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Palavras de Kyoshu-Sama

Aos Representantes de Membros do Exterior


Sala 201, Templo Messiânico, Solo Sagrado de Atami
30 de junho de 2014

Boa tarde a todos.


Fiquei muito entusiasmado ao me deparar com o grande número de membros
estrangeiros visitando o Japão. Me entusiasma muito o fato de haver tantos seguidores de
Meishu-Sama em todo o mundo.
E hoje estou grato por essa oportunidade de encontrar os senhores, ministros de várias
partes do mundo, que se esforçam a cada dia no desenvolvimento da obra divina de
Meishu-Sama.
Inicialmente, minha vontade era encontrá-los em grupos muito menores, já que os
senhores falam línguas diversas e tenho certeza que a situação da obra divina é única em cada
país e região.
Tendo dito isso, poder organizar um encontro desse tipo é, por si só, um passo enorme
e eu estou feliz por essa oportunidade.
Tendo em vista que o nosso tempo é limitado, e, também, pela necessidade de levar em
conta a tradução, eu solicitei ao Reverendo Miyamichi, diretor do Departamento Internacional,
que, caso os senhores desejassem me fazer qualquer pergunta hoje, que, por favor, me
entregassem suas perguntas com antecedência.
Lendo suas perguntas e pensando sobre como poderia respondê-las, tive a forte
sensação de que Deus está me criando e educando junto com todos os senhores. E agora me
sinto muito mais próximo aos senhores do que antes.
A minha resposta hoje pode não ser perfeita ou pode não ser o tipo de resposta que os
senhores estão esperando, mas farei o melhor possível para transmitir-lhes o que penso. Então,
posso começar?

◆ A primeira pergunta que eu gostaria de responder é a seguinte: como posso sentir


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ou perceber o paraíso? E existe alguma forma de se encontrar ou descobrir o paraíso em meu
interior?
Em minhas mensagens, eu tenho dito repetidas vezes que precisamos retornar ao
paraíso.
Esse paraíso ao qual estou me referindo não é o tipo de paraíso que pode ser
comparado, ou que faz contraste, com o inferno. Esse é um ponto importante pois nós só
imaginamos um paraíso que é oposto ao inferno.
Em nosso dia-a-dia, nosso estado mental muda constantemente. Há momentos em que
ele pode ser pacífico e paradisíaco, especialmente quando estamos tomados por sentimentos
como, por exemplo, a gratidão e a compaixão. Em outros momentos, ele pode se infernal,
quando culpamos os outros ou reclamamos de tudo.
Quando falo “paraíso” não estou me referindo a esse estado mental paradisíaco ou a
um estado paradisíaco nesse mundo material, seja lá o que isso for.
Paraíso, eu lhes digo, é o mundo que já existia antes da Criação, antes da nossa mente
ou consciência terem sido criadas e antes do universo – esse mundo material – ter sido
formado. É desse paraíso que todas as coisas emanaram e estão emanando. A causa de tudo
está nele. O paraíso é o nosso ponto de partida.
Os senhores precisam compreender que, até hoje, nós não sabíamos que tínhamos um
ponto de partida e nos esquecemos de retornar ao nosso ponto de partida, ao paraíso.
Cada um de nós possui esse paraíso, esse ponto de partida, dentro de si. Neste exato
momento, o paraíso está brilhando gloriosamente no centro das nossas consciências.
Quando Meishu-Sama nos ensinou que “precisamos nos tornar habitantes do paraíso”
ou “nos elevar até o paraíso para então salvar os outros”, ele queria que nós nos lembrássemos
desse paraíso interior e retornássemos a ele.
Nós pertencemos ao paraíso, ao mundo do espírito. Esse é o nosso verdadeiro lar. A
nossa verdadeira residência não se encontra nesse mundo material, na terra.
Quando ouvimos palavras como paraíso ou mundo espiritual, nós podemos imaginar
uma vasta, ou talvez infinita região do espaço. Essa percepção não está incorreta. Entretanto, o

