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Ivalina Ossufo
As Reformas do Egipto
Curso de Licenciatura e Ensino de Historia com Habilitações em Documentação
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2020
Faqui Bacar Félix
Ivalina Ossufo
As Reformas do Egipto
Curso de Licenciatura e Ensino de Historia com Habilitações em Documentação
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2020
Índice
Introdução................................................................................................................................3
Reformas do Egipto.................................................................................................................3
Reformas Políticas...................................................................................................................9
Reformas na Economia.........................................................................................................10
Reformas na agricultura........................................................................................................10
Conclusão..............................................................................................................................13
Referências Bibliográficas....................................................................................................14
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Introdução
O trabalho trás consigo um panorama geral de como correram as Reformas no antigo Egipto,
a partir dessa temática desenvolvem se abordagens de quais ideias foram desenvolvidas pelo
líder, que se enquadram com os demais componentes para o funcionamento de uma
comunidade, como politica, economia, cultura.
Objectivo Geral:
Objectivo Específicos:
A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a de consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura, críticas e análise das informações de várias obras que debruçam sobre o
tema em causa. Usou-se também para complementar a pesquisa, a internet. Os autores das
referidas obras estão devidamente citados dentro do trabalho e na bibliografia final.
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1. Reformas do Egipto
Egipto localiza-se no extremo Norte africano, ocupando uma região geoestratégica devido a
sua localização nas bermas do Mar Mediterrâneo e Mar vermelho que comunica com o
Oceano Indico.
Referir que o seu território se estende ao longo do rio Nilo, um das bacias hidrográficas de
África. Os seus limites são:
Segundo MALEK (2010;p:378), Aborda que “O século XVIII egípcio aparece como o
laboratório do que será o Egipto renascente. Primeiramente, a unidade nacional, ou seja, a
redução dos diferentes feudos mantidos pelos Mameluco tanto no delta como no Baixo
Egipto, foi tentada por ‘Alī Bey al- Kabīr”.
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Com o facto relatado pelo autor supracitado, de um Egipto fraco, a França e a Inglaterra
começaram a alimentar ambições em relação ao território. Em 1798 o general Napoleão
Bonaparte invadiu o país para tentar abalar o comércio inglês na região.
Autor supracitado refere ainda que houve duas revoltas do Cairo: a primeira, de 21 a 24 de
Outubro de 1798, com seus prolongamentos nas cidades e na área rural, em torno dos shaykh
e notáveis do Cairo: dois mil mortos, dez shaykh decapitados, a suspensão do Dīwān
consultivo; por outro, a segunda revolta, bem mais dura, de 20 de Março a 21 de Abril de
1800, conduzida pelos paxás ainda ligados a Porta e pelos shaykh de al-Azhar, que provocou
uma repressão generalizada muito dura.
A legião copta do general Ya’kūb (1800- 1801) e a proclamação pelos seus partidários, os
Irmãos Independentes, da própria noção de um “Egipto independente” se apoiaram na França,
perante a supremacia britânica e, consequentemente, desmoronaram com a partida da
expedição francesa. Outro seria o projecto e o curso político de Muhammad ‘Alī. Tratava- se
essencialmente de dotar o Egipto com instituições militares, políticas, económicas e culturais
que fariam dele o centro motor da reconstituição do Império islâmico, em vez e no lugar da
Turquia senescente.
1807, a Inglaterra tentou a invasão directa do Egipto; a vitória egípcia de Rāshid (Roseta),
em 31 de Março, repeliu ataque”.
Atentando o trecho supracitado referir que Muhammad `Ali, que se apoiava principalmente
em Umar Makram, decidiu destruir pela força o poder dos Mameluco no Alto Egipto, ainda
mais por serem aliados dos ingleses: de Junho de 1808 a Agosto de 1810, ele subjugou o Alto
Egipto. Em 1° de Março de 1811,o massacre da Cidadela acabou por eliminar os líderes das
tropas rebeldes que eram um obstáculo a unidade do poder, como também aos planos do novo
Vice-Rei.
