ENG229 Aula1.4

ENG229 - Aplicações Industriais da Computação
1ª Unidade
Prof. Gustavo Castro
MANUFATURA E LAYOUT
Universidade Federal da Bahia

Escola politécnica
Departamento de Engenharia
Mecânica
Tipos de manufatura
• Tipos de processos em manufaturas:

• Processo por Projeto
• Processo de Jobbing
• Processo em Lotes ou Bateladas
• Processo de Produção em Massa
• Processos Contínuos
Tipos de manufatura
Tipos de manufatura
• A posição de uma operação na métrica

volume-variedade determina a abordagem
geral para gerenciar os processos.
• Essas "abordagens gerais" para gerenciar
projetos são chamadas tipos de projetos de
manufatura.
Processo por Projeto
• Lidam com produtos discretos, usualmente

bastante customizados.
• Período de tempo para fazer o produto ou
serviço é relativamente longo, como é o
intervalo entre a conclusão de cada produto ou
serviço.
• Baixo volume e alta variedade são
características do processo de projeto.
• Não há um fluxo do produto
• As atividades envolvidas na execução do produto

podem ser mal definidas e incertas, às vezes
modificando-se durante o próprio processo de
produção.
• A essência de processos de projeto é que cada
trabalho tem início e fim bem definidos, o intervalo
de tempo entre o início de diferentes trabalhos é
relativamente longo e os recursos transformadores
que fazem o produto provavelmente serão
organizados de forma especial para cada um deles.
Processos de Jobbing
• Lidam com variedade muito alta e baixos

volumes.
• Em processos de jobbing cada produto deve
compartilhar os recursos de operação com
diversos outros.
• Os recursos de produção processam uma série
de produtos, mas, embora todos os produtos
exijam mesmo tipo de atenção, diferirão entre
si pelas necessidades exatas.
• Os processos de jobbing produzem mais itens

e usualmente menores do que os processos de
projeto, mas, como para processos de projeto,
o grau de repetição é baixo.
• A maior parte dos trabalhos provavelmente
será única.
• Diferem entre si pelo tipo de atenção às
necessidades do cliente.
Processo em Lotes ou Bateladas
• Podem parecer-se com os de jobbing, mas os

processos em lotes não têm o mesmo grau de
variedade dos de jobbing.
• É produzido mais do que um produto.
• Pode apresentar algum fluxo de fabricação.
• Cada parte da operação tem períodos em que
se está repetindo, pelo menos enquanto o
"lote" ou a "batelada" está sendo processado.
• Cada tipo de produto tem o seu processo

e ao fim de cada lote os produtos podem ser
diversificados.
• Recursos dedicados a famílias de produtos
com pouca variação.
• Recursos humanos multifuncionais.
• Para processos automatizados exige-se
maiores volumes.
• Os recursos humanos são mais exigidos que

nos processos de alto volume.
• São necessárias mudanças e calibragens
nos equipamentos de acordo com os
produtos.
• O tamanho do lote poderia ser apenas de dois

ou três produtos ou, inversamente, se os lotes
forem grandes, e especialmente se os
produtos forem familiares à operação, os
processos em lotes podem ser relativamente
repetitivos.
• O processo em lotes pode ser baseado em
uma gama mais ampla de níveis de volume e
variedade do que outros tipos de processos.
Processo de Produção em Massa
• São os que produzem bens em alto volume e

variedade relativamente estreita.
• É, entretanto, essencialmente uma operação em
massa porque as diferentes variantes de seu próprio
produto não afetam o processo básico de produção.
• As atividades na fábrica são essencialmente
repetitivas e amplamente previsíveis.
• Estrutura produtiva especializada e pouco flexível,

funcionando, em geral, como linhas de montagem.
• Demanda de produtos estáveis.
• Serve para produtos variados produzidos na
mesma plataforma.
Processos Contínuos
• Processos contínuos situam-se um passo além dos

processos de produção em massa, pelo fato de
operarem em volumes ainda maiores e em geral
terem variedade ainda mais baixa.
• Normalmente, operam por períodos de tempo muito
mais longos.
• São literalmente contínuos no sentido de que os
produtos são inseparáveis, e produzidos em um fluxo
de fabricação ininterrupto e rígido.
• Também podem ser contínuos pelo fato de a