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paraíso existe no ponto bem central de cada uma das nossas consciências. Ele existe dentro de
nós.
Eu gostaria de ressaltar o seguinte: nós precisamos lembrar da nossa verdadeira
residência, do nosso paraíso interior. Foi nesse paraíso que nós, junto com Meishu-Sama,
fomos incumbidos da missão de servir a Deus, e foi desse paraíso que nós fomos enviados à
terra.
O objetivo da nossa missão de servir a Deus é claro: nos tornarmos filhos de Deus. E
para conseguir isso, nós que fomos enviados à terra temos que retornar ao paraíso, ao nosso
ponto de partida, junto com toda a humanidade, todos os ancestrais e toda a natureza.
Os senhores talvez pensem que podem ter paz e satisfação em suas vidas se
pertencerem ao paraíso.
Mas a verdade é que a vida nos traz todos os tipos de coisa. Nossa mente pode às
vezes estar em paz, mas também passamos por dificuldades em nossa vida, ficando num estado
de desespero, raiva e tristeza.
A razão disso é simples. É porque, como Meishu-Sama nos ensinou, somos a soma dos
nossos antepassados. Dessa forma, Deus deseja salvar aqueles ancestrais que passaram a vida
sofrendo com desespero, raiva e tristeza. É por isso que Deus nos faz sentir esses sentimentos
ao longo de nossa vida.
A maioria dos nossos ancestrais acreditava que vamos para o paraíso somente após a
morte. E eles não concebiam o paraíso com seu ponto de partida ou como algo que existe
dentro deles. Eles almejavam o paraíso mas não acreditavam que o paraíso já estava
estabelecido dentro de si.
Como soma desses antepassados, é perfeitamente natural que nós também não
consigamos acreditar nesse paraíso interior nem perceber a sua existência.
No paraíso, Deus já completou a primeira fase da Sua obra. Ele já perdoou, purificou,
salvou e ressuscitou cada um nós, toda a humanidade e todos os antepassados. Deus está agora
realizando a segunda fase da Sua obra, acolhendo todos em Seu paraíso como pessoas que já
foram perdoadas e salvas. Independentemente de acreditarem ou não nisso, cada um dos

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senhores está neste momento sendo usado nessa segunda fase da obra de Deus.
Se os senhores conseguem admitir que o paraíso interior existe e que seus antepassados
são realmente unos a si, terão que retornar a esse paraíso interior junto com todos seus
antepassados. E os senhores deverão dizer a Deus algo como: “Junto com todos aqueles
ligados a mim, retornarei ao paraíso como uma pessoa que foi perdoada e salva”.

A maioria de nós passou a acreditar em Deus através do Johrei, presenciando e


vivenciando vários milagres.
Ou muitos de nós escolheram esse caminho da fé desejando participar da construção
do paraíso terrestre.
Esses motivos são ótimos, é claro, mas acredito que precisamos progredir para o
próximo passo.
Será que acreditamos em Deus e Meishu-Sama porque tivemos uma prova e porque
tivemos algum sinal e presenciamos milagres?
Talvez acreditemos somente se tivermos algum sinal. Mas para ser sincero, qualquer
um acreditará em alguma coisa se presenciar um milagre. Porém, será que a palavra “fé” não
significa acreditar em algo que ainda não enxergamos e para o que ainda não há provas?
Temos a tendência de presumir que Deus se manifesta somente quando vemos algo
especial, um milagre.
Mas deixem-me dizer-lhes o seguinte: Deus está manifestando Seu poder máximo a
cada instante, continuamente, mesmo quando não há qualquer sinal visível ou milagre.
Temos que alcançar, ou almejar alcançar, esse tipo de fé se quisermos progredir para o
próximo passo e nos tornarmos verdadeiros seguidores de Meishu-Sama.
Meishu-Sama escreveu uma caligrafia que diz o seguinte: “O paraíso está dentro do
meu coração”. Outra caligrafia de Meishu-Sama diz: “O paraíso terrestre está dentro do meu
coração”.
Precisamos aprender com essas caligrafias de Meishu-Sama.
Quando pensamos na expressão “paraíso terrestre”, temos a tendência de imaginar o

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mundo exterior – o mundo que percebemos através dos nossos sentidos. E pensamos que
precisamos nos esforçar para melhorar esse mundo exterior. No entanto, Meishu-Sama está nos
ensinando que, para ele, um paraíso terrestre existe em seu interior. Será que o nosso interior,
que é a nossa vida, consciência e alma, também não é parte da terra? Será que o nosso interior
também não é parte de onde o paraíso precisa ser construído?
Deus é o Criador de tudo. Tudo pertence a Deus e tudo é governado por Deus. Sendo
assim, será que tudo não é parte do paraíso? Será que a sua parte mais profunda, ou o seu
interior, não está sob o comando de Deus?
Os senhores conhecem algo que não tenha sido criado por Deus?
Os senhores conhecem algum lugar aonde o poder e a graça de Deus ainda não
tenham chegado?
Bom, a hora chegou em que os senhores precisam admitir que sua parte interior mais
profunda pertence a Deus e está sempre sob o Seu controle. Os senhores equivocadamente
pensavam que ela pertencia a si próprios e a vieram usando livremente. Hoje, eu lhes digo que o
seu ato de devolvê-la ao seu verdadeiro dono, Deus, fará com que a obra divina na terra – a
construção do paraíso terrestre – avance.
Todos nós que estamos hoje reunidos aqui nos tornamos seguidores de Meishu-Sama
em algum momento do passado, talvez por vivenciar algum tipo de milagre. Esse foi nosso
primeiro passo. Agora temos que progredir para o próximo passo e nos tornar novamente
seguidores de Meishu-Sama através da crença nas coisas que ainda estamos por ver, acreditando
no que não vemos.

