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ÁGUA

Prof.ª: Marina Pereira Rocha

A maior parte da massa dos seres vivos é simplesmente água. Essa substância é
responsável por mais de 70% da massa de nosso corpo; as porcentagens de água nos tecidos do
nosso organismo variam de 20%, no ossos, até 85%, no cérebro. A porcentagem de água é maior
nas células embrionárias, tornando-se menor à medida que avançamos em idade.
A água é uma substância formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de
oxigênio(H2O). Esses elementos unem-se graças às ligações chamadas de covalentes ou
moleculares, que se caracterizam pelo compartilhamento de elétrons presentes na última
camada eletrônica para adquirir estabilidade. A molécula da água é angular, e o ângulo formado
entre os átomos é de 104,5 graus. Essa angulação garante polaridade à molécula, que, por sua
vez, faz com que a água seja um dos principais solventes existentes no planeta.

Dentre as moléculas inorgânicas que compõe o organismo vivo, a água compõe a maior
parte da massa corporal do ser humano e o teor de água é variável entre indivíduos. É o solvente
biológico ideal. A água é uma molécula dipolar formada por dois átomos de hidrogênio ligados a
um átomo de oxigênio. Este último, mais eletronegativo, exerce forte atração sobre os elétrons
dos átomos de hidrogênio. Assim, o compartilhamento dos elétrons entre H e O é desigual, o que
acarreta o surgimento de dois dipolos elétricos na molécula de água; um para cada ligação H-.

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As moléculas de água unem-se por ligações de hidrogênio. Essas ligações acontecem
em virtude da atração exercida pelos átomos de oxigênio aos átomos de hidrogênio das
moléculas vizinhas.
A água no estado sólido apresenta ligações mais duráveis. Já no estado líquido, as
ligações de hidrogênio são desfeitas e refeitas rapidamente, o que garante a fluidez da água. No
estado gasoso, as moléculas não estão ligadas por essas ligações, sendo encontradas, portanto,
de maneira individual.

→ Água como solvente universal


A água, como já ressaltado, possui grande capacidade de dissolver substâncias, o que a torna
um “solvente universal”. Para agir como solvente, a água deve interagir com o soluto,
promovendo a separação das substâncias ou realizando novas ligações.

A molécula da água também faz interações eletrostáticas com substâncias iônicas,


desfazendo as ligações eletrostáticas entre os íons- dissociando-os - e mantendo ligações entre
os íons e as suas próprias moléculas, ou seja, as forças entre as cargas elétricas da molécula de
água com as íons carregados supera a força eletrostática que mantêm os íons unidos.
Quando, em vez de estruturas polares ou apolares, temos um composto com as duas
características, estamos diante de uma molécula anfipática. O comportamento típico deste tipo de
substância em água é formar uma estrutura conhecida como micela. Nas micelas, as partes
polares de cada molécula interagem com a água, enquanto as partes não polares de cada
molécula interagem entre si.

Eletrólitos: São substância que se dissociam em água em um cátion e um ânion e esses íons
facilitam a passagem de corrente elétrica pela água. Os eletrólitos fracos são aqueles que não se
dissociam completamente, isso ocorre por que as forças entre os dipolos da água com os íons da
substância que se dissociou é mais fraca que as ligações entre o cátion e o ânion dessa
substancia dissociada.

