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Sexta bem aventurança

Bem aventurados os que ousam enxergar além!

Chegamos à sexta bem aventurança, e aqui Jesus continua a desafiar os seus ouvintes a irem
mais fundo no seu relacionamento com Deus. Após a bem aventurança anterior, onde ele
propõe um divisor de águas entre aqueles que somente se contentam em viver uma vida
religiosa aparente e aqueles que desejam viver verdadeiramente a sua proposta do Evangelho,
essa bem aventurança é somente para esses que tiveram a coragem de ir além.

Aliás, andar com Cristo e ser seu discípulo nos levará a tomar essa decisão. Temos o direito de
escolha para decidir em qual esfera eu estarei; se no meio da multidão que segue a Jesus com
o objetivo de receber algum milagre, cura ou alimento e depois voltam satisfeitos para suas
rotinas normais, ou entre os discípulos que desejam viver realmente a nova vida e o propósito
de Deus, e pagar um preço por isso.

Isso mesmo, pagar um preço. Jesus nunca escondeu que fazer parte do seu círculo de
discípulos haveria um custo; são várias passagens que ele menciona isso. E é nesse nível que
Jesus Cristo quer nos levar; claramente a multidão tem o seu contato com Ele, e suas
necessidades atendidas. Mas permanecer nela me leva a viver uma vida mediana com Deus
aqui na terra, e me coloca em risco de não estar apto a fazer parte do Seu Reino, como
exposto pelas parábolas contadas por Cristo em Mateus 25.

O que podemos tirar como conclusão dessa reflexão, e que se aplica diretamente à essa bem
aventurança, é que uma vida cristã não é estática; até que nosso ciclo aqui na terra termine,
ou talvez façamos parte do arrebatamento da Igreja, há muito o que buscar na imersão de um
relacionamento verdadeiro com Deus!

Voltando então ao tema central, o que significa ser puro de coração?

A palavra grega utilizada nessa bem aventurança para puro (kázaros) possui vários
significados, mas que possuem um denominador comum:

1. Era usada para designar a roupa suja que foi lavada;


2. Era usada para designar o trigo que tinha sido separado da sua palha.
3. Com o mesmo significado era usado para um exército do qual se tinha eliminado os
soldados descontentes ou medrosos;
4. Era usada para descrever o vinho ou leite que não havia sido adulterado mediante
adição de água; algo sem mescla;
5. Era usado para o ouro puro sem escória.

Com base nesses, podemos entender que o ato de purificar é um processo, pelo poder do
Espírito Santo em nossas vidas. Ou seja, Ele nos lava pelo ato da nossa confissão de Jesus como
nosso Senhor, e o Seu sangue derramado em nossas vidas; nos separa mudando muitas vezes
toda a nossa rotina habitual, como lugares que frequentamos, o que consumimos, amizades
que temos. Em sequência Ele começa a moldar a nova vida em nós, destruindo os cárceres
emocionais da nossa alma que impedem de uma verdadeira vida com Deus, para então tornar
íntegro o nosso coração a Deus, sem mistura, e finalmente nos purificar inteiramente como o
ouro, como profetizado em Zacarias 13:8-9.
Tudo isso é um processo contínuo, dinâmico, na vida de um cristão que realmente está
comprometido em buscar o Reino de Deus, e que envolve corpo, alma e espírito. E todo esse
processo é uma grande obra do Espírito Santo em nossas vidas, não há nada de natural aqui,
independe de ação humana. Onde então entra a nossa responsabilidade nesse processo?

Jesus, no Evangelho de João capítulo 3 traz o entendimento. Ao ser visitado por uma
autoridade entre os fariseus (Nicodemos) Jesus responde os questionamentos do seu coração
com uma verdade: o novo nascimento. E a sua afirmação, tanto àquele fariseu que buscava
entender a doutrina de Jesus quanto para nós, é que se não houver novo nascimento ninguém
pode ver e entrar no Reino de Deus. Naturalmente como qualquer um de nós o sacerdote
entra em conflito com aquela afirmação, e Jesus detalha melhor o que queria dizer; o nascer
da água e nascer do Espírito.