A palavra Maomé é uma corruptela hispânica de Mohammed nome próprio derivado do verbo
hâmada e que significa “digno de louvor”, na religião Islâmica, (também em árabe Mohamad-
Ali ou Mohammed Ali, ou ainda Muhammad)
Mohammad nasceu no ano de 1769, em Kavala – norte da Grécia (página com a localização
de Cavalla). Quando jovem foi militar e casou com uma mulher divorciada e rica, tendo 3
filhos: Ibrahim, Tosson e Ismail. Mohammad tornou-se um negociante de tabaco e fez
fortuna... Morreu em Alexandria, no dia 02/08/1849 (dia do meu aniversário, só que 115 anos
antes). Disponível em(www.presidency.gov.eg = História_do_Egito" acesso em 26.02.2017).
Imagem de Mohamad-Ali
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De acordo com o autor supracitado vai além referindo, na realidade, tudo não se resumia a
isso: “do Golfo Pérsico ao deserto da Líbia, do Sudão ao Mediterrâneo, de uma parte a outra
do Mar Vermelho, estendendo-se por cinco milhões de quilómetros quadrados: dez vezes a
França, a metade da Europa; um império Napoleónico ou faraónico.” E isto concomitante ao
declínio do poderio otomano. Desde então, a “questão egípcia” deu lugar a “questão do
Oriente”, “graças a existência de uma grande força civilizadora no norte da África”.
Referir que após ‘Abbās I (1849- 1854), consentindo com tudo excito com o governo da
Europa, Ismael colocou o problema nacional em termos de independência e de soberania.
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Atentando os trechos supracitados, salientar que Ismā‘īl cedeu no plano do comando militar
crendo assim que a Grã-Bretanha toleraria sua empreitada africana e nada fez comparável
aquilo que Muhammad ‘Alī tinha executado em termos económicos e, sobretudo, industriais.
O exército, bem organizado mas comandado por estrangeiros, não dispunha mais, depois do
Tratado de Londres, de uma infra-estrutura industrial pujante. O Egipto não estava mais em
condições de assegurar sua independência e seu desenvolvimento económico moderno.
Depois que foi concluída a invasão inglesa de 1807, Muhammad Ali dedicou-se a acabar com
as revoltas constantes dos Mamelucos que ameaçavam a estabilidade do país. Para conseguir
tal objectivo reúne-os na cidade do Cairo em 1811 onde foi organizado o massacre dos
Mamelucos, Muhammad Ali declarou-se senhor do Egipto, dono de todas as terras. Ajudado
pelos franceses, organizou um exército moderno e criou uma marinha de guerra.
Tomou também uma série de medidas que pretendiam modernizar a economia do país,
ordenando a construção de canais e fábricas. Ele também instituiu um monopólio estatal sobre
o comércio exterior de cana-de-açúcar e algodão. Nesse período o Egipto aumentou a sua
autonomia em relação ao sultão de Istambul e estabeleceu as bases de uma economia
moderna. (Disponível em www.presidency.gov.eg=História_do_Egito" acesso em
12.03.2014).
Uma terra de asilo que mais era um ponto de encontros, de trabalho e de criação intelectuais,
apoiado no único Estado moderno do Oriente dotado de uma infra-estrutura material, técnica
e económica avançada. A luta empreendida pelo Egipto depois do advento de Muhammad Ali
para fundar um Estado moderno, superar quatro séculos de decadência e dotar-se de uma
economia avançada apoiada em um exército eficiente e poderoso – luta esta retomada, em
condições infinitamente mais rigorosas, por Ismā’īl – provocou uma fermentação de ideias e
de movimentos sociais e políticos de grande intensidade:
A imitação do Ocidente era vista, com alegria, como uma operação de superfícies um espelho
do ser possível, já que não podia se tratar de um possível actualizável: a vestimenta; o
urbanismo; a música sob a forma de ópera, mas também de composições militares; o teatro,
sobretudo; esboços de romance.
