Sei sulla pagina 1di 15

2t im o t e o 316.blo gspo t .co m .br http://2timo teo 316.blo gspo t.co m.

br/

2Timóteo 3.16
Em sua Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo f ala sobre alegria e
sobre o dever cristão de alegrar-se constantemente. Por exemplo, ele
escreve: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4:4a). Este é um dos
imperativos bíblicos sobre a alegria e não deixa lugar para o não alegrar-
se, porque Paulo diz que os cristãos devem se alegrar sempre – não às
vezes, não periodicamente, não ocasionalmente. Ele acrescenta: “Outra
vez digo: alegrai-vos” (v.4b). Paulo escreveu esta epístola quando estava
na prisão e nela tratou de vários assuntos solenes, como a possibilidade
de que f osse martirizado, of erecido como um sacrif ício (2.17). Contudo,
ele disse aos crentes de Filipos que eles deveriam se alegrar, apesar das
circunstâncias.
Isso nos traz de volta ao assunto de como podemos ser alegres, como uma questão de disciplina ou de
vontade. Como é possível permanecermos alegres em todo o tempo? Paulo nos conta o segredo: “Alegrai-
vos sempre no Senhor” (ênf ase acrescentada). O segredo para a alegria do cristão é a sua f onte, que é o
Senhor. Se Cristo está em mim, e eu estou nele, esse relacionamento não é uma experiência ocasional. O
cristão está sempre no Senhor, e o Senhor está sempre no cristão. E isso é sempre a razão para alegria.
Ainda que o crente não se alegre em suas circunstâncias, quando está passando por af lição, tristeza ou
dor, ele pode se alegrar no Senhor. Nós nos alegramos no Senhor; e, como Ele nunca nos deixa nem nos
abandona, podemos nos alegrar sempre.

Visto que a alegria é um f ruto do Espírito, nossa santif icação é mostrada não somente por meio de nosso
amor, paz, paciência, bondade e virtudes semelhantes, mas também por meio da nossa alegria (ver Gl 5:22-
23). Não devemos esquecer que o f ruto do Espírito Santo não é o mesmo que os dons do Espírito Santo.
O Novo Testamento nos revela que o espírito Santo distribui dons variados aos crentes por razões
diversas. Nem todos possuem o dom de ensino. Nem todos possuem o dom de contribuir. Nem todos
possuem o dom de administrar. Mas, quando consideramos o f ruto do Espírito, não podemos dizer que
alguns crentes têm o f ruto de f idelidade, enquanto outros têm amor, ou que alguns cristãos têm paz e
domínio próprio. Todo cristão tem de manif estar o f ruto do Espírito. E, quanto mais crescemos na graça,
quanto mais progredimos em nossa santif icação, tanto mais benignos devemos ser, tanto mais pacientes
devemos ser, tanto mais f iéis devemos ser e, obviamente, tanto mais alegres devemos ser.
Em termos simples, isto signif ica que a vida cristã não deve ser caracterizada por melancolia ou uma
atitude de inf elicidade. Todos experimentamos dias maus, mas a característica básica de uma pessoa cristã
é a alegria. Os cristãos devem ser as pessoas mais alegres do mundo, porque temos muitos motivos para
sermos alegres. Essa é a razão por que Paulo não hesita em ordenar que seus leitores se alegrem.

- por R. C. Sproul
Fonte: Posso ter alegria em minha vida?

