se consegue por esses
meios jamais poderá satisfazer plenamente, o que
levará essa pessoa a querer e desejar mais e mais.
De onde procedem guerras e contendas que
há entre vós? De onde, senão dos prazeres que
militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes;
matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a
lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não
pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para
esbanjardes em vossos prazeres.
Tiago 4.1-3

É nesse sentido que a Bíblia afirma que todas as


desgraças e mazelas que assolam e oprimem esse
mundo têm origem no amor ao dinheiro, que se
traduz no prazer de ganhar e ter cada vez mais bens
materiais, em detrimento do relacionamento correto
com Deus e com as pessoas.
Porque o amor do dinheiro é raiz de todos
os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da
fé e a si mesmos se atormentaram com muitas
dores.
1 Timóteo 6.10

Fidelidade no pagamento
dos impostos
Da mesma forma, não devemos deixar de
recolher os impostos, pois são parte dos benefícios a
que a população tem direito. O fato de o governo
não administrar bem os recursos, não justifica a
sonegação, pois estaríamos sendo desonestos com a
sociedade. Jesus e os apóstolos pagaram os devidos
tributos. Então, quem sonega não está seguindo a
Cristo.
Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-
lhe um denário. E ele lhes perguntou: De quem é
esta efígie e inscrição? Responderam: De César.
Então, lhes disse: Dai, pois, a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus.
Mateus 22.19-21

Por esse motivo, também pagais tributos,


porque são ministros de Deus, atendendo,
constantemente, a este serviço.
Romanos 13.6

Dízimos e ofertas como


atitude de honra e
gratidão
Os dízimos são os primeiros 10% de nossa renda,
ou seja, são as primícias de nossas receitas. Entregar
os dízimos é uma atitude de fé, amor e uma forma
de honrar a Deus, que nos habilita a desfrutar do seu
favor sobre a nossa economia.
Honra ao SENHOR com os teus bens e com
as primícias de toda a tua renda; e se encherão
fartamente os teus celeiros, e transbordarão de
vinho os teus lagares.
Provérbios 3.9-10

A entrega dos dízimos e das ofertas é um


momento de adoração, de reconhecimento e de
agradecimento ao Senhor. No momento em que
damos devemos lembrar da situação e do estado em
que nos encontrávamos, de onde e como Ele nos
resgatou, de todo o bem que Ele tem feito por nós e
por nossa família.
Liberalmente, lhe fornecerás do teu
rebanho, da tua eira e do teu lagar; daquilo com
que o SENHOR, teu Deus, te houver abençoado, lhe
darás. Lembrar-te-ás de que foste servo na terra do
Egito e de que o SENHOR, teu Deus, te remiu; pelo
que, hoje, isso te ordeno.
Deuteronômio 15.14-15

As bênçãos atreladas
aos dízimos e às ofertas
Há muitas promessas de bênçãos atreladas à
fidelidade na entrega dos dízimos e das ofertas.
Deus se compromete a abrir as janelas dos céus para
derramar bênçãos sem limites sobre aqueles que o
honram com as suas rendas. Ele deseja tanto que
experimentemos os benefícios relacionados à
entrega dos dízimos e das ofertas que chega a nos
desafiar a prová-lo a respeito do cumprimento de
sua Palavra.
Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro,
para que haja mantimento na minha casa; e provai-
me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós bênção sem medida.
Malaquias 3.10

Além disso, o texto bíblico nos garante que o


Senhor não deixará que as pragas devorem a nossa
colheita, ou seja, Ele providenciará que a nossa
renda não seja roubada ou danificada. Da mesma
forma, Deus nos promete que as videiras não
perderão o seu fruto, isso quer dizer que o resultado
do nosso trabalho e tudo o que nós produzirmos
será bem aproveitado.
Por vossa causa, repreenderei o devorador,
para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa
vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos
Exércitos.
Malaquias 3.11

Adicionalmente, Deus afirma que, se formos fiéis


nos dízimos e nas ofertas, as pessoas que nos
conhecerem vão perceber e afirmar que somos
felizes e que a nossa família é bem sucedida.
Todas as nações vos chamarão felizes,
porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o
SENHOR dos Exércitos.
Malaquias 3.12

Por isso, aqueles que creem na Palavra de Deus


sentem muita alegria ao dar dos seus bens para a
obra de Deus, tal como aconteceu com o povo de
Israel quando “No mesmo dia, ofereceram grandes
sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara
com grande alegria; também as mulheres e os
meninos se alegraram, de modo que o júbilo de
Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12.43).
O povo se alegrou com tudo o que se fez
voluntariamente; porque de coração íntegro deram
eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi
se alegrou com grande júbilo.
1 Crônicas 29.9
...porque Deus ama a quem dá com alegria.
2 Coríntios 9.7b

Quando praticamos a instrução de devolver os


dízimos da renda que o Senhor nos dá, os nossos
descendentes também estão dando os dízimos por
meio de nós. A Bíblia afirma que Levi pagou
dízimos quando o seu bisavô Abraão os entregou.
E, por assim dizer, também Levi, que recebe
dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque
aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai,
quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.
Hebreus 7.9-10

Assim, nossos filhos, netos e todos aqueles que


nascerem a partir de nós, receberão igualmente as
bênçãos decorrentes da nossa obediência nessa área.
Conscientes de que todas as coisas vêm de Deus,
é nossa obrigação zelar e administrar bem os
recursos que temos sob a nossa responsabilidade,
aplicando-os conforme a vontade do Senhor, com
honestidade, sem egoísmo e sem desperdício,
cuidando bem de nossa família, sendo generosos
com os pobres e a obra de Deus.
Capítulo
3

O desperdício
é inimigo da bonança

Deus criou todas as coisas, depois formou o


homem “...e o colocou no jardim do Éden para o
cultivar e o guardar” (Gênesis 2.15b). Assim, o
Senhor estava colocando o patrimônio que Ele criou
nas mãos do homem com dois objetivos. O primeiro
é cultivar, que significa fazer frutificar, aperfeiçoar,
melhorar; ou seja, Deus espera que o homem
aprimore e faça render o que Ele confiou em suas
mãos. O segundo objetivo é guardar e proteger, que
inclui principalmente fazer bom uso dos bens e não
desperdiçar o que Ele colocou sob a
responsabilidade humana.
O desperdício é uma falta com graves
consequências. Em uma de suas parábolas, Jesus
menciona um gerente que foi demitido porque
estava sendo negligente em sua responsabilidade de
cuidar dos bens do seu patrão. Jesus afirma que o
administrador estava desperdiçando o dinheiro sob a
sua responsabilidade e que por isso o proprietário
considerou que ele não poderia mais permanecer
como gestor de seus bens.
Disse Jesus também aos discípulos: Havia
um homem rico que tinha um administrador; e este
lhe foi denunciado como quem estava a defraudar
os seus bens. Então, mandando-o chamar, lhe
disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta
contas da tua administração, porque já não podes
mais continuar nela.
Lucas 16.1-2

Outro caso de fracasso que envolve desperdício


está na ilustração apresentada por Jesus conhecida
como a parábola do filho pródigo. Ele conta que um
jovem consumiu todos os seus bens gastando de
forma negligente e desregrada e, que ao chegar o
tempo de escassez, ele veio a passar necessidade por
não ter nenhuma reserva para o seu sustento. Os
bens que um dia ele esbanjou vieram a fazer falta.
Passados não muitos dias, o filho mais
moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para
uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens,
vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido
tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele
começou a passar necessidade.
Lucas 15.13-14

Esaú não deu a importância devida e não tratou


com o respeito que merecia o que Deus havia lhe
confiado; e, em troca de um prato de comida,
vendeu a seu irmão Jacó os seus direitos de
primogenitura. O filho mais velho tinha prioridade
sobre os filhos mais jovens e recebia porção dobrada
da herança, e também recebia bênçãos especiais. A
Bíblia afirma que depois, mesmo buscando com
lágrimas, Esaú não conseguiu reaver o que havia
perdido.
Nem haja algum impuro ou profano, como
foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu
direito de primogenitura. Pois sabeis também que,
posteriormente, querendo herdar a bênção, foi
rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento,
embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Hebreus 12.16-17

Jesus não
permitiu
o desperdício
Não permitir qualquer extravio deliberado é tão
importante que quando Jesus alimenta uma multidão
com poucos pães e peixes, Ele tem um cuidado
especial com o que sobrou.
E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos
seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram,
para que nada se perca. Assim, pois, o fizeram e
encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de
cevada, que sobraram aos que haviam comido.
João 6.12-13

Embora todo o povo já estivesse alimentado e


satisfeito, Ele nos ensina a não desperdiçarmos
mandando recolher os pedaços de pão que restaram
para que nada se perdesse. Afinal, é possível que no
futuro nós mesmos venhamos a sentir falta do que
foi jogado fora. Além disso, devemos nos lembrar
daqueles que passam necessidade, pois, se
economizarmos, nós poderemos ajudá-los quando
tivermos oportunidade.
Por outro lado, vale ressaltar que Jesus não
manda recolher as sobras antes que todos estivessem
saciados. Isso significa que não devemos nos privar
ou privar as pessoas que nos rodeiam do que
necessitam com o intuito de economizar.
A quem dá liberalmente, ainda se lhe
acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é
justo, ser-lhe-á em pura perda.
Provérbios 11.24

Ou seja, não devemos menosprezar nada do que


chega às nossas mãos para administrar, pelo
contrário, devemos tratar com cuidado e respeito
todas as boas dádivas que recebemos do Pai Celeste.
Seja em grande abundância ou em pequena
quantidade, não devemos jamais desperdiçá-las
deliberadamente ou por negligência. O diligente sabe
quanto custa cada coisa que conquista, sabe quanto
investimento e quanto trabalho são necessários para
possibilitar tal provisão.
Quem é negligente na sua obra já é irmão
do desperdiçador.
Provérbios 18.9

Os judeus
rejeitam
o desperdício
Segundo o Comentário Bíblico de Matthew
Henry[10], é justo que Deus nos permita faltar
aquilo que desperdiçamos. Os judeus prezam muito
por não perder o que adquirem, mesmo que não
tenha muito valor financeiro. Existe entre eles um
ditado que diz: “Aquele que despreza o pão, cai nas
profundezas da pobreza”.
Assim diz o SENHOR: Como quando se
acha vinho num cacho de uvas, dizem: Não o
desperdices, pois há bênção nele, assim farei por
amor de meus servos e não os destruirei a todos.
Isaías 65.8

Não desperdice o seu


tempo
Um dos bens mais preciosos que o Senhor nos
concede é o tempo, por isso não podemos
desperdiçá-lo, mas empregá-lo diligentemente para
alcançarmos os propósitos de Deus para as nossas
vidas. Por vezes perdemos tempo porque estamos
enfrentando o nosso cotidiano sem planejar. Assim,
as coisas vão acontecendo e nos dedicamos às
atividades circunstanciais ou àquelas consideradas
urgentes, e acabamos deixando de fazer o que é
mais importante e prioritário.
Por falta de planejamento, as moças insensatas
não estavam preparadas e perderam o tempo certo
de se encontrarem com o noivo. Elas não haviam se
prevenido com óleo suficiente para manter as suas
lâmpadas acesas até que o noivo chegasse. Ao
perceberem que as suas lâmpadas estavam se
apagando, elas correram e se ausentaram para
adquirir mais óleo com urgência. Enquanto elas
estavam fora, o noivo chegou.
Mais tarde, quando elas chegaram, as portas já
estavam fechadas.
Mais tarde, chegaram as virgens néscias,
clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas
ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos
conheço.
Mateus 25.11-12

É creditada ao cientista Albert Einstein a frase:


“Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem
tempo por falta de planejamento”. Quem não
administra adequadamente seu tempo, normalmente,
é mais ocioso, está sempre adiando o que tem para
fazer e não respeita os horários combinados. Quem
se planeja com antecedência, não se aflige na última
hora.
Defina as prioridades
Pensar com antecedência o que se precisa fazer é
importante para não ficar gastando tempo e energia
com o que não edifica e nem traz benefícios para a
sua família e demais pessoas do seu relacionamento.
Há tempo para tudo, desde que o administremos
bem definindo prioridades.
O que lavra a sua terra virá a fartar-se de
pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará de
pobreza.
Provérbios 28.19

Nesse aspecto, é muito importante saber dizer


não para algumas demandas, ser seletivo no que vai
dedicar seu tempo para não desperdiçá-lo. Jesus em
várias ocasiões deixou de atender alguns pedidos
que Ele entendeu que não eram prioridade e que
poderiam tirar-lhe o foco do que era mais
importante. Por exemplo, ao ser comunicado por
André e Filipe que os gregos queriam vê-lo, Jesus
não abriu espaço em sua agenda para atendê-los,
mas afirmou que tinha outra prioridade naquela
hora.
Ora, entre os que subiram para adorar
durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se
dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia,
e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe
foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram
a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora
de ser glorificado o Filho do Homem.
João 12.20-23

Por estar focado no que era prioridade, Jesus não


atendeu o apelo da multidão que o esperava em
Cafarnaum quando os apóstolos o encontraram e lhe
informaram “...todos te buscam” (Marcos 1.37):
Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros
lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu
pregue também ali, pois para isso é que eu vim.
Marcos 1.38

Frequentemente, somos tentados a tirar o foco do


que é prioridade para atendermos demandas que vão
surgindo durante o percurso. Precisamos discernir o
importante do que é apenas urgente e sermos
perseverantes, para não fracassarmos no que
realmente importa. Um dos motivos pelo qual
Neemias teve sucesso em seu empreendimento foi
saber dizer não para aqueles que queriam apenas
distraí-lo.
Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou
fazendo grande obra, de modo que não poderei
descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a
deixasse e fosse ter convosco? Quatro vezes me
enviaram o mesmo pedido; eu, porém, lhes dei
sempre a mesma resposta.
Neemias 6.3-4

Também aquele que dorme mais do que o


necessário, perde tempo e não pode alcançar a
prosperidade.
Não ames o sono, para que não
empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu
próprio pão.
Provérbios 20.13

Vilões do desperdício de
tempo
Atualmente, os maiores vilões do desperdício de
tempo são, ao mesmo tempo, os mais modernos e
eficientes meios de comunicação, as chamadas redes
sociais, tais como Facebook, Twitter, WhatsApp etc.
Esses aplicativos são excelentes ferramentas quando
bem administrados. Algumas dicas: decida não
acessar em qualquer momento, mas estabeleça um
horário certo para consulta diária. Além disso, você
pode aproveitar o tempo de espera em um
consultório, no aeroporto etc. Não ceda à tentação
de responder uma mensagem no momento em que
você a viu, pois isso o fará perder tempo
desnecessariamente.
Uma mulher sábia não
perde tempo com coisas
inúteis
A mulher sábia descrita em Provérbios 31.10-31
é louvada pelo seu marido, pelos seus filhos e o seu
valor muito excede ao de joias preciosas. Até o seu
marido é respeitado entre os líderes da cidade por
causa do procedimento dessa mulher. A vida dela é
um sucesso porque é diligente e não perde tempo
com coisas inúteis.
Prioridade sobre todas as
coisas
Sobretudo, para ser verdadeiramente próspera,
uma pessoa deve separar tempo de qualidade para
estar a sós com Deus (TQSD) em oração e
meditando em Sua Palavra, bem como para estar
com o seu cônjuge e filhos em momentos de lazer
ou tratando das questões da família. Depois, deve
trabalhar para obtenção de renda e realizar tarefas
ou projetos que venham a ajudar pessoas a viver
melhor, especialmente no que se refere ao Reino de
Deus.
Econômico sim,
avarento não!
Alguém que não desperdiça seus recursos não
pode ser comparado a uma pessoa avarenta ou
gananciosa. O que caracteriza o avarento é o seu
amor pelo dinheiro. Ele tem como meta principal em
sua vida juntar bens materiais, pensando que assim
garantirá seu próprio bem-estar e segurança.
Pois dizes: Estou rico e abastado e não
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és
infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
Apocalipse 3.17

Ele sente prazer e alegria em acumular


patrimônio e, nesse afã, não se importa com a
necessidade dos outros à sua volta e, muitas vezes,
pode chegar a privar sua própria família de desfrutar
dos benefícios do que ele já acumulou. Para essa
pessoa, o dinheiro é um ídolo.
Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou
impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança
no reino de Cristo e de Deus.
Efésios 5.5

Seus pensamentos giram em torno de como


adquirir e economizar mais dinheiro, esse assunto
toma o primeiro lugar em seu coração, por isso não
é generoso. Essa foi a atitude que provocou a
destruição de Sodoma e Gomorra.
Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua
irmã: soberba, fartura de pão e próspera
tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca
amparou o pobre e o necessitado.
Ezequiel 16.49

As decisões do avarento dependem,


principalmente, do efeito financeiro delas. Seu
prazer é acumular e nunca se satisfaz.
Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e
quem ama a abundância nunca se farta da renda;
também isto é vaidade.
Eclesiastes 5.10

O avarento, por amar o dinheiro antes de Deus e


das pessoas, ele se utiliza de instrumentos
desonestos e falsidade para prejudicar pessoas
honestas.
Também as armas do fraudulento são más;
ele maquina intrigas para arruinar os desvalidos,
com palavras falsas, ainda quando a causa do pobre
é justa.
Isaías 32.7

A prova de que o avarento não ama a Deus é que


não se compadece da necessidade do próximo. Para
ele, o dinheiro é mais importante do que as pessoas.
Ora, aquele que possuir recursos deste
mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer
nele o amor de Deus?
1 João 3.17

O avarento que se diz


cristão
A Bíblia nos insta a não nos associarmos com
alguém que diz compartilhar a fé cristã, mas na
verdade é avarento. Com esses não devemos ter
comunhão.
Mas, agora, vos escrevo que não vos
associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for
impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda
comais.
1 Coríntios 5.11

