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Universidade Licungo

Faculdade de Educação e Psicologia

Curso: Psicologia – 1º Ano/Pós-Laboral

Cadeira:

Tema: Psicologia Social & Organizacional

Discente:

Bernarda Bernardo Luís Figueiredo

Docente:

Isidoro Valia

Quelimane, Março de 2020


Universidade Licungo

Faculdade de Educação e Psicologia

Curso: Psicologia – 1º Ano/Pós-Laboral

Cadeira:

Tema: Psicologia Social & Organizacional

Discente:

Bernarda Bernardo Luís Figueiredo

Docente:

Isidoro Valia

Quelimane, Março de 2020


Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Sociologia....................................................................................................................................4
Desenvolvendo uma Perspectiva Sociológica.............................................................................4
Estudar Sociologia.......................................................................................................................5
A sociologia da vida quotidiana..................................................................................................6
Consciência de Diferenças Culturais...........................................................................................7
O Desenvolvimento Do Pensamento Sociológico.......................................................................7
Auguste Comte............................................................................................................................8
Émile Durkheim.........................................................................................................................10
Karl Marx...................................................................................................................................11
Max Weber................................................................................................................................12
Acção Social para Max Weber..................................................................................................13
Conclusão..................................................................................................................................14
Bibliografia................................................................................................................................15

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Introdução

O conhecimento que se pretende brindar neste trabalho tem como tema Codificação de áudio,
imagem e vídeo. Portanto no desenvolvimento deste trabalho abordarei codificadores de áudio,
imagem e vídeo, conceitos básicos, suas funções e principais componentes de cada codificador já
representado.

O objectivo deste trabalho é de trazer conhecimentos teóricos e práticos relativos ao tema em


causa.

Para que fosse possível a realização do presente trabalho, teve como metodologia de trabalho a
consulta bibliográfica.

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Sociologia

A Sociologia é a ciência que estuda a sociedade e os fenómenos que nela ocorrem sejam eles
culturais, económicos, religiosos. A sociologia se ocupa basicamente de cinco elementos: a
estrutura social, os grupos sociais, a família, as classes sociais e os papéis que o indivíduo ocupa
em sociedade.

A sociologia busca explicar os vários factores que diferenciam o comportamento humano ou,
pelo contrário, porque grupos sociais diversos tendem a comportar-se de maneira semelhante.
Para o estudo sociológico se considera o grupo social, as interacções entre os indivíduos e os
meios usados para a comunicação deste indivíduo no grupo.

Assim, o objecto de estudo do sociólogo pode ser as diferentes organizações humanas como
igrejas, empresas, escolas, hospitais, times esportivos, etc. ou seja, todas as instituições sociais.
Igualmente analisa grupos culturais, a forma e o impacto da gestão governamental dentro de um
determinado grupo.

Desenvolvendo uma Perspectiva Sociológica

Aprender a pensar sociologicamente – olhando – em outras palavras, de forma mais ampla –


significa cultivar a imaginação. Estudar Sociologia não pode ser apenas um processo rotineiro de
adquirir conhecimento. Um sociólogo é alguém que é capaz de se libertar das imediaticidades
das circunstâncias pessoais e apresentar as coisas num contexto mais amplo. O trabalho
sociológico daquilo que o autor norte-americano C. Wright Mills, numa frase famosa chamou
de imaginação sociológica. (Mills, 1970)” (Giddens, A. Sociologia, Porto Alegre: Artmed,2005).