“Mas se houver morte, então darás vida por vida,


Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé
por pé, Queimadura por queimadura, ferida por
ferida, golpe por golpe”. (Êxodo 21:23-25)
“Quando também alguém desfigurar o seu
próximo, como ele fez, assim lhe será feito:
Quebradura por quebradura, olho por olho, dente
por dente; como ele tiver desfigurado a algum
homem, assim se lhe fará”. (Levítico 24:19-20)
“Olho por olho, dente por dente” é um mandamento que é f requentemente distorcido para justif icar a
vingança pessoal. Até mesmo muitos cristãos pensam que o mandamento f ala de vingança pessoal e por
isso argumentam que este mandamento f oi abolido no Novo Testamento. Af inal, Jesus não nos ensinou a
perdoar? O f ato é que este mandamento somente autoriza a vingança pública administrada por juízes. O
propósito deste artigo é demonstrar que o princípio moral que rege este mandamento, além de não ter sido
abolido, permanecerá, não somente até o f im do mundo, mas até mesmo na eternidade.
Primeiro, o Antigo Testamento, tanto quanto o Novo Testamento, ensina a perdoar e é contrário a ideia
de vingança pessoal. “Olho por olho, dente por dente” é um mandamento que encontramos no vigésimo-
quarto capítulo de Levítico. Mas somente cinco capítulos antes, encontramos o seguinte:
“Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti
pecado por causa dele. Não te vingarás nem guardarás ira contra os f ilhos do teu povo; mas amarás o
teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR”. (Levítico 19:17-18)
Aqui somos ensinados a amar o nosso próximo como a nós mesmos. Somos inf ormados aqui que o amor
ao próximo inclui as obrigações de, primeiro, não odiá-lo em nosso coração, segundo, não deixar de
exortá-lo quando ele estiver em pecado, terceiro, não se vingar dele e, quarto, não guardar ira contra ele.
Aqui nós temos, então, uma clara proibição de vingança no mesmo livroque ordena “olho por olho, dente
por dente”. Sendo assim, não temos qualquer base racional para dizer que exista uma contradição entre as
duas coisas. A contradição somente existe a partir do momento em que os homens distorcemo
signif icado de “olho por olho”, dif erente do sentido original do mandamento que encontramos em Levítico.
Eu já li alguns críticos da Bíblia argumentando que o mandamento de amar ao próximo que encontramos em
Levítico 19:17-18 não inclui o amor aos estrangeiros, mas somente aos “f ilhos do teu povo” (Lv 19:7), isto
é, aos próprios israelitas. Pura bobagem. De f ato, em Levítico 19:17-18 especif icamente, o texto dá enf ase
ao amor entre os próprios israelitas, mas isso não signif ica que não havia a mesma obrigação de amar os
estrangeiros. O mesmo capítulo diz:
“Quando um estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o maltratareis. Como um natural entre
vós será o estrangeiro que peregrinar convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos…” (Levítico 19:33-34)
E também em Deuteronômio:
“Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz. Pois o Senhor
vosso Deus, é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não
faz acepção de pessoas, nem recebe peitas; que f az justiça ao órf ão e à viúva, e ama o estrangeiro,
dando-lhe pão e roupa. Pelo que amareis o estrangeiro…” (Deuteronômio 10:16-19)
O resto do Antigo Testamento ordena o mesmo:
“Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo, ou o seu jumento, sem f alta lho reconduzirás. Se vires
deitado debaixo da sua carga o jumento daquele que te odeia, não passarás adiante; certamente o
ajudarás a levantá-lo”. (Êxodo 23:4-5)
“Não digas: vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor e ele te livrará”. (Provérbios 20:22)
“Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e quando tropeçar, não se regozije o teu coração; para que o
Senhor não o veja, e isso seja mau aos seus olhos, e desvie dele, a sua ira”. (Provérbios 24:17-18)
“Não digas: Como ele me f ez a mim, assim lhe f arei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra”.
(Provérbios 24:29)
“Olho por olho, dente por dente”, em seu contexto original, não contradiz nada disso. Para entender
porque não contradiz, precisamos entender a f unção dos magistrados:
“Juízes e of iciais porás em todas as tuas cidades que o SENHOR teu Deus te der entre as tuas
tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça. Não torcerás o juízo, não f arás acepção de
pessoas, nem receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos
justos. A justiça, somente a justiça seguirás; para que vivas, e possuas em herança a terra que te dará o
SENHOR teu Deus”. (Deu 16:18-20)
A f unção dos juízes é julgar crimes em def esa das vítimas. Juízes devem zelar somente pela justiça e
jamais pelos seus próprios interesses. Por isso diz: “não f arás acepção de pessoas, nem receberás
peitas”. Com extensão da necessidade de amar o próximo e não f azer acepção de pessoas, Deus proíbe o
racismo e exige até mesmo, que os estrangeiros que nem sequer eram cidadãos de Israel, tivessem seus
direitos def endidos nos tribunais de Israel:
“E quando o estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o oprimireis. Como um natural entre vós
será o estrangeiro que peregrina convosco; ama-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros f ostes na terra
do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus. Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso,
nem na medida. Balanças justas, pesos justos, ef a justo, e justo him tereis. Eu sou o SENHOR vosso
Deus, que vos tirei da terra do Egito. Por isso guardareis todos os meus estatutos, e todos os meus
juízos, e os cumprireis. Eu sou o SENHOR“. (Levítico 19:33-37)
E também:
“Uma mesma lei tereis; assim será para o estrangeiro como para o natural; pois eu sou o SENHOR
vosso Deus”.(Levítico 24:22)
Em Levítico 19 vemos que o dever dos juízes de julgar com justiça é umaextensão da necessidade de
amar o próximo. Depois de mandar amar os “f ilhos do teu povo” (v. 18) e também “o estrangeiro” (v. 34),
Deus explica que isso inclui a necessidade de não cometer injustiça no juízo. Amar ao próximo, então, inclui
providenciar os meios para que meu próximo tenha um julgamento justodiante dos magistrados civis. Esse
é o contexto para entender o que é dito sobre “olho por olho”. Levítico 24, que dá continuidade a mesma
ideia da necessidade de um julgamento justo como extensão do amor ao próximo, diz:
“Quando também alguém desfigurar o seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: Quebradura
por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desf igurado a algum homem, assim se lhe
f ará… quem matar um homem será morto. Uma mesma lei tereis; assim será para o estrangeiro como
para o natural; pois eu sou o SENHOR vosso Deus”. (Levítico 24:19-22)
Como está escrito também:
“Se alguns homens pelejarem, e um f erir uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, porém não
havendo outro dano, certamente será multado, conf orme o que lhe impuser o marido da mulher, e
julgarem os juízes. Mas se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente,
mão por mão, pé por pé, Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe“. (Êxodo
21:22-25)
“Olho por olho, dente por dente”, então, significa simplesmente que a pena por um crime deve ser
proporcional ao delito.
Em Êxodo 21:22-25, encontramos o caso de um homem que, em meio a uma briga, provoca a morte de um
bebê no ventre da mãe. Por causa da morte do bebê, ele é culpado de homicídio e a pena para o homicida é
a morte. Um capítulo depois, em Êxodo 22, encontramos um caso de roubo:
“Se alguém f urtar boi ou ovelha, e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha
quatro ovelhas“. (Êxodo 22:1)
Por que a pena por homicídio é a morte, mas a pena por roubo não? Por causa do princípio do “olho por
olho”. A pena por um crime deve ser proporcionalao delito. O roubo não é grave o suf iciente para que o
ladrão seja punido com morte, mas o homicídio é. Alguns crimes são mais graves do que outros. A Lei de
Deus nos diz exatamente qual é a gravidade dos crimes e, com base nisso, nos diz o tipo de pena
que deve ser aplicada pelos juízes que julgam tais crimes. Sem um padrão de justiça que diga
