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10.

38–42 Maria de Betânia faz a escolha certa


38 Enquanto estavam viajando, Jesus chegou a certa vila onde uma mulher
chamada Marta o recebeu em sua casa. 39 Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés do Senhor, estava ouvindo sua palavra. 40 Marta, porém,
se deixou distrair por tudo o que tinha a fazer. De repente ela chegou para ele e
perguntou: Senhor, não te importa que minha irmã me tenha deixado fazer todo
o trabalho sozinha? Diz-lhe que tenha coragem e me ajude.
41 Marta, Marta – respondeu o Senhor – você está preocupada e agitada com
muitas coisas; 42 mas apenas uma coisa é necessária. Maria escolheu a boa
porção, e esta não lhe será tirada.
O homem assaltado da parábola (vs. 25–37) estava viajando de Jerusalém a
Jericó. Agora Jesus chegou a Betânia. Mas essa visita não deve ser confundida
com as que ocorreram um pouco depois, mais próximas da Páscoa (Jo 11.1,2;
12.1ss).
Não se revelou exatamente quando ocorreu o que agora se registra. Isso não
cria nenhum problema real. Uma vez tendo Jesus chegado à Judeia, ele poderia
ter feito várias visitas ao lar hospitaleiro de vários discípulos e amigos
afetuosos. Uma série de passagens aponta nessa direção (Mt 21.17; 26.6–13 –
cf. Mc 14.13; Jo 12.1–8 – Mc 11.11; Jo 11.3; e, segundo alguns, ainda Lc 21.37).
Lucas, porém, não está interessado primordialmente em cronologia. Como
já se indicou anteriormente, seu arranjo, ainda que certamente lógico, com
frequência é temático. Consequentemente, o evangelista não podia ter escolhido
um lugar melhor para apresentar esse relato. O amor ativo para com o próximo
é maravilhoso, mas também se faz necessário ouvir e pôr em prática as palavras
do Mestre. Ainda poderíamos dizer: embora a parábola O samaritano que se
preocupava ponha ênfase na segunda tábua da lei, essa história enfatiza a
primeira. “Ame a seu próximo” é seguido por “atente bem para a palavra de
Deus”.
A história que temos diante de nós se divide facilmente em três partes, como
se indicará:

A. Uma cena de serenidade


38. Enquanto estava viajando, Jesus chegou a certa vila onde uma
mulher chamada Marta o recebeu em sua casa.
Jesus e os 12 estavam viajando. Cf. 9.51. O nome da vila à qual chegaram
não é mencionado. Entretanto, Lucas declara que Marta e Maria viviam aí. Visto
que João 11.1 e 12.1–3 faz menção dessas duas irmãs, bem como de seu irmão
Lázaro, e nos informa que moravam em Betânia, sabemos que também aqui em
Lucas 10.38 a “certa vila” é Betânia. Lucas também conhecia esse lugar (veja
19.29; 24.50), ainda que, por alguma razão, aqui não a chame pelo nome.
Betânia estava situada ao oriente de Jerusalém e no declive oriental do
Monte das Oliveiras. Seu nome atual é el-c Azrîyh (cf. Lázaro). A distância entre
Jerusalém e Betânia é dado como sendo de oito estádios (Jo 11.18), isto é, cerca
de três quilômetros.
Das duas irmãs, Marta é mencionada primeiro, não só aqui em Lucas
10.38,39, mas também em João 11.19,20; 12.2,3; enquanto que em João 11.5,
ela é ainda mencionada antes de “sua irmã e Lázaro”. É verdade que em João
11.1 Betânia é denominada “a aldeia de Maria e sua irmã Marta”, porém a
ordem na qual as duas irmãs são mencionadas ali, com Maria primeiro, se pode
explicar pelo fato de que a história prossegue, no versículo 2, com uma
referência à unção do Senhor pelas mãos de Maria. Note também que aqui em
Lucas 10.38 somos informados que foi Marta quem recebeu Jesus em seu lar.
Procede a conclusão de que Marta seria a mais velha – pelo menos das duas
irmãs, e talvez até mesmo dos três irmãos –, e que a casa pertencia a ela?
Iniciando com o último, a expressão seu lar ou sua casa provavelmente
significa “a casa onde ela (assim como os outros dois) morava”. Quanto ao
primeiro, isso mais razoável. Ela sem dúvida pode ter sido a mais velha, mas
isso também não é definido.
Estamos em terreno mais sólido quando dizemos que das duas irmãs,
segundo as Escrituras as tratam, é Marta quem geralmente toma a iniciativa.
Aqui em Lucas 10.38, é ela quem toma a iniciativa para estender cordiais boas-
vindas a Jesus. João 11.20 também é típico, “Então, quando Marta ouviu que
Jesus estava chegando, ela foi encontrá-lo. Mas Maria ficou sentada em sua
casa”. Acrescente a isso João 11.21, 28; 12.2. Não é impróprio que Marta seja
chamada a “anfitriã”.
39. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés do Senhor,
estava ouvindo sua palavra.
Até aqui temos uma cena de serenidade, de tranquilidade. Está tudo bem no
lar amoroso de Betânia. Um momento antes, Marta estendeu cordiais boas-
vindas a Jesus. E agora Maria, sua irmã, já se acha sentada aos pés do Senhor,
os mesmos pés que em ocasião posterior ela iria ungir (Jo 12.3; cf. Mt 26.6,7;
Mc 14.3). Agora ela está aqui sentada, ouvindo solicitamente as palavras de
vida que emanavam do coração e lábios do Salvador. “Está tudo bem. Está tudo
bem.”