A imaginação sociológica, acima de tudo, exige de nós que pensemos fora das rotinas familiares
de nossas vidas quotidianas a fim de que as observemos de modo renovado, livre dos juízos de
valor e da influência do senso comum. Gidden. Em seu livro Sociologia usa o exemplo do café,
mas podemos aqui usar uma série de outros exemplos para demonstrar como “funciona” a
imaginação sociológica. Ao usar o café como exemplo, Giddens ressalta que o café possui valor
simbólico como parte de nossas actividades sociais diárias; podemos então usar a cerveja como
exemplo, embora não muito feliz, geralmente ao fim do expediente de trabalho ou aos finais de
semana, homens e mulheres se reúnem para “tomar uma cerveja para relaxar” usando a bebida
como subterfúgio, mas neste ato aparentemente simples, inofensivo, corriqueiro, existe uma série

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de questões, como por exemplo o alcoolismo, a lei seca, o “não saber parar”, a produção desta
bebida, o consumo por menores de idade, iniciado geralmente em casa, sua história, a
publicidade etc.

Um outro exemplo é o chá, o que poderíamos dizer, a partir de uma perspectiva sociológica
acerca do consumo desta bebida, deste ritual associado geralmente a britânicos, a pontualidade e
a reuniões de mulheres (chá de bebé, chá de panela)?

Para começar, muito embora este “ritual”, esta tradição do consumo de chá esteja associada aos
britânicos, na verdade a historiado chá  remonta à antiguidade no território chinês. Entre muitas
lendas que narram o “surgimento” desta bebida, a mais famosa relata que suas raízes provêm de
5000 anos atrás, ao governo do Imperador Sheng Nong (Ou Nung, dependendo da fonte),
popularmente conhecido como o Curandeiro Divino. Tentando solucionar a constante incidência
de surtos epidémicos em seus domínios, ele criou uma lei que obrigava o povo a ferver a água
antes de ingeri-la. Diz a lenda que repousando sob uma árvore, o soberano deixou sua xícara de
água esfriando, e logo percebeu que algumas folhas haviam caído sobre o líquido, conferindo-lhe
um tom castanho. Ao experimentar a bebida, descobriu que ela possuía um sabor agradável,
disseminando o consumo desta bebida entre os seus súbditos; a China desempenha um papel
crucial na disseminação do consumo do chá pelo mundo.

Estudar Sociologia

A importância do estudo da sociologia é compreendida com base em seu modelo utilitário, o que


a difere da filosofia. Enquanto esta se apresenta como um conjunto de saberes não organizados
cientificamente e que têm uma finalidade em si mesmos, ou uma finalidade no próprio
conhecimento, aquela é uma ciência. Enquanto ciência, a sociologia tem uma finalidade exterior
a si.

O trabalho do sociólogo serve para identificar, classificar e analisar a organização social como


um todo. Partindo do comportamento individual (com elementos da psicologia) e do
comportamento social, o sociólogo tenta compreender a sociedade a fim de apresentar teorias
que possam permitir a intervenção social por meio de outras ciências e técnicas.

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A sociologia tenta entender a sociedade como um todo, mas busca elementos nas
suas áreas afins, como a economia  (que estuda os aspectos económicos gerais de uma sociedade,
como produção e relação financeira), a antropologia  (que estuda o ser humano por meio sua
cultura e de suas origens) e a ciência política  (que se dedica a entender as organizações políticas
e os modos de organização do ser humano em sociedade, envolvendo noções como governo,
Estado etc.).

Os resultados científicos obtidos pela sociologia servirão de base para a intervenção social de
outros profissionais de outras áreas do conhecimento. Um jurista ou um advogado, por exemplo,
precisam conhecer bem essa área para que tenham uma visão maior e mais ampla dos crimes e
das leis, entendendo esses elementos como peças de uma complexa sociedade. Um arquitecto
urbanista precisa compreender a sociedade e suas organizações para estabelecer os melhores
meios de projectar casas e cidades que melhor satisfaçam as necessidades sociais.

Quando um médico depara-se com uma possível epidemia ou com a simples repetição de
doenças e sintomas, ele pode aliar os estudos de diagnóstico clínico individual nos pacientes aos
conhecimentos sociológicos, para tentar compreender uma possível origem social dos problemas
de saúde.

