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Da Oração

1 - Da Inexpugnabilidade da Igreja

A oração aos santos é algo comum a Igreja desde [sendo o mais


pessimista o possível] o quinto século. Nunca houve desde seus
primordios até o século XVI alguma objeção sobre este assunto. A
Igreja desde sua primitiva gênese sofreu ataques contra a doutrina
da Ss. Trindade, contra as duas naturezas de Cristo, contra a
existência de ícones, entre outros temas, entretanto, não houve na
história da Igreja alguma objeção à oração aos santos. Mesmo nos
preludios ao sétimo concílio, o Niceia II, quando se discutia se
deviamos representar Deus e os santos em imagens, sequer foi
tocado no assunto da oração aos santos. São João Damasceno ao
fazer sua apologia contra os iconoclastas nem cita o assunto da
oração aos santos, mostrando ainda mais que esse tema se manteve
intocado pelos criticos iconoclastas. No máximo, Vigilantus é
lembrado pela sua oposição à invocação dos santos.

Tendo em vista as promessas do Senhor Jesus sobre o Espírito


Santo e sobre a inexpugnabilidade da Igreja, os dizeres de São
Paulo sobre a Igreja como fundamento e sustentáculo da verdade,
as descrições das Escrituras sobre a verdadeira forma de se fazer
exegese (as coisas espirituais se discernem espiritualmente), a
teologia da divinização, etc, é impossível que algo que tenha sido a
crença universal da Igreja, concordada por uma quantidade tão
grande de santos padres, numa matéria tão importante (que se
fosse errada certamente haveria defensores da ortodoxia na época
a se levantar e enfrentar esta crença e não só isso, mas triunfariam
no final pois a Igreja nunca cairia perante as portas do inferno
mesmo se quase de todo tomada, no fim venceria, como aconteceu
com o caso dos arianos) e tão constante, fosse heresia.

Basicamente, defendo a intercessão dos santos baseado no


testemunho da Igreja. O mesmo motivo pelo qual eu creio nas
Escrituras. Uma vez que isso é uma crença tão antiga (vemos até
nas catacumbas pedidos de intercessão), nenhum padre da Igreja
se levantou contra? Até iconoclastas tivemos, mas eu realmente
não lembro de nenhuma crise na Igreja patristica sobre este termo.
Fora que não me parece ser problemático. Se alguém crê que os
santos estão no céu, é razoável crer que eles permanecem amando
e orando pela Igreja na terra. Se somos espetáculo para o universo,
se os anjos nos observam atentamente para ver como todas as
coisas findarão, acha que os santos não teriam esta intenção
também? Por qual razão Deus os privaria do privilégio de ter
comunhão com os santos na terra, uma vez que em Sua oração ao
Pai pediu explicitamente que nós [da Igreja] fossemos Um como Ele
e o Pai são um? Ele romperia a unidade da Igreja triunfante e
militante por capricho?

Antes da oração aos santos se tornar comum, houve críticas por


parte dos pais da Igreja, como Origenes, contra alguns gnósticos e
pagãos que oravam aos anjos. O argumento deles era o seguinte:
Oramos só ao Criador e não a criação. Ótimo argumento! E todos
nós concordamos e dizemos a mesma frase em som uníssono com
toda a Igreja!

A maneira mais facil de responder isso seria dizendo que, como no


corpo de Cristo há chagas e feridas, analogamente, na Igreja há
erros e pecados [e isso é notado pelo mero fato de que somos
salvos]. Ora, logo após Pedro receber o ministério das chaves, o
proprio encarregado das chaves foi chamado de Satanás

“E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que


ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que
desligares na terra será desligado nos céus. [...]

Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim,


Satanás, que me serves de escândalo; porque não
compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que
são dos homens.” (Mateus 16: 19/23)

E a propria Igreja de S. Pedro é exortada por S.Paulo na carta aos


romanos pelos mais diversos pecados Ainda sim, esta comunidade
romana era considerada Igreja e Noiva de Cristo, pois ainda sim
“Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só
corpo, pois todos participamos de um único pão.” (1 Co 10:17).
Jesus veio para unir os leprosos, adulteros e gêntios na verdadeira
Israel, na barca para a salvação que nos lava de todos os pecados!

Pode-se surgir a seguinte objeção à mente dos adversários: A


segunda é diametralmente oposta à primeira. A Igreja não pode ser
imaculada e ferida ao mesmo tempo.