B. Uma explosão de irritabilidade


40. Marta, porém, se deixou distrair por tudo o que tinha a fazer.
Pobre mulher! Solidarizamo-nos com ela, não é verdade? Se nos for
permitido trazer a história para nossa época, de modo que se lhe seja
proporcionado um cenário moderno, o resultado seria mais ou menos assim:
A mente de Marta se volta em todas as direções. Como poderei cuidar de
todos os detalhes desta refeição elaborada: os aperitivos, a salada, a carne, as
verduras, os condimentos, os pães, a sobremesa, a distribuição dos convidados
ao redor da mesa etc.? E tudo isso para:
“Jesus e Lázaro,
Maria e Marta, mais
Pedro, André, Tiago e João,
Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé, e também
Tiago o Menor e Judas o Maior,
Simão o Zelote e Judas (que veio a ser) o traidor”.
Mesmo que o nome de Lázaro seja subtraído, uma vez que não vem
mencionado no presente relato e pode ser que ele estivesse em outro lugar nessa
ocasião, ainda assim seriam 15 pessoas à mesa.
Entretanto, alguém poderia objetar dizendo que o relato fala somente de
Jesus, de modo que devemos presumir que os discípulos não estavam com ele.
É verdade que é preciso admitir a possibilidade. Não obstante, a probabilidade
é que também estivessem presentes. Razões para se crer nisso:
a. O versículo 38 diz: “[eles] estavam viajando”. O fato de que esse plural
imediatamente muda para o singular ele (ao “chegar ele” etc.) não significa que
os 12 de repente deixassem Jesus. O singular é usado porque ele naturalmente
era o Líder do grupo. Para referências semelhantes a Jesus no singular, quando
a presença de seus discípulos está implícita, veja, por exemplo, Lucas 6.1;
17.11.
b. A primeira sentença do relato que vem imediatamente também mostra que
os discípulos estavam com o Mestre: “um de seus discípulos lhe disse” etc.
(11.1). Consequentemente, pareceria muito estranha a ausência dos discípulos
na passagem intermédia (10.38–42).
c. João 12.2 descreve uma cena semelhante. Lemos ali: “Eles lhe preparam
uma ceia”, não “Eles preparam uma ceia para ele e seus discípulos”. Todavia, o
versículo quatro mostra que também os discípulos estavam presentes.
Portanto, é compreensível que A. B. Bruce comente: “… não significa que
ele estivesse sozinho, embora não se faça menção dos discípulos no relato”.
Greijdanus, em seu Korte Verklaring, ao comentar sobre esses versículos (Vol.
I, p. 286), dá por certo que os discípulos provavelmente estavam com seu
Mestre.
E prossegue: De repente ela chegou para ele e perguntou: Senhor, não te
importas que minha irmã me tenha deixado fazer todo o trabalho sozinha?
Diz-lhe que tenha coragem e venha me ajudar.
Todo esse trabalho e Maria simplesmente sentada ali … sem fazer nada!
Marta explode com indignação. Ela está exasperada. Sente que tem boas razões
para estar totalmente aborrecida. Em sua explosão, não só critica Maria, mas
também Jesus por permitir que Maria se sente ali … ociosa.