São dois processos distintos e complementares um ao outro. Nascer da água é natural; nascer
da água é o batismo de João, ao qual o próprio Jesus passou. E aqui está o ponto. O batismo de
João era para arrependimento de pecados. Jesus tinha algum pecado? Obviamente que não!
Mas as suas palavras a João nos esclarecem:

“Convém assim que façamos, para cumprir toda a justiça”

Ou seja, Jesus obviamente não necessitava do batismo de João, mas tanto o fez assim como
deixou como um mandamento para sua Igreja. Então, nascer das águas está ligado a
cumprirmos todo o mandamento, é o básico que podemos fazer. Cabe a nós buscarmos esse
nascimento, não simplesmente pelo ato de descer às águas. Mas a construção do
relacionamento por colocar Deus em nossa agenda pela prática do JOB (Jejum, Oração e
Bíblia).

Paulo vem reforçar essa ideia do novo nascimento em Efésios 4:20-32. Nesse texto ele traz
uma série de direcionamentos para os cristãos daquela igreja, que estava ao alcance deles em
fazer. É o processo de lavagem (a confissão e o sangue de Cristo derramado em nossas vidas) e
da separação (a mudança da nossa rotina).

Continuando no processo do nascer das águas, que é a nossa responsabilidade, Provérbios


4:23 traz outra verdade:

“Acima de tudo, guarde o seu coração, porque dele depende toda a sua vida.”

Quando a Bíblia fala sobre o coração, não está somente se referindo ao órgão físico. Mas sim
ao nosso entendimento, emoções e vontade. Ou seja, à nossa alma. E pelo processo de
purificação explicado acima, é fato que existem muitas características da nossa alma que
somente o trabalho do Espírito Santo para acontecer. Mas em Gênesis 4:6-7 há uma revelação
fundamental. Ali, após Caim e seu irmão Abel entregarem suas ofertas a Deus, o Senhor se
agrada da oferta de Abel enquanto que a de Caim não. A história conta que Caim se enfureceu
com a “rejeição” e ficou transtornado. Mas se realmente fosse aquilo uma rejeição, Deus o
teria desprezado e não foi o que aconteceu. Com a intenção de ensinar, Deus fala ao coração
de Caim:

“Porque você está furioso? Não é certo que se fizer o bem, não será aceito? Entenda Caim,
mas se não o fizer, se você escolher pelo comportamento errado, o pecado está à sua porta
como está agora, mas a você cumpre dominar ele.”
Veja, aqui Deus está procurando ensinar a Caim as consequências do seu comportamento! E
ainda que ele escolhesse de forma errada, era fato que o pecado se aproximava e crescia nele;
mas ainda assim era sua responsabilidade dominá-lo!

Que pecado é esse? Deus estava procurando corrigir o comportamento causado pelas
emoções de Caim (ficar furioso)! Essa revelação nos dá o entendimento de que a nossa guerra
está na esfera da nossa alma, formada pelo nosso entendimento, emoções e vontade! E é
nossa responsabilidade dominá-la, tanto para evitar que o pecado se aproxime quanto para
evitar que ele alcance o seu objetivo final (no caso de Caim foi matar seu irmão).

No mesmo conceito, Paulo adverte os cristãos da igreja em Éfeso a praticarem essa atitude
ensinada a Caim (apaziguem a sua ira antes que o Sol se ponha). O que isso quer dizer? Paulo
está sendo realista, somos seres imperfeitos, longe da presença de Deus, e nossas emoções
oscilam mesmo! Mas mesmo que isso aconteça (como foi com Caim) é fundamental que ela
seja apaziguada antes que o Sol se ponha, ou seja, não fique alimentando essas emoções! Não
as deixem crescer e tomar o seu coração!