A busca pelo poder e pela fama, bem como a


fascinação das riquezas não permitem que a Palavra
de Deus frutifique no coração do avarento.
Mas os cuidados do mundo, a fascinação da
riqueza e as demais ambições, concorrendo,
sufocam a palavra, ficando ela infrutífera.
Marcos 4.19
Consequentemente, ele não poderá herdar o
Reino de Deus.
Nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados,
nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino
de Deus.
1 Coríntios 6.10

O apóstolo Paulo afirmou que a avareza é


idolatria.
Fazei, pois, morrer a vossa natureza
terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva,
desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
Colossenses 3.5

Quando alguém ama o dinheiro, este se torna tão


importante que se constitui um ídolo ou um senhor
para a pessoa. Nós estamos inclinados a nos
submeter e a servir àquele a quem amamos; por isso
Jesus afirmou que não era possível alguém servir a
Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo.
Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao
outro ou se devotará a um e desprezará ao outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Lucas 16.13

O dinheiro se torna um ídolo no momento em


que o indivíduo busca nele a alegria, a paz e a
segurança. Quando a pessoa se sente melhor e mais
abençoada do que as outras, ou tem a sua
autoestima aumentada pelo fato de ter uma farta
conta bancária, isso é um sinal de que ela está
idolatrando o dinheiro.
Da mesma forma, é um sintoma de idolatria
acreditar que será mais feliz quando tiver a casa e o
carro dos seus sonhos, ou que os problemas
estariam resolvidos se tivesse mais dinheiro. A
excessiva importância dada ao dinheiro é um sinal
de avareza, cujas consequências são tão danosas que
Jesus nos adverte para que estejamos blindados
contra esse mal “...Tende cuidado e guardai-vos de
toda e qualquer avareza...” (Lucas 12.15).
Dinheiro: servo ou
senhor?
O dinheiro deve nos servir e não nos governar. É
muito importante ter dinheiro mais do que o
suficiente para o seu suprimento e de sua família,
pois podemos utilizá-lo para ajudar outras pessoas e
a obra de Deus. No entanto, jamais podemos
colocar a nossa confiança nas riquezas, pois elas são
um fundamento frágil.
Não te fatigues para seres rico; não
apliques nisso a tua inteligência. Porventura,
fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois,
certamente, a riqueza fará para si asas, como a
águia que voa pelos céus.
Provérbios 23.4-5
Porque o sol se levanta com seu ardente
calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a
formosura do seu aspecto; assim também se
murchará o rico em seus caminhos.
Tiago 1.11

Para Jesus, o nosso coração não pode se separar


do nosso tesouro, estão sempre juntos, onde um está
o outro também estará. Assim, uma das melhores
maneiras de sabermos o que mais valorizamos, ou
seja, a que o nosso coração está apegado, é
identificando em que estamos investindo o nosso
dinheiro.
Porque onde está o teu tesouro, aí estará
também o teu coração.
Mateus 6.21

Conforme afirma Robert Morris[11],


“precisamos estar cientes de que as nossas atitudes
com relação aos bens têm uma capacidade tremenda
de expor a verdadeira natureza do nosso coração.
Sejam elas avareza ou gratidão, o dinheiro e as
coisas materiais trarão para fora tais atitudes”.
O que é doado à obra de Deus e
a pessoas necessitadas não é
desperdício
Nesse contexto, outro aspecto importante que
merece destaque é que os bens doados para a obra
de Deus e para os pobres, não se caracteriza como
desperdício. Pelo contrário, quando ajudamos
pessoas carentes ou quando contribuímos para a
manutenção e expansão do Reino de Deus, nós
estamos empregando bem os nossos recursos.
Jesus tinha o hábito de dar dinheiro às pessoas
necessitadas. Por isso que, quando Judas saiu da
reunião da ceia para trair o Senhor, os discípulos
pensaram que Jesus o tinha mandado dar algo aos
pobres.
Pois, como Judas era quem trazia a bolsa,
pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o
que precisamos para a festa ou lhe ordenara que
desse alguma coisa aos pobres.
João 13.29

O mesmo Deus que não admite o desperdício, é


quem determina aos israelitas que ao fazerem as
suas colheitas, deixem parte dela para os
necessitados que passarem por suas terras.
Quando segardes a messe da vossa terra,
não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem
colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o
pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o
SENHOR, vosso Deus.
Levítico 23.22

Igualmente, contribuir financeiramente na obra


de Deus não se constitui em perda, tanto que Jesus
elogia uma viúva pobre que entrega tudo o que tem
de oferta para o templo, afirmando:
“Em verdade vos digo que esta viúva pobre
depositou no gazofilácio mais do que o fizeram
todos os ofertantes”
Marcos 12.43b

O próprio ministério de Jesus recebia a


contribuição econômica de algumas mulheres:
E Joana, mulher de Cuza, procurador de
Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe
prestavam assistência com os seus bens.
Lucas 8.3

Deus nos amou e fez um grande investimento em


nós. Ele deu o seu Filho unigênito para que
fôssemos salvos. Assim, quando amamos e
investimos nas pessoas, estamos imitando o nosso
Pai Celeste. De fato, as pessoas são o que há de
mais importante e valioso na terra, pois suas almas
são eternas.
Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.
João 3.16

Por isso, Jesus nos ensina a investir nas pessoas


os recursos que ganhamos nesse sistema injusto,
pois essas nos receberão na eternidade e estarão
conosco para sempre.
E eu vos recomendo: das riquezas de origem
iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos
faltarem, esses amigos vos recebam nos
tabernáculos eternos.
Lucas 16.9

Logo, conclui-se que o dinheiro, o tempo ou os


talentos empregados na obra de Deus e na ajuda às
pessoas carentes não se constituem em desperdício,
mas em um excelente investimento aprovado e
incentivado pelo próprio Deus.
Doações no Brasil
Estudo realizado pelo IBGE[12] revela que o
grupo de pessoas que mais faz doações no Brasil são
os evangélicos, que comprometem cerca de 2,3% do
seu orçamento com contribuições para as igrejas e
para obras sociais, superando em mais de duas vezes
a média nacional. Não é por coincidência que a
mesma pesquisa tenha evidenciado que os
evangélicos, no período estudado, também foram os
que mais aumentaram o seu patrimônio.
Portanto, insistimos que devemos respeitar,
proteger e administrar bem tudo aquilo que está em
nossa conta, minimizando o desperdício, mas sem
ser avarento e apegado ao dinheiro. Devemos
planejar as nossas atividades, definindo prioridades,
para não perder tempo naquilo que não edifica,
inclusive com o mau uso das mídias sociais.
Sobretudo, devemos priorizar tempo de qualidade a
sós com Deus (TQSD) e para a família, sem deixar
de se dedicar ao trabalho para a manutenção de sua
casa e para ajudar pessoas a viverem melhor.
Valorizando o pouco
para receber o
muito
Tratar o pouco com desprezo pode determinar o
fracasso financeiro de uma família. Creio que essa é
mais uma questão espiritual do que material ou de
administração financeira. A forma como lidamos
com os pequenos recursos que chegam às nossas
mãos define a quantidade de recursos que iremos ter
no futuro.
Diga-me como você cuida do que tem hoje que
eu lhe direi o que terá amanhã. Como você realiza o
seu trabalho, como gasta e investe o seu dinheiro,
como cuida do seu carro e dos demais bens e como
lida com os desperdícios, vão refletir no que você
terá no futuro.
A avaliação de nossa capacidade como gestor não
depende da quantidade que está sob a nossa
responsabilidade. Como estamos cuidando do que
temos hoje é o que realmente importa. O relevante e
determinante não é o que faríamos se tivéssemos um
milhão, mas o que estamos fazendo com os dez
reais que temos hoje.
Algumas pessoas que não vivem bem
financeiramente acreditam que isso se deve ao fato
de ganharem pouco ou por não terem sorte, outros
colocam a culpa nos chefes que não reconhecem o
seu trabalho, mas, na maioria das vezes, a culpa está
na forma como essas pessoas administram o que têm
em suas mãos.
Nas pequenas coisas do dia a dia é que
evidenciamos quem nós somos e a nossa verdadeira
capacidade. Não precisamos ser constituídos como
responsáveis por grandes empreendimentos para
mostrarmos os nossos talentos e vocação, basta
observarmos como lidamos com os bens e as
circunstâncias aparentemente pequenas que
enfrentamos diariamente.
Quem é fiel no pouco, também é fiel no
muito; quem é injusto no pouco, também é injusto
no muito.
Lucas 16.10

Ao administrarmos bem os poucos recursos que


vêm às nossas mãos, nos tornamos aptos para
assumir a gestão de valores mais relevantes. A Bíblia
indica que Deus nos dá a oportunidade de
demonstrarmos a nossa capacidade de gerir uma
quantidade maior de bens, ao lidarmos com o pouco
que eventualmente temos disponível.
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mateus 25.21
Aproveite as
oportunidades
Por isso é muito importante estarmos atentos para
não desperdiçarmos pequenos valores. Alguns
exemplos: deixar uma lâmpada acesa sem
necessidade, jogar um pedaço de pão mesmo que
seja pequeno no lixo, deixar a torneira pingando,
não fazer comparação entre os preços e a qualidade
dos produtos antes de comprar, entre outros.
Conforme afirma Myles Munroe[13], “economia
é maximizar o mínimo”, ou seja, fazer do mínimo o
máximo e obter tudo o que puder do pouco.
Comece do pouco e vá crescendo, não danifique
aquele clipe insignificante, não jogue fora aquele
pedaço de papel usado antes de utilizá-lo frente e
verso. Dê os dízimos dos seus ganhos, recolha os
impostos honestamente. Não viva um padrão de
vida além de suas possibilidades. Cuide bem dos
centavos que Deus providenciará os reais.
Não rejeite nem faça relaxadamente um trabalho
porque é simples ou de pouca importância, mas tudo
quanto vier à mão para realizar, faça-o com o
melhor da sua capacidade, pois o Senhor o
recompensará.
Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como para o Senhor e não para homens,
cientes de que recebereis do Senhor a recompensa
da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais
servindo.
Colossenses 3.23-24

Deus nos dará mais daquilo que demonstramos


estar aptos a administrar bem e retirará de nós aquilo
que cuidamos com negligência. Por exemplo, aquele
que é responsável e dedicado no seu trabalho tende
a ser promovido; pelo contrário, o que faz o seu
trabalho de forma irresponsável tende a ser
demitido. Da mesma forma, se tratamos dos bens
que Deus nos dá com zelo, além de não perder o
que já temos, nos credenciamos para receber mais.
Perdemos o que
não valorizamos
A Bíblia afirma que se não cuidamos
adequadamente do que Deus já nos tem dado, até o
que temos vamos perder. No capítulo 25 do
Evangelho de Mateus, Jesus conta uma parábola em
que um homem deixou parte dos seus bens para
serem administrados por três servos. Um deles, por
não ter feito uma boa gestão dos recursos recebidos,
perdeu o que tinha para o outro servo que tinha sido
diligente no cuidado dos bens de seu senhor.
Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.
Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em
abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe
será tirado.
Mateus 25.28-29

Aquele senhor chamou o servo de negligente e de


inútil, o puniu severamente retirando o pouco que
ele tinha e o lançou nas trevas onde haveria choro e
ranger de dentes, tão somente porque este não havia
aplicado adequadamente os recursos que lhe foram
entregues.
E o servo inútil, lançai-o para fora, nas
trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Mateus 25.30

Fico imaginando o que poderia ter acontecido


com aquele servo se, além de não aplicar, ele
houvesse gastado o dinheiro de forma inconsequente
ou irresponsável.
Jamais devemos fazer pouco caso do que temos
pelo fato de ser em pequena quantidade. Precisamos
ser diligentes e valorizar cada centavo que vem a
nossa mão, pois é a partir desse pouco que Deus vai
nos abençoar financeiramente.
A Bíblia registra que, certa vez, uma viúva tinha
um pouco de azeite em uma botija, e dizia que não
tinha nada.
Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer?
Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu:
Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija
de azeite.
2 Reis 4.2

Ao perguntar o que a viúva tinha em casa, o


profeta Eliseu pedia que ela fizesse um inventário do
que possuía. Ela colocou luz em suas finanças antes
que o milagre acontecesse. A partir daquela botija de
azeite Deus a fez prosperar de tal modo que ela se
transformou em uma mulher livre de suas dívidas e
equilibrada financeiramente.
Então, foi ela e fez saber ao homem de
Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua
dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.
2 Reis 4.7

O Evangelho de João registra um momento em


que Jesus mostra aos seus discípulos a importância
de se valorizar o pouco, ao alimentar uma multidão
de quase cinco mil homens que os seguiam com
apenas cinco pães e dois peixinhos, logo após André
especificar a quantidade de alimento disponível.
Está aí um rapaz que tem cinco pães de
cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta
gente?
João 6.9

Aprendendo com
os exemplos
Tive um sócio que certa vez, em meio a uma
reunião, fez questão de registrar a sua indignação
quando viu um dos presentes entortar um clipe até
quebrá-lo. Já se passaram 25 anos, mas nunca me
esqueci daquele episódio. Ele era o responsável pela
parte financeira da nossa empresa e controlava
diligentemente todo o nosso movimento financeiro.
Confesso que, naquele momento, eu achei muito
exagerada a reação dele por causa de um pequeno
clipe de custo desprezível.
Nós éramos cinco sócios naquela empresa,
depois desfizemos a sociedade e muitas coisas
aconteceram. No decorrer desse tempo, aquele
colega diligente e cuidadoso com os “pequenos”
desperdícios nunca quebrou e sempre se manteve
em crescimento, apesar das crises que todos
enfrentamos nesse período. Ele é hoje, dos cinco
que eram sócios no início, o mais bem-sucedido
financeiramente.
A Palavra de Deus adverte acerca do cuidado que
devemos ter quando a nossa vinha estiver
florescendo. Para que a safra não seja frustrada,
devemos vigiar para evitar não somente os grandes,
mas também os pequenos inimigos. Igualmente,
devemos proteger as nossas finanças tanto dos
grandes como dos pequenos prejuízos.
Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que
devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas
estão em flor.
Cantares 2.15

Informações destacadas em uma reportagem[14]


sobre o judeu brasileiro Silvio Santos, famoso
empresário e apresentador de televisão que é listado
entre os homens mais ricos do mundo, ilustram a
importância de evitar diligentemente o desperdício
quando se almeja ter sucesso financeiro.
A reportagem afirma que Silvio Santos não
costuma usar roupas de marcas famosas e que o seu
relógio preferido foi adquirido por apenas cinco
dólares. Apesar de ter dinheiro suficiente, ele não
tem um avião particular, nem viaja para o exterior na
primeira classe. Prefere a classe executiva, pois
afirma que a primeira classe é muito cara e que ele
não costuma jogar dinheiro fora.
A matéria também conta um episódio muito
curioso vivido por Silvio Santos nos Estados Unidos
que revela a aversão dele ao desperdício. Anos atrás,
por distração, ele foi multado em 25 dólares e, ao
ser intimado a pagar, tentou convencer a autoridade
a dispensá-lo da penalidade sem, contudo, obter
êxito. Mas, descobriu que era possível entrar com
um recurso em um tribunal para pedir o reembolso
do valor pago. No dia seguinte, oficializou um pleito
e conseguiu reaver 10 dólares, ou seja, 40% do
valor pago.
Seja encontrado
fiel
Sobretudo, devemos cuidar bem de tudo o que
temos, mesmo que seja relativamente pouco, porque
em última análise tudo é de Deus, e Ele espera que
sejamos fiéis como seus administradores ou
despenseiros.
Ora, além disso, o que se requer dos
despenseiros é que cada um deles seja encontrado
fiel.
1 Coríntios 4.2

Certamente, você tem sonhos e projetos a serem


alcançados que dependem de seu sucesso na área
financeira. Se observar atentamente, vai descobrir
que existem algumas coisas em sua vida que
precisam ser melhor administradas. Provavelmente,
são coisas pequenas comparadas com o que deseja
alcançar, mas você precisa valorizar esse pouco e
dar passos firmes em direção ao seu alvo, mesmo
que, no começo, sejam pequenos passos. Conforme
afirma John Wesley[15]: “Ganhe tudo que possa,
economize tudo que possa, e dê tudo que possa”.
A Bíblia nos ensina que não devemos desprezar
os pequenos começos. Zorobabel havia apenas
colocado os alicerces do templo, o que era apenas
um modesto passo se comparado com o desafio de
levantar e concluir a construção, mas Deus sabia que
se transformaria em uma grande obra. Diante do
pouco caso que alguns faziam da iniciativa daquele
construtor, Deus o anima por meio do profeta
Zacarias dizendo que as mãos que colocaram os
fundamentos seriam as mesmas que terminariam a
obra.
Pois quem despreza o dia dos humildes
começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão
de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do
SENHOR, que percorrem toda a terra.
Zacarias 4.10

Portanto, concluímos que jamais devemos


desprezar qualquer recurso, mas administrar com
zelo tudo o que estiver em nossas mãos, pois isso
nos garantirá a prosperidade contínua. Tudo que
existe pertence a Deus e Ele nos prova antes de nos
prosperar. Logo, a maneira como fazemos a gestão
do que temos determinará o que vamos ter no
futuro.
Capítulo
4

Planejar é primordial

O planejamento nem sempre se cumpre, mas é


fundamental em qualquer atividade. A Bíblia nos
ensina que devemos fazer os nossos planos, mas
sem esquecer que o propósito de Deus é que sempre
vai prevalecer e certamente será o melhor para nós.
Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que
é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que
aparece por instante e logo se dissipa. Em vez
disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só
viveremos, como também faremos isto ou aquilo.
Tiago 4.14-15

Quem planeja com cuidado a sua economia leva


uma vida farta e tranquila, mas uma pessoa
precipitada e impaciente acaba passando por
dificuldades.
Os planos do diligente tendem à
abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
Provérbios 21.5