C. A voz de autoridade
41,42. Marta, Marta – respondeu o Senhor – você está preocupada e
agitada com muitas coisas; mas apenas uma coisa é necessária. Maria
escolheu a boa porção, e esta não lhe será tirada.
A expressão, Marta, Marta, revela marcante desaprovação, por certo, mas
também terna afeição e grave preocupação, porque, aquele que sonda os
corações sabe que Marta estava intimamente preocupada e exteriormente
irritada. Isso era muito claro pela maneira como ela olhava, falava e agia. “com
muitas coisas”, como se dissesse: “Uma refeição bem elaborada nem mesmo é
necessária. Além do mais, há coisas que em excelência e importância estão
muito acima de alimento”.
“Uma só coisa”, diz Jesus, “é realmente necessária.” Alguns têm
interpretado esse dito neste sentido: “Somente um prato teria sido suficiente”.
Mas o que vem imediatamente a seguir certamente favorece a outra
interpretação que tem uma acolhida mais ampla, a saber: “A única coisa
necessária é a porção que Maria escolheu, isto é, ouvir minhas palavras”. É
possível que haja algo maior em valor que uma sincera devoção e a adoração
rendidas ao Senhor Jesus Cristo, a revelação do Deus Triúno? Essa e não outra
coisa – por exemplo, este ou aquele prato de comida – é a porção que jamais
será tirada de Maria, nem de ninguém que siga o exemplo dela. Veja Salmo
89.28; João 10.28; Romanos 8.38,39.
Às vezes se pergunta: “Jesus, porém, não foi injusto com Marta? Além de
tudo, ela não tinha razão?” É preciso ter em mente o seguinte:
a. Exceto os toques finais, a refeição já devia estar pronta quando Jesus e seu
grupo chegaram. Temos razões para crer que ele tivera o cuidado de comunicar
sua chegada à sua anfitriã. Ele não estava sempre enviando adiante um homem
para anunciar sua chegada? Veja Isaías 40.3–5; Malaquias 3.1; Lucas 9.52;
10.1; 22.8.
b. Isso também significa que em sua chegada uma das irmãs teria feito “as
honras” a tão eminente visitante. Digamos, antes, “deveria estar preparada para
sentar-se a seus pés para ouvir suas palavras”. Não agir assim, mesmo sob
condições ordinárias, teria sido descortesia, contrário aos bons modos, mas
nesse caso teria sido extrema irreverência. Portanto, Maria fez precisamente a
coisa certa.
c. 10.40, “me deixou” etc., provavelmente significa que um momento antes
Maria também estivera fazendo sua parte na preparação da refeição.
Marta aprendeu a lição. Sabia que as palavras de repreensão de Jesus foram
expressas com amor, porque “Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro” (Jo 11.5).
Portanto, não nos surpreende que duas das mais proeminentes profissões de
fé encontradas nas Escrituras iriam fluir do coração e dos lábios de Marta:
“Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que,
mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires” (Jo 11.21,22).
“Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao
mundo” (Jo 11.27).
Portanto, a história tem um final glorioso. Deus foi glorificado, e isso é
sempre o que mais importa.