exatamente qual é a gravidade dos crimes para que as penas sejam aplicadas, os magistrados civis não
seriam capazes de obedecer o mandamento de Deus: “Não cometereis injustiça no juízo” (Lv 19:35), “a
justiça, somente a justiça seguirás” (Dt 16:20).
Concluímos, então, que abolir o “olho por olho, dente por dente” significa abolir a justiça de
nossos tribunais, pois seria abolir o princípio de que a pena por um crime deve ser proporcional ao
delito. A Bíblia não trata o “olho por olho” como contrário ao amor. Pelo contrário, trata como
extensão do amor, na medida que trata a existência de tribunais justos como uma extensão do
amor. Se sob o Novo Testamento, os magistrados continuam tendo que ser justos, segue-se que o
“olho por olho” é confirmado e continua a vigorar.
Aqueles que argumentam que o “olho por olho” f oi abolido apelam para as palavras de Jesus no Sermão
da Montanha:
“Ouvistes que f oi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal;
mas, se qualquer te bater na f ace direita, of erece-lhe também a outra”. (Mateus 5:38-39)
Este texto pode ser f acilmente entendido se partimos do contexto maior de que o propósito de Jesus no
Sermão da Montanha não era o de anular ou abolir a Lei de Deus revelada por meio de Moisés, mas de
conf irmá-la e refutar as distorções dos escribas e fariseus:
“Não cuideis que vim destruir a Lei ou os Profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em
verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Lei, sem que
tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim
ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar
será chamado grande no reino dos céus.Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. (Mateus 5:17-20)
Jesus criticou aqueles que violam os mandamentos da Lei, por menor que sejam. Isso inclui os
mandamentos sobre a necessidade dos juízes serem justos e julgarem com justiça. Jesus explicitamente
argumentou com base na justiça dos tribunais alguns versículos depois:
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça
que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em
verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil“. (Mateus
5:25-26)
O que Jesus explicou ai é simplesmente uma aplicação prática do “olho por olho”. Alguém tinha trapaceado
seu próximo e, por conta disso, é denunciado e coagido a pagá-lo pelos juízes e of iciais. Jesus não critica
os juízes por isso. Este é o sentido original do “olho por olho”. O problema é que os escribas e f ariseus
distorciam a Lei de Deus para benef ício próprio (cf . Mt 15:1-9). “Ouvistes que f oi dito” se ref ere a maneira
com que a Lei era transmitida e ensinada desde os antigos: “Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas
e f ariseus de Jerusalém, dizendo: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos antigos? pois
não lavam as mãos quando comem pão. Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós,
também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?” (Mt 15:1-3) Por isso Jesus disse que nossa
justiça deveria exceder a justiça dos escribas e f ariseus. Devemos guardar os mandamentos de Deus, por
menor que sejam, e isso inclui os mandamentos sobre a necessidade de estabelecer tribunais justos.
Quando Jesus comentou o “olho por olho, dente por dente”, Ele não estava criticando o próprio
mandamento que f ora dado por Deus, mas a maneira com que era ensinado e aplicado pelos escribas e
f ariseus. Os escribas e f ariseus ensinavam que este mandamento ensinava a vingança pessoal. Mas,
como já f oi demonstrado aqui, a própria Lei proibia a vingança pessoal. O que Jesus f ez f oi reaf irmar o
que a própria Lei já ensinava sobre o perdão e criticar a maneira com que isso era ensinado e def endido
pelos escribas e f ariseus.
Cito um exemplo prático para que isso f ique ainda mais claro: Há alguns dias conversando com um amigo,
f alei sobre alguns problemas que existem em igrejas de linha neo-pentecostal. No meio da conversa lembro
de ter dito mais ou menos o seguinte: “Eles estão sempre dizendo, ‘o SENHOR te porá por cabeça, e não
por cauda’, e ignoram que muitos são chamados por Deus para serem mártires”. Alguém que não saiba do
contexto maior da conversa, que pega essa f rase isoladamente e que não conhece muito do que eu
acredito, pode ser levado acreditar que eu discordo dessa f rase: “o SENHOR te porá por cabeça, e não
por cauda”. Mas eu não discordo da f rase, conheço seu contexto original, ela se encontra em
Deuteronômio 28:13 e acredito piamente que ela continua a vigorar. A minha crítica não f oi contra a própria
f rase, que tem um signif icado específ ico em seu contexto original. Eu estava citando a maneira com que
ela é interpretada e ensinada por muitos neo-pentecostais. Assim também, Jesus não estava criticando ou
anulando o “olho por olho”. Ele estava criticando a maneira com que ela era distorcida pelos escribas e
f ariseus e mostrando que ela não poderia ser usada para anular a necessidade de perdão e misericórdia.
Como Ele disse logo em seguida:
“Ouvistes que f oi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos
inimigos, bendizei os que vos maldizem, f azei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e
vos perseguem; para que sejais f ilhos do vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:43-44)
Novamente, Jesus não estava criticando qualquer mandamento da própria Lei. Ele está dando continuidade
à mesma crítica que Ele havia f eito dos escribas e f ariseus sobre interpretar a Lei de f orma a f avorecer
seus próprios interessas. A Lei não autoriza, em lugar nenhum, a odiar nossos inimigos. Pelo contrário, a
Lei manda amar nosso próximo independente dele ser nosso inimigo ou não. Isso era uma inf erência
equivocada dos escribas e f ariseus que f oi devidamente corrigida por Jesus.
“Olho por olho, dente por dente”, tem um signif icado muito específ ico no contexto original. O mandamento
não autorizava a vingança pessoal, somente a vingança pública administrada por juízes. O mandamento
exige simplesmente que os juízes julguem com justiça, retribuindo o crime de f orma que seja proporcional
ao delito. Um homicida, por exemplo, deve ser retribuído com a pena de morte. Um ladrão deve ser obrigado
a restituir o que roubou e ainda pagar uma multa em cima. Um marido que espanca a esposa deve ser,
entre outras coisas, espancados sob a autoridade dos juízes. Este princípio, além de não ter sido abolido,
permanecerá, não somente até o f im do mundo, mas até mesmo na eternidade.
Por que digo até mesmo na “eternidade”?
Porque o “olho por olho, dente por dente” é a base pela qual Deus condena os réprobos ao
inferno e também foi o princípio pelo qual Deus exigiu a expiação de Cristo como base para salvar
os eleitos. O tormento consciente eterno no inf erno é uma pena proporcional ao delito de sermos
pecadores contra um Deus infinitamente santo. A condenação dos réprobos na eternidade, portanto, não
é outra coisa se não a aplicação do “olho por olho” na eternidade. Da mesma f orma, a expiação de Cristo
na cruz como base para salvar os eleitos é proporcional ao que os eleitos deveriam sof rer no inf erno por
causa do valor infinito da pessoa de Cristo. Portanto, a expiação de Cristo na cruz f oi simplesmente a
aplicação do “olho por olho” contra Cristo em nosso lugar, em relação a condenação eterna que
merecíamos.
O “olho por olho”, então, não f oi de qualquer maneira abolida. Deve ser aplicado pelos juízes para que
governem com justiça, f oi aplicado por Deus na cruz contra Cristo e será aplicado no juízo f inal contra os
réprobos quando f orem entregues ao lago de f ogo e enxof re.
- por Frank Brito
Fonte: Resistir e Reconstruir
Nada me f az querer me af astar mais da santa ambição
e da boa luta do ministério como pregar em um f uneral.
Eu luto por dias e noites a f io não apenas com o que
dizer, mas como dizer. Se estou desf rutando de um
momento encorajador da vida, eu tenho dif iculdade de
entrar no sof rimento do luto. Quem sou eu para
representar os sentimentos da f amília enlutada
enquanto ela assiste minha tentativa de honrar seu
ente querido? Mas muita coisa mudou para mim quando preguei no f uneral de meu pai agosto passado.
Deus me deu o discernimento não apenas do pregador, mas também do membro da f amília.