operação ter que suprir os produtos sem uma
parada.
• Recursos dedicados ao produto, com grandes
investimentos naqueles.
• Pouco mão de obra por tonelada produzida.
• Processos contínuos muitas vezes estão associados
a tecnologias relativamente inflexíveis, de capital
intensivo com fluxo altamente previsível.
• As etapas de produção fluem numa

sequência prevista de um posto de trabalho
para outro.
• As etapas são balanceadas para que as
atividades mais lentas não prejudiquem a
velocidade do processo.
• As etapas de produção fluem numa

sequência prevista de um posto de trabalho
para outro.
• As etapas são balanceadas para que as
atividades mais lentas não prejudiquem a
velocidade do processo.
Matriz
Matriz
Características dos sistemas de manufatura
Questões chaves sobre projeto de manufatura
• Quais os tipos básicos de layout utilizados na

manufatura?
• Qual tipo de layout uma operação deveria
escolher?
• O que o projeto do layout deseja alcançar?
• Como deveria ser o projeto detalhado de cada
tipo básico de arranjo físico?
Layout ou arranjo físico
• O layout ou o arranjo físico de uma operação

preocupa-se com o posicionamento físico dos
recursos daquela transformação.
• É decidir onde colocar as instalações, máquinas,
equipamentos e pessoal da manufatura.
• Determina a forma e aparência da produção.
• Determina a maneira como os recursos (materiais,
informações e clientes) fluem pela operação.
Procedimento de layout
• Razões práticas da importância do layout:

• A mudança de arranjo físico é frequentemente uma
atividade difícil e de longa duração: dimensões físicas
dos recursos transformadores;
• O rearranjo do layout pode interromper o funcionamento
suave da manufatura: perdas na produção e insatisfação
dos clientes;
• Layouts errados levam a padrões de fluxo longos ou
confusos, estoque de materiais, filas de clientes, tempos
de processo longos, operações inflexíveis, fluxos
imprevisíveis e altos custos.
• Projetar o layout de uma operação produtiva, assim

como qualquer atividade de projeto, deve iniciar-se com
os objetivos estratégicos da manufatura.
• Com a escolha do tipo de processo de manufatura, com
a determinação da característica volume-variedade, o
layout será a manifestação física desse processo.
• Depois que o tipo de processo foi selecionado, o tipo
básico de layout deve ser definido. É a forma geral do
arranjo de recursos produtivos da manufatura.
• A relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo

físico não é totalmente determinística.
• Um tipo de processo não necessariamente implica tipo
básico de arranjo físico em particular.
• Há, frequentemente, alguma superposição entre tipos de
processo que podem ser utilizados para determinada
posição do binômio volume-variedade.
• Em casos em que mais do que um tipo de processo é
possível, a importância relativa dos objetivos de
desempenho da operação pode influenciar na decisão.
• Em geral, quanto mais importante for o objetivo custo

para a operação, mais provável será que ela adote
um tipo de processo próximo ao extremo alto volume
- baixa variedade do espectro de tipos de processo.
• Embora a escolha do tipo básico de arranjo físico
governe a maneira geral segundo a qual os recursos
vão ser arranjados uns em relação aos outros, ela
não define precisamente a posição exata de cada
elemento da operação.
Relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo físico

Tipos básicos de layout
• Arranjo físico posicional:

• Também conhecido como arranjo físico de posição
fixa.
• Os recursos transformados não se movem entre
os recursos transformadores.
• Em vez de materiais, informações ou clientes
fluírem por uma operação, quem sofre o
processamento fica estacionário, enquanto
equipamento, maquinário, instalações e pessoas
movem-se na medida do necessário.

• A razão para isso pode ser que ou o produto ou o
sujeito do serviço seja muito grande para ser
movido de forma conveniente, ou podem ser (ou
estar em um estado) muito delicados para serem
movidos.
• Ex: Construção de uma rodovia; estaleiro;
manutenção de computadores de grande porte;
canteiro de obras.