◆ Uma pessoa queria saber o que eu quero transmitir através do uso da palavra
“temor” no início de minhas mensagens.
Eu sempre inicio minhas mensagens com a frase: “Com profundo respeito e temor a
Deus”. No entanto, as palavras que uso não são sempre as mesmas.
Quando pensamos no papel das “palavras”, normalmente consideramos que elas são
úteis na troca de ideias e sentimentos entre seres humanos.

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Mas Aquele que criou todas as palavras foi Deus. Ele as preparou para que Ele se
comunicasse conosco, seres humanos.
Bom, a palavra “temor” também foi criada por Deus.
Na sociedade humana, há coisas que tememos. O que são essas coisas? Por exemplo,
professores ou superiores? Bom, há muitas coisas que tememos nesse mundo.
Mas se essa palavra “temor” é uma criação de Deus, Ele a preparou para que
aprendêssemos o que é que realmente precisamos temer.
Nós precisamos saber o que e quem realmente precisamos temer.
Neste momento, estamos respirando. Estamos vivos e respirando ou, pelo menos, é
nisso que acreditamos. Mas eu preciso alertá-los: Deus, o Onipotente, tem o poder de tirar a
sua vida num instante, numa fração de segundo, se Ele assim o desejar.
Normalmente não prestamos muito a atenção a esse fato atemorizante e usamos a
respiração, a vida e a mente como se fossem nossas.
Será que alguma vez os senhores já pediram realmente permissão a Deus quando
inspiram e expiram? Os senhores estão cientes de que Deus os está perdoando sempre, mesmo
se estiverem usando propriedades divinas como se fossem suas? Quando eu penso sobre mim
mesmo, não consigo responder “sim” com firmeza a nenhuma dessas duas perguntas. Eu tenho
que admitir que negligencio o trabalho de Deus o tempo todo e que não estou ciente das
infinitas bênçãos que Ele está me concedendo.
Eu sinto que aprender o que precisamos temer é o mesmo que aprender do que
precisamos ser perdoados.
Quando nos deparamos com algo atemorizante, normalmente imploramos perdão.
Aos olhos de Deus, todos nós, sem exceção, somos pessoas que precisam receber Seu
perdão.
Nós somos aqueles que, sem o perdão de Deus, estamos destinados a perecer. Sabendo
disso, com Seu grande amor, Deus nos perdoou dos nossos pecados, nos ergueu do inferno e
nos acolheu em Sua glória, em Seu paraíso.
Se recebermos o perdão de Deus com sinceridade e humildade, Deus talvez nos diga

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que não precisamos mais temer. Mas primeiro vamos receber de coração o Seu perdão.
“Temor” é só uma palavra. E ela normalmente aparece somente uma vez no início das
minhas mensagens. Mas eu gostaria de lhes dizer que, se conseguirem entender por que estou
usando essa palavra, os senhores estarão entendendo aquilo que estou tentando transmitir em
todas as minhas mensagens. Devo dizer também que aprender a temer Deus é o primeiro passo
que precisam dar ao longo de suas vidas de fé. Eu acredito que Deus irá abençoar aqueles que
O temem.

◆ Em uma de suas perguntas, os senhores indagaram sobre a importância de nascer


de novo como um verdadeiro filho de Deus.
Como falei antes, o propósito da Criação é que Deus faça com que Seus próprios filhos
nasçam. Essa é a verdade e o amor de Deus. Nós, seres humanos, fomos enviados à terra para
cumprir esse propósito da Criação Divina.
Não tenho palavras para expressar o quão grande é essa benção de estarmos destinados
a nascer de novo como filhos de Deus.
Se os senhores não irão se tornar filhos de Deus, o que querem se tornar? O que mais
os senhores poderão ser?

◆ Um dos senhores perguntou se há uma diferença entre a percepção de


Meishu-Sama quando ele declarou ter “renascido como um Messias” em 1954, e quando ele
disse ter atingido o estado de “união com Deus” em 1950.
Para responder a essa pergunta, preciso primeiro elaborar a respeito do que eu acho
que é o estado de “união com Deus”. É com profundo respeito e temor a Deus que digo isso,
mas tenho que dizer que Deus reside e está respirando dentro de cada ser humano.
Em outras palavras, a existência de um ser humano é por si só uma prova de que Deus
existe.
Alcançar a compreensão disso não é fácil, pois nós queremos proteger a nossa
percepção de individualidade. Consciente ou inconscientemente, nós não queremos admitir que