Sim, o processo do nascer das águas nunca será fácil, e haverá dias que nos sentiremos como
monstros! Haverá sim dias que os velhos hábitos, pensamentos e sentimentos desejarão
retomar o lugar que você tem insistido em entregar a Deus! E é somente o Espírito Santo capaz
de entrar no mais profundo do nosso ser, encontrar a raiz dessas prisões e destruí-las! Mas
não pare a sua luta, continue! Viva todo o processo, cumpra cada bem aventurança em sua
rotina diária, porque o Reino de Deus é tomado por esforço, e os que não se esforçam não se
apoderam Dele!

E então virá o nascer do Espírito Santo!

Resumindo, obviamente que o objetivo de Cristo nesse contexto não é que alcancemos a
perfeição, isso é impossível nessa vida. Mas sim que busquemos continuamente o
aperfeiçoamento, como na parábola das virgens. A ideia de virgindade está ligada àqueles que
receberam a nova aliança em suas vidas. Mas até dentro dessa esfera haverá uma separação,
ou seja, não basta dizer que é de Jesus e frequentar uma igreja. Deve haver um processo
contínuo.

E quando eu passo a viver essa dinâmica em minha rotina, posso finalmente receber a
recompensa!

A recompensa de “ver a Deus” nos molda à Sua semelhança. Esse sempre foi o projeto original
de Deus, quando criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas o pecado “abriu” os olhos
do homem para outras coisas, e esse deixou de ser ao longo das eras semelhante ao seu
Criador, pela perversidade:

“Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como
Deus, conhecedores do bem e do mal”.

A serpente não mentiu. Os olhos de ambos se abriram, e eles passaram a conhecer todas as
coisas. Mas não era a direção de Deus, e o olhar para o mal os afastou da pureza de coração e
de ver a Deus. Quando o homem teve seus olhos abertos e passou a conhecer o mal,
automaticamente ele passou a aprender o mal (pelo próprio conceito dos neurônios espelhos).

O sermão das bem aventuranças é o tratado de felicidade da vida humana apresentado por
Cristo. Essa bem aventurança encerra todas as outras dentro do processo de purificação,
gradativamente, passo a passo. Ver a Deus está em buscarmos o aperfeiçoamento constante
nos dias aqui na terra, gradativamente. Quanto mais eu me aprofundo e me comprometo
nesse processo, mais as trevas nos meus olhos vão se dissipando e dando lugar à luz (Mateus
6:22-23) e mais a minha alma vai se enchendo de Deus; mais eu vou reconhecendo a Deus em
todas as coisas, até que no final desse processo eu finalmente enxergarei integralmente a
Deus, e minha vida será purificada como o ouro!

O fim do plano de redenção construído pela Igreja de Cristo é justamente esse, como João
afirma em sua primeira carta, no capítulo 3:1-2.

E finalmente, essa bem aventurança se aplica como um alerta de Cristo à Igreja do


Arrebatamento. No livro de Apocalipse capitulo 22 versículo 16 Ele mesmo se denomina com a
Estrela da Manhã. O que significa isso?

Quando estamos em lugar com pouca iluminação artificial e a noite vai chegando, ao olharmos
para o céu sempre vemos uma luz que começa a brilhar antes de qualquer outra estrela, e
quando vai raiando o dia, ela brilha com mais força e por mais tempo que todas as outras, pois
continuará a brilhar mesmo quando todas as outras forem embora. Nós a chamamos de
estrela da manhã ou estrela da alva.

Estamos caminhando para a “chegada da noite” sobre a humanidade, os dias mais sombrios
ainda estão por vir com a ascensão do Anticristo, como revelado pelo próprio Jesus. Porém a
Estrela da Manhã brilhará no céu antes do anoitecer; essa será a vinda do Noivo para buscar a
sua noiva. E somente aqueles que verão a Deus terão a alegria de enxergar nitidamente essa
Estrela, e poder ir ao seu encontro, antes que a noite mais terrível chegue.

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