Ácidos e Bases e soluções tampão

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A dissociação da água (H2O ↔ H+ + OH–) influencia na estrutura de macromoléculas e pH
das soluções biológicas e os aspectos estruturais e funcionais das biomoléculas estão adaptados
de acordo com as propriedades físicas e químicas da água.
Ácidos orgânicos são geralmente ácidos fracos, pois não se dissociam completamente e o
ânion que eles formam durante a dissociação podem aceitar prótons e refazerem o ácido.
O grau de acidez de uma solução é medido pela sua concentração de prótons (pH). Assim,
o pH de uma solução reflete a sua concentração de prótons, que pode ser máxima pH = 0 ou
mínima, pH=14.
Uma solução-tampão é aquela capaz de resistir a variações de pH. Soluções como essa
são formadas por um ácido fraco (doador de prótons) e sua base conjugada (aceptora de
prótons).
O pKa é a constante de equilíbrio de dissociação de um ácido, quando esse valor é igual
ao valor de pH, metade das moléculas está protonada e a outra metade não. Nesse valor, a
capacidade tamponante de uma substanciam tampão é máxima
Moléculas biológicas possuem muitos grupos funcionais que agem como ácidos ou bases
(como grupos carbonila e amino). E como já foi dito, essas moléculas influenciam o pH do meio
aquoso, bem como suas estruturas e reatividades são influenciadas pelo pH do meio. Nesse
contexto, o Sistema Tampão tem a função de manter o pH dentro de uma estreita faixa
adequada, sendo um mecanismo utilizado por várias formas de vida.
A partir da reação ácido-base: HA ↔ H+ + A–, dizemos que o ácido (HA) e sua base
conjugada (A–) são um par conjugado ácido/base. Ácidos e bases fracas são de particular
interesse para a bioquímica, pois juntos a seus pares conjugados, constituem os sistemas
tampão, por manter o pH estável. A eficácia da solução-tampão pode ser, por exemplo, no nosso
sangue, onde, mesmo com a adição de ácido ou base em pequenas quantidades ao plasma
sanguíneo, praticamente não há alteração em seu pH.
Para visualizar a eficiência de um sistema tampão, devemos analisar uma curva de
titulação ácido-base. A partir dessa curva, determina-se a concentração de um ácido, fazendo-o
reagir com uma base de concentração conhecida, ou a concentração de uma base, fazendo-a
reagir com um ácido de concentração conhecida. Assim, a titulação de um ácido ou base fraca é
usada para determinar a concentração de ácidos e bases em solução.
A titulação de uma ácido fraco deve ser feito com adição de uma base forte (como NaOH)
de concentração conhecida, e a de uma base fraca pela adição de um ácido forte (por exemplo o
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HCl) de concentração conhecida. Essa adição deve ser lenta até que ocorra a completa
dissociação, verificada por um corante indicador ou pHmetro. Normalmente, o indicador
adequado é aquele cuja zona de viragem contém o ponto de equivalência.
O ponto de equivalência é onde a quantidade de solução titulante adicionada é
quimicamente (em mol) igual à quantidade de substância a ser titulada, ou seja, quando as
concentrações do titulante e do titulado estão nas proporções estequiométricas da reação, razão
pela qual também é designado de ponto estequiométrico.
A capacidade tamponante também depende da concentração do tampão. Quanto maior a
concentração da base conjugada, maior a quantidade de H+ que pode reagir com ela. Da mesma
forma, quanto maior a concentração do ácido conjugado, maior a quantidade de OH– que pode
ser neutralizada pela dissociação do ácido. Concluindo: O tamponamento resulta do equilíbrio
entre duas reações reversíveis ocorrendo entre uma solução de concentração quase iguais de
doador de prótons e aceptor de elétrons. O decréscimo na concentração de um componente do
sistema é equilibrada exatamente pelo aumento do outro.

Dentre as principais funções da água, pode-se destacar:

• Transporte de substâncias;
• Facilita reações químicas;
• Termorregulação;
• Lubrificante;
• Reações de hidrólise;
• Equilíbrio osmótico;
• Equilíbrio ácido-base.

Outra propriedade da água como solvente que influencia a manutenção das células é a
osmose. Esse processo físico-químico tem como finalidade igualar as concentrações entre uma
solução hipotônica (menor pressão osmótica e concentração de soluto) e uma solução hipertônica
(maior pressão osmótica e concentração de soluto), atingindo, por fim, o equilíbrio, numa solução
denominada isotônica (concentração igual de soluto e de mesma pressão osmótica). Na célula,
onde a membrana plasmática atua como uma membrana semipermeável, a osmose ocorre
sempre que há diferença de concentração entre o meio externo e interno da célula, ou seja, a

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água passa da região menos concentrada para a mais concentrada, naturalmente e sem gasto de
energia.
Quanto à pressão osmótica, trata-se da pressão que deve ser aplicada para evitar o fluxo
de água e é proporcional à concentração do soluto. Altas concentrações de soluto dissolvidos são
um sério problema para as células. A grande concentração de solutos no interior celular faz com
que a água tenha tendência a entrar na célula, no caso de entrada em excesso, na tentativa de
atingir o equilíbrio osmótico, a água pode forçar a membrana plasmática correndo o risco de lise
celular. Por isso, bactérias e células vegetais possuem fortes e rígidas paredes celulares para
conter essas altas pressões.
Por outro lado, as células animais como não possuem paredes celulares fortes e rígidas,
minimizam a pressão osmótica criada pelos conteúdos de seu citosol, armazenando biomoléculas
como aminoácidos e carboidratos na forma de polímeros.
A natureza polar e a capacidade de formar pontes de hidrogênio, tornam a água uma
molécula com grande poder de interação. A água solvata facilmente as moléculas polares ou
iônicas. Ou seja, a água é um solvente polar e tem a característica de solubilizar moléculas
polares, pois, “semelhante dissolve semelhante”. A água pode fazer ligações de hidrogênio entre
elas ou com os grupos funcionais de biomoléculas. Quando a molécula por anfipática (parte polar
e apolar), a água solvata a molécula de forma que há uma reestruturação para grupos apolares
para dentro e polares para fora (micelas) para a molécula ficar em meio aquoso.
Para que as células estejam em homeostase (equilíbrio) é necessário um controle de
soluto e solvente no meio intracelular (dentro da célula) e no meio extracelular (fora da célula). E
água atua nesse controle para que a célula fique na forma isotônica (mesma concentração de
soluto e solvente), e então não ocorra lise celular ou perca das funções exercidas pelas células).
Podemos visualizar este processo na imagem abaixo a movimentação de soluto e solvente (água)
dentro e fora das células.

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Referência

LEHNINGER, A.L.; NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 6. ed. São Paulo:
Artmed, 2014. 1328p.

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