Respondo-lhe com uma retórica: Como o FIlho se uniu


hipostaticamente a um corpo humano por meio da Virgem e do
Espirito Santo se ele é perfeitíssimo? Como Cristo realmente
morreu e sofreu na cruz?

Ele fez tudo isso por amor: “Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

Ele por amor permite os nossos pecados pois quer que sejamos
livres e por justiça nos reprova caso pecarmos por nossa vontade. É
Ele mesmo quem cria nossa liberdade! E é Ele mesmo que nos
pune justamente caso escolhamos o mal!

O grau de pecado de uma igreja local não faz com que ela deixe de
representar a Igreja de Cristo, como vemos em vários casos no
Novo Testamento, especialmente no Apocalipse. Mas essas igrejas
estão sob ameaça do juízo divino: "moverei do seu lugar o teu
candeeiro, caso não te arrependas" (Ap 2:5), "estou a ponto de
vomitar-te da minha boca" (Ap 3:16). Ainda sim, “as portas do
inferno não prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16:18).

É certo que nem todos da Igreja visível, aqui, será da Igreja


espiritual, lá. Pois Deus em sua divina justiça quer punir alguns por
seus pecados e por sua divina misericordia ele quer salvar outros
pela graça. Surge então a distinção entre a Igreja Espiritual que é
sempre boa e estará da visão beatifica e a Igreja Visível que
comporta aqueles que não serão santos com o Pai.

Cristo, como chefe da Igreja, permite o sofrimento em seu corpo


visível mas seu corpo espiritual é imaculado e santíssimo. Assim foi
na cruz, onde Cristo sofreu enquanto unido hipostaticamente a
Carne, mas a Pessoa Divina do Filho não sofreu nem um arranhão.
Então somente os santos serão levados ao gozo eterno e os
reprobos que fizeram parte da Igreja visível serão castigados.

Em suma: Pode sim ter havido um ou outro cristão primitivo que foi
contra a oração aos santos (muito embora essas objeções são de
maioria antes mesmo da pratica ter começado entre os cristãos)
mas a opinião deles não é aquilo que é confesso pela Igreja. Tal
como pode haver um [enquanto pessoa ou grupo] calvinista que
não crê TULIP, ou um batista que crê na regeneração batismal, ou
um católico que crê que a salvação é somente pela fé, entre outros
que não seguem puramente as confissões de suas devidas
denominações.

Recorremos assim ao Espirito Santo que foi prometido ser nosso


guia pela história e pelo Cristo que prometeu ser o esposo que
cuida da Igreja. Afirmar que essa doutrina permaneceu por tanto
tempo em vigor sem qualquer grande objeção é afirmar que o
Espirito Santo teria abandonado a Igreja por esse tempo e
permitido que um pecado crescesse em forma de Lei.

”Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se
entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para
a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas
santa e irrepreensível.” (Efésios 5:25-27)
Se Cristo é nosso Marido, ele não nos deixaria imundos.

2 - Da Communicatio Idiomatum como Communio


Sanctorum

O argumento exposto acima é o mais comum ao mesmo passo que é


o menos explicativo. Entretanto, há outra forma de argumentar a
favor da oração aos santos: Da inferência necessaria da
Communicatio Idiomatio para uma Totus Communio Sanctorum.

2.1 - Que é a Communicatio Idiomatum?

Na Igreja primitiva era um termo que designava as duas naturezas


de Cristo: Distintas, unidas e comunicam entre si seus atributos.

Na reforma, dentro do debate no Colóquio de Marburgo, Lutero


usou da doutrina da Communicatio Idiomatum para defender a
presença física de Cristo na Eucaristia. Ora, Cristo está realmente
e fisicamente sentado à direita do Pai, mas ele pode vir até nós
fisicamente aos domingos por comunicar seus atributos físicos ao
pão consagrado. Com o desenrolar desse debate os luteranos foram
cada vez mais ampliando esse conceito, mostrando que não era só
um artifício retórico criado por Lutero para debater contra
Zwinglo.

A exegese luterana mostra como a communicatio idiomatum está


presente em cada momento da vida cristã. Por exemplo, na
justificação, os atributos de Jesus como sua santidade, mérito e
justiça são atribuidos em mim, garantindo-me vida eterna; na
santificação o Espirito Santo confere a mim outros atributos
divinos: perseverança e coração puro e manso. Enfim, a propria
Igreja é uma comunicação de atributos, onde Deus torna os mais
terriveis pecadores em santos irrepreensíveis.