Tal momento nunca é casual ou f ácil. Requer muita coragem e ajuda do Espírito Santo. Enquanto pedimos
ajuda a Deus em oração, não devemos ser descuidados com nenhuma de nossas palavras. O que dizemos
é poderoso em tal situação vulnerável, e devemos pisar com cuidado. Então aqui estão cinco coisas que
devemos evitar quando pregamos em um f uneral.

1. Não se refira ao santo falecido apenas no tempo pretérito.

Parte do trabalho do pregador é honrar ao Senhor f alando sobre como tal f ilho de Deus amou a Jesus e
deu sua vida para a glória dele. Contudo, muitas vezes podemos f alar descuidadamente da pessoa no
tempo passado. Se cremos que o morto está vivo em Cristo e em sua presença, devemos nos ref erir a ele
também nos tempos presente e f uturo. Dessa maneira lembramos a f amília e outros ouvintes da
esperança do evangelho.

2. Não esqueça a perspectiva de Deus.

Somos ensinados no Salmo 116.15: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”. Deus é
glorif icado quando seus f ilhos vão para casa. Estar na presença desvelada de Deus é a maior alegria que
um crente pode receber. É o f im da longa luta da santif icação e o belo início da glorif icação.

3. Não ignore os perdidos.

Os perdidos estão sempre à nossa volta. Eles podem não estar deitados no caixão, mas estão mortos em
seus pecados. Os perdidos precisam ser lembrados que a morte é uma realidade da vida, uma transição
que todos nós f aremos um dia. Se há qualquer local para pregar a seriedade do pecado e a graça de
Cristo, esse local é sobre o corpo de um santo que está perdido aos olhos deles. Peça que se arrependam
e desf rutem de vida eterna com o Salvador. O santo honrado está mais vivo do que qualquer um possa
imaginar.
4. Não diga ou insinue que o morto era perfeito.

Pessoas reais são encorajadas ao ouvir sobre a vida real. E a vida real é cheia tanto de alegrias quanto de
tristezas. O santo honrado completou a carreira e combateu o bom combate. Nós podemos aprender a
partir da vida de qualquer um que f oi unido com Cristo.

5. Não abandone a realidade do céu — explique-a.

A igreja precisa continuar ouvindo e estudando a palavra de Deus sobre nosso f uturo lar. A f alta de f alar a
respeito do céu revela nossa f alta de f é, esperança e alegria nisso. Aquele querido f ilho de Deus que partiu
agora desf ruta de Deus e das riquezas de seu reino. Por pelo menos alguns poucos momentos podemos
tirar as pessoas de sua perspectiva de “aqui e agora” que diminui a alegria proposta a elas em Cristo.
Lembre-as que os cristãos estão sempre cercados pela graça e não têm nada senão o céu à sua f rente.

- por John Pound


Fonte: Voltemos ao Evangelho
Embora eu tenha sido exposto ao evangelho da prosperidade mais cedo em
minha vida, eu nunca pensei nele seriamente até ter começado o seminário. Eu
comecei a servir em igrejas locais durante meus estudos, e f iquei espantado ao
descobrir tantas pessoas sob meu cuidado consumindo material do evangelho
da prosperidade via dif erentes f ormas de mídia. Além disso, muitas pessoas
pareciam ver seus relacionamentos com Deus como uma relação quid pro quo.
Ele era tratado como um velho interesseiro celestial que existia para deixá-las
saudáveis, ricas e f elizes em troca de serviços prestados.

No início de minha carreira acadêmica, publiquei em um jornal teológico bastante


desconhecido um artigo chamado “T he Bankruptcy of the Prosperity Gospel” (A
Falência do Evangelho da Prosperidade, em tradução livre).[1] Nele eu tentei
sintetizar minhas objeções iniciais à teologia da prosperidade, assim como (se possível) dar direções
básicas àqueles cercados pelo movimento do evangelho da prosperidade. Para a minha surpresa, eu recebi
imediato f eedback sobre minha curta publicação — tanto positivo, quanto negativo. De f ato, eu continuo a
receber mais feedback sobre aquele artigo do que sobre qualquer coisa que eu tenha escrito.

Essas duas experiências me f izeram f azer a seguinte pergunta: porque cristãos evangélicos são atraídos
ao evangelho da prosperidade? E por que, em geral, tantas pessoas se identif icam com ele? Após alguma
ref lexão e investigação, a resposta à qual cheguei f oi surpreendente: o evangelho da prosperidade reside
no coração de todos os homens; o evangelho da prosperidade está até mesmo no meu próprio coração.
Imagine que você está dirigindo para a igreja em uma manhã f ria e chuvosa, e para a sua consternação, o
seu pneu f ura. Qual é o seu pensamento imediato? “Sério, Deus? Estou indo para a igreja. Não há algum
traf icante de drogas ou um marido abusivo que tu poderias ter af ligido com um pneu f urado?” Isso é
evangelho da prosperidade.

Ou talvez você não receba aquela promoção no trabalho, seu f ilho f ica doente, ou você é injustamente
criticado na igreja. Resultado? Você f ica irritado com Deus porque você f oi negligenciado, af ligido ou
menosprezado. Isso é evangelho da prosperidade.

O próprio pensamento de que Deus nos deve uma vida relativamente livre de problemas, e a raiva que
sentimos quando Deus não age da maneira que cremos que ele deveria agir, mostram um coração que
espera que Deus nos f aça prosperar por causa de nossas boas obras. Isso é evangelho da prosperidade.
Pode ser f ácil para você apontar os charlatães espirituais na televisão, vendendo suas indulgências
modernas, distorcendo passagens bíblicas e nos prometendo o melhor desta terra se simplesmente
tivermos f é o suf iciente na f é. Mas não se esqueça que o que torna o evangelho da prosperidade tão
atrativo é que ele f ornece atende aos desejos do coração humano decaído. Ele promete muito, pedindo
pouco. Ele cede à carne.

Embora você possa ser maduro o suf iciente para resistir ao evangelho da prosperidade sistematizado dos
autodeclarados provedores do movimento, não ignore o evangelho da prosperidade latente que habita
dentro de seu próprio coração. O verdadeiro evangelho diz que o que quer que surja no caminho, Jesus é
suf iciente.

Ele é suf iciente para você?

- por David W. Jones


Fonte: Voltemos ao Evangelho
Clique nas imagens abaixo para ampliar e ler.

por - Martyn Lloyd Jones (1899-1981)


Fonte: Pregação e Pregadores, Editora FIEL.

A questão quanto à maneira correta de crer conf unde


a muitos e ocupa toda a preocupação deles, sem f alar
das questões demasiadamente maiores quanto à
pessoa e obra Daquele que é o objeto de sua crença.
Assim, os seus pensamentos correm na direção de
uma autojustif icação e f icam ocupados, não com o
que Cristo fez, mas com o que eles ainda têm de
fazer para continuarem ligados à Sua obra.

O que deveríamos dizer a um israelita que, ao trazer


seu cordeiro ao tabernáculo, f icasse conf uso com
questões como o modo correto de colocar as mãos
sobre a cabeça da vítima e se recusasse a receber
qualquer conf orto por esse sacrif ício, porque não tem
certeza se ele havia colocado as mãos sobre ele
corretamente - no lugar certo, na direção certa, com a
pressão adequada ou com a melhor atitude? Não
deveríamos dizer a ele que suas próprias ações em
relação ao cordeiro não f aziam parte do cordeiro, embora
ele estivesse se expressando como se elas f izessem?
Não deveríamos lhe dizer que o cordeiro era tudo, e que
o seu toque não signif ica coisa alguma em relação à
virtude ou mérito ou recomendação? Não deveríamos lhe
dizer para ter bom ânimo; não porque ele pôs as mãos
sobre a vítima da maneira mais aceitável, mas porque ele
havia tocado a vítima, embora o tivesse f eito de modo
leve e imperf eito, e dito: Que este cordeiro tome o meu
lugar, responda por mim e morra por mim? O toque no
cordeiro não tinha virtude alguma em si mesmo, e,
portanto, a excelência do ato não deveria ser
questionado de maneira nenhuma, pois ela simplesmente
insinuava o desejo que o homem tinha de que esse
sacrif ício f osse tomado em seu lugar, como o meio
designado por Deus para ter o perdão; era
simplesmente a indicação de seu
consentimento quanto à maneira de Deus
salvá-lo, substituindo-o por outro. A
questão que ele tinha de resolver não era:
"O meu toque f oi certo ou errado, leve ou
f orte?", mas sim: "Esse f oi o toque no
cordeiro certo - do cordeiro designado por
Deus para remover o pecado?"