• O principal problema em projetar o arranjo físico será
então alocar áreas do canteiro aos vários
subcontratados de forma que:
• eles tenham suficiente espaço para executar suas
atividades;
• eles possam receber e armazenar seus suprimentos, e
ter fácil acesso à área do canteiro sem interferir na
movimentação dos outros subcontratados.
• quanto aos subcontratados, veículos e materiais, a
movimentação total deve ser minimizada tanto quanto
possível.

• A eficácia de um arranjo físico posicional como
este está ligada à programação de acesso ao
canteiro e à confiabilidade das entregas.
• Apenas os maiores e mais importantes ou aqueles
subcontratados de prazo mais longo provavelmente
ganharão espaço permanente (ao longo da duração
da obra).
• Outros subcontratados terão áreas alocadas
temporariamente.
Layout posicional
• Arranjo físico por processo:

• É assim chamado porque as necessidades e
conveniências dos recursos transformadores
que constituem o processo na operação
dominam a decisão sobre o arranjo físico.
• Processos similares (ou processos com
necessidades similares) são localizados
juntos um do outro.

• É conveniente para a operação mantê-los
juntos, ou que dessa forma a utilização dos
recursos transformadores seja beneficiada.
• Quando produtos, informações ou clientes
fluírem pela operação, eles percorrerão um
roteiro de processo a processo, de acordo
com suas necessidades.

• Diferentes produtos ou clientes terão
diferentes necessidades e, portanto,
percorrerão diferentes roteiros na operação.
Por essa razão, o padrão de fluxo na
operação poderá ser bastante complexo.
• Ex: Usinagem de peças utilizadas em
máquinas; supermercados
Projeto detalhado de layout por processo
• Arranjo físico celular:

• O arranjo físico celular é aquele em que os
recursos transformados são pré-
selecionados para movimentar-se para uma
parte específica da operação (célula), na
qual todos os recursos transformadores
necessários a atender a suas necessidades
imediatas de processamento se encontram.

• A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo
físico por processo ou por produto.
• Depois de serem processados na célula, os recursos
transformados podem prosseguir para outra célula.
• Busca trazer alguma ordem para a complexidade de
fluxo que caracteriza o arranjo físico por processo.
• Ex: empresas manufatureiras de componentes
eletrônicos e de computador, área de produtos
específicos em mercados, maternidade em hospital.

• Dentro da célula, há vários processos, que
também se encontram em outros da
manufatura. Eles foram localizados dentro
da "célula", não porque sejam produtos
similares, mas porque são necessários para
satisfazer às necessidades de um tipo
particular de consumidor.
Projeto detalhado de layout celular
Projeto detalhado de layout celular
• Arranjo físico por produto:

• Também chamado em arranjo em fluxo ou
em linha.
• Envolve localizar os recursos produtivos
transformadores inteiramente segundo a
melhor conveniência do recurso que está
sendo transformado.

• Cada produto, elemento de informação ou
cliente segue um roteiro predefinido no qual a
sequência de atividades requerida coincide
com a sequência na qual os processos foram
arranjados fisicamente.
• Ex: indústria automobilística, indústria de
celulose, siderurgia.

• O fluxo de produtos, informações ou clientes é
muito claro e previsível no arranjo físico por
produto, o que faz dele um arranjo
relativamente fácil de controlar.
• Predominantemente, entretanto, é a
uniformidade dos requisitos que leva a
operação a escolher um arranjo físico por
produto.
Projeto detalhado de layout por produto
Projeto detalhado de layout por produto
• Arranjo físico misto:

• Combinam elementos de alguns ou todos os
tipos básicos de arranjo físico, ou usam tipos
básicos de arranjo físico de forma "pura" em
diferentes partes da operação.
Volume-variedade e tipo de arranjo físico
Volume-variedade e tipo de arranjo físico
Projeto detalhado de arranjo físico
• Os objetivos dependerão das circunstâncias

específicas, mas há alguns objetivos gerais que são
relevantes para todas as operações.
• Segurança inerente - todos os processos que
podem representar perigo, tanto para a mão-de-obra
como para os clientes, não devem ser acessíveis a
pessoas não autorizadas. Saídas de incêndio devem
ser claramente sinalizadas com acesso desimpedido.
Passagens devem ser claramente marcadas e
mantidas livres.
• Extensão do fluxo - o fluxo de materiais,