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Deus está residindo dentro de nós e que a nossa percepção de individualidade – a percepção do
“eu” – é na realidade a percepção de Deus. Tendo dito isso, se os senhores puderem, com
coragem, admitir isso e devolver sua percepção de individualidade a Deus, não será impossível
tornarem-se unos a Deus. Isso é o que eu acho que “união com Deus” significa.
Neste exato momento, Deus está se manifestando dentro dos senhores como a sua
percepção do “eu”. Os senhores não estão sentindo sua percepção de individualidade neste
momento? Se estiverem, isso é a prova de que Deus está dentro de si.
No entanto, nós estamos ignorando esse Deus interior todo o tempo e ocupamos os
Seus lugares como se fossem nossos. Nós usamos nossa mente e corpo tão livremente, que
nunca pensamos seriamente que eles deveriam ser usados por Deus.
Ao invés de entregarmos nossa mente e corpo a Deus para que Ele, e não nós, pudesse
se manifestar, nós, seres humanos, fabricamos por assim dizer um tipo de deus no qual nos é
conveniente acreditar – um deus que está distante de nós e cuja única função é produzir
milagres e nos conceder algum tipo de benefício material.
Ao contrário de nós, Meishu-Sama foi capaz de perceber e admitir que tudo pertence a
Deus. Ele ficou plenamente consciente da grandiosidade do Deus interior, e eu acredito que é
por isso que ele disse ter se tornado uno a Deus em 1950.
Como fiéis de Meishu-Sama, temos a missão de seguir esse passo de Meishu-Sama e
devolver tudo às mãos de Deus.

Agora, permitam-me falar sobre o “nascimento do Messias”.


Em 1954, um ano antes de seu falecimento, Meishu-Sama sofreu um derrame cerebral.
Tendo sido este um derrame muito grave, tenho certeza que a mente de Meishu-Sama ficou
voltada para quanto tempo ele ainda tinha na terra e para a limitação de sua vida física.
Foi nessas circunstâncias que Meishu-Sama declarou ter renascido como um Messias.
Não foi depois de se recuperar do derrame. Pelo contrário, Meishu-Sama estava bem no meio do
sofrimento causado pelo derrame quando fez essa declaração.
Nessa época, acredito, Meishu-Sama alcançou a convicção de que dentro da vida que

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ele herdara de seus pais físicos existia a vida eterna de Deus.
Cada um de nós possui a “partícula divina”. A nós também foi concedida, ou melhor,
confiada, a vida eterna de Deus. Mas esse fato por si só não significa que nós entendamos o
que Meishu-Sama percebeu em 1954. O que Deus fez Meishu-Sama perceber foi algo
completamente novo – uma compreensão que ainda temos que alcançar.
Acredito que, enquanto Meishu-Sama sofria das consequências do derrame, ele
entregou sua vida a Deus – a vida que pensara ter herdado dos seus pais físicos. Ao sentir que
Meishu-Sama era sincero e autêntico ao fazer isso, eu imagino que Deus tenha decidido aceitar
o que Meishu-Sama Lhe oferecia, isto é, a vida de Meishu-Sama. E então Deus concedeu mais
uma vez a Meishu-Sama a Sua vida eterna. Meishu-Sama deve ter recebido essa vida de Deus
com uma “nova” compreensão e deve ter sentido que recebeu uma vida “nova” e eterna de
Deus. Eu acredito que foi por essa razão que Meishu-Sama nos disse ter “renascido” como um
verdadeiro filho de Deus.
Para Deus, que é o Criador de tudo, nada é novo. Mas nós, seres humanos, quando
percebemos algo pela primeira vez, ou quando descobrimos algo, o vemos como algo “novo”.
Voltando à pergunta, eu gostaria de responder dizendo que temos que trazer o
“nascimento do Messias” e o “estado de união com Deus” para a prática em nossas vidas. Não
devemos tratá-los como acontecimentos históricos exclusivos de Meishu-Sama. Temos que
procurar compreender o que Meishu-Sama compreendeu e alcançar o entendimento do que é
um verdadeiro ser humano, e o que Deus realmente quer de nós. Almejar nascer de novo como
um verdadeiro filho de Deus e se tornar uno a Deus, como Meishu-Sama, é um caminho que
precisamos seguir a fim de nos tornarmos verdadeiros seres humanos.
E jamais devemos nos esquecer de que, sem o exemplo vivo de Meishu-Sama, não
poderíamos saber que esse caminho foi preparado para nós, para os senhores. Foi “pelos
senhores” que Meishu-Sama alcançou o estado de união com Deus. Foi pelos senhores que
Meishu-Sama sofreu o derrame cerebral e renasceu como Messias.
Esqueçam dos outros. Meishu-Sama passou por tudo isso “pelos senhores”.