Como já vimos anteriormente, os problemas


financeiros são a raiz de muitos divórcios.
Discordâncias de prioridades e desejos, despesas
desnecessárias, falta de controle nos gastos e dívidas
trazem conflitos, estresse e desgaste à família. A
forma mais simples e eficaz de superar esse
problema é o planejamento financeiro feito em
conjunto pelo casal. Os cônjuges que tomam a
decisão de dedicar tempo para conversar sobre suas
receitas e despesas mostram que são maduros e
responsáveis.
Poupança
financeira
Ter um estilo de vida que admite andar
endividado se opõe ao modo de vida de uma pessoa
sábia e prudente que mantém uma provisão para os
períodos de escassez. A prática de manter uma
reserva financeira ou de ter uma poupança está
relacionada com a característica de ser prevenido.
Por outro lado, andar com dívidas tem a ver com a
presunção de que terá recursos no futuro para pagar
os credores.
Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou
amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos
um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não
sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida?
Sois, apenas, como neblina que aparece por
instante e logo se dissipa.
Tiago 4.13-14

Em matéria de economia, denomina-se de agente


deficitário aquele que precisa pedir emprestado para
suprir seus gastos, e chama-se de agente
superavitário, aquele que consegue fazer uma
reserva financeira para investir. Seja um
superavitário, faça um propósito de economizar
todos os meses uma parte de sua renda, faça disso
um hábito. É como criar a rotina de correr, comece
aos poucos e vá aumentando com o passar do
tempo. Não espere sobrar para guardar, mas faça
isso antes de começar a gastar.
Estabeleça metas e poupe para alcançar seus
sonhos. A poupança tem relação com paciência,
prudência, perseverança e domínio próprio;
enquanto que a dívida tem relação com pressa,
imprudência, inconstância e ansiedade. A palavra-
chave do sucesso financeiro de uma pessoa é o
equilíbrio. É importante pouparmos e nos
prepararmos para o futuro sem deixar de viver bem
o presente. Uma vida financeiramente saudável
requer um equilíbrio entre a capacidade ganhar, de
poupar e de consumir.
Devemos discernir os ciclos e as estações, que
não permanecem para sempre, mas frequentemente
voltam. Há tempo para todo propósito debaixo dos
céus, há tempo de abundância e há tempo de
escassez. Por isso é sábio fazer provisão em tempo
de fartura para não passar necessidade nos tempos
difíceis.
Vai ter com a formiga, ó preguiçoso,
considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo
ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio,
prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu
mantimento.
Provérbios 6.6-8

Quem está bem provisionado ganha dinheiro nas


crises financeiras. Quando José, filho de Jacó, foi
governador do Egito, ele prosperou porque
obedeceu a orientação de Deus no sentido de
economizar na estação das vacas gordas para
usufruir na estação das vacas magras.
Ajuntem os administradores toda a colheita
dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo
do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e
o guardem. Assim, o mantimento será para
abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá
no Egito; para que a terra não pereça de fome.
Gênesis 41.35-36

As pessoas que não conseguem ser bem-


sucedidas financeiramente, normalmente priorizam a
satisfação pessoal, tal como realizar seus desejos,
obter mais conforto e posição social. O perfil de
uma pessoa regrada e econômica é de priorizar ter
uma reserva para imprevistos e depois realizar os
seus sonhos com tranquilidade e sem aperto
financeiro.
Tesouro desejável e azeite há na casa do
sábio, mas o homem insensato os desperdiça.
Provérbios 21.20
Para fazer poupança não é pré-requisitoganhar
mais, e sim gastar menos! Para isso, é necessário se
organizar e administrar as despesas de modo que
não superem as receitas. A melhor forma de fazer
isso é elaborar uma planilha de entradas e saídas,
que ajuda a perceber com mais clareza em que se
está gastando, e depois manter um controle mensal
por meio do orçamento familiar.
Poupança
emocional
Neste ponto, vale ressaltar que uma adequada
reserva financeira pode ser suficiente para suprir as
nossas necessidades materiais, inclusive nos tempos
de escassez, mas jamais poderá suprir as nossas
necessidades emocionais de amor, amizade, respeito,
carinho, atenção etc. A Bíblia afirma que alguém
pode pensar que é rico por que tem bens materiais,
mas na verdade é pobre e tem dificuldade de
enxergar isso.
Pois dizes: Estou rico e abastado e não
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és
infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-
te que de mim compres ouro refinado pelo fogo
para te enriqueceres, vestiduras brancas para te
vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha
da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim
de que vejas.
Apocalipse 3.17-18

Por isso a Bíblia chama a atenção daqueles que


têm dinheiro para que também invistam em pessoas,
ou seja, que façam uma poupança emocional.
Exorta aos ricos do presente século que não
sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança
na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo
nos proporciona ricamente para nosso
aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de
boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;
que acumulem para si mesmos tesouros, sólido
fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem
da verdadeira vida.
1 Timóteo 6.17-19

O dinheiro acumulado não pode garantir


amizades verdadeiras ou comprar o afeto sincero
que tanto precisamos. Esses tesouros e bens tão
preciosos, que suprem as necessidades de nossa
alma e nos permitem desfrutar da vida abundante
que o Senhor nos prometeu, são adquiridos por
meio da generosidade de compartilhar do seu tempo
e dos seus recursos intelectuais, emocionais, físicos e
financeiros para servir ao próximo com amor.
Não vos enganeis: de Deus não se zomba;
pois aquilo que o homem semear, isso também
ceifará.
Gálatas 6.7

Cultivar as amizades e os vínculos familiares é


uma grande sabedoria, pois dessa forma, faremos
uma reserva emocional, cujo saldo é constituído a
partir dos investimentos de cunho emocional, tais
como atenção, respeito, serviço, cuidados, que
fazemos nos relacionamentos com familiares,
amigos, colegas de trabalho, vizinhos.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque
a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
Gálatas 6.9

Assim, a reserva emocional depende de como


nos relacionamos com aqueles que estão à nossa
volta. O nosso saldo aumenta, por exemplo, todas as
vezes que nos compadecemos de uma pessoa
necessitada e a servimos com amor. Deus cuidará
para que esse crédito seja revertido em nosso favor.
Quem se compadece do pobre ao SENHOR
empresta, e este lhe paga o seu benefício.
Provérbios 19.17

No sentido contrário, o saldo emocional diminui


sempre que não damos atenção àqueles que
precisam de nós ou quando tratamos alguém com
grosseria ou desprezo.
O que despreza ao seu vizinho peca, mas o
que se compadece dos pobres é feliz.
Provérbios 14.21

Todos nós possuímos uma conta dessa natureza


que é movimentada pela forma como nos
relacionamos com o próximo. Ao longo da vida,
podemos formar um bom saldo positivo ou um
saldo negativo, que pode nos tornar ricos ou pobres
emocionalmente.
Tudo quanto, pois, quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque
esta é a Lei e os Profetas.
Mateus 7.12

Haja luz nas finanças


Ver as coisas de forma clara é tão importante
para sermos bem-sucedidos no que fazemos que,
após Deus ter criado os céus e a terra e antes de
criar qualquer outra coisa, sua primeira providência
foi iluminar o ambiente. A terra tinha sido criada,
mas ainda carecia de acabamento e de decoração,
pois estava sem forma e vazia. No entanto, a terra
estava no escuro e antes de continuar a sua obra,
Deus determinou que houvesse luz.
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A
terra, porém, estava sem forma e vazia; havia
trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus
pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz;
e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez
separação entre a luz e as trevas.
Gênesis 1.1-4

Não é possível arrumar bem uma casa enquanto


ela estiver no escuro. Só podemos melhorar o que se
pode enxergar. Ou como disse o físico irlandês
William Thomson Kelvin[16]: “Aquilo que não se
pode medir não se pode melhorar”.
A respeito das finanças não pode ser diferente. É
necessário trazer as informações financeiras à
superfície e colocar todas as entradas e saídas no
papel ou em uma planilha. Isto é, deve haver
transparência nas contas da família para que a
realidade econômica seja evidenciada e devidamente
conhecida. Somente assim, decisões maduras e
acertadas podem ser tomadas.
Procura conhecer o estado das tuas ovelhas
e cuida dos teus rebanhos.
Provérbios 27.23

Quando não se tem as contas escritas, com


informações sobre entradas e saídas, dívidas e juros,
bens etc, é possível até pensar que tudo está sob o
seu controle, quando na verdade não se está vendo
claramente o quanto tem, o quanto deve, nem como
estão sendo gastos os recursos. É como alguém que
tem uma limitação visual e que nunca usou óculos;
ele pensa que enxerga corretamente, até que
experimente óculos adequados.
Se projetas alguma coisa, ela te sairá bem, e
a luz brilhará em teus caminhos.
Jó 22.28

Ao submeter suas finanças à luz, as trevas são


dissipadas e torna-se possível enxergar os detalhes
do seu movimento financeiro, tais como os
desperdícios e as pequenas despesas desnecessárias.
Então, vi que a sabedoria é mais proveitosa
do que a estultícia, quanto à luz traz mais proveito
do que as trevas.
Eclesiastes 2.13

Normalmente, aqueles que praticam a


transparência e o controle detalhado sobre as suas
contas tê m estabilidade financeira. Creio que esse
sucesso financeiro não se deve somente à utilização
de uma técnica de gestão, mas principalmente à
aplicação do princípio de colocar luz onde há trevas.
Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e sim contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes.
Efésios 6.12
Para sermos bem-sucedidos devemos promover a
confiança e a transparência, colocando luz em todos
os aspectos de nossa vida. Nas nossas finanças não
pode ser diferente, pois a tomada de decisão
acertada requer informações de qualidade.
Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito.
Provérbios 4.18

Transparência nas
finanças da família
Os integrantes do núcleo familiar (marido, esposa
e filhos) não devem esconder uns dos outros as suas
operações financeiras, receitas ou despesas. Pois
essa atitude, além de refletir falta de confiança,
mantém as contas da família nas trevas. A prestação
de contas deve ser uma prática comum entre os
familiares.
É fundamental que os filhos, tão logo possam
entender, participem do planejamento financeiro
junto com os pais, para que todos fiquem
comprometidos com os mesmos objetivos.
No mundo dos negócios e nos governos, a
transparência e a prestação de contas, conhecidos
internacionalmente como accountability, são
características cada vez mais valorizadas. As
decisões e os processos devem ocorrer de maneira
clara, com prestação de contas, tanto em relação aos
recursos financeiros quanto em relação ao papel que
exercem junto à sociedade. As organizações que
obedecem a esses princípios têm maior credibilidade
no mercado.
Da mesma forma, no ambiente familiar as
pessoas devem ter confiança e liberdade para falar
sobre os seus sentimentos em relação às finanças,
para que se promova um ambiente de comunhão e
segurança a respeito da realidade financeira da
família.
Se, porém, andarmos na luz, como ele está
na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo
pecado.
1 João 1.7

Nesse sentido, se algum integrante do núcleo


familiar fizer mau uso do dinheiro deve arrepender-
se e ter a confiança para confessar para que não seja
toda a família prejudicada, pois “O que encobre as
suas transgressões jamais prosperará; mas o que
as confessa e deixa alcançará misericórdia”
(Prov28.13 érbios).
O perdão favorece a riqueza. Permita que em sua
casa haja uma atmosfera de graça, onde os
familiares tenham confiança de confessar e pedir
perdão. Pode ser difícil no primeiro momento, mas
valerá o esforço, pois logo todos poderão ver e se
alegrar com os bons resultados.
Não se deve esperar a crise chegar para então se
perceber que não há mais como esconder a real
situação da economia familiar. Como se diz no
ambiente das finanças corporativas: “Quando a
maré baixa não se pode esconder quem está
nadando sem roupa”. De uma forma ou de outra,
todas as despesas, contas e operações financeiras
dos familiares acabarão vindo à luz, “Nadahá
oculto, que não haja de manifestar-se, nem
escondido, que não venha a ser conhecido e
revelado” (Lucas 8.17).
Antes do pecado, Adão e Eva estavam nus na
presença um do outro e não se envergonhavam:
“Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam
nus e não se envergonhavam” (Gê nesis 2.25). Isso
significa que, segundo o plano original de Deus, os
cônjuges não devem ter nada encoberto um do
outro, não devem ter do que se envergonhar, mas
serem transparentes entre si, isso inclui as finanças.
A transparência nessa área se reveste de especial
importância quando um dos cônjuges vem a faltar.
Por exemplo, pode acontecer de o marido falecer e a
esposa não saber o que se tem a pagar ou a receber,
deixando um ambiente de insegurança e muitas
vezes com prejuízos financeiros.
Dois em Um:
força de Três
Quando Deus formou o homem, Ele o constituiu
administrador do jardim do Éden, com a função de
cultivar e proteger; ao mesmo tempo, Deus viu que
não era bom que o homem estivesse só nessa
missão, então criou a mulher com capacidade para
auxiliá-lo. Portanto, a administração dos bens de
uma família é de responsabilidade do homem junto
com a sua mulher.
Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e
o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o
guardar.
Gênesis 2.15
Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que
o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que
lhe seja idônea.
Gênesis 2.18

O casal e os filhos devem conversar para alinhar


as prioridades com respeito aos gastos dos recursos
da família. Normalmente, os cônjuges pensam
diferente com respeito às finanças, pois cada um traz
consigo a cultura aprendida na casa de seus pais,
mas isso deve ser encarado com naturalidade.
Nenhum deve impor ao outro a sua cultura, mas
devem conversar e com maturidade decidirem o
caminho a seguir nessa área e, a seu tempo, ensiná-
lo a seus filhos.
Andarão dois juntos, se não houver entre
eles acordo?
Amós 3.3
Na verdade, o sucesso financeiro começa na boa
comunicação do casal, quando decidem falar
claramente e ouvir com amor o que pensam sobre o
assunto, pois isso resulta em comunhão e união. Ou
seja, a luz gera comunhão, a comunhão promove a
união, e a união do casal é o passo que precisa ser
dado para que Deus ordene as suas bênçãos para
essa família.
Oh! Como é bom e agradável viverem
unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a
cabeça, o qual desce para a barba, a barba de
Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o
orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de
Sião. Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida
para sempre.
Salmos 133.1-3

A união é uma característica fundamental que a


família deve cultivar; por isso, desde o princípio
Deus determinou que o homem e sua mulher se
unissem e se tornassem uma só carne .
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une
à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
Gênesis 2.24
A independência financeira do casal com relação
a seus pais favorece o desenvolvimento saudável
nessa área. Assim, os cônjuges podem se unir para
tomar em concordância as suas próprias decisões
financeiras, e experimentar o poder dessa unidade,
pois “Melhor é serem dois do que um, porque têm
melhor paga do seu trabalho” (Eclesiastes 4.9).
Portanto, quando o casal conversa e entra em
acordo sobre suas transações financeiras a
probabilidade de sucesso é muito maior. O casal
deve sempre ter em mente que Deus fez a mulher
com capacidade para ajudar o homem em todas as
áreas, inclusive para ajudar nos negócios da família.
Examina uma propriedade e adquire-a;
planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.
Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cintas
aos mercadores. Atende ao bom andamento da sua
casa e não come o pão da preguiça.
Provérbios 31.16,24,27

Para isso, é fundamental que os cônjuges tenham


atitudes que conquistem a confiança um do outro.
Devem ser confiáveis para guardar segredos, de
modo que não comentem com ninguém os assuntos
que são de interesse exclusivo da família; também
devem administrar com sabedoria os recursos
adquiridos, não desperdiçando, não comprando sem
necessidade, mas maximizando os bens que tiverem.
O coração do seu marido confia nela, e não
haverá falta de ganho.
Provérbios 31.11

Por outra parte, vale destacar também que as


decisões financeiras em concordância mantêm os
cônjuges informados sobre a situação econômica da
família, assim eles podem orar juntos ao fazerem
uma transação relevante. Além disso, quando as
decisões são precedidas de acordo fica mais fácil
para a família superar eventuais fracassos de suas
operações, não havendo espaço para acusações.
E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e
todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o
começo; agora não haverá restrição para tudo que
intentam fazer.
Gênesis 11.6

Especialmente, os cônjuges devem orar juntos


por suas finanças. Esse excelente hábito irá
promover um ambiente favorável para a bênção e o
favor de Deus sobre a economia da família, bem
como consolidar e fortalecer a união do casal para
vencer as eventuais adversidades.
Se alguém quiser prevalecer contra um, os
dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se
rebenta com facilidade.
Eclesiastes 4.12

Definitivamente, depois de casados, os recursos


financeiros adquiridos, mesmo que individualmente,
pertencem à família. Assim, não deve existir mais
nada individual, pois os dois agora são uma só
carne. Inclusive, os dois devem ter acesso livremente
aos extratos da conta bancária e do cartão de crédito
um do outro.
Desejo,
necessidade
e supérfluo
Podemos afirmar que os gastos com alimentação,
vestuário, moradia, educação, saúde, transporte, são
necessários para a manutenção de uma família. No
entanto, essas despesas devem ser proporcionais à
capacidade financeira. Por exemplo, pode ser que
uma família, com uma renda mais alta, supra a sua
necessidade de transporte com um automóvel,
enquanto outra, que tem uma renda mais baixa,
atenda a mesma necessidade por meio de transporte
público. Esse princípio se aplica igualmente para os
outros tipos de gastos necessários.
A partir desses conceitos, cada família deve fazer
sua própria avaliação, pois o que uma determinada
família deseja pode ser considerado para ela uma
necessidade, enquanto que para outra pode ser
classificado como um supérfluo. A partir desse
exercício, pode-se ser mais racional na tomada de
decisões sobre a aquisição ou não de bens e
serviços.
Elaborando um
orçamento
O orçamento é uma ferramenta essencial para a
boa administração financeira, consiste em listar e
comparar as entradas com as saídas em um
determinado período de tempo, normalmente
mensal. O orçamento é particularmente útil para
prevermos como será gasto o nosso dinheiro nos
períodos seguintes, permitindo que se faça um
controle comparativo entre as despesas previstas e as
efetivamente realizadas.
Esse processo permite conhecer como se
comportam as receitas e as despesas durante um
período de tempo. Por meio do orçamento, é
possível entender os hábitos de consumo da família,
e avaliar adequadamente a sua realidade financeira,
bem como, analisar e controlar os gastos,
identificando onde estão concentrados. A partir
dessas informações, pode-se promover a redefinição
e a racionalização dos gastos com o objetivo de
proporcionar um melhor aproveitamento dos
recursos.
Jesus espera que façamos um orçamento antes de
começar a executar um projeto, fazendo
levantamento de preços para determinar os custos
envolvidos, de modo que, ao comparar com os
recursos disponíveis, seja possível decidir com
segurança se inicia ou não o empreendimento.
Pois qual de vós, pretendendo construir
uma torre, não se assenta primeiro para calcular a
despesa e verificar se tem os meios para a concluir?
Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e
não a podendo acabar, todos os que a virem
zombem dele, dizendo: Este homem começou a
construir e não pôde acabar.
Lucas 14.28-30

