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FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

DIEGO SANTOS FREITAS

BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA E A SUA ATUAÇÃO SOCIAL NA


FORTIFICAÇÃO DA CORRENTE DO BEM

VITÓRIA DA CONQUISTA
2019
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

DIEGO SANTOS FREITAS

BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA E A SUA ATUAÇÃO SOCIAL NA


FORTIFICAÇÃO DA CORRENTE DO BEM

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de especialista em
Segurança Pública e Cidadania.

VITÓRIA DA CONQUISTA
2019
BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA E A SUA ATUAÇÃO SOCIAL NA
FORTIFICAÇÃO DA CORRENTE DO BEM

Diego Santos Freitas1,

RESUMO - Este artigo tem como principal objetivo expor a atuação social da base comunitária de
segurança para a fortificação da corrente do bem, polícia e comunidade. Para isto, o artigo irá
apresentar a o papel de cada um para que a parceria dê certo e alcance o resultado desejado que é a
prevenção e redução criminal, de forma específica, nas áreas onde estão implantadas as bases de
segurança pública. Analisar a qualificação profissional para atuação nas bases, as atividades
desenvolvidas e as ações preventivas criadas com o objetivo de reforçar ou ajudar a criar um elo entre
a polícia e a comunidade.

PALAVRAS-CHAVE: Polícia comunitária. Policiamento comunitário. Corrente do bem. Base comunitária.


Atuação social

1 Discente do curso de Pós-Graduação em Segurança Pública e Cidadania, pela Faculdade


Venda Nova do Imigrante – FAVENI.
1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo expor a importância da parceria entre as


instituições de segurança pública e a comunidade. Esta parceria está firmada no Art.
144 da Constituição Federal, que diz que a segurança pública é direito e
responsabilidade de todos, ou seja, além dos policiais, também cabe ao cidadão a
responsabilidade pela segurança.
Para que isto ocorra, este artigo irá apresentar a Polícia Comunitária que é
uma filosofia de trabalho humanitária que tem como objetivo a aproximação com a
comunidade. Este modelo de policiamento se difere do modelo tradicional realizado no
Brasil, uma vez que aquele está voltado para a prevenção, agindo na raiz do
problema, enquanto este visa apenas a repressão.
O policiamento comunitário requer que seus operadores sejam qualificados
para atender a população conforme a filosofia humanística, qualificação que é
realizada pelo Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos por meio de
palestras e workshops destinado aos Operadores das Bases Comunitárias de
Segurança (BCS) que executam o Policiamento Comunitário.
Por fim, o artigo também apresentará o que é a BCS, unidade operacional de
execução do policiamento comunitário no estado da Bahia, bem como as ações
preventivas realizadas com o objetivo de reforçar ou ajudar a criar um elo entre a
polícia e a comunidade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 POLÍCIA E COMUNIDADE NA CORRENTE DO BEM

De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144º, §5, às


Polícias Militares cabem o policiamento ostensivo e preventivo para manter a ordem
pública, outrossim, também especifica como este policiamento deve ser feito, no caput
do mesmo artigo diz que a segurança pública é direito e responsabilidade de todos, ou
seja, para se fazer segurança pública a polícia e a sociedade trabalhando juntas na
corrente do bem para resolver os problemas da comunidade.
Para formação desta corrente do bem entre as instituições policiais e
comunidade deve-se quebrar alguns paradigmas, uma vez que atualmente no Brasil,
vivenciamos um desgaste na segurança pública gerado pela desconfiança e medo dos
cidadãos em relação as arbitrariedades na atuação de agentes das policias militares.
Com a necessidade de uma aproximação com a comunidade, sob a égide dos Direitos
Humanos, as instituições militares do país iniciaram uma série de mudanças
institucionais no intuito de prestar um serviço de excelência para a sociedade através
de uma filosofia humanitária.

“O Programa Nacional de Direitos Humanos, lançado pelo governo federal em


13 de maio de 1996, apontou claramente a necessidade de reforma da polícia e
a recomendou a todos os estados a implantação do policiamento comunitário.”
(Deptº de Polícia Comunitária e Direitos Humanos, 2013)

Mas o que seria Polícia Comunitária? É uma filosofia de trabalho humanitária


que tem como objetivo a aproximação com a comunidade, onde a polícia é como uma
empresa e a comunidade são os clientes que merecem um serviço de qualidade. Para
Trojanowicz e Bucqueroux (1994), Polícia Comunitária pode ser descrita como:

“Uma filosofia e uma estratégia organizacional que proporcionam uma nova


parceria entre a população e a polícia. Baseia-se na premissa de que tanto a
polícia quanto à comunidade devem trabalhar juntas para identificar, priorizar e
resolver problemas contemporâneos, como: crime, drogas, medo do crime,
desordens físicas e morais e, em geral, a decadência do bairro, com o objetivo
de melhorar a qualidade geral da vida na área.” (TROJANOWICZ e
BUCQUEROUX, 1994, p.4)

