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GRUPO I
Texto A
in https://www.publico.pt/2017/10/17/local/noticia/a-europa-dos-contos-mitos-e-lendas-vai-passar-por-todas-as-bibliotecas-dos-
acores-1788610 (excerto, consult. 2017-10-23)
1. odisseia: viagem cheia de aventuras e dificuldades; 2. intergeracional: entre duas ou mais gerações; 3.
confins: lugares longínquos; 4. O ator refere-se à União Europeia.
1. Seleciona, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.
1.4. “Conta-me outros contos” também se dirige aos adultos, que poderão
a. adquirir viagens à Europa a preços mais vantajosos.
b. contar as histórias da tradição oral dos locais onde cresceram.
c. assistir às sessões do projeto nos auditórios das bibliotecas.
d. fornecer baús para recolha de histórias.
Interação, n. f. 1. comunicação ou relação entre indivíduos ou grupos que convivem entre si.
in https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/intera%C3%A7%C3%A3o
2.1. Transcreve do segundo parágrafo do texto uma afirmação que comprove que as sessões do
projeto “Conta-me outros contos” são interativas.1
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Texto B
Era uma vez um moleiro que era pobre, mas tinha uma filha bonita. Ora aconteceu que ele ia falar com
o rei e, para se fazer importante, disse-lhe: “Tenho uma filha que consegue fiar1 palha e transformá-la em
ouro.” O rei disse ao moleiro: “Essa é uma arte que muito me agrada. Se a tua filha é tão esperta como dizes,
trá-la amanhã aqui ao meu castelo que eu quero pô-la à prova.” Quando a jovem foi levada até ele, o rei
conduziu-a a um aposento que estava completamente cheio de palha, deu-lhe roda e dobadoura2 e disse:
“Agora mete-te ao trabalho e, se não tiveres conseguido fiar esta palha toda e tê-la transformado em ouro
durante a noite até amanhã de manhã, morres.” Depois ele próprio fechou o quarto à chave e ela ficou sozinha
lá dentro.
E agora lá estava sentada a pobre filha do moleiro sem saber o que fazer da vida: não fazia a menor
ideia como se podia fiar palha e transformá-la em ouro, e a sua aflição foi aumentando, até que por fim
desatou a chorar. Então a porta abriu-se de repente e entrou um pequeno homenzinho, que disse: “Boa noite,
jovem moleirinha, porque chorais assim?” “Ora”, respondeu a jovem, “tenho de fiar palha e transformá-la em
ouro e não sei como isso se faz.” “O que me dás se eu te fiar a palha e a transformar em ouro?” “O meu
colar”, respondeu a jovem. O homenzinho pegou no colar, sentou-se em frente à pequena roda e rum, rum,
rum, três voltas e o fuso3 estava cheio. Depois pôs outro e rum, rum, rum, o segundo fuso também estava
cheio. E assim continuou até de manhã, até que a palha estava toda fiada e todos os fusos estavam cheios de
ouro. O rei apareceu logo ao nascer do sol e, ao ver todo aquele ouro, ficou estupefacto e contente, mas o seu
coração ficou ainda mais ávido de ouro. Conduziu a filha do moleiro a um outro aposento cheio de palha,
desta feita muito maior, e ordenou-lhe que fiasse tudo aquilo durante a noite, se tinha amor à vida. A jovem
filha sem saber o que fazer começou a chorar. A porta voltou a abrir-se e apareceu o pequeno homenzinho,
que disse: “O que me dás se eu te fiar a palha e a transformar em ouro?” “O anel do meu dedo”, respondeu a
jovem. O homenzinho pegou no anel, começou novamente a fazer girar a roda e na manhã seguinte tinha fiado
e transformado toda a palha em ouro reluzente. O rei não coube em si de contente, mas ainda não estava
completamente farto de ouro e levou a filha do moleiro para um aposento maior ainda a abarrotar4 de palha e
disse: “Vais ter de fiar isto tudo durante a noite e, se o conseguires, serás a minha mulher.” “Ainda que seja
filha de um moleiro”, pensava ele, “não se arranja neste mundo mulher mais rica.” Quando a jovem se
encontrou sozinha, apareceu o homenzinho pela terceira vez e disse: “O que me dás se eu te fiar a palha ainda
desta vez?” “Já não tenho nada para dar”, respondeu a jovem. “Então promete-me que, quando te fizeres
rainha, me dás o teu primeiro filho.” “Quem sabe se isso vai acontecer?”, pensou a jovem e na sua aflição não
soube que outra coisa fazer: prometeu ao homenzinho o que ele queria e o homenzinho lá lhe fiou a palha e a
transformou em ouro. E quando de manhã o rei chegou e viu tudo como seu desejo, celebrou casamento com
ela e a bela filha moleiro fez-se rainha.
Passado um ano, ela deu à luz uma bela criança e não tornou a pensar no homenzinho. Mas eis que ele
entrou de repente nos seus aposentos e disse: “Agora dá-me o que me prometeste.” A rainha assustou-se e
ofereceu ao homenzinho todas as riquezas do reino se ele lhe deixasse a criança, mas o homenzinho disse:
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“Não, prefiro muito mais algo vivo a todos os tesouros do mundo.” A rainha desatou a lamentar-se e chorar,
pelo que o homenzinho teve pena dela: “Dou-te três dias”, disse ele. “Se nesse tempo conseguires adivinhar o
meu nome, podes ficar com a criança.”
Então a rainha pôs-se toda a noite a pensar em todos os nomes que já tinha ouvido e enviou um
mensageiro pelo reino para se informar por tudo o que era vilória e lugarejo de outros nomes que ainda
pudesse haver. Quando o homenzinho chegou no dia seguinte, ela começou com Gaspar, Melchior, Baltasar, e
disse todos os nomes que sabia, um após outro, mas a cada um deles o homenzinho respondia: “Não é o meu
nome.” No segundo dia, ela mandou inquirir na vizinhança como as pessoas se chamavam e disse ao
homenzinho os nomes mais estranhos e invulgares: “Acaso te chamas Costeladetrasgo, ou Bezerrodecarneiro,
ou Ossodenegalho?” Mas ele respondia sempre: “Não é o meu nome.” No terceiro dia, o mensageiro
regressou [...].
Jacob e Wilhelm Grimm, 2016. Contos de Grimm.
Trad. Teresa Aica Bairos. Porto: Porto Editora (pp. 93-97)
1. fiar: transformar em fio; 2. dobadoura: aparelho giratório para dispor o fio em novelos; 3. fuso: utensílio
cilíndrico e pontiagudo usado para fiar; 4. abarrotar: estar cheio.
Uma diferença:
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GRUPO II
PALAVRAS
derivadas compostas
por sufixação por prefixação palavra + palavra radical + palavra
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artigo definido (Ad), artigo indefinido (Ai), demonstrativo (D), possessivo (P) ou interrogativo
(I).
Ad Ai D P I
o dobro duzentos vinte e três metade o quádruplo meio um sétimo mil e vinte e
cinco um quarto dois décimos o triplo
Quantificador numeral
cardinal multiplicativo fracionário
GRUPO III
Será que a rainha superou o desafio proposto pelo diabrete? Imagina o desfecho do conto que acabaste de
ler e escreve um texto narrativo, no qual apresentes uma conclusão para o texto B.
No teu texto, deves:
• utilizar a 3.a pessoa gramatical;
• incluir um momento de diálogo, utilizando as marcas de discurso direto;
• apresentar um desfecho coerente com a informação do texto e que proponha a
resolução do(s) problema(s) surgido(s) no desenvolvimento.
• escrever um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras.
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BOM TRABALHO!!