A sociologia da vida quotidiana

Ao contrário do que muita gente pensa, a Sociologia tem implicações práticas as quais podem ser
instrumentalizadas pelas experiências individuais e sociais de modo tal que sua compreensão
pode ajudar a desenvolver algumas habilidades. O sociólogo Antony Giddens nos ajuda a pensar
em alguns pontos em que a Sociologia, aliada à imaginação sociológica, pode nos aprimorar
como sujeitos.

É fato que pensamos a partir da nossa visão de mundo. Portanto, nosso ponto de vista algumas
vezes é passível que equívocos o quais naturalizam certas diferenças sociais e amplia o
preconceito e a intolerância.

A Sociologia pode nos proporcionar uma visão de mundo ampla e ajuda a entender que nosso
“mundo social” não é único. O que existe, na verdade, é um universo social que é construído

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socialmente e por meio da Sociologia, temos a possibilidade de conhecer, compreender e
aprender a respeitar as diferenças.

Consciência de Diferenças Culturais

Um olhar sociológico deve estar atento ao fato de que, naturalmente, tendemos a julgar a cultura
do outro a partir da nossa própria cultura, dos nossos próprios valores, é o que chamamos de
etnocentrismo.

O maior problema do etnocentrismo, é que ele acaba por distorcer a realidade, estimulando o
preconceito e a discriminação de indivíduos e grupos sociais inteiros. Pior ainda, é que quando
negamos a humanidade que existe em nossos semelhantes, nos achamos no direito de fazermos
deles o que quisermos, justificamos e banalizamos a violência.

O Desenvolvimento Do Pensamento Sociológico

O século XVIII pode ser considerado um período de grande importância para a história do
pensamento ocidental e para o início da Sociologia. A sociedade vivia uma era de mudanças de
impacto em sua conjuntura política, económica e cultural, que trazia novas situações e também
novos problemas. Consequentemente, esse contexto dinâmico e confuso contribui para eclodirem
duas grandes revoluções – a Revolução Industrial, na Inglaterra e a Revolução Francesa.

A Revolução Industrial é muitas vezes analisada de forma superficial como a simples introdução
da máquina a vapor nas fábricas e manufacturas e o aperfeiçoamento das técnicas produtivas.
Existe, porém, outra faceta da realidade – a Revolução Industrial significou o triunfo da indústria
capitalista e da classe minoritária detentora dos meios de produção e do capital. Grandes massas
de trabalhadores foram submetidas ao que impunha o sistema – novas formas de relação de
trabalho, longas e penosas jornadas nas fábricas, salários de subsistência – a fim de satisfazer os
interesses económicos dos empresários.
A Sociologia se formou a partir de um contexto histórico-social complexo e bipolarizado.
Primeiramente, ela assumiu o papel intelectual de repensar o problema da ordem social,
enfatizando a necessidade da existência de instituição como a autoridade, a família, a hierarquia
a destacando a importância teórica delas para o estudo da sociedade.

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Auguste Comte

Comte é um sociólogo da unidade humana e social com dificuldade para fundamentar a


diversidade. Para ele só existe um tipo de sociedade válida e toda a humanidade deve chegar a
essa sociedade. Tendo sido profundamente influenciado pelos grandes acontecimentos de sua
época, como o desenrolar da Revolução Francesa e a crescente Revolução Industrial, Comte
ficou conhecido por sua obra fundamentada pela “filosofia positiva” ou positivismo.

Positivismo

O positivismo, que é a linha de pensamento dominante no trabalho de Comte, pauta-se na ideia


de que o conhecimento verdadeiro só pode ser obtido por meio da experimentação e pelo
aferimento científico. Segundo essa perspectiva, a ciência deve basear-se apenas em observações
cuidadosas feitas a partir da experimentação sensorial. Essa seria a única forma possível de
inferir leis que explicariam a relação entre os fenómenos observados.