A polícia comunitária é executada através do policiamento comunitário que


segundo Fernandes (1994), é um serviço policial que se aproxime das pessoas, com
um comportamento regulado pela frequência pública cotidiana, submetido, portanto, às
regras de convivência cidadã. É um policiamento diferenciado onde existe uma
interação entre o policial e o cidadão que juntos trabalham para alcançar objetivos em
comum como a diminuição de delitos em sua área de atuação.
Para se obter sucesso na segurança pública é necessário a parceria entre
polícia e comunidade que depende do esforço de ambas as partes. A união entre o
estado e a sociedade tem como consequência a confiança recíproca que visa a
redução da criminalidade e é elemento essencial para a realização do policiamento
comunitário.
Para mostrar às autoridades policiais as prioridades de Segurança Pública, a
comunidade tem como apoio o Conselho Comunitário de Segurança que é responsável
por diagnosticar os problemas da localidade, estudando e discutindo sugestões para a
elaboração de estratégias preventivas por parte dos órgãos de segurança pública. As
reuniões deste conselho são realizadas periodicamente, com representantes das
comunidades locais e comandantes de policiamento com o intuito de discutir os
problemas da área.

2.1.1 CAPACITAÇÃO POLICIAL

O aperfeiçoamento contínuo dos agentes de segurança pública é importante


para a prestação de um serviço de qualidade para a população. Partindo deste
princípio, a Policia Militar da Bahia, por intermédio do Departamento de Polícia
Comunitária e Direitos Humanos, vem capacitando os servidores para o atendimento da
comunidade na prevenção e redução da criminalidade nas regiões onde os policiais são
empregados. Segundo o Coordenador Nacional de Polícia Comunitária, Cel PMDF Pita,
a PMBA tem atingido todas as metas na capacitação do seu efetivo, sendo um dos
únicos Estados a utilizar completamente a verba destinada pela SENASP.
Para atingir as metas de capacitação, o Departamento de Polícia
Comunitária e Direitos Humanos da PMBA tem realizado ao longo de todo o ano
palestras e workshops destinado aos Operadores das Bases Comunitárias de
Segurança (BCS) que executam o Policiamento Comunitário. Além dos cursos
nacionais de Gestor e Operador de Policiamento Comunitário, Promotor de
Policiamento Comunitário e Multiplicador de Polícia Comunitária, voltados para a
policiais que irão atuar nas BCS, membros da comunidade e agentes de segurança
com o objetivo de difundir a filosofia da Polícia Comunitária.
2.2 BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA – BCS

A Base Comunitária de Segurança (BCS) é uma base operacional que tem


como filosofia o policiamento comunitário no estado da Bahia. Tem como objetivo a
aproximação da sociedade para redução da criminalidade em localidades com maior
índice de delitos, melhorando a qualidade de vida da população local. A BCS não é um
Posto Policial Militar (PPM), pois é proativa e possibilita a integração do cidadão, já o
PPM faz parte do policiamento tradicional, sendo reativo, pois atua apenas quando
acionado.
De acordo com o Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos
(2013) da Polícia Militar da Bahia, as Bases Comunitárias de Segurança devem
desenvolver as seguintes atividades:
As BCS devem ser o endereço de referência profissional dos policiais
militares encarregados da prevenção comunitária e do policiamento ostensivo e
também deve ser amplamente divulgado;
Os policiais militares que estiverem lotados na BCS, procederão o
atendimento normal de ocorrências e prestação de informações e outros serviços,
atuando conjuntamente com as diversas modalidades de policiamento desenvolvidos
pela Corporação;
A atuação do policiamento comunitário deve ser contínua e permanente, de
modo a não sofrer solução de continuidade na interação entre a polícia e comunidade.
Para tanto, é importante estabelecer-se um processo flexível do emprego de policiais,
de forma a atender as necessidades da comunidade.

2.2.1 BCS NOVA CIDADE

A base foi inaugurada no dia 28 de novembro de 2012, no Loteamento Nova


Cidade, em Vitória da Conquista – BA. Atende aproximadamente 35 mil pessoas que
moram nas proximidades da região. A Base Comunitária de Vitória da Conquista foi a
11ª construída na Bahia e tem como objetivo promover a segurança e a convivência
pacífica na localidade, reduzindo os índices de violência e criminalidade, melhorando a
integração das instituições de segurança pública com a comunidade local, onde os
policiais foram qualificados para trabalhar junto à população.