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O Plano de Deus desde o início da Criação é que nós “renasçamos como Seus filhos”.
Junto com Meishu-Sama, nós recebemos esse Plano de Deus quando estávamos no paraíso
inicialmente.
Quando viemos à terra, infelizmente esquecemos o que ouvimos de Deus no paraíso.
Apesar dessa nossa ignorância, Deus, por piedade, nos guiou para que pudéssemos nos
ligar a Meishu-Sama.
Nós temos que recordar o tempo em que estávamos no paraíso inicialmente. Temos
que recordar que estávamos com Meishu-Sama nesse paraíso. Temos que recordar que Deus
concedeu Sua vida a cada um de nós nesse paraíso. Os senhores podem não se lembrar de tudo
isso, mas, para começar, os senhores precisam acreditar que estavam no paraíso e que, no
paraíso, junto com Meishu-Sama, receberam a vida eterna de Deus. Se puderem fazer isso,
poderão receber agora, com uma nova compreensão, a vida de Deus como sua vida e entrar no
caminho da vida eterna, uno a todas as outras criações.

◆ Ler algumas de suas perguntas me fez querer falar um pouco a respeito do mundo
espiritual.
Quando pensamos sobre o mundo espiritual, muitas coisas vêm à nossa mente, não é
verdade? Por exemplo, talvez pensemos que o mundo espiritual seja o lugar para onde iremos
quando morrermos.
Meishu-Sama escreveu muito sobre o mundo espiritual, e o nosso conhecimento a esse
respeito também provem do que ele escreveu.
Mas eu gostaria que os senhores soubessem que Meishu-Sama não escreveu sobre o
mundo espiritual somente para que tivéssemos mais conhecimento a respeito. Pelo contrário,
Meishu-Sama nos deixou esses ensinamentos porque ele queria que voltássemos nosso coração
para o mundo que não podemos ver, para o mundo da verdade, para Deus. Na realidade, foi
Deus quem preparou esses ensinamentos sobre o mundo espiritual para nós. Deus expressou
Suas ideias através de Meishu-Sama.
A nossa tendência ou hábito é moldar esses ensinamentos de uma forma que seja fácil

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para nós os entendermos. Isso torna difícil para nós assimilarmos o que Deus está tentando nos
transmitir através de Meishu-Sama.
Para evitar esse mau hábito, nós temos que primeiramente admitir a limitação do nosso
entendimento dos ensinamentos de Meishu-Sama e então devolvê-los a quem os originou, a
Deus, pois Deus é a Fonte de todos os ensinamentos. Se os senhores assim o fizerem, tenho
certeza que Deus os fará recordar gradativamente aquilo que Ele os ensinou no paraíso
originalmente. E quando os senhores recordarem esse ensinamento do paraíso, ele lhes
parecerá algo completamente novo, algo que nunca ouviram antes em suas vidas.
Nós tendemos a distinguir entre o mundo espiritual e o mundo material. Ou
imaginamos que existe o inferno, ou o mundo das trevas. Mas lembrem-se que Deus é o
criador de todas as coisas, todos os mundos. Sua luz e vida permeiam tudo, incluindo o mundo
material, o inferno e o mundo das trevas. Vamos aceitar isso. Vamos aceitar que todos os
mundos estão envoltos na luz de Deus.

◆ Um dos senhores me disse que acha que precisa mudar e superar suas falhas para
influenciar os outros, e que constantemente culpa os outros e a si mesmo quando as coisas não
correm como ele deseja.
Eu entendo o que você quer dizer. Mas será que não somos todos assim? Será que essa
não é uma característica típica de todos nós, seres humanos?
Tentar mudar a si próprio ou culpar os outros é bom. Mas o que você não pode
esquecer é o fato imutável de que essas características dos seres humanos também são preciosas
criações de Deus.
Deus já concluiu a Transição da Noite para o Dia, perdoou incondicionalmente a todos
nós, que viemos nos julgando e julgando os outros, nos resgatou do mundo das trevas e nos
acolheu em Seu paraíso.
Será que ainda precisamos ficar presos ao mundo do nosso ego, culpando-nos e
culpando os outros?
Tudo pertence a Deus. Tudo é de Deus. Qualquer que seja o defeito que os senhores

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pensem ter, ele é de Deus. Traga tudo de volta às mãos de Deus. Retorne ao paraíso como uma
pessoa que está perdoada e salva. Assim, Deus poderá ajudá-lo e fazer com que você cresça e se
torne uma pessoa que é bem vista aos olhos Dele.