Segundo o texto bíblico, deixar um projeto pela


metade por falta de planejamento é motivo de
zombaria. Da mesma forma, acontece quando uma
família, por falta de controle das contas, fica
endividada com o nome negativado, ou tem seus
bens penhorados, ou ainda, quando precisa devolver
algum bem que comprou e não teve com que pagar.
A preparação do orçamento ou do plano
financeiro demonstra organização e disciplina e
proporciona as condições para se economizar e
reservar recursos para as despesas ocasionais, tais
como férias, para fazer investimentos e para
enfrentar os gastos chamados imprevistos. Deve ter
como meta manter as despesas menores que as
receitas, ou seja, o orçamento deve ser superavitário.
Vale lembrar que, a maneira mais fácil de equilibrar
um orçamento não é ganhando mais, mas sim
gastando menos.
O orçamento é o instrumento básico para o
planejamento de como vamos gastar os recursos
financeiros que temos. Por meio dessa ferramenta,
decidimos para onde deve ir o nosso dinheiro. Dessa
forma, se percebe com facilidade quando se gasta
além do que foi orçado e se pode corrigir para o
próximo período.
Pode ser dividido em quatro etapas:
planejamento, registro, controle e ajustes. Na fase
do planejamento, deve-se listar e avaliar as despesas
mensais procurando classificar e distinguir as
despesas fixas e as variáveis, bem como agrupá-las
por tipo, como alimentação, habitação, transporte,
lazer etc. Após classificar e estimar o valor das
despesas mensais, que deve ser sempre inferior a
receita, a próxima etapa é realizar o registro dos
gastos em cada categoria definida na fase de
planejamento.
Por fim, a fase do controle consiste em verificar
se o que foi planejado está batendo com o que foi
efetivamente gasto naquele mês. Qualquer valor
gasto além do que foi orçado pode ocasionar
problemas financeiros e deve incomodar o ambiente
familiar. Isso é espiritual, pois Deus não nos quer
devendo e sem controle. Nossa vida deve ser
superavitária. Assim, deve-se efetuar os ajustes
necessários e fazer o planejamento para o mês
seguinte.
De posse dessas informações, deve-se refletir a
respeito do volume de recurso que se destina a cada
tipo de gasto, sobre os hábitos de consumo e as
possíveis mudanças na forma de gastar.
Compartilhe o orçamento com a sua família,
ouça e valorize as opiniões para que todos
participem e estejam de acordo com as decisões
econômicas a serem tomadas. Além de muito eficaz
para equilibrar as contas, esse processo de
planejamento e controle será muito educativo para
todos.
O sucesso desse processo tem muito de espiritual,
pois o orçamento, o planejamento e o controle são
elementos de prestação de contas dos recursos que
Deus nos dá para administrar, é tirar as contas das
trevas e colocar na luz. Uma pessoa desorganizada e
descontrolada financeiramente não tem liberdade
plena de servir a Deus.
Despesas fixas e
despesas variáveis
Deve-se identificar o que são despesas fixas e
despesas variáveis. As despesas variáveis são aquelas
que dependem do consumo. Por exemplo, as
despesas com energia elétrica, quanto maior o
consumo, maior será a conta a pagar no final do
mês. Assim se comportam outras contas, tais como,
água, alimentação, combustível, roupas, restaurantes
etc. As despesas variáveis podem ser administradas
com mais facilidade de modo a se ajustarem à
capacidade de pagamento da família.
As despesas fixas, por sua vez,são aquelas que
não dependem do consumo e o valor é sempre o
mesmo ao longo de determinado período. Podemos
citar como exemplo, aluguel ou prestação do crédito
imobiliário, mensalidade escolar, empregados etc.
Essas despesas, normalmente, requerem mais tempo
e esforço para serem ajustadas, em caso de
necessidade.
Agrupamento das
despesas por tipo
Antes de colocar no papel as despesas e organizar
as finanças ou de elaborar o orçamento
propriamente dito, precisamos classificar as despesas
por tipo, tais como alimentação, habitação,
transporte, lazer, além das despesas que chamamos
de extras. Da mesma forma, deve-se listar as receitas
da família, tais como, salário, 13º salário, pró-
labore, aluguéis ou outro tipo de renda.
Na sequência, registram-se os valores
correspondentes a cada tipo de receita e de despesa
que se espera efetivar no mês. No primeiro período,
pode-se fazer uma estimativa aproximada das
despesas que não se tenha um valor exato, e nos
períodos seguintes serão feitos os ajustes
necessários. Para as despesas sazonais, deve-se fazer
uma provisão, ou seja, prever um determinado valor
por mês para ser utilizado no momento em que a
despesa for efetivamente realizada.
Existem diversos aplicativos e planilhas
eletrônicas disponíveis que podem ser baixados
gratuitamente, inclusive com recursos gráficos, cuja
operacionalidade é muito amigável, não sendo
necessário ter maiores conhecimentos de informática
para operá-los. No entanto, essa organização das
contas pode ser feita somente com papel e lápis.
Como exemplo, apresentamos a seguir um
modelo de planilha que pode ser utilizado para fins
de planejamento:
Mês 1 Mês 2
Receitas Previsto Realizado Previsto
Salário
Aluguel
13º salário
Férias
Outros
Total
Dízimos
Investimentos
Mês 1
Categoria Despesas Previsto Realizado Previsto
Aluguel
Condomínio
Financiamento
Seguro da casa
Diarista
Habitação Mensalista

IPTU
Subtotal
Prestação do
carro
Seguro do
Fixas carro
Estacionamento
Transporte

IPVA
Subtotal
Plano de saúde
Saúde Academia
Subtotal
Colégio
Faculdade
Educação
Curso
Subtotal
Total das despesas fixas
Mês 1
Categoria Despesas Previsto Realizado Previsto
Luz
Água
Telefone
Telefone
Celular
Variáveis Habitação Gás
Mensalidade
TV
Internet
Manutenção
Subtotal
(continuação) Mês 1
Categoria Despesas Previsto Realizado Previsto
Metrô
Ônibus
Combustível
Transporte
Manutenção
Estacionamento
Subtotal
Supermercado
Feira
Alimentação
Padaria
Subtotal
Medicamentos
Médico
Saúde
Dentista
Hospital
Subtotal
Material escolar
Educação Uniforme
Variáveis Subtotal
Cabeleireiro
Manicure
Cuidados
Esteticista
pessoais
Clube
Subtotal
Roupas
Calçados
Vestuário
Acessórios
Subtotal
Viagens
Cinema/teatro
Lazer
Restaurantes/bares
Subtotal
Presentes
Outros Ofertas
Subtotal
Total despesas variáveis
Total de despesas
Observações:
1) Reproduza esse modelo de planilha no seu computador, por
meio do software de sua preferência, onde é possível adequar
todos os meses do ano, bem como alterar receitas e despesas de
acordo com a realidade financeira de cada leitor e sua família.
2) Os dízimos estão destacados juntamente com os investimentos
(fundos e aplicações), por se tratar da primeira parte que deve
ser separada no momento em que o valor chegar às suas mãos.

Gestão dos principais


grupos de despesas
Os principais grupos de despesas são habitação,
alimentação, transporte, saúde, vestuário e
educação. Segundo pesquisa realizada pelo
IBGE[17], os gastos com essas categorias
representam de 50% a 90% do total de despesas de
uma família, variando principalmente em função da
sua faixa de renda. Em média, segundo essa
pesquisa, no Brasil os gastos com habitação
representam 35,9% das despesas de uma família, os
gastos com alimentação chegam a 19,8% desse total,
e com transporte chegam a 19,6%. Administrar bem
esses gastos faz a diferença no final do mês.
Após identificar como está sendo gasto o
dinheiro da família e constatar se o saldo final está
sendo positivo ou negativo, pode-se começar a
administrar as despesas para que possam se ajustar
melhor ao orçamento, de modo que seja possível,
além de fechar no positivo, constituir uma reserva
para as despesas chamadas imprevistas, para fazer
investimentos e também para realizar seus sonhos e
desejos que dependem de recursos financeiros.
A gestão das despesas deve começar pelas
despesas variáveis e aquelas que podem ser
consideradas menos necessárias ou até mesmo
supérfluas, que são teoricamente as mais fáceis de
reduzir. Por exemplo, as despesas com vestuário,
cinema, restaurantes, objetos de decoração,
aparelhos eletrônicos, viagens, podem estar entre as
primeiras da lista.
Depois, pode-se considerar reduzir, por exemplo,
as despesas com assinatura de revistas e jornais,
televisão a cabo, telefone, internet, água e energia
elétrica. Além disso, reduzir os gastos com
supermercado, pesquisando melhor os preços,
fazendo previamente uma lista de compras e
evitando ir às compras estando com fome, isso
reduzirá a probabilidade de se comprar itens
desnecessários.
Na sequência, deve-se dedicar especial atenção
aos pequenos gastos, que muitas vezes são os
responsáveis por grandes problemas financeiros, tais
como as despesas com engraxate, limpeza e
estacionamento do carro, cafezinho, água mineral,
refrigerante, multas por atraso no pagamento de
contas, juros. Cuidado, as raposinhas podem ser
responsáveis pela destruição das vinhas.
Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que
devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas
estão em flor.
Cantares 2.15

Não podemos deixar de mencionar aqui a


importância de se evitar os desperdícios, tema tão
relevante que está sendo tratado com detalhes em
um capítulo especial. Outro gasto que deve ser
eliminado, que também está sendo tratado em um
capítulo específico deste livro, é a despesa com
juros, que decorre das dívidas.
Após equilibrar as contas, será possível decidir o
que fazer com o que está sendo economizado. Além
disso, pode-se também procurar aumentar as
receitas, seja procurando um emprego ou um
negócio melhor, seja fazendo dinheiro extra dando
aulas ou consultoria, por exemplo.
Definitivamente, o maior ganho do planejamento
é o fato de colocarmos luz em nossas finanças e
assim poder enxergar o real estado delas. Com isso
podemos vislumbrar um estilo de vida de poupador,
que olha para o futuro sem deixar de desfrutar do
presente, tendo a liberdade para doar e ajudar outras
pessoas que estejam precisando. Ao obedecer essas
orientações, a família experimenta a bênção, a
prosperidade e o favor de Deus, pois Ele ordena a
sua bênção onde há transparência, confiança e
união.
Capítulo
5

Vivendo livre
de dívidas

Uma dívida financeira assemelha-se a um


contrato de aluguel, no qual os juros são o
pagamento pela utilização de um dinheiro
pertencente a outra pessoa, por um determinado
período de tempo. Por exemplo, quando alguém
adquire um bem ou um serviço para pagar a prazo
ou faz um empréstimo em um banco, está na
verdade se utilizando de um dinheiro que não dispõe
e por isso deve pagar o custo desse recurso, que se
denomina de juros.
Uma pessoa fica endividada quando utiliza certa
quantidade de dinheiro que não é seu, se
comprometendo a devolvê-lo com juros, acima de
sua capacidade de pagamento. Quando essa
devolução não acontece, essa pessoa passa de
endividada para inadimplente, ficando sujeita a ter
seu nome registrado em cadastros negativos de
devedores.
Possíveis causas
do endividamento
São muitas as causas do endividamento excessivo
e permanente, a maioria das vezes acontece por falta
de um planejamento financeiro eficaz e de controle
das despesas. Por exemplo, muitas pessoas não se
preparam para pagar as despesas sazonais que
ocorrem em certos períodos do ano, tais como:
impostos, seguros, despesas escolares, festas anuais,
férias etc. Em cada uma dessas fases do ano, elas
acabam gastando o que não tê m, entram no cheque
especial, deixam de pagar o total da fatura do cartão
e ficam, consequentemente, endividadas.
Tesouro desejável e azeite há na casa do
sábio, mas o homem insensato os desperdiça.
Provérbios 21.20

Outra razão por que muitas famílias vivem


endividadas é a falta de controle nos gastos, ao
comprar por impulso bens que estão acima de seu
padrão econômico, ou mesmo desperdiçando
recursos adquirindo produtos supérfluos.
Como cidade derribada, que não tem muros,
assim é o homem que não tem domínio próprio.
Provérbios 25.28

Algumas pessoas, por inveja e cobiça, se


endividam para aparentar um padrão social mais alto
do que a sua renda permite.
Tal é a sorte de todo ganancioso; e este
espírito de ganância tira a vida de quem o possui.
Provérbios 1.19

Em certos casos, a compulsão de comprar parece


ser patológica ou uma dependência não química, ou
seja, uma doença ou um vício em que o indivíduo
não consegue se controlar e acaba fazendo compras
de forma inesperada e sem planejamento. Jesus é
poderoso para curar todo tipo de enfermidade.
E l e équem perdoa todas as tuas
iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades.
Salmos 103.3
Lembre-se de que a promessa bíblica é que Deus
suprirá, em Cristo Jesus, todas as nossas
necessidades e não todos os nossos desejos ou
vaidades.
E o meu Deus, segundo a sua riqueza em
glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de
vossas necessidades.
Filipenses 4.19

Em muitos casos, o endividamento decorre do


uso inadequado dos instrumentos de crédito, tal
como: cheque especial, cartão de crédito, crédito
consignado, financiamentos e outros empréstimos.
Ao comprar compulsivamente, seduzido muitas
vezes pela propaganda, compra-se a prazo e
compromete-se com prestações que se espera pagar
com um dinheiro que ainda não recebeu.
Geralmente, a compra a prazo é resultado de
querer ter imediatamente e não saber esperar até
juntar os recursos para comprar. Esse
comportamento tipo “quero agora” é infantil e
imaturo. Uma pessoa madura faz o que é correto
fazer e não o que tem vontade.
Outra situação que pode levar algumas pessoas a
ficarem endividadas é o fato de se tornarem fiadores
de obrigações financeiras de outros. Não assuma
essa responsabilidade, a não ser que esteja disposto e
tenha condições de pagar a conta sem ficar
magoado. Por isso, a Bíblia nos exorta a não
ficarmos por fiador.
Não estejas entre os que se comprometem e
ficam por fiadores de dívidas.
Provérbios 22.26

Os gastos menos relevantes também podem se


tornar os responsáveis pelo endividamento de uma
pessoa ou família. Portanto, não despreze as
,pequenas despesasesteja atento a todos os gastos
menores, inclusive com cafezinho, estacionamentos,
lavagem do carro. São as pequenas raposas que
destroem as vinhas.
Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que
devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas
estão em flor.
Cantares 2.15

Imprevistos
são previsíveis
Por falta de planejamento, algumas famílias não
têm uma reserva financeira, um seguro ou um plano
de saúde para enfrentar as contingências e ocasiões
imprevistas, tais como enfermidades ou acidentes.
Jesus nos insta a sermos prudentes.
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a
quem o senhor confiou os seus conservos para dar-
lhes o sustento a seu tempo?
Mateus 24.45

Ainda no campo dos imprevistos, outra causa de


endividamento muito comum é quando ocorre a
perda do emprego ou a redução do salário, e a
família não tem uma provisão adequada para esse
momento, nem são feitos os ajustes nas despesas
para adequa.ção à nova realidade econômica
Tal como as estações do ano, as crises são
cíclicas e todas as famílias passam por elas,
portanto, os imprevistos sempre vão acontecer e é
preciso estar preparado para eles, seja fazendo as
devidas provisões financeiras, se especializando por
meio de educação continuada para manter a
empregabilidade, fazendo seguro, plano de saúde
etc.
Mas considerai isto: se o pai de família
soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não
deixaria que fosse arrombada a sua casa.
Mateus 24.43

Não ceda ao apelo


da propaganda
Não se deixe envolver pela publicidade, ela é
planejada para convencer as pessoas de que elas têm
uma necessidade que na maioria das vezes não
existe. Algumas propagandas chegam a prometer o
que nós devemos buscar somente em Deus, tal
como felicidade, paz e segurança. A seguinte frase
atribuída a Stephen Leacock[18] traduz bem o
objetivo da propaganda: “Propaganda é a ciência
de prender a inteligência humana tempo suficiente
para tirar dinheiro dela”.
Quando uma pessoa não resiste comprar quando
vai ao shopping ou tem facilidade de ser
influenciada pela propaganda, ela deve evitar
radicalmente se expor a essas tentações, ficando em
casa e até mesmo deixando a televisão desligada. O
resultado final compensa o esforço.
Se um dos teus olhos te faz tropeçar,
arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares
na vida com um só dos teus olhos do que, tendo
dois, seres lançado no inferno de fogo.
Mateus 18.9

A Bíblia nos orienta a fugirmos da tentação e não


a enfrentá-la.
Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas
coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o
amor, a constância, a mansidão.
1 Timóteo 6.11