informações ou clientes deve ser canalizado pelo
arranjo físico, de forma a atender aos objetivos da
operação. Em muitas operações, isso significa
minimizar as distâncias percorridas pelos recursos
transformados.
• Clareza de fluxo - todo o fluxo de materiais e

clientes deve ser sinalizado de forma clara e
evidente para clientes e para mão-de-obra. Por
exemplo, operações de manufatura em geral têm
corredores muito claramente definidos e marcados e
usam faixas pintadas no chão com diferentes cores
para indicar o roteiro para os diferentes
departamentos.
• Conforto da mão-de-obra - a mão-de-obra deve ser

alocada para locais distantes de partes barulhentas
ou desagradáveis da operação. O arranjo físico deve
prover um ambiente de trabalho bem ventilado,
iluminado e, quando possível, agradável.
• Coordenação gerencial - supervisão e coordenação

devem ser facilitadas pela localização da mão-de-
obra e dispositivos de comunicação.
• Acesso - todas as máquinas, equipamentos e
instalações devem estar acessíveis para permitir
adequada limpeza e manutenção.
• Uso do espaço - todos os arranjos físicos devem

permitir uso adequado de espaço disponível da
operação (incluindo o espaço cúbico, assim como o
espaço de piso). Isso em geral implica minimizar o
espaço utilizado para determinado propósito.
• Flexibilidade de longo prazo - os arranjos físicos

devem ser mudados periodicamente à medida que
as necessidades da operação mudam. Um bom
arranjo físico terá sido concebido com as potenciais
necessidades futuras da operação em mente. Por
exemplo, se é provável que a demanda cresça para
determinado produto ou serviço, o arranjo físico foi
projetado de modo a poder acomodar a futura
expansão?
Referências
• Aula on-line do professor Evaldo Boaventura – CESG (Centro de Ensino Superior São Gotardo)
• Aulas do Professor Leonard Silva
• Site “Blog da qualidade” – Processo em manufatura e serviços
• Site Info escola – Manufatura
• Aula on-line “Aprender é fácil”, aulas Capabilidade
• Aula da disciplina LE803 – Gestão da Qualidade, da Professora Ieda Kanashiro Makiya

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Universidade Federal da Bahia

• Tipos de processos em manufaturas:

• A posição de uma operação na métrica

• Lidam com produtos discretos, usualmente

• As atividades envolvidas na execução do produto

• Lidam com variedade muito alta e baixos

• Os processos de jobbing produzem mais itens

• Podem parecer-se com os de jobbing, mas os

• Cada tipo de produto tem o seu processo

• Os recursos humanos são mais exigidos que

• O tamanho do lote poderia ser apenas de dois

• São os que produzem bens em alto volume e

• Estrutura produtiva especializada e pouco flexível,

• Processos contínuos situam-se um passo além dos

• Também podem ser contínuos pelo fato de a

• As etapas de produção fluem numa

• As etapas de produção fluem numa

• Quais os tipos básicos de layout utilizados na

• O layout ou o arranjo físico de uma operação

• Razões práticas da importância do layout:

• Projetar o layout de uma operação produtiva, assim

• A relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo

• Em geral, quanto mais importante for o objetivo custo

Relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo físico

• Arranjo físico posicional:

• Arranjo físico posicional:

• Arranjo físico posicional:

• Arranjo físico posicional:

• Arranjo físico por processo:

• Arranjo físico por processo:

• Arranjo físico por processo:

• Arranjo físico celular:

• Arranjo físico celular:

• Arranjo físico celular:

• Arranjo físico por produto:

• Arranjo físico por produto:

• Arranjo físico por produto:

• Arranjo físico misto:

• Os objetivos dependerão das circunstâncias

• Extensão do fluxo - o fluxo de materiais,

• Clareza de fluxo - todo o fluxo de materiais e

• Conforto da mão-de-obra - a mão-de-obra deve ser

• Coordenação gerencial - supervisão e coordenação

• Uso do espaço - todos os arranjos físicos devem

• Flexibilidade de longo prazo - os arranjos físicos

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