O que estou dizendo agora e disse em minhas mensagens em vários cultos talvez seja
difícil para os senhores compreenderem, pois me refiro ao mundo que não conseguimos ver.
Normalmente só acreditamos em alguma coisa depois de ver uma prova ou depois de
entendê-la. Mas quando falamos de Deus, paraíso e mundo invisível, acredito ser importante
primeiro aceitarem as palavras de Deus, mesmo se não conseguirem entendê-las.
Portanto, sugiro que tentem aceitar palavras como “Deus”, “Messias”, “paraíso”,
“temor” e “nascer de novo como filho de Deus”. No momento, os senhores talvez não
consigam entender o significado exato dessas palavras, mas uma vez que as aceitarem de
coração como palavras de Deus, acredito que Deus ensinará gradativamente aos senhores o que
elas significam.

“Messias” é uma palavra tão sagrada e preciosa. E não é só uma palavra; ela é um nome.
Deus, bem no início de Sua Criação, preparou esse nome para nós.
Em nossa sociedade, os pais dão um nome a seus filhos com amor, com suas
esperanças e aspirações para o futuro.
Deus, o nosso verdadeiro Pai e Pai de toda a criação, fez o mesmo. Ele preparou o
nome Messias com Seu amor, esperança e aspirações. Sua vontade ao criar todo o universo foi
de fazer Seus filhos nascerem e unificar todas as criações em nome do Messias. Foi com Seu
profundo amor que Ele deu a cada um de nós o nome Messias. De certa forma, Messias é o
nosso sobrenome dado por Deus. Podemos entrar para a família sagrada de Deus se aceitarmos
o nome Messias.
É por isso que não podemos esquecer de falar, literalmente ou mentalmente, “em
nome do Messias” em qualquer coisa que estivermos fazendo em nosso dia-a-dia.
Por exemplo, quando os senhores oram ou quando recebem ou ministram Johrei,

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digam algo como “em nome do Messias que é uno a Meishu-Sama, eu oro para que.../eu irei
ministrar (ou receber) Johrei”. E é dessa forma que os senhores poderão expressar seu respeito
a Deus, que lhes deu esse nome tão bonito: Messias.

◆ Um dos senhores me perguntou o seguinte: muitas pessoas perderam seus Ohikari


(sagrado ponto focal) ou pararam de usá-lo. Será que essas pessoas que abandonaram seus
Ohikari perdem a chance de serem salvos nessa vida?
Bom, agora deixem-me primeiro explicar o que significa o Ohikari. Deus nos permitiu
usar o Ohikari para que recordássemos que a vida de Deus, Sua consciência e alma existem no
interior de cada um de nós, que o paraíso é o nosso ponto de partida e que nós, neste exato
momento, somos os habitantes desse paraíso.
O paraíso está brilhando gloriosamente bem no centro da consciência de cada um de
nós. Consoante a isso, usamos o Ohikari no centro do nosso corpo.
O fato de muitas pessoas perderem seus Ohikari é uma prova da ignorância dos seres
humanos que esqueceram que Deus está vivo dentro de cada um de nós e que o paraíso existe
dentro de nós.
E permitam-me dizer-lhes o seguinte. Os senhores não estão na posição de julgar
aqueles que perderam seus Ohikari. Essa é a responsabilidade de cada um de nós. Nós viemos
ignorando Deus e o paraíso interior. Isso está relacionado conosco. Fomos nós que
desprezamos o Ohikari, Deus e Meishu-Sama.
Mas Deus, com Seu amor incondicional, perdoou esse nosso pecado de ignorá-Lo e
desprezá-Lo. Deus nos perdoou, purificou, salvou e ressuscitou. Assim, quando os senhores
ouvirem dizer que alguém abandonou seu Ohikari, lembrem-se disso. Lembrem-se de aceitar o
perdão de Deus em nome de Meishu-Sama.

◆ Um dos senhores me perguntou como se pode explicar sobre o Deus Criador em


países onde o budismo é amplamente aceito e a falta de crença no ato da Criação de Deus é
comum.