Lições práticas derivadas de 10.25–42


Versículo 30
“Certo homem” etc. Os mestres, os pregadores etc., deveriam fazer uso das
ilustrações para fazer com que as preciosas verdades das Escrituras atinjam o
alvo.
Versículo 31
“Um sacerdote … passou direto para o lado oposto.” Uma coisa é a
realização das funções religiosas. Outra é a prática da religião.
Versículo 37
“O especialista na lei respondeu: O homem que teve piedade dele. Jesus lhe
disse: Vá e continue agindo assim”. Não se envolva tanto com a teologia que se
esqueça da filantropia.
Versículos 38, 39
“Uma mulher chamada Marta … uma irmã chamada Maria.” Esta história, e
muitas outras, provam que na escala de valores de Cristo não há diferença entre
masculino e feminino. Ele amava a todos igualmente.
Versículo 42
“Maria escolheu” etc. A seleção divina não exclui a atividade humana. Mas,
veja 1João 4.19.
“Não lhe será tirada.” Aqui se ensina a preservação divina, como em outras
passagens. Não exclui, senão que definitivamente inclui a perseverança
humana.

Notas sobre palavras, frases e construções em grego em 10.25–42


Versículo 25
Para o pres. particípio ἐκπειράζων, aqui expressando propósito, veja a nota
sobre 4.12.
Versículo 27
πλησίον é derivado de πλησίος, perto, perto de; daí o πλησίος, usado como
substantivo, significa “alguém perto”, “o vizinho”.
Versículo 29
δικαιῶσαι, aor. infinit. at. de δικαιόω, aqui usado no sentido de “vindicar”.
Para o sentido “ser considerado e pronunciado justo por Deus”, veja sobre
18.14; também C.N.T. sobre Gálatas 2.15–16.
Versículo 30
ὑπολαβών, nom. sing. masc. 2° aor. particípio de ὑπολαμβάνω. O sentido
básico parece ser: perceber. Daí aqui: “Percebendo isso, Jesus respondeu”. No
sentido de “Eu percebo (ser)”, isto é, “Eu presumo”, verbo que ocorre em 7.43;
cf. Atos 2.15: “vocês presumem”. Veja também o sentido mais literal em Atos
1.9: “Uma nuvem o encobriu de sua vista”, assim o ocultando da vista.
Indubitavelmente há também o significado “rece ber sob”, isto é, sustentar,
controlar-se, suster, mostrar hospitalidade (3Jo 8).
Com respeito a λῃσταῖς, dat. pl. de λῃστής, o significado ladrão, assaltante
(aqui: “entre ladrões”) se ajusta ao presente contexto. A palavra pareceria ter
esse significado também em versículo 36; 19.46; Mateus 21.13; João 10.1,8;
2Coríntios 11.26. Nas seguintes passagens, o significado alternativo,
“revolucionário”, “insurrecionista”, é pelo menos merecedor de consideração:
Mateus 26.55; Marcos 14.48; Lucas 22.52; João 18.40. Ambos os sentidos têm
seus defensores em Mateus 27.38,44; Marcos 15.27, embora Lucas 23.33
incline a balança para “ladrão” nessas passagens. Cf. lucro.
ἡμιθανῆ, acc. sing. masc. de ἡμιθανής, cf. ἡμι, metade; θάνατος, morte; daí,
semimorto.
Versículos 31, 32
κατὰ συγκυρίαν, σύν mais κυρέω, acontecer ao mesmo tempo, concordar
com; daí κατὰ significa “por acaso”, “por coincidência ou concorrência”; e κατὰ
συγκυρίνα … κατέβαινεν significa: aconteceu que descia.
ἀντιπαρῆλθεν, terc. pes. sing. 2° aor. indicat. de ἀντιπαρέρχομαι, passar para
o lado oposto (ou: outro lado). Como já demonstrei em minha dissertação, o
verbo pertence àquele grupo de ἀντί-compostos nos quais ἀντί tem o sentido de
oposição local. A mesma forma ocorre duas vezes (vs. 31 e 32).
Versículo 33
ἐσπλαγχνίσθη, terc. pes. sing. aor. indicat. pass. de σπλαγχνίζομαι; mesma
forma que em 7.13. Veja a nota sobre esse versículo.
Versículos 34, 35
κατέδησεν, terc. pes. sing. aor. indicat. at. de καταδέω, literalmente “atar”,
isto é, “atar com segurança, enfaixar”. Cf. cataclismo e diadema.
τραῦμα, ferida (aqui pl. -τα). No sentido de violentamente produziu dano ou
choque emocional, nosso idioma também fala de um trauma.
ἐπιχέων, nom. sing. masc. pres. particípio de ἐπιχέω, derramar. Cf. químico,