Isso não é algo comum só na teologia luterana. Desde Agostinho


isso é conhecido como formalização. No livro Gênesis, Santo
Agostinho descreve como Gn. 1:3 é a prova que Deus deu de si para
toda criação. Sem luz, nada seria visto nem conhecido nem amado.
Sem verbo, nada seria proferido nem sentido. Quando Deus disse:
Faça-se a luz, ele está dando uma semente do Verbo de Deus para
toda criação, e consequentemente, transferindo o atributo do FIlho
de ser amado pelo Pai para toda criação. Por isso também nós
somos as criaturas mais amadas, pois somos feitos à imagem e
semelhança do FIlho, temos em nossa substância semelhanças com
o proprio Deus filho que nem os piores pecados de Satanás podem-
nos arrancar (donde também se infere que Deus não aniquila
totalmente o ser dos reprobos, senão que conserva o seu ser
mesmo no inferno, pois o ama de tal forma que não é possível
perder o ser dado de Deus a nós).

Muito comum também na escolástica tomista, ao falar da


participação do actus essendi das criaturas no ipso esse subsistens
de Deus, se referir a Communicatio Idiomatum que falamos aqui.
Ora, nós não poderiamos criar-nos por nós mesmos, nosso ser é
participado de um ser maior, um ser que existe por si mesmo, o ser
de Deus. Deus sendo simpliciter simplex bom, verdadeiro, uno,
necessário e belo, ao criar todas as coisas ele as conserva no ser.
Não é uma mera criação distante, senão que é uma criação que
conserva seu ser. Ademais, effectus assimilatur causae agenti, isto
é, o efeito contem virtualiter as perfeições da causa, toda criação
tem de alguma forma ou outra algo de Deus pelo mero fato de ser
criado. Toda criação, por ser creatura tem algo do Creator: Seu
momento mais intimo, seu proprio ser se deve ao Creator, criando
o conceito de graça comum, dada a toda criação, como a beleza da
chuva ou de uma estrela distante.

Os escolasticos de todas denominações (desde católicos


mercedarios e dominicanos até calvinistas e luteranos) na disputa
De Auxiliis falavam em uníssono a favor da praemotio physica e
contra a ciência média jesuíta. A união era tanta que os
dominicanos comemoraram quando os Sínodos reformados de Dort
condenaram o concurso parcial molinista. Os escolasticos
premocionistas defendiam, com base em Fp 2.13 e na soteriologia
de Santo Irineu e João Damasceno, que a graça é uma liberdade
incoada em nós, não é um mero tirar da tentação ao mal senão que
é um criar da liberdade, é um tornar-nos livres igual a Cristo por
meio da Inabitação Física do Espirito Santo. Defendiam assim, que
a livre vontade só há em nós por causa da graça, que torna-nos
livres para escolher a Deus, a escolher a fé. Que seria isso se não
outra forma de comunicação de atributos? Que é isso senão Deus
tornando-nos como Ele mesmo? “Na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus.” (Ro 8:21)

Os ortodoxos, ao falar da theosis, admitem a Communicatio


Idiomatum igualmente. Nós somos a noiva de Cristo, e Cristo é
nosso esposo, isso quer dizer que [analogamente] nós nos tornamos
uma mesma carne e um mesmo corpo. Tudo que é d’Ele, é nosso; E
nossas aflições e pecados foram pagados por Ele. Suas aflições são
nossas, as nossas são as dele [por isso morreu por nós. Suas
justiças são nossas, e as nossas são a dele [por meio da ação do
Espirito Santo em nós].

2.2 - Base necessária para a Communio Sanctorum

Imagino que alguém possa se perguntar, para que foi explicado


tudo isso? Ora, provado que a comunicação de atributos é algo
necessário a toda vida cristã, basta dar mais um passo na
comunicação. Não mais da natureza de Cristo, nem da nossa
salvação, mas uma comunhão de nós com o corpo de Cristo.

”Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os


membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois
todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer
judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um
Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o
pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do
corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não
será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o
ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus
colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos
fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos
membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho
necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade
de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são
necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses
honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos
muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm
necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais
honra ao que tinha falta dela; Para que não haja divisão no corpo, mas
antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que,
se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um
membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós
sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.” (1 Coríntios 12:12-
27)

A Eucaristia não é um pão e vinho à toa. O pão é primeiramente a


união de várias particulas de fermento, é amassado e por fim é
assado para tornar uma só coisa. Nós, que partimos o pão
dominical, não o comemos para estar em comunhão só com Deus,
mas por estarmos em comunhão com Deus, estamos em comunhão
com todos que estão no seu Corpo. Participamos de todas as coisas
de modo que o sofrimento e a vida de Cristo, bem como de todos os
seus santos, passam a ser de nós mesmos. Quem nos faz mal, faz
mal a Cristo e aos santos, pois “Quem tocar em vocês toca na
menina dos meus olhos” (Zc 2:8), e quem nos faz bem, fá-lo a Cristo
e a todos seus santos “O que vocês fizeram a um dos meus
pequeninos, a mim o fizeram” (Mt 25:40). O Sacramento da
Eucaristia é um sinal que nos diz que não estamos lutando sozinho,
nos dá confiança e ânimo na tribulação, pois “o pão fortalece o
coração do ser humano” (Sl 104:15) e “Ele foi batizado e recebeu o
alimento, tendo sido fortalecido” (At 9:19)

“Por haver um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo,
pois todos participamos de um único pão.” (1 Co 10:17)

Devemos, por receber de Cristo seu corpo querer imitá-lo, como diz
o Santo Apostolo: “Levem as cargas uns dos outros, e assim
cumprirão a lei de Cristo” (Gl 6:2)

Pois de muitos grãozinhos moídos juntos é feito o pão, e os corpos


de muitos grãos se tornam o corpo de um só pão, no qual cada
grãozinho perde seu corpo e sua forma, assumindo o corpo comum
do pão; da mesma forma, também as uvas perdem a sua forma e se
tornam o corpo de um vinho e bebida comum. É assim que devemos
ser e é assim que também somos se usamos corretamente este
sacramento: Cristo, juntamente com todos os santos, assume a
nossa forma através do seu amor, luta ao nosso lado contra o
pecado, a morte e todo mal. Em conseqüência, inflamados de amor,
nós assumimos a sua forma, confiamos em sua justiça, vida e bem
-aventurança. Assim, por intermédio da comunhão dos seus bens e
do nosso infortúnio, somos um só bolo, um só pão, um só corpo,
uma só bebida e tudo é comum.

Não existe unificação mais íntima, profunda e indivisível que a


unificação do alimento com quem é alimentado. Isto porque o
alimento é ingerido, é transformado na natureza daquele que é
alimentado e se torna um só ser com ele.

Cristo quis que nós formassemos uma unica unidade como Ele é
com o Pai (Jo 17:21), “porque assim como em um corpo temos
muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros.” (Ro 12:4-5).

Por esse motivo que fazemos as orações intercessórias uns aos


outros. Como Paulo faz pela Igreja de Roma (Ro 1:9 et. Seq.; 15:30
et. Seq.; Ef 6:18 et. Seq.) ou que era comum desde os Patriarcas e
Profetas (Ex. 10:17; Gen 18:23-33; Ex. 32:11 et. Seq.; 1 Sm 7:5; Jer
18:20). Jesus também pede para que oremos para nossos inimigos
(Mt 5:44). O apostólo Paulo ora para ele e para todos os santos em
Ef 6:18-19 e também exorta-nos dizendo “Antes de tudo,
recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de
graças por todos os homens” (1 Tm 2:1).

Agora, vejamos o seguinte: Certamente Deus tem em sua divina


providência seus decretos feitos desde toda eternidade, pelo qual
no tempo cabe a ela organizar os meios para seus fins [os decretos
imutaveis e eternos]. Pensando do ponto de vista soteriologico, não
há motivo algum para pedirmos ajuda a nossos irmãos em oração,
não é mesmo? Por que pediria orações a um irmão se Deus já tem
tudo pré-ordenado e cabe a nós apenas esperar que seus decretos
ocorram no tempo? Simples, pois Deus e seus apóstolos ordena-nos
que oremos uns pelos outros! Qual o motivo metafísico por trás
disso? Não sabemos e é um mistério, mas nos é permitido saber
que Deus nos deixou em comunhão para que possamos confortar-
nos uns aos outros em nossa caminhada de tribulação e pedirmos
juntos conforto a Jesus, o rei dos reis.