A qualidade ou a quantidade de f é não é a


questão principal para o pecador. O que
ele precisa saber é que Jesus morreu e f oi
sepultado, e ressuscitou, segundo as
Escrituras. Esse conhecimento é a vida
eterna.

- por Horatius Bonar (1808-1889)


Fonte: A Justiça Eterna - Como o homem
será justo diante de Deus? Ed. Fiel, págs.
32-33.
Pergunta 140. Qual é o oitavo
mandamento?

R: O oitavo mandamento é: não f urtarás.

Pergunta 141: Quais são os deveres


exigidos no oitavo mandamento?

R: Os deveres exigidos no oitavo


mandamento são a verdade, a f idelidade e
a justiça nos contratos e no comércio
entre os homens; dar a cada um aquilo
que lhe é devido; restitui aos donos
legítimos os bens tirados deles ilicitamente; dar e emprestar
gratuitamente, conf orme nossos recursos e as necessidades dos
outros; moderar os nossos juízos, desejos e sentimentos relativos aos
bens mundanos; o cuidado e a busca providente para obter, guardar,
usar e dispor das coisas necessárias e convenientes à sustentação da
nossa natureza e apropriadas á nossa condição; ter um meio de vida
lícito e empenhar-se nele; a f rugalidade; evitar processos judiciais,
f ianças ou outras demandas semelhantes; e o esf orço, por todos os
meios justos e lícitos, de procurar, preservar e aumentar a riqueza e o
estado exterior, tanto de outros quanto o nosso próprio.

Comentário:

1. Qual é o alcance geral do oitavo mandamento?

O alcance geral do oitavo mandamento é o respeito à santidade da


propriedade, da mesma sorte que o sexto impõe respeito á santidade da
vida e o sétimo, à santidade do sexo. A propriedade ou a riqueza é criada por Deus e conf iada ao homem
para o seu uso na glorif icação e no serviço a Deus. É, portanto, um compromisso administrativo atribuído
ao homem e por isso tem de ser respeitado. O oitavo mandamento, portanto, requer não apenas que nos
guardemos de roubar o bem do nosso próximo, mas que conquistemos e conservemos o nosso.

2. A Bíblia autoriza a propriedade privada?

Sim. A posse da propriedade privada, no estado pecaminoso em que a humanidade existe desde a queda, é
necessária para que uma vida possa glorif icar e gozar a Deus. A propriedade privada f undamenta-se não
na mera invenção ou costume humanos, mas na lei moral de Deus. Está def initivamente autorizada pelo
oitavo mandamento – “Não f urtarás” – o qual só f ará sentido se houver por trás dele uma ordenação
divina para a propriedade privada. Mesmo f ora da Bíblia, a revelação natural ensina a todos os homens que
roubar é errado. Está prof undamente equivocado quem hoje pensar que a propriedade privada é maligna.
Os males que ele tem em mente procedem não da propriedade privada em si mesma, mas dos abusos da
propriedade privada.

3. À luz da Bíblia, que devemos pensar do comunismo?

Segundo o que a Bíblia ensina, o comunismo é errado a princípio. Não é errado meramente em alguns de
seus aspectos ou práticas, ou por causa dos abusos a ele associados, mas é errado e maligno na sua
ideia f undamental. Se pudéssemos imaginar um “perf eito” estado de comunismo, em que não houvesse
tirania, campos de concentração, policia secreta, propaganda politica, nem censura de inf ormações, ele
ainda seria inerentemente pecaminoso e maligno. O capitalismo viola a lei moral de Deus pelos males e
abusos a ele vinculados; o comunismo viola a lei moral de Deus por sua própria natureza e ideia
f undamental. O principio do comunismo é a posse coletiva da propriedade imposta pelo Estado. Isso
pressupõe que a posse particular do indivíduo é um mal que só pode ser tolerado em pequena escala,
como uma concessão à natureza humana. Isso é contrário à Bíblia, que ensina que a propriedade privada é
um direito dado por Deus. O ser humano individual, como portador da imagem de Deus, deve ter o direito à
propriedade conf orme o propósito de Deus e para O glorif icar plenamente na sua relação com o seu
ambiente. A imagem de Deus no homem abrange a implicação de que o homem deve ter o domínio sobre a
Terra (Gn 1.27-28); mas o homem é essencialmente um indivíduo, com alma e consciência individuais, com
competência e habilidades individuais, com esperança e desejos individuais. O comunismo procura f undir o
indivíduo à massa da humanidade e isso envolve o sacrif ício do elemento essencial da personalidade do
homem, como portador individual da imagem divina e mordomo de Deus com domínio sobre uma parcela da
criação de Deus. O comunismo assume que o indivíduo existe por causa da massa, da sociedade, mas isso
é contrário a Palavra de Deus, a qual nos ensina que a sociedade e todas as instituições sociais existem
por causa do indivíduo, para que ele possa alcançar o propósito divino da sua vida e assim glorif icar a
Deus. É o indivíduo quem possui uma alma mortal, uma consciência e a capacidade para a comunhão com
Deus. Essas coisas sobreviverão a esse mundo e existem para sempre. Elas é que dão dignidade e valor
reais à vida humana. Qualquer sistema que considere o ser humano individual como sem importância e
busca amalgamá-lo á massa supostamente pelo bem-estar da “sociedade” é f undamentalmente errado e
anticristão. Isso se aplica tanto à propriedade coletiva compulsória quanto às outras subversões da
individualidade da personalidade humana.

4. Segundo registra Atos (2.44; 4.32-27), a igreja primitiva não praticava o comunismo?

É verdade que existia um tipo de “comunismo” na igreja de Jerusalém, mas era totalmente dif erente do
comunismo que existe hoje. Deve-se observar que (a) era voluntária e não compulsória, como mostram as
palavras de Palavras de Pedro a Ananias em Atos 5.4; 9 (b) era parcial e não total, como demonstra o f ato
de que a casa de Maria, mãe de João Marcos, não f ora vendida; (c) logo surgiu uma murmuração
acusatória de que as rações de comida não estavam sendo distribuídas de modo justo (At 6.1); (d) isso f oi
apenas temporário, sendo descontinuado mais tarde, provavelmente no tempo de grande perseguição que
se seguiu ao martírio de Estevão, quando os crentes se espalharam a partir de Jerusalém (At 8.1-4); (e)
não há menor indicação de que tenha sido implantado algum “comunismo” assim em nenhuma das Igrejas
estabelecidas pelos apóstolos, além da igreja em Jerusalém. É claro, portanto, que o “comunismo”
temporário da Igreja de Jerusalém não era uma questão de princípios, mas de contingência em f ace das
condições peculiares àquele tempo e lugar. É extremamente insensato, antibíblico e anti-histórico
apresentar o estado temporário das ocorrências na Igreja de Jerusalém como análogo ao comunismo
moderno, ou como um padrão a ser imitado pelos crentes em Cristo de todos os lugares.