quilo, quimo; talvez ainda jato. Veja a nota sobre 5.37; veja também a nota sobre
11.50.
ἐπιβιβάσας, nom. sing. masc. aor. particípio de ἐπιβιβάζω, subir, assaltar;
veja também 19.35 e Atos 23.24.
κτῆνος, possessão, propriedade (especialmente em animais), animal de
carga, bando de animais. O plural em 1Coríntios 15.39 significa “animais”; em
Apocalipse 18.13, “gado”.
O substantivo κτῆνος nos lembra κέκτημαι (perf. de κτάομαι), possuir.
πανδοχεῖον, estalagem; literalmente, um lugar que recebe todo o mundo.
πανδοχεῖ, dat. sing. de πανδοχεύς, hospedeiro.
προσδαπανήσῃς, seg. pes. aor. subjunt. de προσδαπανάω = “gastar
[δαπανάω] a mais” (πρός).
ἐπανέρχεσθαι, pres. infinitivo de ἐπανέρχομαι, voltar, regressar. Veja
também 19.15.
Versículo 38
A ideia de Lenski (op. cit., p. 384, 385) de que αὐτός é aqui contrastado com
αὐτούς, significando que Jesus sozinho entra em Betânia, enquanto os
discípulos vão a outro lugar, não acha muito apoio. No grego neotestamentário,
este pronome nem sempre tem muita importância. Em outra ocasião (Jo 12.2),
somos informados que “eles lhe (αὐτῷ) prepararam uma ceia”. Não obstante, o
contexto claramente prova que os discípulos também estavam presentes. Veja
12.4 e o paralelo em Mateus 26.6–8; cf. Marcos 14.3.
ὑπεδέξατο, terc. pes. sing. aor. indicat. de ὑποδέχομαι, receber, dar boas-
vindas. Aqui Lenski dá “convidou” como equivalente inglês. Embora essa
tradução possa ajudar a resolver o problema – pois nesse caso saberíamos
imediatamente que Marta esperava esse convidado (ou esses convidados, se os
discípulos também estavam presentes), e sua subsequente explosão por isso
seria ainda menos justificável – provavelmente seja incorreta. Se Lucas
pretendesse escrever “convidou”, por que ele não usa uma forma do verbo
καλέω, como em 7.39; 14.7 etc.? Naturalmente, isso não tiraria a possibilidade
de que Marta pudesse de fato ter convidado o grupo. É razoável supor que Marta
soubesse que Jesus e seus discípulos estavam para chegar. Mas o verbo aqui
usado não significa convidou.
Versículo 39
παρακαθεσθεῖσα, nom. sing. fem. aor. particípio de παρακαθέζομαι, sentar-
se ao lado. O καί imediatamente precedente, provavelmente seja pleonástico,
baseado no costume judaico; daí ser melhor não traduzir.
Versículo 40
περιεσπᾶτο, terc. pes. sing. imperf. pass. de περισπάω; no passivo: ficar
distraído, agitado; literalmente, ser levado de um lado para outro.
ἐπιστᾶσα, nom. sing. fem. 2° aor. particípio de ἐφίστημι; transitivo:
localizar; intransitivo, como aqui, chegar subitamente (cf. Lc 2.9; 24.4); outros
significados: chegar perto, subir, ficar, confrontar, aproximar-se, estar perto,
estar ao lado, ser urgente, surgir. Veja também a nota sobre 2.9.
συναντιλάβηται, terc. pes. sing. 2° aor. subjunt. de συναντιλαμβάνομαι,
manter-se junto de alguém; aqui ou: segurar “até o fim” (Robertson) ou
“sucessivamente”. Em ambas as formas, o significado resultante é: ajudar.
Versículos 41, 42
μεριμνᾶς, seg. pes. sing. pres. indicat. at. de μεριμνάω, sentir, preocupar-se
com. Note que μέρος, em um de seus significados, indica “bocado”. Marta
estava “indo juntar” todas as coisas que imaginava que devia fazer.
θορυβάζῃ, seg. pes. sing. pres. pass. de θορυβάζομαι, ficar aborrecido,
perturbado, agitado.
Um grupo menor de manuscritos traz “mas poucas coisas são necessárias”.
Outra redação é “mas poucas coisas são necessárias ou apenas uma”. Em
conjunto, a redação ἑνὸς δέ ἐστιν χρεία, ainda que sujeita a dúvidas
consideráveis, provavelmente seja a melhor. Não só conta com apoio textual
definido, mas “uma só coisa” também se harmoniza melhor com “aquela boa
porção” no próxima sentença.
ἀφαιρεθήσεται, terc. pes. sing. fut. indicat. pass. de ἀφαιρέω, tirar, remover;
assim também em 1.25; 16.3. Um significado relacionado é “eliminar” (22.50 e
paralelos)1