O desenvolvimento científico permitiu os grandes avanços tecnológicos que se seguiram durante


a Revolução Industrial. Esses avanços, por sua vez, tornaram-se agentes de modificação
profunda das sociedades europeias. Os centros urbanos, inchados e superpovoados em razão do
enorme êxodo rural (migração do campo para a cidade) que se passava naquele momento, eram
palco de fenómenos sociais jamais observados nas sociedades agrárias e fragmentadas de tempos
anteriores.

Comte via o surgimento desses novos problemas e fenómenos como sintomas de uma doença a
ser curada. Ele acreditava que os problemas sociais e as sociedades, em geral, deveriam ser
estudados com o mesmo rigor científico que as demais ciências naturais tratavam seus
respectivos objectos de estudo. Os fenómenos sociais deveriam ser observados da mesma forma
que um biólogo observa os espécimes de seus estudos. Comte propunha uma ciência da
sociedade, capaz de explicar e compreender todos esses fenómenos da mesma forma que as
ciências naturais buscavam interpelar seus objectos de estudo.

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Lei dos três estados

Comte entendia que a história do pensamento humano caminhava em estágios. Em sua filosofia
da história, ele elaborou a lei dos três estados, na qual afirmava que o pensamento e o espírito
humano desenvolviam-se por meio de três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva.

Na fase teológica, as observações positivas e o uso da ciência como forma de construção do


conhecimento eram precários. Dessa forma, os indivíduos apegavam-se às formas mais
imaginativas de explicação dos fenómenos do mundo. Diante da complexidade dos
acontecimentos do mundo natural, o ser humano só é capaz de compreendê-lo ao recorrer a
crenças religiosas ou a ideias de deuses e espíritos.

Na fase metafísica, que tem como exemplo o período histórico do Renascimento, o pensamento
humano passou a enxergar o mundo a partir de termos naturais. Ainda que se tratasse de
problemas abstractos, a metafísica substituiu a imaginação pela argumentação, isto é, o
pensamento humano empenhou-se em entender pelo questionamento, e não mais pela aceitação
de explicações baseadas em noções sobrenaturais.

O estado positivo, por sua vez, segundo Comte, caracteriza-se pela subordinação da imaginação
e da argumentação à observação. Assim sendo, o processo de construção do conhecimento
humano deve ocorrer a partir da experimentação própria do método científico. Isso, no entanto,
não quer dizer que Comte posicione-se a favor de um reducionismo empírico, isto é, reduzir todo
conhecimento à apreensão de fatos isolados observáveis. Comte compreendia que, por mais que
fosse possível apreender leis de regras gerais de um fenómeno, as relações constantes entre
fenómenos são diversas. Portanto, ainda que se estabeleçam leis imutáveis nas relações de
fenómenos diferentes, fixá-los a partir da pretensão de que todos se comportam de uma mesma
maneira é um engano.

É no estado positivo que Comte designa à Sociologia o papel de condução do mundo social. Para
ele, a sociologia seria responsável por interpelar os problemas sociais de nosso mundo, entender
as leis que regeriam seu funcionamento e produzir soluções para esses problemas.

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Émile Durkheim

Comte deu o primeiro passo para a criação da Sociologia. Porém, Émile Durkheim formulou
uma crítica ao pensamento comtiano que, na visão de Durkheim, era demasiado metafísico e não
atingia, de fato, o estágio positivo capaz de criar uma ciência rigorosa para a sociedade, pois era
baseado em abstracções.

Para Durkheim, uma ciência da sociedade deveria ter o seu próprio método de análise capaz de


operar autonomamente, pois as leis das ciências naturais não seriam suficientes para
compreender o todo complexo que eram as sociedades capitalistas industriais.

Durkheim formulou o método comparativo de análise social baseado no que ele chamou
de fatos sociais. Segundo o sociólogo francês, existem traços comuns que se repetem em todas as
sociedades, os fatos sociais, e o papel do sociólogo seria identificar esses fatos e comparar os
dados obtidos das diferentes sociedades.

