Sei sulla pagina 1di 3

Roteiro de Aula

Data: 22.05.2020

Facilitador: Prof. João Victor

Tema: O problema do mal na tradição bíblica e no pensamento cristão

1. Definindo o problema do mal – o dilema de Epicuro:

DEUS
ONIPOTENTE

DEUS EXISTÊNCIA
AMOROSO DO MAL

2. As teodiceias

Teodiceia (lit. justificação de Deus) = Tentativa de conciliar a existência de um Deus


onipotente e amoroso com a existência do mal.

2.1 Teodiceia do livre Arbítrio: O mal é resultado do uso incorreto da liberdade humana;
2.2 Teodicéia pedagógica: O mal resulta em algo positivo – o amadurecimento;
2.3 Teodicéia escatológica: O mal receberá sua devida recompensa em um juízo
escatológico;
2.4 Teodicéia protelada: O mal somente será compreendido em um ponto mais a frente
da história;
2.5 Teodicéia da comunhão: O mal gera a principal oportunidade para perceber e
conhecer Deus – o sofrimento.

3. Opções filosóficas alternativas

3.1 A negação do mal;


3.2 A negação de Deus;
3.3 O dualismo (Ex: maniqueísmo persa).

4. O ensino do Antigo testamento – Heterogeneidade de teodiceias:

4.1 Gênesis 1-11: Teodicéia do livre arbítrio;


4.2 Deuteronômio e os profetas: O princípio da retribuição;
4.3 Literatura sapiencial (Jó e Eclesiastes): O sofrimento do Justo é inexplicável;
4.4 Daniel: Uma teodiceia escatológica
4.5 Lições:
 Deus é justo;
 Há uma relação entre o pecado e os sofrimentos;
 Vale a pena ser Justo;
 Deus julgará o mal.

5. O ensino do novo testamento

5.1 Jesus Cristo:


 Repudia as lógicas retributivas do judaísmo (cf. Lucas 13; João 9);
 Não atribui a Deus o mal. Deus é sempre identificado como bom;
 Há uma ênfase na ação de Satanás e dos demônios (Mc 5:1-13; Mt 9:32-34);
 Não exclui a soberania de Deus (Mt. 6)

5.2 O ensino dos apóstolos:


 Enxergam valor no sofrimento (teodiceia da comunhão) pois é uma
oportunidade de crescimento e de identificação com o Cristo (Rm 5:3-5);
 Pessimismo quanto a natureza humana (cf. Efésios 2:8-9).

6. Os principais pensadores Cristãos e suas teodiceias

Ao longo da história alguns pensadores dedicaram-se a refletir sobre o assunto:

6.1 Irineu:
 Compreendia que o homem criado era imaturo e precisava do sofrimento
para amadurecer.

6.2 Agostinho:
 O mal é a corrupção do bem; não tem existência autônoma;
 Teodiceia do livre arbítrio
 Concepção privativa: O mal moral começou na queda e os males naturais
decorrem da queda;
 Concepção estética: O mal somente é visto como mal devido o ponto de vista
do observador.

6.3 Karl Barth:


 Uma ressignificação da Onipotência divina;
 A confiança no triunfo final da graça.

Conclusão – Compartilharei a seguir a minha síntese teológica sobre o assunto:

 Deus criou os anjos e seres humanos com verdadeira liberdade e isso implicou na
autolimitação de sua onipotência (aqui dialogo aqui com Barth, Lewis e a teologia do
esvaziamento);
 Quanto a origem do mal: O mal moral é resultado do pecado humano e o mal
natural é consequência da queda humana (nesse ponto tenho uma visão
agostiniana). Todavia permanece o mistério de como surgiu o mal em Lúcifer – o
primeiro ser criado bom que se corrompeu;
 A partir de Jesus vemos um Deus bom (Lucas 11:13; Mateus 5:48) que enviou um
Messias que trouxe consigo libertação para os oprimidos (cf. Lucas 4:18-19);
 Deus se coloca ao lado dos que sofrem (Salmo 68:5);
 No presente momento o mal existe com a permissão divina (já que Deus cedeu
espaço na existência para seres verdadeiramente livres) mas não com a aprovação
divina;
 Deus julgou o mal na cruz quando o Cristo absorveu a justa punição pelos pecados
da humanidade (cf. Romanos 8:3). O mal ainda será julgado de maneira definitiva na
segunda vinda de Cristo (Apocalipse 21:4);
 A fé cristã não exalta o sofrimento, mas o enfrenta com esperança pois olha para o
triunfo final (escatológico) da graça de Deus sobre o mal, o pecado e o sofrimento.
Esse triunfo já pode ser experimentado agora na forma de fortalecimento concedido
pelo Espírito Santo (Efésios 3:16);
 A igreja é a grande resposta divina contra o mal até a redenção final. A igreja jamais
deve se eximir da responsabilidade de servir e curar o mundo usando um discurso
determinista – “essa catástrofe era da vontade de Deus”. Somos o CORPO DE
CRISTO. Analogia: Deus é a mão somos a LUVA;
 A FÉ não propõe um caminho de escape do sofrimento e sim um caminho de
enfretamento do sofrimento. Como pastores e pregadores cabe a nós conduzirmos a
igreja nesse caminho de enfrentamento – ensinando, suportando e intercedendo.

Potrebbero piacerti anche