Ver. 38. Ἐν τῷ πορεύεσθαι] to be understood of the continuation of the


journey to Jerusalem. See 9:51, 57, 10:1. But Jesus cannot yet be in Bethany
(see 13:22, 17:11), where Martha and Mary dwelt (John 11:1, 12:1 f.), and
hence it is to be supposed that Luke, because he was unacquainted with the
more detailed circumstances of the persons concerned, transposed this
incident, which must have occurred in Bethany, and that on an earlier festal
journey, not merely to the last journey, but also to some other village, and that
a village of Galilee. The tradition, or the written source, which he followed
had preserved the fact and the names of the persons, but not the time and place
of the incident. If we regard Luke as unacquainted with those particulars, the
absence of all mention of Lazarus is the less surprising, seeing that the
substance of the history concerns the sisters only (in opposition to Strauss, I.
p. 751).—καὶ αὐτός] καί is the usual and after ἐγένετο, and αὐτός brings Jesus
Himself into prominence above the company of travellers (αὐτούς). He, on
His part, without the disciples, went into the village and abode at the house of
Martha.—The notion that Martha was the wife (Bleek, Hengstenberg) or
widow (Paulus) of Simon the leper, is based upon mistaken harmonistics. See
on 7:36 ff. and Matt. 26:6 f. Whether she was a widow at all (Grotius) does
not appear. She was the housekeeper and manager of the household, and
probably the elder sister.
Vv. 39, 40. Τῇδε] This word usually refers to what follows, but here in a
vividly realizing manner it points to what has gone before, as sometimes also
occurs in the classical writers. See Bernhardy, p. 278; Kühner, ad Xen. Mem. i.
2. 3, iii. 3. 12.—ἣ καί] καί is not: even (Bornemann), which would have no
reference to explain it in the context; but: moreover, bringing into prominence
the fact that Mary, besides whatever else she did in her mind after the coming
of Jesus, moreover seated herself at His feet, etc. See Klotz, ad Devar. p.
636.—The form παρακαθεσθεῖσα] (see the critical remarks), from
παρακαθέζομαι, to sit down near to, belongs to later Greek. Joseph. Antt. vi.
1
Hendriksen, W. (2014). Lucas. (V. G. Martins, Trad.) (2a edição, Vol. 2, p. 89–97). São Paulo, SP:
Editora Cultura Cristã.
11. 9.—Mary sits there as a learner (Acts 22:3), not as a companion at table
(at the right of Jesus, where His outstretched feet were), as Paulus and Kuinoel
will have it (women sat at table; see Wetstein in loc). For the text as yet says
nothing of the meal, but only of the hospitable reception in general (ver. 38),
and, moreover, ver. 40 alludes generally to the attendance on and
entertainment of the honoured and beloved Guest, wherein Martha was
exhausting her hospitality. There is no trace of any reclining at table; the
context in κ. ἤκουε τ. λόγ. αὐτ. points only to the idea of the female
disciple.—περισπᾶσθαι, in the sense of the being withdrawn from attention
and solicitude by reason of occupations, belongs to later Greek. See Lobeck,
ad Phryn. p. 415. Comp. Plut. Mor. p. 517 C: περισπασμὸς κ. μεθολκὴ τῆς
πολυπραγμοσύνης. The expression περί τι, about something, connected with
verbs of being busied, of taking trouble, and the like, is also very frequent in
Greek writers.—κατέλιπε] reliquit; she had therefore gone away from what
she was doing, and had placed herself at the feet of Jesus.—ἵνα] therefore
speak to her in order that. Comp. on Matt. 4:3.—As to συναντιλαμβάνεσθαί
τινι, to give a hand with anybody, i.e. to help anybody, comp. on Rom. 8:26.
Vv. 41, 42. Περὶ πολλά] Thou art anxious, and weariest thyself (art in the
confusion of business) about many things, see ver. 40. On τυρβάζεσθαι περί