Não fomos criados para sermos influenciados e


controlados pelos publicitários ou pelos estilistas de
moda. Deus nos criou para dominar a terra e não
para sermos dominados. Não devemos permitir que
c ontrolem os nossos pensamentos, mas devemos
estar cheios da Palavra de Deus.
...e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo.
2 Coríntios 10.5b
As consequências
do endividamento
Uma pessoa endividada se submete a diversas
consequências que prejudicam sensivelmente a
qualidade de vida de sua família. Ao acumular
dívidas, a sua capacidade de consumo fica limitada,
pois tem a renda comprometida com o pagamento
de parcelas, juros, multas. Entre os
constrangimentos, seu nome pode ser registrado em
cadastros de restrição ao crédito e passar a ser
procurada por cobradores e oficiais de justiça. Tal
situação é propícia ao descontrole emocional, aos
problemas de saúde e muitas vezes acabam em
conflitos e divórcios.
Além do comprometimento de seus recursos, o
endividamento pode causar consequências de
natureza moral. Assim, uma pessoa endividada não
perde somente o crédito. Ela perde dinheiro, paz,
alegria, saúde, liberdade, tempo, oportunidades. Em
alguns casos, pode perder o respeito da sociedade,
amigos e até da própria família, especialmente se a
dívida envolver essas pessoas. Nesses casos, vale o
dito: “antes de pedir dinheiro emprestado a um
amigo, decida qual dos dois você precisa mais”.
Além disso, afeta a produtividade profissional,
com o risco de perder o emprego ou seus clientes.
Em muitas situações, com a vergonha de ter que se
abster das atividades sociais, as pessoas endividadas
procuram se esconder e se afastar de seus grupos
sociais, tal como aqueles que foram se ajuntar a
Davi na caverna de Adulã o.
Ajuntaram-se a ele todos os homens que se
achavam em aperto, e todo homem endividado, e
todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe
deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
1Samuel 22.2

Quem tem dívidas não tem


liberdade
Dívida financeira é a obrigação de pagar uma
quantia em dinheiro a outra pessoa, ou seja, o
devedor não está livre para fazer o que quiser com o
seu dinheiro, mas está obrigado a pagar o que deve
ou dar satisfação e explicação pelo eventual não
pagamento na data acertada, por isso “...e o que
toma emprestado é servo do que empresta”
(Prov22.7 érbiosb).
Em um estágio mais avançado, uma pessoa
endividada é aquela que está obrigada a pagar
valores que comprometem a sua capacidade
econômica, restringindo significativamente a
liberdade de utilização dos seus próprios recursos.
De modo que, andar endividado inviabiliza a vida
cristã abundante que o Senhor conquistou para nós.
Porque o que foi chamado no Senhor, sendo
escravo, é liberto do Senhor; semelhantemente, o
que foi chamado, sendo livre, é escravo de Cristo.
Por preço fostes comprados; não vos torneis
escravos de homens.
1 Coríntios 7.22-23

Portanto, essa é a vontade de Deus, que andemos


livres de todo tipo de dívidas, exceto a dívida do
amor ao próximo, a qual nunca poderemos saldar
completamente.
A ninguém fiqueis devendo coisa alguma,
exceto o amor com que vos ameis uns aos outros;
pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.
Romanos 13.8
Tenha aversão às
dívidas
Devemos rejeitar as dívidas porque fomos
chamados para viver a vida abundante conquistada
por Jesus Cristo para nós, para desfrutarmos dos
benefícios prometidos pelo Senhor em sua Palavra.
Segundo a Bíblia, uma das bênçãos que virá e
alcançará os filhos de Deus que são obedientes é
que eles emprestarão a muitas pessoas, mas não
pedirão emprestado.
O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o
céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e
para abençoar toda obra das tuas mãos;
emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás
emprestado.
Deuteronômio 28.12

Por outro lado, precisar tomar emprestado é


considerado pela Bíblia uma maldição para aqueles
filhos que não se submetem ao Pai Celeste.
Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe
emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás
por cauda.
Deuteronômio 28.44

Ninguém reduz o seu nível de pobreza pedindo


dinheiro emprestado, pelo contrário, se torna mais
pobre ainda porque as suas despesas estarão
aumentando com os juros que se obriga a pagar.
Segundo Larry Titus[19]: “A dívida surge
diretamente do sistema mamom e não é um
programa criado por Deus. Ela é o derradeiro
feitor de escravos e, no fim das contas, uma
verdadeira assassina. A dívida não tem remorso
nem piedade”.
Por meio de uma dívida alguém pode passar a
desfrutar de um bem ou de um serviço que Deus
ainda não lhe deu condições de ter. No final das
contas, essa pessoa não é abençoada por que se
apressou, tomando posse de uma herança
precipitadamente.
A posse antecipada de uma herança no fim
não será abençoada.
Prov20.21 érbios

Jesus nos garantiu que se buscarmos em primeiro


lugar o Reino de Deus, todas as nossas necessidades
serão supridas por Ele, pois o Pai sabe muito bem
do que precisamos. Se realmente confiamos nisso
não faz sentido apelarmos para algo que não é de
Deus, as dívidas, para adquirir essas coisas.
...Pois vosso Pai celeste sabe que necessitais
de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu
reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.
Mateus 6.32b-33

Viva contente com o que


já tem
O melhor antídoto para a tentação de se adquirir
algo por meio de uma dívida é estar contente com
aquilo que se tem. O instinto egoísta e de querer
sempre mais já nasce com a criança, por isso
precisamos aprender e desenvolver esse estado de
contentamento.
Digo isto, não por causa da pobreza,
porque aprendi a viver contente em toda e qualquer
situação.
Filipenses 4.11

Uma pessoa é rica sempre que acredita que tem o


suficiente. Ela é próspera e, mesmo não sendo
proprietária de muitos bens, leva a sua vida
abençoada e se sente suprida por Deus.
O SENHOR é o meu pastor; nada me
faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes.
Leva-me para junto das águas de descanso;
refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da
justiça por amor do seu nome.
Salmos 23.1-3

Uma pessoa satisfeita com o que tem torna-se


rica mesmo sendo pobre, enquanto que o rico
descontente vive como pobre.
Uns se dizem ricos sem terem nada; outros
se dizem pobres, sendo mui ricos.
Provérbios 13.7

Isso não significa estar acomodado, pelo


contrário, devemos buscar sempre manter o
equilíbrio da prosperidade financeira, que é
desfrutar com satisfação, alegria e gratidão do que já
temos e, ao mesmo tempo, nos capacitar e trabalhar
com diligência para o progresso profissional e
financeiro.
Os planos do diligente tendem à
abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
Provérbios 21.5

Sobretudo, devemos estar cientes de que de nada


adianta trabalhar diligentemente se não contarmos
com o favor de Deus. Ele abre portas, faz o nosso
trabalho render, providencia pessoas para nos
ajudar, multiplica os nossos recursos, nos dá
livramentos. Contar com o favor de Deus é ter o
Seu poder trabalhando em nosso benefício.
Se o SENHOR não edificar a casa, em vão
trabalham os que a edificam; se o SENHOR não
guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil
vos será levantar de madrugada, repousar tarde,
comer o pão que penosamente granjeastes; aos
seus amados ele o dá enquanto dormem.
Salmos 127.1-2

Segundo estudos recentes no âmbito da


psicologia positiva[20], a felicidade de uma pessoa é
determinada em 50% pela genética, 40% pela
intencionalidade, ou seja, pelas escolhas relacionadas
com o estilo de vida, com atividades espirituais,
sociais ou físicas, e somente 10% da felicidade é
determinada pelas circunstâncias. Dentre as
circunstâncias que são responsáveis por essa fatia de
10% da felicidade, estão o sucesso financeiro, o
bom emprego, um casamento e uma família feliz,
morar no local dos seus sonhos, etc.
Assim, confirma-se cientificamente que a
felicidade não depende de ter mais dinheiro ou bens
materiais. É por isso que vemos algumas pessoas
ricas, famosas, saudáveis, que aparentemente têm
tudo, mas que são infelizes. As conclusões dessa
pesquisa confirmam o que disse Jesus “Então, lhes
recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda
e qualquer avareza; porque a vida de um homem
não consiste na abundância dos bens que ele
possui” (Lucas 12.15).
Portanto, uma pessoa cuja felicidade depende de
circunstâncias como: conforto, estabilidade
financeira, prestígio, ou que busca satisfação na
conquista de bens materiais, está se apoiando em um
fundamento falso.
Porventura, fitarás os olhos naquilo que
não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para
si asas, como a águia que voa pelos céus.
Provérbios 23.5

Outra pesquisa sobre a felicidade realizada com


cerca de 150.000 pessoas de diferentes países
realizada pelo Instituto Gallup em 2012, mostra que
as pessoas mais felizes não estão no Canadá, país
com uma das melhores qualidades de vida, nem nos
Estados Unidos, país mais rico do mundo e com
uma das maiores rendas per capita. Isso evidencia
que ter mais dinheiro não está diretamente
relacionado com ser mais feliz.
O carro novo, a casa nova, aquela viagem dos
sonhos, logo perdem o encanto e a pessoa volta a
depender de obter outras coisas para sentir um
pouco de alegria. Apesar do forte crescimento
econômico da Inglaterra na segunda metade do
século XX, os britânicos são hoje menos felizes do
que eram nos anos 50, indica pesquisa encomendada
pela BBC[21].
Para termos contentamento, devemos fixar os
nossos pensamentos naquilo que já conquistamos e
não naquilo que não temos. O texto bíblico nos
adverte que, para experimentarmos as dádivas de
Deus preparadas para nós, devemos renovar a nossa
mente, ou seja, substituir os maus pensamentos
.pelos bons pensamentos
E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12.2

Os bons pensamentos nos ajudam a ver as


circunstâncias pela melhor perspectiva e a ter as
melhores atitudes em relação a elas. Segundo
Willian James[22]: “A maior revolução de nossos
tempos é a descoberta de que ao mudar as atitudes
internas de suas mentes, os seres humanos podem
mudar os aspectos externos de suas vidas”.
Há muitos séculos a Bíblia já afirmava que
“Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim
o coração do homem ao homem” (Provérbios
27.19).
Porque, como imagina em sua alma, assim ele
é...
Provérbios 23.7a

Outro grande benefício de nos esquivarmos das


dívidas é não corrermos o risco de nos endividarmos
e chegarmos àcondição de insolvência, ou seja, de
não ter capacidade econômica para pagar nossas
dívidas. Alguém que chega à situação de não poder
pagar o que deve é nominado pela Bíblia como
ímpio, enquanto que aquele que tem para si e para
ajudar o próximo é chamado de justo.
O ímpio pede emprestado e não paga; o
justo, porém, se compadece e dá.
Salmos 37.21

Quando é razoável
pedir emprestado
Podemos ficar devendo quando o bem adquirido
com o empréstimo puder ser vendido no mercado
por valor suficiente para pagar a dívida com sobra,
ou quando o recurso emprestado for utilizado em
um investimento, que, segundo se avalia, irá
produzir renda suficiente para se pagar e gerar lucro.
Sobretudo, deve-se verificar diligentemente se as
prestações poderão ser absorvidas pelo seu
orçamento, considerando outras eventuais
prestações já assumidas e as despesas correntes.
Também, é aceitável contratar um financiamento
para investir em um negócio do qual se espera,
conforme cuidadoso planejamento, que produza
lucro em valor superior aos juros que ser ãopagos à
instituição financeira. Nesse caso, os juros
representam o custo financeiro do empreendimento,
que será pago dentro do prazo estipulado.
De qualquer forma, ao decidir fazer um
empréstimo ou um financiamento, deve-se ter muita
cautela e procurar saber qual o custo efetivo da
operação, que corresponde aos juros, encargos e
despesas incidentes nas operações de crédito, que
deverá ser informado pelas instituições financeiras
antes da contratação da operação, e compare com o
de outras entidades. Quando se compara apenas a
taxa de juros há o risco de estar se equivocando,
pois existem outros custos e encargos, que podem
estar incidindo sobre a operação, tornando-a mais
cara, mas que não estão sendo computados, como
por exemplo, uma taxa de análise de crédito.
Evitando o endividamento
Sabemos que nem tudo na vida acontece como se
planeja, por isso é possível dizer que o inesperado
pode ser esperado. Assim, uma família prudente não
pode consumir toda a sua renda, mas deve adequar
seus hábitos de consumo à sua capacidade
econômica e destinar parte dos seus ganhos para
uma reserva financeira com o objetivo de cobrir
eventuais necessidades imprevistas e as despesas
sazonais. Prevenir-se para enfrentar as contingências
é sempre mais simples do que sair de uma situação
de endividamento.
Despesas sazonais
Como já foi dito antes, essas despesas são
aquelas que se concentram em determinada época
do ano. Por exemplo, todo início de ano acontecem
os gastos com material escolar, matrícula, IPTU,
IPVA. Outras despesas que se classificam nessa
categoria são as despesas com viagens de férias e em
datas festivas, tais como, Natal, Dia das Mães,
alguns aniversários etc. É necessário ter uma atenção
especial com essas despesas sazonais para não ficar
endividado.
Geralmente, no final e início de ano, acontecem
as principais despesas sazonais, por isso precisam ser
administradas com maior cuidado. Por exemplo,
nesse período se fazem despesas com a festa e com
os presentes de Natal, com viagens de férias muitas
vezes, além das despesas escolares, impostos e
seguros. Certamente, muitos de nós já tiveram que
“apertar os cintos” das finanças por causa dessas
despesas, alguns chegaram a entrar no cheque
especial e outros a pedir empréstimos bancários.
Ao identificar e estimar essas despesas e o
período que elas acontecem, uma família pode se
organizar para reduzir seus gastos em outros meses.
Assim, se evitará o estresse e o risco de
endividamento.
Plano de saúde e seguro
Para não sermos surpreendidos com certas
despesas contingentes e minimizarmos os riscos de
endividamento, é recomendável contratarmos um
plano de saúde para a família e fazer seguro do
carro, da casa etc. José foi um exemplo, pois salvou
os egípcios e a sua família de muito sofrimento
porque agiu prudentemente e colocou em prática um
projeto de poupança, fazendo uma reserva durante
sete anos para suprir o tempo de escassez que estava
por vir. (Gênesis 41.33-36).
Cheque especial
não é salário
Muitas pessoas entram no cheque especial sem se
dar conta do prejuízo e do desperdício que é o
pagamento dos altos juros dessa linha de crédito. Na
verdade, o cheque especial é uma operação de
crédito aprovada previamente pela qual a instituição
financeira cobrará juros exorbitantes. A partir do
momento em que se entra no cheque especial,
começa a cobrança de juros sobre o valor utilizado.
É como relógio medidor que registra o consumo de
uma torneira aberta ou eletrodoméstico ligado sem
necessidade.
O cartão de crédito
e o endividamento
O cartão de crédito é um meio de pagamento e
uma excelente ferramenta para a administração
financeira da família que sabe como utilizá-lo. O
cartão de crédito pode ser utilizado para um melhor
controle das despesas, já que a fatura espelha com
detalhes cada transação e, geralmente, pode ser
consultada a qualquer momento pela internet
mesmo que ainda não tenha sido fechada.
Além disso, pode-se contar com benefícios de
seguro viagem, acesso a sala Vip em aeroportos,
agendamentos e descontos em eventos sociais,
pontos em programas de fidelidade para aquisição
de bens e de passagens aéreas.
No entanto, o uso do cartão de crédito deve ser
feito de forma consciente, dentro da capacidade de
pagamento mensal da família, para que a fatura seja
sempre paga integralmente. A compra no cartão
deve ser feita quando se tem o dinheiro para pagar
no vencimento. Pagar parte da fatura ou fazer saque
de dinheiro no cartão de crédito pode levar a um
caminho sem volta rumo ao endividamento, pois
submete o saldo devedor a juros exorbitantes, que
podem dobrar em apenas seis meses.
Portanto, a boa utilização do cartão de crédito
requer um mínimo de planejamento financeiro, para
saber o quanto se pode comprar no cartão de
maneira que se tenha dinheiro para pagar o total da
fatura na data do vencimento. Para facilitar, deve-se
escolher uma data de vencimento que seja mais
favorável, como por exemplo, após o recebimento
dos rendimentos mensais.
Essa tarefa será mais fácil quanto menor for o
número de cartões que se utilize. Pois quanto maior
for o número de cartões, maior será a despesa com
anuidades, maior será o limite de compra e maior
será a probabilidade de se gastar mais do que se
ganha.
A respeito da anuidade, é recomendável fazer
uma pesquisa sobre o valor que será cobrado antes
de contratar com o cartão de crédito. Faça uma
comparação entre as diversas instituições que
oferecem esse serviço para optar por aquela cuja
anuidade seja mais em conta. Existem casos,
dependendo do volume movimentado, em que a
instituição isenta o cliente do pagamento.
Evite as compras parceladas, inclusive aquelas
que supostamente são sem juros, pois cada
prestação representará uma redução dos seus
rendimentos mensais enquanto durar o
compromisso. Elas deveriam ser realizadas somente
quando se tem o dinheiro para pagar à vista e esse
dinheiro éaplicado enquanto as parcelassão
liquidadas .
Quando uma pessoa não tem renda suficiente
para adquirir um bem à vista e o compra para pagar
em parcelas mensais, poderá ter dificuldades de
chegar ao fim do mês com saldo na conta, se não
tratar de adequar seus gastos ao novo valor
disponível mensal, reduzido da quantia
comprometida com a prestação.