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Eu não sou um especialista em budismo. Portanto, o que vou dizer pode não ser uma
resposta apropriada. Mas deixem-me dizer o que penso.
Eu acredito que o Deus Criador, que Meishu-Sama nos revelou, não é como o Deus
Criador no qual as pessoas normalmente acreditam.
Normalmente, as pessoas acreditam que o Criador e os seres humanos são entidades
separadas e que o Criador existe fora dos seres humanos.
Mas Meishu-Sama entendeu que Deus existe e está vivo dentro de nós, seres humanos,
e dentro de todas as Suas criações. Tudo é uma manifestação de Deus.
Meishu-Sama disse que “Deus é luz”.
Como os senhores sabem, luz é um tipo de onda, não é? E é no centro e na fonte dessa
onda que “uma” consciência existe. Essa consciência é a fonte de tudo. E eu acredito que nós
chamamos essa consciência de Deus.
Essa Consciência, pela sua natureza, tem a função de unificar tudo. Essa Consciência,
ou melhor, Consciência Fonte, existe dentro de tudo no universo como uma vida eterna.
Meu entendimento da palavra Buda é que ela se refere a essa Consciência Fonte, essa
força interna com vida eterna.
Vejam, os budistas objetivam tornarem-se budas, não é? Será que Shakyamuni não é
reverenciado porque ele atingiu o estado de buda? Tentar se tornar uno ao seu Buda interior – a
vida eterna em seu interior – não é muito diferente do que Meishu-Sama tem tentado nos
ensinar. Talvez o que eu esteja falando aqui não seja uma descrição precisa do pensamento
budista, mas gostaria de deixar-lhes a sugestão de que talvez possamos compreender o budismo
dessa forma também. Nesse sentido, não deverá ser um grande problema para os budistas
tentarem entender os ensinamentos de Meishu-Sama.
Acredito que muitos dos senhores já viram estátuas de Buda.
Pessoalmente, eu tento vê-las como expressões materiais da Consciência Fonte da qual
estou falando. Portanto, quando os senhores verem estátuas de Buda, deverão considerá-las
não somente como arte, mas também como algo que existe em seu interior.
Muitas estátuas de Buda têm o que chamamos de byakugo em japonês. Literalmente,

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isso significa um cacho de cabelos brancos. O byakugo é um ponto no centro da testa e,
normalmente, há um cristal encravado nesse lugar. Diz-se que emana luz desse byakugo, do
centro da testa da estátua de Buda.
Se o Buda está dentro de nós, ele também tem que estar emitindo luz de sua testa. Em
outras palavras, nós temos luz em nosso interior. Essa luz é a luz da Consciência Fonte, ou de
Deus. Como sempre digo, nossa missão é trazer tudo de volta para o lugar de onde tudo veio
originalmente, para o paraíso, para a luz. Não importa se os senhores são cristãos, muçulmanos,
budistas ou fiéis de qualquer religião.
O ensinamento de Meishu-Sama não está voltado somente para um certo segmento da
humanidade; ele está direcionado a todos.

◆ Um dos senhores escreveu o seguinte: “Quando pratico o Sonen de retorno ao


paraíso fico tentando visualizar que estou segurando a mão de outras pessoas. Seria essa a
forma correta de praticar esse Sonen?”
Eu acho que isso é bom. Mas o que você não pode esquecer é que a pessoa que você
está visualizando não é só uma pessoa. Essa pessoa é um representante de toda a humanidade e
todos os ancestrais. Tente visualizar que muitos outros estão ligados a essa pessoa também. O
mais importante é que a razão pela qual você consegue visualizar outras pessoas em sua mente
é que você estava junto com elas no paraíso inicialmente. Bem no início da Criação, você estava
junto com toda a humanidade e todos os ancestrais. Na terra você está encontrando essas
pessoas pela segunda vez, por assim dizer. Você já havia encontrado com elas pela primeira vez
no paraíso no início da Criação. Deus quer que você se lembre do tempo em que você estava
com todos os outros no paraíso inicialmente. E é por isso que Deus faz com que você visualize
os outros.

Vou falar mais um pouco, mas agora encerrarei a resposta às suas perguntas.
Talvez minha resposta não tenha abrangido tudo o que os senhores queriam saber
através de suas perguntas, mas, por favor, usem o que lhes disse hoje como orientação para o

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desenvolvimento de sua fé e ponham essas palavras em prática no seu dia-a-dia. Em particular,
eu ficarei muito feliz se os senhores puderem compreender a importância de “entregar nossos
pensamentos a Deus, em nome de Meishu-Sama” e de “aceitar as palavras de Deus”.
Não estou propondo nada difícil aqui. O que os senhores precisam fazer é
simplesmente falar mentalmente algo como: “Eu aceitarei Deus, Messias, temor e nascer de
novo como filho de Deus, como palavras de Deus. Gostaria de devolver essas palavras às mãos
de Deus em nome de Meishu-Sama. Por favor Senhor, se for essa a Sua vontade, receba essa
minha oferta para que o paraíso possa prosperar cada vez mais.” Se os senhores assim o
desejarem, por favor pratiquem isso no seu dia-a-dia.