τι, comp. Aristoph. Ran. 1007.—ἑνὸς δέ ἐστι χρεία] A contrast with πολλά:
but of one thing there is need; one thing is necessary, that is to say, as an
object of care and trouble. By these words Jesus, in accordance with the
context, can mean nothing else than that from which Martha had withdrawn,
while Mary was bestowing pains upon it—the undivided devotion to His word
for the sake of salvation, although in tenderness He abstains from mentioning
it by name, but leaves the reference of the expression, in itself only general, to
be first discovered from the words which follow. In respect of the neuter ἑνός
nothing is to be supplemented any more than there is in respect of πολλά.
Following Gregory, Bede, Theophylact, Zeger, Michaelis, and others (comp.
Erasmus in the Annotations), Paulus understands: one dish, “we need not
many kinds,” and τὴν ἀγαθὴν μερίδα is then taken as meaning the really good
portion, which figuratively represents the participation in communion with
Jesus. The former, especially after the impressive Μάρθα, Μάρθα, would have
been just as trivial and out of harmony with the serious manner of Jesus as the
latter would have been discourteous to the well-intentioned hostess. Nachtigall
also mistakes (in Henke’s Magaz. VI. p. 355), and Stolz agrees with him in
interpreting: one person is enough (in the kitchen), in opposition to which the
contrast of πολλά is decisive, seeing that according to it ἑνός must be
neuter.—τὴν ἀγαθὴν μερίδα] the good part. That, namely, about which care
and pains are taken, consists, according to the various kinds of these objects,
of several parts. Mary has selected for herself among these, for her care and
pains, the good part; and this is, in accordance with the subject, nothing else
than precisely that ἕν which is necessary—that portion of the objects of
solicitude and labour which is the good one, the good portion, which only one
can be. More vaguely Grotius, Elsner, Kypke, Kuinoel, and others put it: the
good occupation; and de Wette, generalizing this: the good destination of life.
Comp. also Euthymius Zigabenus: δύο μερίδες πολιτείας ἐπαινεταὶ, ἡ μὲν
πρακτική, ἡ δὲ θεωρητική.—τὴν ἀγαθήν] neither means optimam (Kuinoel
and others), nor does it imply that the care of Martha, in which assuredly love
also was expressed, was mala (Fritzsche, Conject. I. p. 19); but it designates
the portion as the good one κατʼ ἐξοχήν.—ἥτις οὐκ ἀφαιρ. ἀπʼ αὐτ.] refers
certainly, first of all, to Martha’s appeal, ver. 40. Hence it means: which shall
not be taken away from her; she shall keep it, Mark 4:25, whereby, however,
Jesus at the same time, in thoughtful reference to further issues, points, in His
characteristically significant manner, to the everlasting possession of this
μερίς. By ἥτις, which is not equivalent to ἥ, what follows is described as
belonging to the essence of the ἀγαθὴ μερίς: quippe quae. “Transit amor
multitudinis et remanet caritas unitatis,” Augustine.—Those who have found
in Mary’s devotion the representation of the Pauline πίστις, and in the nature
of Martha that of zeal for the law, so that the evangelist is made to describe
the party relations of his own day (Baur, Zeller, Schwegler, Hilgenfeld), have,
by a coup quite as unjustifiable as it was clumsy, transferred this relic of the
home life of Jesus into the foreign region of allegory, where it would only
inaptly idealize the party relations of the later period.2

2
Meyer, H. A. W. (1883). Critical and Exegetical Handbook to the Gospels of Mark and Luke. (W. P.
Dickson, Org., R. E. Wallis, Trad.) (Vol. 2, p. 127–130). Edinburgh: T&T Clark.

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