5. O socialismo é contrário ao cristianismo?


A palavra socialismo é usada com uma variedade tão grande de sentidos que é dif ícil f alar categoricamente
dela sem primeiro a def inir, para sabermos precisamente o que quer dizer. O socialismo marxista, que é raiz
do comunismo moderno, é indubitavelmente contrário à religião cristã. Embora haja uma f orma limitada de
socialismo que não é contrária ao ensinamento da Palavra de Deus. O governo operar serviço postal, em
vez de deixa-lo à iniciativa de particulares ou de corporações, é uma f orma de socialismo; mas não se
pode achar que seja pecaminoso o envolvimento do Estado nesse empreendimento. Na maioria dos países
do mundo as f errovias, os serviços telef ônicos e os de comunicação são operados ou majoritariamente
ou exclusivamente pelo Estado [1]. Podemos, ou não, achar que isso seja inteligente, mas dif icilmente
conseguiremos provar que seja contrário à Bíblia; assim mesmo f az-se necessário traçar um limite em
algum ponto. Seria errado, com certeza, que o Estado controlasse e operasse todos os negócios e
comércios. A operação de negócios pelo Estado deveria limitar-se a atividades como as do serviço postal,
que são essenciais para todos os habitantes do país e por questão de economia requerem monopólio de
alcance nacional. O Estado deve proporcionar as condições para que os negócios privados sigam adiante,
e deve regulamentá-lo em prol da justiça, mas não deve suplantá-lo competindo contra ele. Deus instituiu o
governo civil para promover o bem das pessoas pela manutenção da justiça na sociedade humana (Rm
13.4), e não para se f irmar como um colossal empreendimento coletivo em concorrência com os seus
próprios cidadãos.

[1] Nota do autor do blog: O que o autor do texto quis dizer é que certos serviços, por serem de grande
abrangência, podem ser geridos pelo Estado e que sobre isso não é possível dizer se é bíblico ou não,
embora economicamente se possa valorar.

***
Extraído de: Johannes G. Vos, Catecismo Maior de Westminster Comentado (São Paulo, Editora Os
Puritanos, 2007), pp. 433-437.
Adquira o livro no site da CLIRE
O livro também pode ser adquirido em f ormato Kindle aqui!
Fonte: Bereianos
"Portanto, quer comais quer bebais, ou f açais outra qualquer coisa, f azei
tudo para glória de Deus" (1Co 10.31).

1. Lembre-se que acima de tudo, você deve correr rumo ao alvo da


soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.14);
2. Agradeça ao Senhor pela saúde que lhe concede para mais este
esporte (1Sm 2.6);
3. Use um calçado adequado, planeje o trajeto, se alimente
adequadamente e saiba como correr, porque cuidar do corpo é também um dever cristão (1Co 6.19);
4. Corra com humildade, não buscando querer aparecer para os que lhe olham (Fp 2.3);
5. Não f aça da corrida um ídolo em sua vida, pois isso seria quebrar o primeiro mandamento (Êx 20.3);
6. Aproveite a corrida para louvar ao Senhor pela natureza criada (Sl 40.5);
7. Se você f or casado, lembre-se que antes de correr, deve dar atenção para seu cônjuge (Ef 5.25);
8. Se tiver f ilhos, ensine seu f ilho sobre como correr para a glória de Deus, af inal, você o deve ensinar nas
coisas do Senhor (Dt 6.7);
9. Nos momentos de dor, lembre-se do quanto Cristo sof reu por todos os Seus (Is 53.10);
10. Quando encontrar outros corredores não cristãos, aproveite e lhes f ale da Palavra (Mt 28.19-20).
Já há alguns anos, tenho escrito sobre a obrigação primordial do
governo – garantir a segurança dos cidadãos de bem e agir como braço
vingador divino, punindo os malf eitores. Os que contestam essa
designação, desconhecem o que diz a Bíblia sobre isso e acham que o
governo é uma mera estrutura gerada pela engenhosidade humana. Os
cristãos, que se opõem principalmente ao qualif icativo "vingador", não
têm desculpa - devem voltar a ler Romanos 13 e revisar os seus
conceitos humanistas da sociedade e dos governantes.
Repetidamente vemos incidentes maiores que demonstram quão
desf ocadas estão as autoridades, que buscam interpretações e paliativos inconsequentes para a
criminalidade e os distúrbios que geram instabilidade social.
Agora, sob o pretexto de “protestar a realização da Copa”, o quebra-quebra continua em cima de pessoas
e propriedades. Em paralelo, os bandidos continuam com ataques cada vez mais ousados, deixando
segmentos da população aterrorizados e gerando um clima geral de insegurança. A polícia, quando
comparece, vem tardia e sem o respaldo de uma compreensão maior do seu papel. Em certas ocasiões, a
autoridade até se volta contra os mais indef esos – os cidadãos de bem, exorbitando suas f unções,
agravando a sua omissão. Por isso, volto a algumas questões que devem ser repetidas.

A f alta de visão clara das autoridades, na área de segurança, dá clara evidência de que a estrutura
remanescente de lei e ordem é extremamente f rágil, em nossa sociedade. Ela é f acilmente rompida com um
mínimo de articulação e esf orço por parte dos que já se posicionaram contra a justiça e o direito. Vivemos
uma verdadeira batalha campal, com mais vitimas do que muitos locais de guerra declarada.

A essas alturas, não basta simplesmente expressar indignação e solidariedade para com as f amílias das
vitimas inocentes nas mãos dos assassinos, que não têm o temor de Deus nem respeito às suas
determinações para a humanidade. É hora de repetirmos alguns questionamentos importantes. O que é
possível f azer nessa situação? Certamente devemos apoiar as autoridades e repelir a violência de todas
as maneiras. No entanto, o retorno à estabilidade social não é obtido pela simples colocação nas ruas de
um f ormidável contingente de policiais ou até de batalhões de soldados. Isso pode até dar a ilusão de
segurança, mas não creio que uma mera demonstração de f orça nas ruas traga a solução real.

Além de f icarmos temerosos para com a vida do nosso povo, e dos que amamos, devemos ref letir sobre
rumos que f oram perdidos ao longo dos anos, pelo estado – pelos governantes. Estamos cansados da
mesma resposta de algibeira, de que essa f ragilidade é f ruto da desigualdade social – uma solução que
insulta os milhões de trabalhadores e f amílias honestas, que lutam contra a adversidade econômica, mas
preservam a dignidade de comportamento e o respeito pela vida e pelo bem alheio. É claro que, como
sociedade, devemos nos empenhar para uma equalização das oportunidades de progresso a todos. Mas
isso é bem dif erente de uma equalização de bens e recursos que ignora a necessidade de trabalhar a
equanimidade das oportunidades. Ou seja, a missão do governo não é igualar a todos, mas igualar as
oportunidades para todos.