Antes de encerrar esse encontro eu gostaria de falar um pouco a respeito dos Solos
Sagrados.
Neste momento, estamos pisando no Solo Sagrado. Como devemos entender isso?
Meishu-Sama nos ensinou que o Solo Sagrado é o protótipo do verdadeiro paraíso. O
fato de estarmos sendo acolhidos agora, nesse Solo Sagrado de Atami, significa que também
estamos sendo acolhidos no paraíso do nosso ponto de partida, do qual falei várias vezes hoje.
Meishu-Sama preparou vários Solos Sagrados para nós, de forma que recordássemos a
época em que estávamos no paraíso no início da Criação e para que percebêssemos que ainda
possuímos aquele paraíso original em nosso interior. Os senhores hoje aqui presentes são um
pequeno número de pessoas somente. Mas eu acredito que toda a humanidade, e todos os
ancestrais que estão com cada um dos senhores, também estão, neste momento, sendo
acolhidos no paraíso original.
Nós fomos pecadores e estávamos destinados a viver na escuridão para sempre. Mas,
com Seu grande amor, Deus nos perdoou e acolheu todos nós em Seu paraíso. Deus quer que
os senhores percebam isso, e é por essa razão que os senhores estão pisando nesse Solo
Sagrado neste momento. Portanto, os senhores têm que expressar a sua mais sincera gratidão a
Deus dizendo, “Eu retornarei ao paraíso interior junto com tudo e todos.”
Os Solos Sagrados estão cheios de plantas, árvores e flores, não é? Todas as coisas,

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visíveis e invisíveis, querem nos ajudar a, um dia, nos tornarmos verdadeiros filhos de Deus.
Tudo no universo quer ajudá-los a nascer de novo como verdadeiros filhos de Deus. E eu
acredito que isso é parte da razão pela qual Meishu-Sama preparou os Solos Sagrados na terra.
Deus está usando absolutamente tudo – fogo, água, solo, ar, árvores, plantas, pedras e
assim por diante – para que cada um de nós, cada um dos senhores, possa se tornar Seu
verdadeiro filho.
Os senhores não podem esquecer que o verdadeiro e invisível Solo Sagrado, isto é, o
paraíso, está sempre brilhando gloriosamente no centro de cada um dos senhores. É de lá que
os senhores vieram. Lá é o seu ponto de partida. Aonde quer que os senhores forem, e
independentemente de quão difícil sua vida possa ser, não quero que esqueçam que o paraíso
está dentro de si.
Eu quero acreditar nisso e viver minha vida. Será que os senhores também poderiam
acreditar nisso junto comigo?
Se os senhores quiserem me perguntar qualquer coisa, por favor fiquem à vontade. Os
senhores podem contatar o Reverendo Resende e ele poderá passar as suas perguntas para
mim.
Por fim, peço desculpas por ter sido o único a falar hoje mas, ainda assim, estou muito
contente por termos podido passar esse tempo juntos.
Muito obrigado.

PS:
Um dos senhores me perguntou como se poderia transmitir aos outros as mensagens
que tenho dado em vários cultos.
Com líderes, professores e ministros de muitos fiéis, estou certo de que os senhores
têm muitas dificuldades em ensinar e orientar seus fiéis.
Mas o que os senhores não podem jamais esquecer é que, qualquer que seja sua
posição em sua organização, os senhores ainda são simplesmente fiéis de Meishu-Sama. Eu

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também o sou. Eu sou simplesmente um fiel de Meishu-Sama, assim como os senhores.
Portanto, antes de se preocuparem em como transmitir minhas mensagens aos outros,
os senhores têm que vir perante Deus e Meishu-Sama e comunicá-los sobre a sua fé. Todos nós
fomos pecadores mas fomos perdoados por Deus e acolhidos em Seu paraíso. Não tenho
palavras para expressar o quão grande é essa graça. Antes de pensarem sobre os outros, tentem
se lembrar dessa graça de Deus.
Se seus fiéis não querem aceitar aquilo que os senhores ensinam, significa que os
senhores também estão de alguma forma negando os ensinamentos de Deus. Ao invés de
tentar mudar seus fiéis, é importante que os senhores primeiro admitam a sua própria teimosia
e ignorância perante Meishu-Sama. Negar Deus e Seus ensinamentos não é só um problema de
um pequeno número de pessoas; esse é um problema de toda a humanidade. Portanto,
admitam isso e retornem ao paraíso interior em nome de Meishu-Sama, com todos os seus fiéis,
toda a humanidade, todos os ancestrais e todas as coisas. Esse é o seu dever como orientadores
de muitos fiéis. É dessa forma que os senhores os lideram – retornando ao paraíso interior
como uma pessoa que já foi perdoada, purificada e salva.
No paraíso, Deus já havia nos ensinado a verdade. Nós a esquecemos quando viemos à
terra. Se os senhores quiserem lembrar o que lhes foi ensinado no paraíso, digam a Deus: “Se
for Sua vontade, o Senhor poderia me ensinar mais uma vez aquilo que me ensinou no
paraíso?”
Além disso, quando tiverem que transmitir algo aos outros, é importante que os
senhores orem da seguinte forma: “Ao invés da minha vontade, que a vontade de Deus seja
transmitida através das palavras que eu usar.”
Seja feita a vontade de Deus em nome do Messias que é uno a Meishu-Sama.
Muito obrigado.

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