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embora nao faca referencia expressa aos trabalhos de Gadamer, a tese narrativista do
direito se vale do pressuposto hermenêutico de que nao existe as coisas como elas
são. trantando se de uma teoria antiobjetivista; antinaturalista;
antiessencialista e, portanto antimetodologico.
o viro narrativo e seus reflexos trouxe para as ciências sociais o conceito de narrativa
para a teoria jurídica, cujo desenvolvimento seguiu se por duas linhas em cada lado
do atlântico: nos EUA foram inúmeros estudos sobre a teoria da decisão e retórica;
enquanto na Europa a estes temas foram somados dissertações sobre temas
probatórios como esquemas narrativos e ancoragem narrativa.
Porem, distingue que, as técnicas narrativas aplicadas pelos juristas, não devem ser
confundidas com a sua teoria narrativista do direito. vez que, aquelas são usadas para
atribuir sentido, e assim aferir a verossimilhança. Ao passo que, a teoria narrativista
considera a “verdade dos fatos” como um constructo interpretativo desses fatos, fruto
da atividade discursiva. E, que a partir do estudo dessas estruturas, visa compreender
o material que constroe as narrações.
andre trindade
alexandre rosa
introdução direito curvo
A teoria narrativista do d. sustenta q o d. possui natureza e propriedade narrativista.
p 50
seminário:
1. introdução
1. “Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que
encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas
ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o
universo, o universo curvo de Einstein” Oscar Niemeyer direito curvo.
2. A concepção de que o direito é um fenômeno linguístico e de que a
narratividade é intrínseca ao discurso jurídico (Karam, 2017) vincula-
se, de um lado, aos influxos do giro linguístico – que alçou a linguagem
ao estatuto de condição de possibilidade da compreensão do mundo,
colocando em evidência as relações, até então despercebidas ou
menosprezadas, entre Direito e Linguagem – e, de outro, aos estudos que
se inserem no campo do Direito e Literatura.
3. giro narrativo
4. Na medida em que, para Bakhtin, “A língua vive e evolui historicamente na
comunicação verbal concreta, não no sistema linguístico abstrato das formas
da língua nem no psiquismo individual dos falantes” (1986, p. 127, grifo do
autor), o sentido é construído, discursivamente, nas interações verbais, e todo
enunciado é suscetível, portanto, a novas interpretações. Diante disso, pode-se
afirmar, que “o sentido não é instituído no momento da enunciação, as
possibilidades de sentido inscrevem-se nessa rede dialógica, nesse
continuum, em que nosso discurso se insere e que passa a
compor” (Trindade e Karam, 2018, p. 55).
A polifonia processual e a vulnerabilidade dialógica no sistema judicial
brasileiro
5.
6. teoria narrativista do direito
1. A teoria narrativa do direito sustenta que o direito possui natureza e
propriedades narrativas. Esses postulado se expande em toda a sua
dimensão filosófico jurídica ao defender a justica(e o direito) como
relatocivilizatorio. Alem disso, sua vontade de teoria do direito leva
ainda a explicar e compreender narrativamente outros momentos e
expressões do fenômeno jurídico e sua praxis produtiva, interpretativa e
de aplicação; direito curvo p50
2. A teoria n do d fórmula sobre coerência narrativa é de fato diferente de
um critério de verdade, embora EM PARTE, semelhante ao que se
entende como mecanismo de construção de sentido.
3. Entende-a como um tipo de raciocínio acerca do material probatório
sobre a alegação dos fatos destinados a proporcionar um critério <de
verdade<< que justamente reside no modelo discursivo de uma historia
sobre a ação dos fatos (resultancia) e acerca dos <fatos em ação<<
(ocorrencia) com valor de sentido dentro do artificio narrativo (relato)
em que discorrem e que os conta (narracao).
4. Que implica:
1. Que a atribuição de sentido desde a resultancia (a ação dos fatos)
à ocorrência (fatos em ação) histórica a um acontecer requer a
apresentação de uma versão capaz de explicar e compreender a
verossimilmente o ocorrido;
2. Que isso sucede quando premissas fatias e conclusão interagem
globalmente de modo narrativamente coerente;
3. Que os enunciados assimilados ao processo são assim coerentes
NAO APENAS como resultado de formarem uma cadeia
argumentativa por vínculos lógico-formais de dedutibilidade;
4.
7. implicações
1. “Daí a necessária atenção do leitor: é em Dworkin – com ele e indo além
dele – que podemos projetar de modo mais significativo uma teoria
hermenêutica do direito num sentido pós-positivista. Há pontos comuns
entre o que Dworkin propõe para o direito e a hermenêutica filosófica
gadameriana, v.g.: além da coincidência entre a correção da
interpretação em Gadamer e a tese da resposta correta em Dworkin,
podemos apontar, também, o papel que a história desempenha em ambas
as teorias, bem como o significado prático dado à tarefa interpretativa;
de igual modo, o enfrentamento da discricionariedade positivista e a
construção da integridade do direito são questões que passam pela
superação da razão prática pelo mundo prático operada pela tradição
hermenêutica.”
Trecho de: Lenio Luiz Streck. “O Que É Isto - Decido Conforme Minha
Consciência?”. Apple Books.
2. Tais particularidades da linguagem enquanto discurso, se considerada a
complexidade das sociedades contemporâneas, nas quais o tecido
discursivo social é composto por narrativas plurais que manifestam a sua
diversidade, evidenciam as articulações entre linguagem, ideologia e
poder. Daí a necessidade, apontada por Luis Alberto Warat, de examinar
a relação discurso/prática política, de analisar os discursos a partir de
uma teoria crítica da sociedade, de refletir sobre “as condições de
possibilidade dos discursos, ou seja, as condições que permitem que, em
um dado momento histórico, as palavras tenham uma determinada
significação e não outra” (Warat, 1984, p. 84).
A polifonia processual e a vulnerabilidade dialógica no sistema judicial
brasileiro
3. Assim, a teoria narrativista do direito da qual nos fala Calvo ajuda a compreender
que nossos sistemas jurídicos são instalações ficcionais e, por vezes, hiperficcionais.
O direito, conclui, é uma forma linguística ficcional de um mundo puramente
textual. Ele habita nos discursos narrativos e, portanto, não está imune aos efeitos da
ficcionalidade.