Não ceda à tentação de


pagar
somente parte da fatura
Cuidado! As instituições que administram cartão
de crédito ganham muito dinheiro com os altos juros
cobrados das pessoas que, inadvertidamente, pagam
somente o valor mínimo da fatura.
Há daqueles cujos dentes são espadas, e
cujos queixais são facas, para consumirem na terra
os aflitos e os necessitados entre os homens.
Provérbios 30.14

Em conclusão, o estilo de vida cristão envolve


uma vida livre das dívidas e de suas consequências.
Para isso, devemos manter uma reserva financeira
para fazer frente aos imprevistos, realizar nossos
sonhos e ajudar os pobres. Devemos planejar e
controlar os nossos gastos, não comprar por
impulso, ou para pagar com um dinheiro que ainda
não entrou em nossa conta. Viva feliz com o que
Deus já lhe deu sem deixar de trabalhar para crescer
profissional e financeiramente.
Como sair da situação
de endividamento
A primeira coisa que precisa acontecer para que
alguém saia das dívidas é admitir que está
endividado, que tem cometido erros financeiros e
que precisa de ajuda, porque “o que encobre as
suas transgressões jamais prosperará; mas o que
as confessa e deixa alcançará misericórdia”
(Prov28.13 érbios).
A pessoa não deve ficar triste somente porque
está endividada, mas sim, pelo motivo pelo qual está
endividada
Porque a tristeza segundo Deus produz
arrependimento para a salvação, que a ninguém
traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.
2 Coríntios 7.10

A tristeza, segundo Deus, é aquela que leva ao


arrependimento da atitude que motivou o
endividamento. Envolve reconhecer o erro (que
pode ter sido por falta de planejamento, falta de
domínio próprio, ganância, inveja) para que haja a
cura e a libertação. A mudança deve partir de dentro
para fora, do interior para o exterior. Se não
mudamos as atitudes do nosso coração, não
podemosmudar de forma consistente o nosso estilo
de vida.
Faça um mapeamento
das dívidas
Em seguida, deve-se colocar luz por meio do
mapeamento de todas as dívidas e fazer o registro
detalhado dos valores devidos, computando-se o
principal, juros, multas e outros encargos. Deve-se
identificar também as respectivas taxas de juros,
prestações, vencimentos, prazos contratuais,
garantias oferecidas. Essas obrigações devem ser
organizadas, listando primeiro aquelas que cobram
juros maiores.
Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito.
Provérbios 4.18

Adicionalmente, deve-se elaborar um orçamento,


onde se registram todas as entradas de recursos
financeiros e todos os gastos realizados mensalmente
de modo a identificar as reais condições para fazer
frente às dívidas.
Ao trazer à superfície esses números, a pessoa
passa a enxergar claramente a sua situação. É como
alguém míope que passa a usar óculos e começa a
ver os detalhes que não via antes. “Ele revela o
profundo e o escondido; conhece o que está em
trevas, e com ele mora a luz” (Daniel 2.22).
Administre as dívidas
A partir dessas informações, a primeira
providência deve ser trocar as dívidas com juros
mais altos por outras com juros menores. Uma das
maneiras de fazer isso é por meios da portabilidade
do crédito, que é a possibilidade de transferência da
dívida de um banco para outro. Para isso, deve-se
procurar um banco que se disponha a conceder o
novo crédito com juros mais baixos, que fará a
transferência dos recursos diretamente para a
instituição original, quitando a dívida
antecipadamente.
Também, deve-se renegociar as dívidas com os
credores, buscando melhores condições de juros e
prazos. Outro aspecto que deve ser ponderado é a
possibilidade de se requerer a revisão dos juros na
justiça, pois em muitos casos tem se constatado
abusos e juros exorbitantes. Um dos caminhos mais
eficazes para isso é por meio dos órgãos de defesa
do consumidor.
Todo recurso disponível deve ser canalizado para
a amortização das dívidas com juros mais altos,
inclusive, deve ser considerada a possibilidade de se
vender algum patrimônio e utilizar o dinheiro obtido
na amortização dessas obrigações. Nesse caso, tenha
o cuidado de não se precipitar e vender o bem por
preço abaixo do valor de mercado.
Ao negociar a dívida tenha o cuidado de não
prometer o que não pode cumprir. Às vezes diante
das pressões, algumas pessoas prometem pagar
quando sabem que não têm como fazê-lo. A verdade
precisa ser dita, mesmo que seja que não tem como
pagar nesse momento, que precisa antes se
recuperar financeiramente. Não dizer a verdade
sempre trará consequências ruins, pois sabemos
quem é o pai da mentira. Pelo contrário, ao dizer a
verdade demonstramos confiança em Deus, que nos
dará a vitória.
Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não,
não. O que disto passar vem do maligno.
Mateus 5.37

Mudança de
comportamento
Nesse contexto, é importante não fazer novas
dívidas, comprar sempre à vista, reduzir as despesas,
cortar os gastos supérfluos, minimizar os
desperdícios, procurar alternativas mais baratas para
os gastos necessários. Por exemplo, analisar a
possibilidade de trocar o carro por um mais barato,
ou mesmo de vender para sair da prestação e
comprar um mais simples à vista.
Todo o esforço nesse sentido vai trazer excelentes
resultados. Uma família que deseja sair das dívidas
não pode continuar comendo fora, gastando em
diversão e viagens, comprando roupas e outras
compras a crédito. Todas as decisões que envolvem
gastos devem ser precedidas de oração e de
conversa entre os familiares. Procedendo assim,
evita-se cometer o erro de gastar por impulso.
Portanto, antes de fazer qualquer compra, uma
pessoa que deseja sair das dívidas deve se perguntar
se precisa mesmo fazer essa aquisição. Caso a
resposta seja sim, deve se perguntar se há
necessidade de fazer essa compra nesse momento ou
se pode ser em outra oportunidade. Não se deve
ceder à tentação da propaganda ou decidir em
função das expectativas das outras pessoas. Quem
sabe, pode estar acontecendo o que afirmou Will
Rogers[23]: “Muita gente gasta o dinheiro que não
tem para comprar o que não precisa, de modo a
impressionar pessoas de quem não gosta”. Para ter
sucesso nesse desafio é preciso ter a disciplina de
jamais gastar mais do que ganha e de não gastar
antes de receber.
Priorize o
pagamento
das dívidas
Quando o profeta Eliseu foi usado por Deus para
ajudar uma viúva endividada, fazendo multiplicar de
forma abundante o seu pouco azeite, ele orientou
que ela vendesse o produto e, em seguida, pagasse a
sua dívida. Somente depois, ela deveria utilizar os
recursos para seu próprio benefício.
...Disse-lhe ele: Vai, vende o azeite, e paga a
tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
2 Reis 4.7b
Trabalhe um pouco
mais
Depois de negociar as dívidas e de estar
administrando bem os gastos, deve-se pensar em
como aumentar a renda familiar. Verificar a
possibilidade de fazer trabalhos adicionais fora do
horário de expediente. Conforme afirma Altomir
Regis da Cunha[24]: “Não existe espaço para a
prosperidade sem empenho, esforço, dedicação”.
No entanto, deve-se ter o cuidado para que o
trabalho extraordinário não venha a sacrificar o
relacionamento familiar e o tempo com Deus. Além
disso, se não houver disciplina para conter os gastos,
e canalizar o dinheiro extra para o pagamento das
dívidas, toda a renda adicional será facilmente
absorvida pelas despesas correntes da família. Com
o aumento da receita há sempre uma tendência de
aumentar as despesas.
Cuidado com as
propostas
de ganho fácil
Em tempos de dificuldades financeiras não é raro
surgirem propostas de negócios com altas margens
de ganhos. Deve-se ter muito cuidado com essas
ofertas, porque, frequentemente, são transações
muito arriscadas, pouco ou nada éticas, ou até
mesmo desonestas. Seja prudente, não tenha pressa
de aceitar uma proposta dessa natureza, antes
procure se informara respeito para não correr o
risco de se ver em uma situação ainda pior.
O que é ávido por lucro desonesto
transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno,
esse viverá.
Provérbios 15.27

Sobretudo, uma pessoa verdadeiramente


abençoada será suprida por Deus por meio do seu
trabalho.
Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho
de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
Salmos 128.1-2

A maldição do
jogo
O jogo de azar é planejado de tal forma que as
probabilidades de ganho para o apostador são
,mínimaspor isso, todo o dinheiro e o tempo que se
emprega em apostas está sendo desperdiçado. Além
disso, o jogo de azar é uma atividade viciante que
domina a vida de uma pessoa a ponto de relegar a
segundo plano os valores cristãos, os compromissos
familiares, sociais e profissionais, tornando-se uma
idolatria.
Assim, muito mais do que dinheiro, uma pessoa
viciada em jogo acaba perdendo a sua comunhão
com Deus, prejudicando a sua família, a sua carreira
profissional e os seus relacionamentos sociais.
Concordamos que é verdadeiro o ditado: “No jogo o
que menos se perde é o dinheiro”.
Concordo com o que afirma Larry Titus[25]:
“Todos nós sabemos que Las Vegas está construída
em cima das costas de apostadores que se
convenceram de que podem ser exceção à regra de
que, mais cedo ou mais tarde, o cassino vence”.
Envolva a
família
nesse desafio
Nesse desafio de se livrar das dívidas, é
fundamental o envolvimento e a conscientização da
família, cujos integrantes devem conversar para
identificar e eliminar os desperdícios e as despesas
que trazem pouco benefício ou que sejam
supérfluas. A família deve ter o firme propósito de
não fazer novas dívidas, não gastar mais do que
ganha, nem gastar contando com receitas ainda não
confirmadas, ou seja, antes que o dinheiro entre na
conta.
De acordo com o que nos ensina a Bíblia,
devemos consolidar primeiro os nossos negócios
para depois usufruirmos em nosso conforto e
deleite.
Cuida dos teus negócios lá fora, apronta a
lavoura no campo e, depois, edifica a tua casa.
Provérbios 24.27

Nesse processo, é fundamental que os familiares


orem juntos pedindo ao Senhor que abençoe as suas
finanças e que lhes dê sabedoria para administrar
corretamente e que busquem com amor ser uma
bênção um para o outro na forma de lidar com o
dinheiro.
Os cônjuges devem primar pela transparência e
não esconder um do outro as suas transações
financeiras, para isso é importante promover um
ambiente de amor e respeito para que haja liberdade
para compartilharem seus sentimentos a respeito de
dinheiro. Nesse sentido, o ideal é que o casal defina
uma periodicidade para tratarem sobre finanças em
família.
Para vencer as dívidas, também tem sido muito
eficaz a participação de grupos de estudos com
outras pessoas que já passaram ou que estão
passando por situação semelhante.
Assim sendo, após admitir que está endividada,
uma pessoa deve colocar luz nas suas finanças,
escrevendo todas as dívidas, parcelas e juros, e
elaborar um orçamento contemplando as entradas e
as saídas. A partir daí, conhecendo melhor a sua
realidade financeira, é que se deve procurar
renegociar as dívidas e, com a participação de toda a
família, ser mais criterioso na utilização de cada
centavo ganho, priorizando o pagamento das
dívidas. Além disso, deve-se buscar aumentar a
renda familiar, tendo o cuidado de não se envolver
com negócios sem consistência.
Passando de
devedor
para investidor
Depois de sair das dívidas e começar a fazer as
suas reservas é hora de pensar em investir da melhor
maneira o seu dinheiro, com baixo risco e alta
liquidez, ou seja, que tenha uma garantia de
rendimento mínimo e que possa ser sacado a curto
prazo. Os produtos mais comuns com essas
características oferecidos pelos bancos são:
poupança, CDB, tesouro direto e fundos. Antes de
investir procure se informar sobre as taxas cobradas,
que são diferentes em cada instituição, e sobre os
impostos incidentes, que podem variar por tipo de
produto ou em função do prazo de resgate. Vale
destacar que esses investimentos são garantidos pelo
Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o valor de
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
Por fim, é importante ressaltar que, para
mudarmos uma circunstância precisamos ter uma
atitude diferente da que nos levou a essa situação. É
preciso ter maturidade para mudar e para fazer o
que precisa ser feito. Uma criança quer fazer o que
tem vontade, mas uma pessoa madura deve fazer o
que é certo. Quando uma família se dispõe a
obedecer e a seguir essas instruções, Deus abençoa e
prospera de forma maravilhosa, pois Ele opera onde
há luz e tem interesse que seus filhos estejam livres
de dívidase prósperos financeiramente .
Capítulo
6

Prepare seus filhos


para a independência
financeira Os pais podem estimular a diligência
ou a negligência dos filhos. O sucesso deles não
acontecerá por acaso; o casal precisa ter uma visão
para os filhos. Visão é a fotografia do futuro. A
visão nunca mantém a história, ela cria a história.

Você tem uma visão para sua família? Como vê


seus familiares daqui a vinte anos? Você quer ter
sucesso como família? Então tenha um propósito
para se apaixonar e uma visão para alcançar. Deus
espera que tenhamos nossos planos e sonhos, sem
deixar de confiar que Ele tem o melhor preparado
para nós.
O coração do homem pode fazer planos,
mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.
Provérbio 16.1

Quando meus pais se casaram, eles entraram em


acordo sobre a educação dos filhos. Decidiram que
iríamos estudar e fazer uma graduação, o que, nas
circunstâncias em que viviam, era praticamente
impossível.
Meu pai não ganhava o suficiente para nos
sustentar, minha mãe lavava roupa para várias
famílias e vivíamos em uma cidade que, na época,
não possuía uma universidade. A cidade mais
próxima onde havia uma universidade ficava a 1.800
quilômetros de distância.
Eles se empenharam naquele propósito e, apesar
de todos os percalços, não desistiram da visão
inicial. Como resultado,
todos os seus filhos se graduaram e são bem-
sucedidos profissionalmente.
Ore pela carreira profissional
de
seus filhos desde a infância
deles A Bíblia nos ensina como
orar de forma eficaz. Devemos
pedir a Deus o que desejamos
profissionalmente para nossos filhos
de forma diligente e objetiva: “Pedi,
e dar-se-vos-á; buscai e achareis;
batei, e abrir-se-vos-á” (Mateus
7.7).
Mas não podemos perder de vista que o melhor
para eles é a boa, agradável e perfeita vontade do
Pai Celestial: [...] venha o teu reino; faça-se a tua vontade,
assim na terra como no céu.
Mateus 6.10

E não vos conformeis com este século, mas


transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12.2

Por outra parte, ao orarmos, devemos ter sempre


em mente o benefício que nossos filhos, como
profissionais, poderão trazer às pessoas e ao Reino
de Deus: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal,
para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4.3).
Devemos orar a Deus diligentemente para que Ele
abençoe nossos filhos com uma profissão tal que
eles possam desenvolver seus talentos com alegria e
prazer. E que, por meio das atividades profissionais
deles, nossos filhos possam abençoar, confortar,
levantar muitas pessoas e, principalmente, levá-las à
salvação em Cristo Jesus.
Além disso, devemos pedir a Deus que dê a
nossos filhos uma profissão rentável para que eles
possam viver confortavelmente, ajudar pessoas
necessitadas e contribuir financeiramente com a obra
de Deus.
O futuro de uma pessoa
depende do que seu
coração está cheio A vida de
uma pessoa é o reflexo do que
está em sua mente e em seu
coração.
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
coração, porque dele procedem as fontes da vida.
Prov4.23 érbios

O que ocupa nossos pensamentos é o que está


em nossa mente, e nossas palavras, ações e reações
expressam o que meditamos: ...porque a boca fala do que
está cheio o coração.

Lucas 6.45b
Como na água o rosto corresponde ao
rosto, assim, o coração do homem, ao homem.
Provérbios 27.19

Portanto, devemos ensinar nossos filhos a terem


bons pensamentos, e para isso não existe melhor
método do que ensiná-los a meditar nos princípios
cristãos da Bíblia Sagrada. O que ocupa o nosso
coração é determinante, pois é dele que procedem as
fontes da vida, ou seja, o bem ou o mal que
acontece conosco começa em nosso homem interior.
Apenas bons pensamentos devem permanecer em
nossa mente. Devemos fazer um controle de
qualidade para refugar os maus pensamentos, nos
perguntando se o que estamos pensando é puro,
justo, agradável e edifica: Finalmente, irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se
alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que
ocupe o vosso pensamento.
Filipenses 4.8

Ou seja, devemos trazer cativo “todo pensamento


à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10.5b). Isso é
possível quando alimentamos nossa mente
meditando na Palavra de Deus, e dedicamos tempo
de qualidade, diariamente, à oração, isto é, quando
passamos tempo com o Pai celeste. Para mim, esta é
a chave de todas as chaves: “ter tempo de qualidade
a sós com Deus (TQSD)”.
Nosso coração é como um jardim e nós somos os
jardineiros. Tudo o que vemos ou ouvimos passa a
ser objeto de nossa meditação; são como sementes
lançadas no jardim de nosso coração. Precisamos
cuidar bem desse jardim porque nossa vida reflete o
que está em nosso coração. É relevante
selecionarmos as notícias que vamos ler ou assistir
na televisão, já que tudo o que vemos e ouvimos é
semeado em nosso coração. Alguns telejornais, por
exemplo, são nocivos à nossa alma, pois selecionam
os piores fatos e fazem uma espécie de terrorismo a
respeito dos efeitos das crises.
Utilizando as
palavras
de bênçãos Precisamos
utilizar o poder das
palavras de bênçãos para
os nossos filhos e a nossa
família. Para começar,
uma pessoa não deve
reclamar das suas receitas,
dos seus clientes, dos seus
funcionários, líderes etc.
Ou seja, um trabalhador
nunca deve se queixar do
seu trabalho ou das
pessoas de sua
convivência profissional.
Devemos ter muito cuidado com as nossas
palavras, pois elas podem nos prender. Quando
reclamamos ou ficamos a nos lamentar, nos
prendemos a um ciclo de derrotas.
Estás enredado com o que dizem os teus
lábios, estás preso com as palavras da tua boca.
Provérbios 6.2

As nossas palavras não devem entristecer ou


desanimar os nossos familiares, antes devemos ter
sempre palavras boas, que os ajudem a crescer na fé
e a conseguir o que necessitam, de modo que aquilo
que dissermos faça bem aos que nos ouvem.
Lembrando que nós somos os primeiros a ouvir as
palavras que proferimos.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra
torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça aos que ouvem.
Efésios 4.29