O problema que atravessamos, portanto, é mais grave, mais prof undo, e diz respeito a um desvio do
propósito real e primordial do governo e da missão maior dos governantes. Durante décadas a ideia do
governo amplo e abrangente, que se intromete em todos os aspectos da sociedade, tem sido def endida e
apresentada como a solução de todos os males. Os governantes adoram essa diversif icação, pois lhes
conf ere mais poder; o povo, enganado, considera os governos e os governantes “bons” quanto maiores
sejam as promessas de intervenção em todas as áreas de nossa vida. As promessas nunca são
cumpridas, a esperança é estrangulada, mas a memória curta dos eleitores, e a avidez por soluções
milagrosas, vão perpetuando e agravando um governo cada vez maior, mais inchado e mais opressor.
Chegamos à seguinte situação:

1. O princípio de um governo limitado, mínimo, é rechaçado, e quanto mais caos e convulsão social ou
econômica atravessamos, mais prontos estamos para conceder mais poder aos governantes – depois nos
espantamos porque a segurança da sociedade é “apenas” uma das f unções do governo (e nunca a
prioritária).

2. A idéia de respeito às autoridades vem sendo repetidamente minada na sociedade, a começar pela
destruição da f amília, pela ridicularização dos mais velhos; pelo enaltecimento indevido de uma cultura
jovem e permissiva que pode prosseguir sem direcionamento ou disciplina; pelo abrigo de “movimento dos
sem isso ou aquilo” que podem desrespeitar as leis ao bel prazer, desde que tenham a mais tênue e
remota justif icativa social – depois nos espantamos porque não existe mais respeito pela polícia, nem pelo
bem individual, nem pelos recursos da coletividade.

Como cristãos, deveríamos estar intensamente interessado em todas essas questões que transcendem o
próprio instinto de conservação de nossas pessoas e nossas f amílias, mas tocam no legado social que
pretendemos deixar para os nossos netos e nos conceitos que Deus nos apresenta em sua Palavra –
como missão nossa, como cidadãos; e como estrutura para a regência da sociedade.

O governo, ou o estado – no seu sentido mais amplo – deveria f azer pouco, mas f azê-lo bem e com
competência. O livro que Deus escreveu para o homem – A Bíblia – ensina a origem da autoridade, e
constatamos que ela procede de Deus (João 19.10-11). Ela também nos f az entender a origem do estado,
e constatamos que ele se tornou necessário após a queda do homem em pecado, sendo f ormalmente
instituído após o dilúvio (Gênesis 9); igualmente ela explicita o propósito principal do governo – a
segurança dos seus governados (Romanos 13).

Outras perguntas importantes também não são deixadas sem respostas pela Bíblia: ela nos apresenta a
necessidade de um governo ilimitado, ou apresenta limites a um governo controlado por propósitos
f undamentais? Queremos (se desejamos ref letir o conceito bíblico) mais governo, ou menos governo (por
“menos governo”, não nos ref erimos a um governo inoperante, def iciente, inef icaz, que não cumpra suas
responsabilidades básicas), ou seja: estamos esperando, do estado, ações que pertencem a nós, como
indivíduos; ou nas quais até a própria igreja deveria estar envolvida? Estamos projetando um caráter
messiânico, e não protetor, ao estado? Em todas essas questões, vamos encontrar a Bíblia dando
diretrizes que f ocalizam a taref a principal do governo – a repressão aos malf eitores e o reconhecimento
dos que praticam o bem (1 Pedro 2.13-14).

É verdade que a Bíblia especif ica, em paralelo, várias obrigações para os governados, mas a grande
realidade vivida é que nessa perda de f oco da responsabilidade primordial do estado – garantir a
segurança, a sociedade está sendo moída pela violência. Os governantes f oram estabelecidos com o
propósito de reprimir os que f azem o mal. Deus utiliza governos, governantes e estados imperf eitos para
restringir o mal. Deus os usa para impedir o caos generalizado, as execuções, os assassinatos em massa,
os “arrastões”, os Black Blocs insanos.

Sabemos que muitos governos instituídos abusam a autoridade em muitas situações – em vários lugares
do mundo, testemunhamos ataques e opressões pontuais da parte de governantes e isso só revela que a
natureza humana, também desses líderes, está caída em pecado. Ainda assim, de uma f orma generalizada,
Deus ainda restringe a escalada da brutalidade contra a igreja e contra as pessoas. Mesmo a justiça
imperf eita e tribunais imperf eitos servem como limites ao f luxo de opressão desenf reada, mesmo que
f uncionem alimentados pela sede do poder pessoal e por ganância pessoal.

Os governos, portanto, recebem de Deus o poder de utilizar “a espada”, ou seja, de utilizar a f orça f ísica
contra criminosos. Deus é pela dignidade da vida humana e, por isso, delega ao estado a preservação das
vidas dos cidadãos, dando a ele poder sobre a dos criminosos. Cabe aos governos, através de suas
cortes, se constituírem nos vingadores legais da sociedade contra o crime. Ninguém tem a aprovação, pela
Palavra, em nossa sociedade, de f azer justiça pelas próprias mãos. Na sociedade, a autoridade recebida
de Deus é exercida pelo governo civil. Sem dúvida, de acordo com o texto magno de Romanos 13.1-7, os
governantes têm a obrigação primordial de zelar pela ordem civil. É simples assim! Todas as demais
questões nas quais se envolvem, são supérf luas. Todas elas tiram o f oco e a concentração do principal –
essa é a grande razão de estarmos envolvidos neste caos – porque durante anos, o governo tem sido
voraz e temos alimentado a sua insaciabilidade. Também porque a grande maioria dos supostos
“representantes do povo”, não tendo visão de estadistas, terminam representando-se a si mesmos e
seguindo seus próprios caminhos – isso quando não promovem desvios de recursos.

Intercedamos pelas autoridades, como nos manda 1 Timóteo 2.1-3; mas, colocando a responsabilidade
nos criminosos – que subtraem a nossa segurança, ref litamos na gigantesca máquina burocrática e
trituradora que nós construímos. Ela perdeu seu f oco ao longo do tempo e seus tentáculos atingem a
todas as esf eras, mas age pif iamente naquela área que seria a sua f inalidade principal: garantir a
segurança dos cidadãos.