O primeiro ponto a sublinhar é que Muhammad `Ali criou uma economia nacional em vez de
uma simples economia local, como era o caso na maioria dos países orientais desta época.
Segundo MALEK 2010:389) ” A economia autárquica desejada por Muhammad ‘Ali serviria
ao seu propósito de fundar um Estado nacional egípcio moderno no coração do seu império.
Apesar da interrupção de 1840, Ismā’īl poderia retomar a via de Muhammad ‘Ali”.
Os dois milhões de faddān (1 faddān = 0,56 hectares) que constituíam a superfície cultivável
do Egito, em 1805, se repartiam em seis categorias: as terras ab ‘ādiyya, shflik ou jiflik, isto é,
200.000 faddān distribuídos por Muhammad ‘Alī aos membros de sua família, aos dignitários
e aos comandantes militares, terras isentas de impostos; as terras dos mamelucos, na Cidadela
(1811), em seguida, sua liquidação no Alto Egipto (1812) para converte-las em terras awsiya,
100.000 faddān dados em compensação aos mamelucos, a fim de nao privar suas famílias de
todos os recursos; as terras dos shaykh, ou masmūh al- mashāyekhwal- masāteb 4% da
superfície cultivável de cada vila, em um total de 154.000 faddān dados aos ‘ulamā’ que
ocupavam igualmente as funções de multazim; as terras rizka, 6.000 faddān isentos de
impostos dados de presente aos especialistas estrangeiros trabalhando no Egito; as terras
athar, as quais permaneciam disponíveis foram dadas aos fallāhin; finalmente, as terras dos
‘erbān, nas quais Muhammad ‘Alī desejava que os beduínos se fixassem. Refere-se ainda que
dada esta política de repartição das terras, o Vice-Rei apareceu a seus contemporâneos “como
o agressor dos direitos adquiridos, o destruidor das casas prósperas, o homem que toma o que
está nas mãos de outrem e lhe tira os seus meios de subsistência (Idem).
Uma nova era, começava aquela da reconquista da identidade, objectivo das civilizações da
fase “nacionalizaria”. Ela se faria em um quadro nacional, com a ajuda do pensamento radical
e da crítica dupla do património nacional e das contribuições estrangeiras, de modo que “a
pátria seja o local de nossa felicidade comum, que construiremos pela liberdade, pelo
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pensamento e pela fábrica”. Sua obra mestre, Manāhedj al albābal Missriyyafī mabāhedj al
ādābal‘asriyya (As vozes dos corações egípcios rumo as alegrias dos costumes
contemporâneos), marcou, em 1869, a junção entre o pensamento nacional e a abertura para o
socialismo.
É preciso notar que foi o Egipto, a única entre todas as províncias do Império Otomano, que
ofereceu asilo aos intelectuais, pensadores, escritores e editores perseguidos pela Porta, na
realidade a terra de asilo privilegiado, em função de seu carácter oriental e islâmico, mas
também organicamente interligado ao movimento da Europa moderna.
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Conclusão
Contudo as Reformas do Egipto fizeram se sentir em 1516 e 1517, quando o sultão Selim I
derrotou os Mamelucos e o Egipto transformou-se numa província do Império Otomano,
governada por um novo paxá nomeado a cada ano. A autoridade do Império Otomano era
pouca e os paxás tomavam frequentemente decisões à margem dos desejos do sultão, que se
alegrava em receber o tributo, apenas exigindo que as fronteiras fossem vigiadas para evitar
qualquer tipo de invasão.
Outrossim, depois de acabada a invasão inglesa de 1807, Muhammad Ali dedicou-se a acabar
com as revoltas constantes dos Mamelucos que ameaçavam a estabilidade do país. Para
conseguir tal objectivo reúne-os na cidade do Cairo em 1811 onde foi organizado o massacre
dos Mamelucos.
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Referências Bibliográficas
http://viajeaqui.abril.com.br/estabelecimentos/italia-roma-atracao-basilica-di-san-pietro-
basilica