Um bom exemplo de fato social analisado por Durkheim foi o suicídio. Segundo as análises do
sociólogo, publicadas no livro O Suicídio, há uma ocorrência comum desse fenómeno em todas
as sociedades, sendo motivado sempre pelos mesmos factores:

1. Isolamento social e falta de perspectiva de vida social, o que Durkheim classificou


como suicídio egoísta, não no sentido de não se pensar nos outros, mas no sentido de
projectar o próprio ego e a sua existência para fora da sociedade e não enxergar vínculos
entre si mesmo e o mundo.

2. Tirar a própria vida por uma causa maior, o que Durkheim chamou de suicídio altruísta,
que é enxergar em algo uma maior importância que a própria existência, fazendo com
que o sujeito se mate em nome daquilo que está em questão.

3. Tirar a própria vida por conta de uma instabilidade caótica no âmbito social ou
económico, o que leva as pessoas a tomarem medidas drásticas. Durkheim chamou essa
forma de suicídio anímico.

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Durkheim constatou que o suicídio é um fato social por ocorrer em todos os lugares, mas que os
números de casos de suicídio variam. Isso se deve a factores externos expressos por outros fatos
sociais que fazem com que as pessoas cometam mais ou menos suicídios.

Durkheim também foi pioneiro ao introduzir a Sociologia no ensino superior


francês, inaugurando a cadeira de Sociologia em cursos de Direito e cursos voltados para a
docência, além de torná-la uma ciência autónoma e rigorosa.

Karl Marx

As contribuições de Marx para a História, para a Filosofia e a formulação de um novo modo de


análise social, voltada para a crítica do capitalismo, foram fundamentais para a disseminação da
Sociologia e para sustentar um método sociológico mais sólido. A teoria crítica do
capitalismo fundada por Marx e Engels esclareceu alguns factores que a análise de Durkheim
(Junto a Karl Marx e Max Weber, Durkheim compõe a tríade dos pensadores clássicos da
Sociologia) sobre as sociedades capitalistas industriais não aborda.

Na juventude de Marx, a Sociologia ainda não tinha surgido como uma ciência metódica e
académica, pois o responsável pela formulação do método sociológico foi o francês Émile
Durkheim. Porém, os conceitos presentes na obra de Marx, não somente os que dizem respeito à
teoria marxista ou ao socialismo, deixaram para os sociólogos posteriores respostas sobre
uma lógica capitalista de um sistema de privilégios, em que uma classe sobrepõe-se à outra e
sobre o funcionamento interno do mercado e da produção.

Obras de Karl Marx

As principais obras de Karl Marx, produzidas para a publicação, são:

 Manifesto do Partido Comunista: escrita a quatro mãos, com Friedrich Engels, o


manifesto fundou um novo pensamento socialista-comunista.

 A Ideologia Alemã: um dos mais importantes trabalhos de Marx. Esse livro, escrito e
publicado entre 1845 e 1846, traz à tona uma primeira formulação precisa do conceito de
materialismo histórico dialéctico, demonstrando que a tese dialéctica de Marx tomou um
rumo totalmente diferente da dialéctica de seu professor, Hegel. Aliás, o livro de Marx é

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escrito quase que todo para criticar Hegel e os idealistas alemães, que se distanciavam da
prática e da vida material, que é a única possibilidade concreta de uma revolução.

 Contribuição para uma Crítica da Economia Política: nesse escrito, Marx faz uma
espécie de "preparação do terreno" para a obra magna que viria alguns anos depois. Nessa
obra, Marx fala de algumas noções relacionadas ao valor, à moeda e à mercadoria.

 O Capital

Tida como a mais densa e completa produção marxista, O Capital é o ápice da produção do
filósofo e consagrou de vez a sua teoria social sobre a divisão de classes sociais, a burguesia e a
exploração do trabalho. Nessa obra, Marx faz uma espécie de genealogia do capitalismo e estuda
as contradições geradas por esse sistema. Segundo o filósofo, o capitalismo seria derrubado por
suas contradições, tomado pela classe operária e substituído pelo comunismo.