- por Solano Portela


Fonte: O Tempora, O Mores

“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da


ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos
os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do
que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia
a qualquer um que tivesse necessidade”. (Atos 4:33-35)
Aqui somos inf ormados que, entre os cristãos de Jerusalém, “todos os
que possuíam terras ou casas” as vendiam, depositavam o valor “aos pés dos Apóstolos” e que estes, por
sua vez, repartiam com os necessitados. Comunistas e socialistas f requentemente citam estes versos
para justif icar a abolição ou relativização do direito a propriedade privada. Como demonstraremos neste
artigo, esta conclusão é absolutamente errada.
“NÃO ESTAVA O PREÇO EM T EU PODER?”
“Mas um certo homem chamado Ananias, com Saf ira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte
do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não
estava o preço em teu poder? Como, pois, f ormaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos
homens, mas a Deus“. (Atos 5:1-4)
S. Pedro, por uma revelação extraordinária do Espírito, f icou sabendo que Ananias, marido de Saf ira,
estava mentindo sobre a doação. Aqui é muito importante entender qual exatamente f oi a crítica do
Espírito, por meio do Apóstolo: “Não mentiste aos homens, mas a Deus“. O pecado de Ananias, então, f oi
contra o nono mandamento, “Não dirás falso testemunho”. No contexto, “todos os que possuíam terras ou
casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos” (At 4:34).
Ananias disse estar f azendo o mesmo, mas na realidade “reteve parte do preço” (At 5:2). E, segundo as
claras palavras do Apóstolo Pedro, ele não tinha qualquer obrigação de doar nada: “Enquanto o
possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço em teu poder?” (At 5:4). Com estas palavras S.
Pedro def ende o direito a propriedade privada. Ele argumentou que Ananias não tinha qualquer
necessidade de mentir porque antes de vender, aquela propriedade pertencia a ele depois de
vender o valor da venda continuava estando sob seu poder. Ou seja, ele poderia simplesmente não
vender e não doar, caso quisesse. Todavia, ele pref eriu mentir sobre a doação, com o objetivo de se
glorif icado e exaltado pelos homens. Saf ira, sua esposa, era cúmplice da mentira:
“E perguntou-lhe Pedro: Dize-me vendestes por tanto aquele terreno? E ela respondeu: Sim, por
tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é quecombinastes entre vós provar o Espírito do Senhor?”
(Atos 5:8-9)
Sendo assim, não é verdade, como muitos comunistas e socialistas acreditam, que a Igreja Primitiva aboliu
ou relativizou o direito a propriedade privada. Pelo contrário, o direito f oi abertamente conf irmado e
def endido por S. Pedro quando ele repreendeu Ananias.
“NÃO PASSARÁ ESTA GERAÇÃO”
Mas ainda precisamos responder uma segunda questão: se os cristãos de Jerusalém não tinham a
obrigação moral de f azer essas doações, se as doações eram voluntárias, por que então f aziam? Qual
era a motivação? A acusação que os judeus levantaram contra o diácono Estevão pode nos ajudar a
entender:
“Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos
alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; e não podiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que f alava. Então subornaram uns homens para que dissessem: Temo-lo ouvido proferir
palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Assim excitaram o povo, os anciãos, e os escribas; e
investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao sinédrio; e apresentaram f alsas testemunhas que
diziam: Este homem não cessa de prof erir palavras contra este santo lugar e contra a Lei; porque nós o
temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os costumes
que Moisés nos transmitiu. Então todos os que estavam assentados no sinédrio, f itando os olhos nele,
viram o seu rosto como de um anjo”. (Atos 6:9-15)
Evidentemente, as acusações eram f alsas. De maneira alguma Estevão tinha blasf emado contra Deus ou
Moisés. Todavia, é importante entender que tais f alsas acusações eram uma versão distorcida da
verdade: “Nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este lugar e mudar os
costumes que Moisés nos transmitiu”. Uma acusação parecida havia sido f eita contra o próprio Cristo em
seu julgamento:
“Levantaram-se por f im alguns que depunham f alsamente contra ele, dizendo: Nós o ouvimos dizer: Eu
destruirei este santuário, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não
feito por mãos de homens“. (Marcos 14:57-58)
Cristo de f ato havia prof etizado a destruição de Jerusalém e do santuário:
“Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para
lhe mostrarem os edif ícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que
não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada“. (Mateus 24:1-2)
“Ai de vós! porque edif icais os túmulos dos prof etas, e vossos pais os mataram. Assim sois testemunhas
e aprovais as obras de vossos pais; porquanto eles os mataram, e vós lhes edif icais os túmulos. Por isso
diz também a sabedoria de Deus: Prof etas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns, e perseguirão
outros; para que a esta geração se peçam contas do sangue de todos os profetas que, desde a
fundação do mundo, foi derramado; desde o sangue de Abel, até o sangue de Z acarias, que foi
morto entre o altar e o santuário; sim, eu vos digo, a esta geração se pedirão contas“. (Lucas 11:47-
51)
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os prof etas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis
eu ajuntar os teus f ilhos, como a galinha ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste! Eis aí,
abandonada vos é a vossa casa. E eu vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais:
Bendito aquele que vem em nome do Senhor”. (Lucas 13:34-35)
“E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste
dia, o que te poderia trazer a paz! mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão
sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos
os lados, e te derribarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti
pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação“. (Lucas 19:41-44)
“E f alando-lhe alguns a respeito do templo, como estava ornado de f ormosas pedras e dádivas, disse
ele: Quanto a isto que vedes, dias virão em que não se deixará aqui pedra sobre pedra, que não
seja derribada“. (Lucas 21:5-6)
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.
Então, os que estiverem na Judeia f ujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os
que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram
todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles
dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da
espada, e para todas as nações serão levados cativos“. (Lucas 21:20-24)
Ou seja, em Seu ministério público, Cristo deixou claro que, ainda naquela geração, Jerusalém e o templo
seriam destruídos por Deus. Isso se cumpriu poucas décadas depois na Guerra Judaico-Romana. E
segundo Jesus, quando isso começasse a se cumprir, a situação f icaria tão f eia que, em meio a f uga, não
haveria nem sequer tempo para salvar os próprios bens dentro de casa ou para buscar a própria capa:
“Quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte
atrás para apanhar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles
dias!” (Mt 24:17-20) Essa prof ecia continuou a ser anunciada pela Igreja e essa era a base das acusações
dos judeus contra Estevão: “Nós o temos ouvido dizer que esse Jesus, o nazareno, há de destruir este
lugar…”
Tendo isso entendido, é preciso responder uma pergunta crucial:
Se Jesus tivesse dito o mesmo sobre o Brasil, que ele seria destruído, não daqui a muitas gerações, mas a
qualquer momento ainda em sua geração, você continuaria a planejar seu futuro aqui? Você planejaria
comprar terras ou casas aqui? E com os bens que você já tem, o que você faria?
Isso explica a decisão dos cristãos de Jerusalém: “todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-
as…” (At 4:34). Somente quem não cresse em Jesus f aria dif erente. De que me serviria terras e casas em
uma cidade que a qualquer momento f icaria “desolada” (Lc 21:20)? Isso explica também porque as outras
igrejas, f ora de Jerusalém, não f aziam o mesmo.
- por Frank Brito
Fonte: Resistir e Reconstruir

Potrebbero piacerti anche