Deus nos abençoa


também na crise
Não permita que o
seu coração seja
tomado por
pensamentos
negativos em função
das insistentes notícias
divulgadas pelas
mídias a respeito de
crise econômica e
dificuldades
financeiras. Creia e
medite na Palavra de
Deus, pois Ele,
certamente, vai fazê-
lo prosperar mesmo
em tempos ditos
difíceis.
Credita-se ao ex-presidente John Kennedy a
frase: “A palavra chinesa crise é formada por dois
caracteres: perigo e oportunidade”. Fique com a
segunda parte e perceba as oportunidades que Deus
lhe proporcionará em meio à crise.
Em tempos de crise, os ambientes econô micos
passam por transformaçõ es, onde algumas fortunas
e empresas desaparecem, enquanto outras empresas
crescem e novos negó cios se consolidam no
mercado. Nesse contexto, a Bí blia nos dá seguran
ç a de que, ao estarmos alinhados com a vontade de
Deus, estaremos do lado dos que vã o prevalecer e
crescer a despeito de qualquer adversidade.
Eles serã o para mim particular tesouro,
naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos
Exércitos; poupá -los-ei como um homem poupa a
seu filho que o serve. Entã o, vereis outra vez a
diferenç a entre o justo e o perverso, entre o que
serve a Deus e o que nã o o serve.
Malaquias 3.17-18

Deus será o nosso conselheiro e, naqueles dias,


nos dará novas ideias, estabilidade emocional, e a
clareza para tomarmos decisõ es acertadas, de
modo a nos fazer prosperar e a viver em abundâ
ncia.
O SENHOR te guiará continuamente, fartar
á a tua alma até em lugares á ridos e fortificará os
teus ossos; será s como um jardim regado e como
um manancial cujas á guas jamais faltam.
Isaías 58.11
Falamos o que
pensamos
É fundamental passarmos cada vez mais tempo
lendo, ouvindo e meditando na Palavra de Deus,
para que o nosso coração se mantenha cheio de boas
palavras, em linha com o que diz a Bíblia.
Guardo no coração as tuas palavras, para
não pecar contra ti.
Salmos 119.11

De modo que devemos utilizar as nossas palavras


para prosperar a nossa vida, nossos filhos e a nossa
família. Tudo o que você disser sem duvidar, em seu
coração, será feito.
Porque em verdade vos afirmo que, se
alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no
mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se
fará o que diz, assim será com ele.
Marcos 11.23

Tenho por hábito citar um texto da Palavra de


Deus sempre que eu entro em minha casa e desde
que conheci ao Senhor eu repito frequentemente na
primeira pessoa o Salmo 1º.
Bem-aventurado o homem que não anda no
conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do
SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele
é como árvore plantada junto a corrente de águas,
que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja
folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será
bem sucedido.
Salmos 1.1-3

Portanto, não dê mídia para o inimigo, não fale


dos problemas. Procure sim, propagar as soluções e
as vitórias! Quando uma pessoa fala das doenças e
dos problemas está fazendo propaganda do poder do
mal em nossa vida. Conforme afirma Kenneth
Hagin[26], “Nunca fale sobre fracassos. Nunca fale
sobre derrotas. Eu não sei quanto a você, mas não
creio em derrota. Creio em vitória, louvado seja
Deus!”.
O poder da palavra que sai de nossa boca é
reafirmado, inclusive, no contexto de nossa fé para a
salvação.
Porém que se diz? A palavra está perto de
ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra
da fé que pregamos. Se, com a tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo.
Romanos 10.8-9

Assim, nós devemos encher o nosso coração por


meio da leitura, meditação e prática da Palavra de
Deus, pois essa prática determina as palavras que
sairão de nossa boca. No final,nós falaremos do que
.cremos
Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como
está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também
nós cremos; por isso, também falamos.
2 Coríntios 4.13

O homem bom do bom tesouro do coração


tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal;
porque a boca fala do que está cheio o coração.
Lucas 6.45

Os anjos do Senhor obedecem à voz daPalavra


de Deus, portanto, falando com fé os textos bíblicos,
você faz acontecer o impossível: Bendizei ao SENHOR,
todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas
ordens e lhe obedeceis à palavra Salmos 103.20

Crendo nisso, profetize aos seus filhos


longevidade, prosperidade, riquezas e honra: “O
alongar-se da vida está na sua mão direita, na
sua esquerda, riquezas e honra” (Provérbios
3.16).
Abençoe seus familiares com sucesso profissional
e financeiro, diga a seus filhos que eles jamais
passarão necessidades.
Fui moço e já, agora, sou velho, porém
jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão.
Salmos 37.25

Abençoe seus
familiares
Diga aos seus familiares que todos os seus
descendentes serão felizes porque eles vivem de
acordo com a vontade de Deus. Ganharão o
suficiente para viver bem e tudo dará certo para eles.
Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho
de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
Salmos 128.1-2

Seguro de seu amor incondicional por Deus,


você pode afirmar, com toda a convicção, que a
bondade do Senhor está sobre você e permanecerá
sobre sua posteridade. Sem fé é impossível agradar a
Deus. Demonstre sua fé declarando que seus filhos
são como “ árvores plantadas junto acorrente de
águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja
folhagem não murcha; e que tudo quanto fizerem
será bem sucedido” (Salmos 1.3).
Por isso, quando Josué assumiu a liderança de
Israel como sucessor de Moisés, Deus determinou
que a sua meditação e as suas palavras fossem
sempre alinhadas com os princípios sagrados, pois
assim ele estaria propenso a obedecer e,
consequentemente, ser próspero e bem-sucedido em
tudo o que fizesse.
Não cesses de falar deste Livro da Lei;
antes, medita nele dia e noite, para que tenhas
cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está
escrito; então, farás prosperar o teu caminho e
serás bem-sucedido.
Josué 1.8
Seja agradecido
Seja agradecido, saiba reconhecer os benefícios
que você tem recebido das pessoas àsua volta e,
especialmente, de Deus. Faça uma relação das
bênçãos recebidas e promova uma reunião com seus
familiares e amigos para agradecer a Deus.
Porém, aos quinze dias do mês sétimo,
quando tiverdes recolhido os produtos da terra,
celebrareis a festa do SENHOR, por sete dias; ao
primeiro dia e também ao oitavo, haverá descanso
solene.
Levítico 23.39

Você não pode permitir qualquer raiz de


amargura em seu coração, pois ela o contaminará e a
sua família. Pais amargurados com a vida financeira,
que se queixam, contaminam seus filhos, que, por
sua vez, tenderão a agir da mesma forma, sofrendo
igualmente as consequências. “Pois quem quer
amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do
mal e evite que os seus lábios falem dolosamente”
(1 Pedro 3.10).
Deus deseja que sua família e seus descendentes
vivam em prosperidade plena, ou seja, em todas as
áreas, o que envolve um ambiente de paz e alegria.
Para isso, não devemos transtornar a nossa casa com
palavras tolas.
O que perturba a sua casa herda o vento, e
o insensato é servo do sábio de coração.
Provérbios 11.29

Sobretudo, deve-se vigiar para não perder a graça


de Deus ao permitir que alguma raiz de amargura
tome conta de seu coração.
Atentando, diligentemente, por que ninguém
seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem
haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos
perturbe, e, por meio dela, muitos sejam
contaminados.
Hebreus 12.15

Deus nos entregou o grande poder para abençoar


e nós devemos utilizar esse dom em favor das nossas
finanças. Assim, não daremos publicidade às coisas
negativas, mas falaremos a Palavra de Deus
profetizando a prosperidade de nossa família e de
nossos descendentes. Com o coração agradecido
pelo que Deus já tem nos dado, não sentiremos
medo em tempos de crise, mas desfrutaremos de
fartura mesmo quando o ambiente econômico for
adverso.
Ensine seu filho a
bênção
de ser dizimista e
ofertante Quando se fala
em prosperidade profissional
e financeira, não podemos
dissociá-la dos dízimos e das
ofertas. Os filhos devem ser
ensinados pelos pais a
entregarem pelo menos 10%
de toda a sua renda à
comunidade cristã em que
eles congregam e
incentivados a ajudar
financeiramente as pessoas
necessitadas, o que pode ser
realizado, dentre outras
formas, por meio de
programas sociais da sua
própria igreja.
A maneira mais eficaz de educá-los nesse sentido
é, primeiramente, dando o exemplo e depois os
motivando a entregar os dízimos de sua mesada,
enquanto eles ainda não forem independentes
financeiramente.
Em todo o caso, os pais devem ensinar aos filhos
que Deus é a fonte de toda a nossa renda, que ser
dizimista e ofertante é uma forma de manifestar a fé
e a confiança em Deus.
Invista na
educação
de seus filhos
Contribuir para os
filhos terem um bom
desempenho
profissional é
responsabilidade e
obrigação dos pais. Os
pais precisam dedicar
atenção especial nesse
sentido: “Não te furtes
a fazer o bem a quem
de direito, estando na
tua mão o poder de
fazê-lo” (Provérbios
3.27).
Ninguém reúne melhores condições de
influenciar o futuro dos filhos do que os pais: Como
flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade.
Salmos 127.4

No entanto, os pais devem ocupar efetivamente


essa posição para que os filhos não fiquem sujeitos a
influências de outras pessoas.
Ajude seu filho a descobrir seus talentos e a
escolher uma profissão. Converse com ele a respeito
das profissões e o que ele desejaria fazer no futuro.
Para inspirá-lo, mostre alguns profissionais em
atividade, informe como esse profissional pode ser
útil às pessoas e à obra de Deus.
Profetize um futuro profissional brilhante para
ele. Diga-lhe palavras boas a respeito da fé, da
capacidade, da inteligência, da diligência e do caráter
dele. Diga que ele pode ter sucesso profissional
como teve Daniel, Davi ou José, filho de Jacó. Use
suas palavras para gerar sonhos, vida e fé nos seus
filhos.
A morte e a vida estão no poder da língua;
o que bem a utiliza come do seu fruto.
Provérbios 18.21

Invista tempo e dinheiro na educação de seus


filhos. Acompanhe diligentemente o desempenho
escolar deles desde os primeiros anos, pois assim,
você terá a oportunidade de perceber alguma
limitação e ajudá-lo a corrigir eventual dificuldade
que apresentar ainda quando criança.
O desempenho escolar da criança depende,
também, do respeito que ela tem pelos professores e
pela escola. Portanto, ensine seus filhos a respeitar e
honrar os professores e a obedecer-lhes naquilo que
não for contrário à Palavra de Deus. Na prática, isso
é possível quando falamos positivamente dos
professores e da escola e reconhecemos a autoridade
dela.
Escolha com bastante critério a escola onde seus
filhos vão estudar. N ãofaça economia nesse tópico,
pois a qualidade da escola e o nível dos alunos
fazem muita diferença no desempenho e na
formação escolar de uma criança.
Não estabeleça como critério principal que a
escola seja necessariamente cristã, pois existem
excelentes escolas não vinculadas a qualquer
religião. Se seu filho está sendo devidamente
discipulado pelos pais, ele poderá influenciar os
colegas e professores, mas não se deixará
influenciar.
Matricule seus filhos em um curso de inglês
desde os primeiros anos escolares. Vale salientar que
quanto mais cedo uma criança aprender um idioma,
melhor. Há um custo altíssimo para se adquirir
fluência em língua estrangeira depois de adulto.
No entanto, pode acontecer de nem todos os
filhos terem um bom desempenho escolar, sem que
isso tenha qualquer relação com negligência ou falta
de inteligência. É importante que os pais
reconheçam o esforço dos filhos, mesmo quando
suas notas não forem boas, porque é possível que
seus talentos e capacidades sejam mais voltados para
os negócios, por exemplo.
Conforme afirma Cris Poli[27], os pais não
devem ficar frustrados se o filho não atingiu os
objetivos almejados. Busquem auxílio e ajudem-no a
encontrar novas metas e traçar estratégias para
alcançá-las.
Definitivamente, para que uma família tenha sua
descendência abençoada é necessário que os pais
invistam tempo de qualidade e recursos financeiros
no futuro de seus filhos, não negligenciando essa tão
grande responsabilidade: “Ora, se alguém não tem
cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem
negado a fé e é pior do que o descrente”
1 Timóteo 5.8

Ajude seu filho a


descobrir
a vocação dele Meu pai,
Afonso Peréa, demonstrou
interesse na vida profissional
de seus filhos. Além de nos
incentivar a estudar e ler, bem
como de nos acompanhar na
escola, ele nos ajudou a
escolher nossa profissão. Ele
procurava descobrir nossos
talentos desde cedo, nos
colocando para trabalhar em
um escritório ou em uma
oficina de um amigo, para
que tivéssemos a
oportunidade de descobrir
nossa vocação.
Quando eu tinha cerca de doze anos, observando
que eu gostava de desenhar, meu pai me colocou
para trabalhar ajudando um pintor, depois me
incentivou a estudar no SENAI, onde estudei
mecânica de automóveis e desenho mecânico
arquitetônico. Gostei de trabalhar com desenho,
tornei-me monitor de desenho no SENAI e, mais
tarde, trabalhei como desenhista em uma
construtora. Finalmente, incentivado pelos meus
pais, decidi enfrentar minhas dificuldades e
limitações para ingressar em uma universidade e me
tornar um engenheiro.
Os filhos precisam ser
incentivados a dar o melhor
de si É importante que os pais
mostrem aos filhos o quanto custa
ganhar o dinheiro com o qual lhes
compram tênis e roupas, para
pagar-lhes o lazer, a educação, o
celular e a internet. O filho precisa
ser ensinado a agradecer e dar valor
a tudo que ele recebe.
Existe uma geração de jovens que não lutou para
conquistar o que tem, recebeu tudo de graça:
computador, celular, tênis e roupas de marca, boas
escolas. Eles não foram ensinados a lutar, por isso
alguns tendem a viver na mediocridade.
Mediocridade é estar entre o grande e o pequeno,
o bom e o mau. Ser medíocre é não almejar a
excelência. O pai deve acreditar no potencial do
filho, e o filho precisa ser motivado a buscar a
excelência, porque há jovens que recebem tudo na
mão e se acomodam na mediocridade, ou seja, se
acostumam a viver na média.
A mensagem de Jesus é no sentido de termos
uma vida abundante, ou seja, de excelência. Ele
disse aos seus discípulos que eles deveriam superar
em muito os fariseus para que pudessem entrar no
Reino de Deus. Os fariseus eram obedientes à lei de
Moisés, o que eles já consideravam muito relevante,
mas Jesus desafiou os discípulos a irem além do
cumprimento da letra da Lei: Porque vos digo que, se a
vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus,
jamais entrareis no reino dos céus.

Mateus 5.20

Daniel, Hananias, Misael e Azarias se destacaram


no dia em que foram examinados na presença do rei
da Babilônia. A Bíblia relata que eles eram dez vezes
melhores do que os sábios da Babilônia, que eram,
teoricamente, seus mestres e examinadores: Em toda
matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez
perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os
magos e encantadores que havia em todo o seu reino.

Daniel 1.20

Por isso, Daniel e seus amigos passaram a assistir


diante do rei: “Vês a um homem perito na sua
obra? Perante reis será posto; não entre a plebe”
(Prov22.29 érbios).
Daniel e seus companheiros haviam sido levados
com o seu povo como escravos para a Babilônia,
mesmo assim eram diligentes e buscavam a
excelência: Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes
presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente;
e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.

Daniel 6.3

Filhos cuja vida não lhes custou nada são


inclinados a não valorizar o que os pais lhes dão.
Ensine seus filhos a agradecer e a reconhecer o
esforço dos pais. Ter um coração agradecido traz
paz.
Uma pessoa que não aprendeu a ser grata pelo
que tem vive sempre ansiosa, querendo cada vez
mais, e, mesmo que consiga alcançar alguns alvos,
estes não lhe satisfazem.
Os filhos devem
ajudar
nas tarefas de casa
No mundo corporativo, as
pessoas trabalham em
equipe, e todos devem
cooperar com diligência
para o sucesso do
empreendimento. Por isso
é importante que, desde
cedo, o filho seja
ensinado a cooperar com
os trabalhos de casa. Uma
forma de fazer isso é
distribuindo tarefas e
obrigações.
Além disso, por amor aos filhos e por cuidado
com seu futuro, os pais não devem permitir que eles
sejam negligentes com suas tarefas. Filhos que não
cumprem suas obrigações e não são penalizados por
isso, crescem prepotentes, interesseiros e sem
espírito de cooperação.
Uma planta não
cresce na sombra
Alguns pais não
deixam os filhos
crescerem; muitos
fazem questão de
tratar os filhos como
bebês a vida inteira e
parecem ter prazer em
mantê-los
dependentes, seja
assumindo as
consequências dos
atos deles ou fazendo
suas obrigações.
Evitar o sofrimento
pode evitar o
crescimento.
Talvez não façam ideia do prejuízo que isso
representa para o futuro profissional deles. Filhos
criados sob esse tipo de proteção têm muita
dificuldade de ser bem-sucedidos profissionalmente.
Abençoar significa liberar para prosperar, então,
deixe seu filho sair de sua sombra para que ele possa
crescer.
Não faça o que é obrigação de seus filhos, deixe-
os colocar seus talentos em prática. Sem a prática e
a disciplina, o talento perde a eficácia.
Mas a sabedoria é justificada por todos os
seus filhos.
Lucas 7.35
O talento e a vocação precisam ser apoiados pela
prática diligente, caso contrário não chegará a dar
frutos. A espécie e a qualidade de uma árvore são
reconhecidas pelos seus frutos: Pelos seus frutos os
conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou
figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos,
porém a árvore má produz frutos maus.

