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Nasci Patricia Eugênio de Souza, no dia 04 de fevereiro de 1980, na cidade do Rio de Janeiro –

RJ. Minha mãe havia notificado o seu médico que eu estava há três dias sem me mexer em sua
barriga. O médico apavorado, achando que eu havia morrido, fez o ultrassom, e se apressou de
me tirar de lá ao constatar que eu estava viva, antes que eu mudasse de ideia. Nasci, portanto,
de oito meses, não porque fui apressada, mas porque, provavelmente, fiquei com preguiça.
Ao constatar que tinha que encarar a vida, resolvi me apressar em algumas demandas. Andei
aos 10 meses, minha primeira palavra foi batata, e na quinta série passei a escrever poesia.
Não era nenhuma aluna extraordinária, mas tirava boas notas, passava de ano sem grandes
dificuldades. Durante a infância e adolescência, morei em vários Estados do país,
permanecendo mais tempo em Minas Gerais e Natal. Em dezembro de 1996 meus pais fixam
residência na cidade de Vitória, ES, onde moram até então. No vestibular, fiquei em dúvida se
tentava artes ou física, e optei pela física, pois era profissão menos perigosa. Talvez o fato de
ser filha de uma matemática e um engenheiro tenha influenciado um pouco. Em 1998
ingressei na Universidade Federal do Espírito Santo e em dezembro de 1999, ingresso no Coral
da UFES. Em pouco tempo ganho destaque como solista, em 2001 já canto junto a Orquestra
Filarmônica do Espirito Santo e em 2002 me torno bacharel em física, já cursando o mestrado
na mesma instituição. Em fevereiro de 2004 me caso, e sete anos depois me divorcio,
engavetando o diploma recém-adquirido de Doutora em Geofísica Espacial pelo Instituto de
pesquisas Espaciais de São José dos Campos, e me dedicando à música. Em 2010 entro na
Faculdade de Música do Estado do Espirito Santo, no curso de Bacharelado, e em 2014 no
curso técnico em artes dramáticas da FAFI. Em outubro de 2014 engravido da minha filha
Ashia, e em 2015 resolvo trancar o curso de música e me dedicar ao teatro. No dia 11 de julho
de 2015 Ashia nasce. Nesse meio tempo, cantei em várias óperas, escrevi uma peça
dramatúrgica para um concurso de dramaturgia feminina intitulado “Cartas para Você”, fundei
junto com três colegas cantores o grupo Opera Prima e passei a produzir Operas com
experimentações teatrais. Em outubro de 2016 descubro que estou com câncer de mama e ao
mesmo tempo me vejo no auge na minha atividade como artista, envolvida com três peças de
teatro, produzindo uma ópera, preparando meu primeiro show de música popular brasileira,
iniciando uma pós-graduação em Canto e Expressão e agora passando na seleção do projeto
Elas Tramam, como bolsista. Acho que é a vida me apressando novamente, não porque eu
estava com preguiça, mas porque ficar três dias sem me mexer na barriga da minha mãe já foi
preparação suficiente para tudo que tinha por vir.

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