“Venham a Mim, todos vocês que trabalham e estão sobrecarregados, e


eu lhes darei descanso. Tomai o meu jugo sobre ti e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração, e encontrarás descanso para as
vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”

Um homem sem familha, sem amigos, escravizado no trabalho, sem


qualquer felicidade na vida tem todos os motivos e razões deste
mundo para se suicidar, mas é seu dever que não se suicide! Não
devemos deixar de fazer um mandamento só porque não há razão
aparente para fazê-lo. Um dever é sempre um dever e devemos
fazê-lo independente de estar [aparentemente] fazendo bem ou
não, devemos fazê-lo apenas por ser um dever [e é um dever Tg
5:16].

2.3 - Totus Communio Sanctorum

Essa comunhão dos santos, se atribui a todos os santos?

A bíblia chama de santo, no novo testamento, algumas coisas como:

• Os anjos (Mt 25:31)


• Os profetas (Lc 1:70)
• Os filhos (1Co 7:14)
• Os apóstolos (Ef 3:5)
• A Igreja (Ef 5:27)
• Os irmãos (1Ts 5:27)
• As mãos em oração (1Tm 2:8)

Todos eles são santos pois a raiz de todos estes listados é santa
(Rm 11:16). Também é dito em Marcos 7: 15 que a validade não é
uma mera ação externa, mas interna, e o que é interno só pode ser
duas coisas: O Espirito ou a carne. O Espirito vem da Palavra e dos
Sacramentos, e só pode ser discernido espiritualmente. A carne
vem de nossa natureza doente, passado de Adão a meus pais, de
meus pais a mim.
“Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente,
para que sejam sãos na fé. Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem
aos mandamentos de homens que se desviam da verdade”

Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os
contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão
contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as
obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a
boa obra” (Tt 1:14-16)

Vejamos primeiramente o caso dos Anjos:

Os Anjos estão em comunhão conosco? A Escritura Sagrada mostra


que sim. É o caso, por exemplo, dos anjos que intercedem pelos
pequeninos (Mt 18:10). Em Zacarias 1:12, vemos um anjo
intercedendo por Jerusalém: "Então o anjo do Senhor respondeu, e
disse: Ó Senhor dos Exércitos, até quando não terás compaixão de
Jerusalém, e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado
estes setenta anos?". Josué se ajoelhou a um anjo em Jos 5:14
(Como também em Dn 8:17). Novamente, como os anjos são santos
por sua raiz, isto é, seu contato imediato com Deus (Mt 18:10; , não
louvamos o Anjo por ele mesmo, senão que louvamos o anjo por ser
um Anjo de Deus. Ora, um servo de um rei respeitado deve ser
respeitado, pois desrespeitá-lo é desrespeitar a Deus (Gn 9:6).

Como pedimos orações a quem está em comunhão fisica conosco,


aqui na terra? Normalmente nos dirijimos a esta pessoa dizendo:
Igreja amada, ora por mim! Como então pedimos orações (visto que
é uma ordem) a quem está em comunhão espiritual conosco,
orando por nós? Devemos usar a mediação de Jesus para isso. Ao
orarmos para um Anjo, o Espirito Santo eleva nossa oração até
Cristo, que por sua vez leva até a quem já está com Ele em seu
corpo (seus anjos ou santos; Mt 16:53; Hb 1:13). Há quem diga que
isto é inutil, pois uma oração que passa por Deus para ser
transmitida será novamente repassada? Pois bem, e Deus não sabe
de todas as coisas e ouve todas as coisas (Mt 6:8)? Se for assim,
seria até desnecessário que orassemos, mas oramos pois é uma
ordem divina. Ou novamente, não há qualquer necessidade de
pedirmos ajuda a um amigo ou irmão em oração, ou a uma Igreja,
pois indiferentemente da santidade ou quantidade de pessoas
orando por mim, os decretos de Deus são imutaveis e Deus já sabe
de antemão tudo que acontece em meu coração não é mesmo?

Devemos pois calar-nos diante dos mandamentos divinos (Jo 16:24).


Veremos pois agora a questão dos santos que sairam da Igreja
tribulante e estão triunfando em Deus.

Estão eles em comunhão com Deus?