Max Weber

Em uma introdução à teoria de Max Weber, precisamos entender alguns conceitos-chave de suas
obras, como “acção social”, “racionalização” e “tipos ideias”.

Entre os grandes pensadores da Sociologia, Max Weber  (1864-1920) é considerado um dos


autores mais influentes. Seus trabalhos possuem enorme abrangência de assuntos e voltam-se
para áreas do pensamento político, do Direito, da História e da Economia. Essa característica
acabou tornando-se altamente valorosa por razões aparentes: o mundo social está em contacto
directo com todos esses ramos aos quais Weber dedicou seus trabalhos.

Tendo sido precedido por outros dois grandes pensadores da área da Sociologia, Karl Marx e
Émile Durkheim, Weber também tentou compreender as mudanças sociais que se desenvolviam
no cerne das grandes cidades que viviam a Revolução Industrial. Por meio de estudos com base
em observações empíricas, Weber identificou pontos centrais sobre os quais construiu conceitos-
chave que serviram como base do restante de suas teorias.

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Acção Social para Max Weber

Talvez o conceito mais importante da teoria weberiana seja o de “acção social”, que, segundo o
autor, deveria ser o principal objecto de estudo da Sociologia. Weber estava mais preocupado
com aspectos mais próximos ao indivíduo justamente por acreditar que não era apenas a estrutura
das instituições ou a situação económica do sujeito que motivaria suas acções. Para Weber, as
ideias, as crenças e os valores eram os principais catalisadores das mudanças sociais. Ele
acreditava que os indivíduos dispunham de liberdade para agir e modificar a sua realidade. A
acção social seria, portanto, qualquer acção que possuísse um sentido e uma finalidade
determinados por seu autor. Em outras palavras, uma acção social constitui-se como acção a
partir da intenção de seu autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor.

As relações humanas e, por sua vez, as acções que estão inseridas no contexto dessas relações
possuem sentido graças aos seus atores. Para que se compreenda o processo de comunicação e de
interacção social, é necessário que se compreenda o sentido das acções que ali existem e, ainda
mais importante, o objectivo do autor da acção em seu esforço comunicativo. Para melhor
clarificar a explicação, podemos exemplificar com a acção de um aperto de mãos, que,
genericamente, pode conter uma infinidade de significados. No entanto, o autor da acção, ao
realizá-la, pretende que seu interlocutor apreenda o sentido que desejou incutir em seu ato, e não
apenas que ele entenda o sentido genérico do ato de apertar as mãos.

Tipos de acções sociais

Weber ainda salientou quatro tipos de acções sociais: a acção racional com relação a fins, a
acção racional com relação a valores, a acção afectiva e a acção tradicional. A acção racional
com relação a fins refere-se às acções tomadas com um fim específico em mente, isto é, o autor
busca atingir um objectivo e age racionalmente para atingi-lo. Já a acção racional com relação a
valores refere-se a acções que são tomadas segundo os valores morais do sujeito que a pratica. A
acção afectiva configura-se quando um sujeito age com base em seus sentimentos sem levar em
consideração o fim que deseja atingir. A acção tradicional está relacionada com o agir baseado
no costume e no hábito, isto é, o sujeito age pelo pressuposto da tradição sem o apoio da razão.

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Conclusão

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Bibliografia

GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed Ed. S.A., 2005.

MILLS, Charles Wright. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

MARTINS, José de Souza. Uma sociologia da vida cotidiana – ensaios na perspectiva de


Florestan Fernandes, , de Wright Mills e de Henri Lefebvre. São Paulo: Editora Contexto, 2014.
224p.

RODRIGUES, Lucas de Oliveira. "Introdução à teoria de Max Weber"; Brasil Escola. 

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