Mateus 7.16-17

Os pais podem estimular a


diligência
ou a negligência dos filhos
Diligência é a presteza em fazer alguma
coisa com zelo e tempestividade, no
momento oportuno. Uma pessoa
diligente não deixa para depois o que tem
que ser feito e não gosta de fazer suas
tarefas de qualquer maneira.
Por isso, um profissional diligente sempre
prosperará, mas o negligente, aquele que está
sempre postergando suas responsabilidades, não tem
bom desempenho em sua carreira.
O que trabalha com mão remissa
empobrece, mas a mão dos diligentes vem a
enriquecer-se.
Prov10.4 érbios

O diligente é promovido porque tem prazer em


fazer bem feito, mesmo as tarefas mais simples,
enquanto o negligente fica andando em círculos
porque faz suas obrigações às pressas e de qualquer
maneira.
Os planos do diligente tendem à
abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
Prov21.5 érbios

O diligente não permanece na mesma posição,


ele sempre irá crescer na carreira e chegará a estar
entre os líderes de qualquer organização que faça
parte.
Disselhe o senhor: Muito bem, servo bom e
fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mateus 25.23

O diligente é, antes de tudo, um perseverante; ele


não desiste porque é difícil. Afinal, as melhores
coisas da vida são conquistadas com dificuldades.
Quando permitimos que nossos filhos, diante dos
obstáculos, deixem suas tarefas pela metade ou as
terminamos por eles, estamos capacitando-os para o
fracasso: É para disciplina que perseverais (Deus vos trata
como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?

Hebreus 12.7

O sucesso em todas as áreas depende de


perseverança e diligência, que são ferramentas para
o sucesso.
Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a
instrução, mas o que guarda a repreensão será
honrado.
Provérbios 13.18

Sem perseverança não se realiza um grande


sonho. Devemos incentivar nossos filhos a serem
perseverantes em seus projetos, não permitindo que
abandonem uma atividade somente porque esta
exige empenho e dedicação: Tudo quanto te vier à mão
para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além,
para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma.
Eclesiastes 9.10
Dessa forma, eles terão maiores chances não
somente de serem felizes profissionalmente, mas
também no casamento e no relacionamento com
Deus: “Medita estas coisas e nelas sê diligente,
para que o teu progresso a todos seja manifesto” (1
Tim4.15 óteo).
Malcolm Gladwell[28] afirma que com dez mil
horas de prática se pode adquirir excelência em
qualquer atividade. Segundo esse autor, Mozart
produziu suas maiores obras após vinte anos de
prática, e quando os Beatles estouraram, em 1964,
já haviam feito cerca de 1.200 apresentações ao
vivo. Só em Hamburgo, em um ano e meio, eles
fizeram 270 shows.
Nessa mesma linha, Mike Murdock[29] em suas
chaves de sabedoria, afirma que nosso futuro está
escondido em nossa rotina diária. A rotina diária de
seu filho revela aonde ele vai chegar, se terá sucesso
ou fracasso. Qual o alvo que você tem visto seu
filho buscar insistentemente? Ninguém tem sucesso
gratuito, o sucesso tem um preço.
O empresário Custódio Rangel Pires afirmava
que para se chegar a algum lugar, temos que estar
dispostos a enfrentar os obstáculos, crendo que tudo
irá contribuir para o êxito, sempre que,
evidentemente, o trabalho e a perseverança
estiverem presentes.[30]
O trabalho é
uma
grande bênção
Os pais devem
incentivar os filhos a
se tornarem
independentes
financeiramente o
mais cedo possível, e
a serem diligentes
em seu trabalho. A
pessoa que
desenvolve suas
atividades
profissionais com
entusiasmo e procura
fazer tudo com
qualidade e
excelência não ficará
sem trabalho nem
estacionada na
carreira.
O pai de família deve dar o exemplo sendo
trabalhador e correto em seus compromissos e
jamais ser preguiçoso ou irresponsável. Nesse
sentido, a Bíblia exorta que aquele que não quer
trabalhar também não deve comer.
Porque, quando ainda convosco, vos
ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar,
também não coma.
2 Tessalonicenses 3.10

O trabalho é muito importante para o homem,


tanto que a primeira instrução que Deus lhe deu foi
para que ele trabalhasse.
Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e
o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o
guardar.
Gênesis 2.15

Inclusive, somente depois de lhe dar um trabalho,


Deus lhe deu a mulher. Um homem que deseja ter
uma mulher, deve antes trabalhar.
E a costela que o SENHOR Deus tomara ao
homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
Gênesis 2.22

O ato de trabalhar é também para o homem uma


forma de imitar a Deus, pois, como disse Jesus, o
Pai Celeste trabalha ainda hoje.
Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também.
João 5.17

Em seu trabalho, os filhos devem ser ensinados a


estar atentos para perceber os problemas que
surgirem, mesmo os mais simples, e tomar a
iniciativa de resolvê-los ou ajudar a resolvê-los. O
bom profissional é aquele que não apresenta
somente as dificuldades, mas traz também as
soluções.
Conforme fez José, no Egito, após identificar um
iminente problema a partir do sonho de Faraó, ele
apresentou a solução: Agora, pois, escolha Faraó um
homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. Faça
isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a
quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de
fartura. Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons
anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó,
para mantimento nas cidades, e o guardem. O conselho foi
agradável a Faraó e a todos os seus oficiais.
Gênesis 41.33-37

O profissional diligente evita transferir problemas


para outras pessoas e nunca diz: “Esse problema não
é da minha conta”. Os profissionais que agem com
diligência são valorizados e chegam a ocupar boas
posições em sua empresa.
Nesse sentido, William Douglas e Rubens
Teixeira[31] registram que “As organizações que
prestam bons serviços se destacam por ter
funcionários que se esforçam para resolver o
problema dos clientes, sem se limitarem às suas
obrigações. Isso cria uma percepção de valor
inestimável para o consumidor”.
Ensine seus filhos
a lidar com o
dinheiro Com raras
exceções, nem as escolas
nem os pais ensinam
sobre a administração de
finanças pessoais às
crianças. No entanto,
essa é uma matéria
muito importante para o
sucesso familiar de uma
pessoa. Uma boa forma
de fazer isso é
envolvendo os filhos no
planejamento financeiro
familiar, o mais cedo
possível.
É muito importante que os filhos saibam, por
exemplo, quanto se paga pela escola, moradia,
saúde, empregados domésticos, energia elétrica,
internet, telefone e pela água e alimentação que se
consome em casa. Além disso, os filhos devem
saber quanto a família gasta com o lazer, tal como
restaurantes, cinemas, lanches, inclusive com
aqueles pequenos gastos que adicionados podem se
tornar volumosos. Isso irá contribuir para que as
crianças valorizem os bens que a família tem e
zelem pela sua manutenção.
Ensina a criança no caminho em que deve
andar, e, ainda quando for velho, não se desviará
dele.
Provérbios 22.6

Diariamente, principalmente com o exemplo, os


pais estão ensinando os seus filhos, quando estão no
supermercado ou fazendo compras. Se os filhos
percebem que os pais contam com o limite do
cheque para fazer compras, eles farão o mesmo
quando crescerem. Mas, eles terão todas as
condições para serem bons administradores de suas
finanças, se os pais mantiverem o equilíbrio
financeiro da família.
Quando os pais dão mesada aos filhos, eles têm a
oportunidade de ensiná-los na prática a administrar
seus recursos. Em primeiro lugar, eles devem
entregar os dízimos e separar uma parte para dar de
oferta e para ajudar pessoas necessitadas, depois os
pais podem ensiná-los a negociar e a pesquisar
preços antes de comprar e a não gastar
desnecessariamente. Por fim, eles ainda devem
gastar menos do que ganharam e poupar sempre um
pouco a cada mês. Assim, a mesada pode ser muito
útil para a boa educação financeira do seu filho.
Em suma, os pais podem contribuir muito com o
futuro dos filhos, com a visão de prepará-los para
terem uma vida financeira verdadeiramente
próspera. A melhor herança financeira que podemos
deixar para nossos filhos é prepará-los para ganhar e
cuidar, com competência, de seus próprios recursos.
Antes de tudo, os pais devem orar pelos filhos e
ensiná-los a Palavra de Deus, para que sejam
diligentes, trabalhadores, generosos e fiéis nos
dízimos e nas ofertas. Na medida da possibilidade de
cada família, os pais devem investir na educação
escolar dos filhos, preparando-os para terem uma
profissão. Dessa forma, os pais contribuirão para
que seus filhos e os seus descendentes sejam bem-
sucedidos nessa área tão importante para a vida
cristã.
CONCLUSÃO

A importância de saber se relacionar com os bens


materiais se reflete nas inúmeras citações bíblicas
sobre o assunto. Enquanto que a má gestão dos
recursos financeiros pode determinar o fracasso da
vida de uma pessoa ou de uma família, o sucesso e a
estabilidade econômica, por si só, não são
suficientes para garantir a sua felicidade.
Somente apoiados nos sábios fundamentos
bíblicos é possível seguir com segurança e obter
sucesso na área financeira, sem deixar de ser feliz
nos demais aspectos da vida. Neste livro foram
apresentados princípios que, ao serem colocados em
prática, promovem o alinhamento da atitude de uma
pessoa em relação ao dinheiro e aos bens tangíveis
com a vontade de Deus.
Administrar os recursos financeiros segundo a
vontade de Deus é fundamental para que se possa
desfrutar de uma vida cristã abundante. Deus, que é
o verdadeiro proprietário de todos os bens, deseja
que a gestão desses recursos seja para cumprir os
seus propósitos. Submetendo-nos aos seus preceitos,
utilizando os recursos com honestidade, sem
egoísmo e sem desperdício, cuidando bem de nossa
família, sendo generosos com os necessitados e com
a obra de Deus, experimentamos a prosperidade em
todos os nossos empreendimentos, e desfrutamos de
alegria com gratidão, sem apego aos bens materiais.
Nesse contexto, deve-se ter especial atenção com
a administração do tempo, em que se definem as
prioridades, privilegiando o tempo de qualidade para
estar a sós com Deus (TQSD) e para se dedicar à
família, sem prejuízo do trabalho para a manutenção
da casa e atendimento àqueles que precisam de
nossa ajuda.
O estilo de vida cristã envolve estar livre de
dívidas e com certa reserva financeira para alcançar
seus objetivos, ajudar a obra de Deus, socorrer
pessoas necessitadas e fazer frente aos imprevistos.
Um cristão deve planejar e controlar as suas
despesas, não deve comprar por impulso, nem
comprar para pagar com um dinheiro que ainda não
entrou na sua conta.
Por meio do planejamento colocamos luz em
nossas finanças e assim podemos enxergar o real
estado delas. Quando uma família se dispõe a
conversar sobre suas finanças e a tratar desse
assunto de forma transparente, ela experimenta a
bênção, a prosperidade e o favor de Deus, pois Ele
concede a sua bênção para onde há transparência,
confiança e união.
Sobretudo, podemos utilizar com eficácia as
nossas palavras para abençoar as nossas finanças,
falando o que edifica a nossa família e os nossos
descendentes. Assim, cheios de gratidão a Deus,
viveremos fartamente mesmo quando o ambiente
econômico for adverso.
Finalmente, vale registrar que uma pessoa sábia é
aquela que anda de acordo com os ensinamentos
bíblicos, pois, além de ter uma vida financeira
próspera, ela contribuirá, por meio do ensino e de
seu exemplo, para que seus filhos e os seus
descendentes sejam bem-sucedidos também nessa
área tão importante da vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATTALI, Jacques. Os Judeus, o Dinheiro e o


Mundo. São Paulo: Futura, 2003.
BENTLEY, Chuck. Os Maiores Erros
Financeiros Segundo a Bíblia: como evitar o mau
uso das finanças. Pompeia: Universidade da Família,
2014.
CERBASI, Gustavo. Pais Inteligentes
Enriquecem Seus Filhos: como educar seus filhos
para se tornarem independentes e terem uma relação
saudável com o dinheiro. Rio de Janeiro: Sextante,
2011.
CERBASI, Gustavo. Casais Inteligentes
Enriquecem Juntos. São Paulo: Gente, 2004.
CUNHA, Altomir. Legado Eterno. Rio de
Janeiro: Adhonep, 2013.
CUNHA, Rozane. Transferência de Riquezas.
Rio de Janeiro: Adhonep, 2013.
DAYTON, Howard. O Seu Dinheiro. São Paulo:
Mundo Cristão, 2003.
DAYTON, Howard. A Fonte da Verdadeira
Riqueza: 2350 versículos Bíblicos sobre finanças.
Pompeia: Universidade da Família, 2006.
DAYTON, Howard. Dinheiro e Casamento à
Maneira de Deus. Pompeia: Universidade da
Família, 2010.
DOUGLAS, William; TEIXEIRA, Rubens. As
25 Leis Bíblicas do Sucesso: como usar a sabedoria
da Bíblia para transformar sua carreira e seus
negócios. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
DOUGLAS, William; TEIXEIRA, Rubens.
Sociedade com Deus: como a fé pode influenciar
sua carreira e seus negócios. Rio de Janeiro:
Sextante, 2014.
HAGIN, Kenneth. Chaves Bíblicas para a
Prosperidade Financeira. Rio de Janeiro: Graça,
2000.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Novo
Testamento – Mateus e João. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008.
HILL, Craig. Cinco Segredos da Riqueza: que
96% das pessoas não sabem. Pompeia: Universidade
da Família, 2014.
IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-
2009. Disponível em: http://www.ibge.gov.br.
Acesso em: 20 de dezembro de 2015.
KIYOSAKI, Robert; LECHTER, Sharon. Pai
Rico, Pai Pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos
sobre dinheiro. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
MORRIS, Robert. Uma Vida Abençoada: o
simples segredo para resultados financeiros
garantidos. Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2010.
MUNROE, Myles. Vencendo a Crise: descubra o
segredo para prosperar em tempos de adversidade.
Belo Horizonte: Bello Publicações, 2009.
MURDOCK, Mike. 1.001 Chaves de Sabedoria.
Fort Worth, Texas: Debora Murdock Johnson,
2009.
PANASIUK, Andrés. Como Chegar ao Fim do
Mês? Pompeia: Universidade da Família, 2014.
POLIS, Cris. Pais Responsáveis Educam Juntos.
São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
PIRES, Custódio Rangel. Fidelidade Traz
Sucesso. Rio de Janeiro: Editora Adhonep, 1997.
TIBA, Içami. Família de Alta Performance:
conceitos contemporâneos na educação. São Paulo:
Integrare, 2009.
TITUS, Larry. Teleios – o Homem Completo: o
projeto de Deus para a vida masculina. São Paulo:
Mundo Cristão, 2013.
VEJA São Paulo, 7 de fevereiro de 2014. As
Férias de Silvio Santos em Orlando.

[1]  Documentário Happy, dirigido por Roko Belic.

[2]  Entidade de consultoria na área financeira, sediada no Reino


Unido. No Brasil, atua em parceria com a Serasa, formando a
Serasa Experian.
[3]  PANASIUK, Andrés. Como chegar ao fim do mês?, p. 14.

[4]  DOUGLAS, William; TEIXEIRA, Rubens. Sociedade com


Deus, p. 137.

[5]  ATTALI, Jacques. Os Judeus, o Dinheiro e o Mundo, p. 132.

[6]  Corrado Álvaro, nascido na Itália em 15 de abril de 1895, foi


jornalista e escritor de romances, contos, roteiros e peças teatrais.

[7]  Americano, empresário do ramo petrolífero, viveu entre 1839


a 1937.

[8]  CUNHA, Rozane. Transferência de Riquezas, p. 115.

[9]  DOUGLAS, William; TEIXEIRA, Rubens. As 25 Leis Bíblicas


do Sucesso, p. 113.
[10]  HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Novo Testamento –
Mateus e João, p. 826.

[11]  MORRIS, Robert. Uma vida abençoada: o simples segredo


para resultados financeiros garantidos, p. 98.

[12]  Pesquisa realizada pelo IBGE, que aborda o perfil dos


orçamentos familiares, com cerca de 60 mil domicílios urbanos e
rurais, entre maio de 2008 e maio de 2009.

[13]  MUNROE, Myles. Vencendo a Crise: descubra o segredo


para prosperar em tempos de adversidade, p. 49.

[14]  Reportagem da Revista Veja São Paulo, publicada em 7 de


fevereiro de 2014.

[15]  Nasceu na Inglaterra, em 17 de junho de 1703, teólogo


cristão, líder do movimento metodista e um dos dois maiores
avivacionistas da Grã-Bretanha.
[16]  Físico, matemático e engenheiro irlandês. Nascido em 1824,
conhecido por desenvolver a escala Kelvin de temperatura.

[17]  Pesquisa realizada pelo IBGE, que aborda o perfil dos


orçamentos familiares, com cerca de 60 mil domicílios urbanos e
rurais, entre maio de 2008 e maio de 2009.

[18]  Nasceu no Canadá em 30 de dezembro 1869, foi professor,


cientista político, escritor e humorista.

[19]  TITUS, Larry. Teleios: o homem completo, p. 163.

[20]  Documentário Happy dirigido por Roko Belic.

[21]  A proporção de pessoas que disseram ser “muito felizes”


caiu de 52%, em 1957, para 36% em 2006, de acordo com o
levantamento realizado pelo instituto GfK NOP.
[22]  Willian James, médico e um dos fundadores da psicologia
moderna e importante filósofo estadunidense.

[23]  Ator e humorista americano (1879 - 1935).

[24]  CUNHA, Altomir. Legado Eterno, p. 109.

[25]  TITUS, Larry. Teleios: o homem completo, p. 166.

[26]  HAGIN, Kenneth. Chaves Bíblicas para a Prosperidade


Financeira, p. 79.

[27]  POLI, Cris. Pais Responsáveis Educam Juntos, p. 145.

[28]  Citado por TIBA Içami. Família de Alta Performance:


conceitos contemporâneos na educação, p. 126 e 127.
[29]  MURDOCK, Mike. 1.001 Chaves de Sabedoria, p. 8.
[30]  PIRES, Custódio Rangel. Fidelidade Traz Sucesso, p. 36.

[31]  DOUGLAS, William; TEIXEIRA, Rubens. Sociedade com


Deus, p. 85.
Table of Contents
Capítulo 1 A importância do dinheiro
Capítulo 2 Como utilizar os recursos disponíveis
Capítulo 3 O desperdício é inimigo da bonança
Capítulo 4 Planejar é primordial
Capítulo 5 Vivendo livre de dívidas
Capítulo 6 Prepare seus filhos para a
independência financeira

Potrebbero piacerti anche