2.2.2 AÇÕES PREVENTIVAS

Partindo da premissa que o policiamento comunitário é realizado para a


comunidade, as bases comunitárias realizam ações preventivas voltadas para a
redução da violência e da criminalidade através da participação da sociedade em
projetos sociais.
De acordo com o Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos
(2013) da Polícia Militar da Bahia, as Bases Comunitárias de Segurança desenvolvem
ações preventivas, que estão distribuídas nas seguintes áreas: esporte e saúde; sócio
educacional; arte, cidadania e cultura, criados com o objetivo de reforçar ou ajudar a
criar um elo entre a polícia e a comunidade.
No âmbito da BCS Nova Cidade são desenvolvidos diversos projetos sociais:
a) PROJETO LUTA CIDADÃ: oferece para crianças e adolescentes da região
um ambiente que lhes permita experimentar e compreender valores
essenciais como foco, disciplina, persistência, cooperação e respeito, por
meio de aulas de Jiu-jitsu, judô e capoeira. O requisito para permanência
desses alunos no projeto é a matrícula e assiduidade na escolar.

b) PROJETO XADREZ PARA VENCER: realizado em escolas das redes


municipal e estadual de ensino. Tem como objetivo ensinar os alunos a
jogarem xadrez, visto que este tem inúmeros benefícios, como por exemplo:
desenvolvimento intelectual, concentração, estratégia, interação, paciência,
rapidez no raciocínio, entre outras habilidades, além de favorecer
interações sociais saudáveis.

c) FUTSAL NA BASE DO ESPORTE: o projeto abrange estudantes da rede


pública de ensino que sejam moradores da região atendida pela BCS. O
Futsal além de promover interação social desenvolve diversas habilidades
como raciocínio e agilidade, inteligência espacial, respeito à regras,
condicionamento físico e cardiorrespiratório, coordenação motora, entre
outros.

d) CONCURSO GAROTA BCS: é um trabalho preventivo, que visa aproximar


meninas, suas famílias e a comunidade da Polícia Militar, através de
concurso que elegerá a garota comunidade BCS.

e) PROJETO PRIMEIRO SOM: curso que desenvolvem aulas teóricas e


práticas de violão, com crianças e adolescentes moradores da região.

f) BASE.NET: a BCS oferece curso de Informática básica e robótica, maiores


de 8 anos de idade que saibam ler e escrever. O curso de informática tem
como escopo principal que os alunos aprendam a operar um computador
de forma a elaborar trabalhos escolares, currículos, planilhas,
apresentações de slides e acessar a Internet.

g) PROJETO RECRUTA VOCÊ: apenas para moradores dos bairros


pertencentes a área da base, é um curso preparatório para concursos de
carreira militar. No ano de 2017, o projeto recruta você aprovou 4 alunos no
concurso de admissão para o Curso de Formação de Soldados da PMBA.

h) UNIVERSIDADE PARA TODOS: curso preparatório para o ENEM e


vestibular oferecido pela Secretaria de Educação do Estado, onde um dos
Polos de ensino é a Base Comunitária de Segurança.

3 CONCLUSÃO

No Estado Democrático de Direito, o Policiamento Comunitária é a


alternativa que melhor se adequa para as instituições de segurança pública, uma vez
que o Art. 144 da Constituição Federal, diz que a segurança pública é direito e
responsabilidade de todos, o que nos leva a inferir que além dos policiais, cabe a
qualquer cidadão uma parcela de responsabilidade pela segurança.
A partir da corrente do bem é possível realizar segurança pública com a
integração entre polícia e comunidade, estabelecendo uma relação de confiança entre
as partes para realização de um trabalho em conjunto visando a resolução de
problemas da comunidade, tendo como consequência a preservação da ordem pública
na localidade onde se aplica a filosófica de polícia comunitária.
O policiamento comunitário é a antecipação ao crime, agindo sobre as suas
causas, aproximando as instituições de segurança pública da comunidade, buscando
o bem coletivo em locais de risco onde as bases foram implantadas. A polícia
comunitária se difere do modelo tradicional de polícia, pois o seu foco é a prevenção e
não a repressão de crimes.
O modelo de policiamento deve ser colocado em prática, quebrando alguns
paradigmas ainda existentes nas polícias. Para que isto ocorra deve haver a
divulgação de informações e ações das bases comunitárias voltadas para o público
interno e externo da corporação, a fim de conscientizar os cidadãos e os agentes, de
forma a acreditarem na parceria e internalizarem a ideia da corrente do bem.

4 REFERÊNCIAS

TROJANOWICZ, Robert e BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento


Comunitário: como começar. Trad. Mina Seinfeld de Carakushansky. Rio de Janeiro:
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Editora Parma, 1994.

FERNANDES, Rubem César. Policiamento Comunitário: Como Começar.


Rio de Janeiro: Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, 1994.

__________. Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos.


Histórico da Polícia Comunitária no Brasil e na Bahia. 2013. Disponível em:
<http://www.pm.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2667&Itemid
=998>. Acesso em: 09 jun. 2019.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso
em: 09 jun. 2019.

__________. Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos. BCS -


Base Comunitária de Segurança. 2013. Disponível em:
<http://www.pm.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2522&Itemid
=504>. Acesso em: 09 jun. 2019.

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