Sim, pois “Moisés chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de


Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos
vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38). Ora, se o Deus
de Abraão, Isaac e Jacó não é Deus dos mortos, estes patriarcas
não estão mortos, mas vivem por ele (1 co 13: 12; 1 Jo 3:2)
Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens
imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de
que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando
tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e
sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra? Foi então
dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem
ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de
serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos. (Ap 6:9)

Os mortos dos versículos acima estão rezando, clamando a Deus


por justiça para com seus irmãos na tribulação! E, notem que a
Ressurreição ainda nem aconteceu, essa passagem consta do
período da tribulação, o que é mais notável ainda. E prossegue,
agora com outro grupo:

Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão


revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm?Respondi-lhe:
Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da
grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do
Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e
noite, no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará em
sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os
abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu
pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda
lágrima de seus olhos. (Ap 7:13-16)

Essas almas prestam culto a Deus no céu. Então, nada pode


separar a alma do amor de Deus, nem mesmo a morte. No entanto,
no último dia haverá a ressurreição e, em corpo e alma, adentrarão
ao Reino dos Céus.

“Outro anjo pôs-se junto ao ALTAR, com um turíbulo de ouro na mão.


Foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse com as
ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS NO ALTAR de ouro, que ESTÁ ADIANTE
DO TRONO. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com AS
ORAÇÕES DOS SANTOS, DIANTE DE DEUS.” (Ap 8:3-4)

“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos


prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” (Ap 5: 8)

Novamente, Jesus é nosso marido e nós somos sua esposa. Nós


temos tudo que é d’Ele, Ele tem tudo que é nosso, e nós nos temos
entre si, enquanto participantes do corpo de Cristo. Todas essas
coisas o são pois estão vivas em Cristo. Não há nada mais vivo que
um santo que já se foi. Ele estão em completo gozo preocupados
com a Igreja na terra. Eles oram por nós, tal como nós oramos pela
Igreja dia-a-dia, e atendem as orações pedidas tal como nós
atendemos as orações que nos são solicitadas dia-a-dia.

Não há tal coisa como a morte para quem está em Jesus, pois Jesus
venceu a morte. Há apenas o descanso no Senhor, o fim da
Tribulação e o puro coração de Deus preocupado com seus irmãos.
Essa é a comunicação de atributos mais intima: A da oração. Deus
Espírito Santo comunica-nos ao pai por meio do FIlho, e eleva
nossas mensagens ao santos por meio do mesmo FIlho. Jesus é o
unico mediador, o Espírito Santo é o mensageiro, o Pai é o criador.
É isso que é dormir ou descansar! É deixar o coração e a vontade
apenas em Cristo! É servir diretamente ao Cristo que esta à direita
do Pai! É uma servidão [pois o cristão é sempre um servo e não um
mestre] de amor! Sem fardo, sem mais cruzes, apenas amor à Deus
e aos irmãos!

“Venham a Mim, todos vocês que trabalham e estão sobrecarregados, e


eu lhes darei descanso. Tomai o meu jugo sobre ti e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração, e encontrarás descanso para as
vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”

Não se tira nenhum atributo de Deus ao orar aos Santos, senão que
dá a gloria devida a Cristo, pois os santos estão n’Ele, e é por Ele
que se pede intercessões aos santos. Tudo é por Ele, para Ele e
d’Ele.

Outrossim, como os cristãos triunfantes estão em Cristo,


participam também de sua eternidade, podendo então ouvir as
preces da Igreja tribulante. E mesmo assim, isso não seria
necessário para ouvir, afinal, não existem infinitas orações nem
infinitas pessoas para se ouvir.

Em suma, tudo resta na mais perfeita comunhão dos Atributos de


Deus ao seus santos. E rejeitar essa comunhão de Atributos, é
rejeitar os fatos estabelecidos em 2.1 que são necessários para vida
cristã na Igreja.

3 - Das objeções comuns

3.1 - De Origenes
Como foi dito no começo do texto, existem alguns pais que
criticaram o tema. Pretendo agora, que tudo está clarificado e
exemplificado, responder com mais precisão esta objeção.

Origenes critica os gnósticos e pagãos por orarem a deuses, anjos e


etc. Como poderia então a Igreja permanecer num erro combatido?

Ora, as imagens e esculturas não foram desde genesis criticadas


pela propria Bíblia? Mas a Bíblia também não nos dá pistas de que
há uma boa forma de representar nosso Deus que desceu a terra?
Não foi para isso o sétimo concílio ecumenico da Igreja? A Bíblia
exortou-nos sempre da maneira ruim (isto é, a maneira como os
pagãos fazem) de se venerar imagens, enquanto também deu
princípios para uma boa e saudável forma de veneração de
imagens. Sendo essa, com a ajuda do Espírito Santo, evoluida na
Igreja pelos Santos Padres.

Semelhantemente é este o caso. Certamente, um gnóstico não ora


para o mesmo Deus que nós, muito menos para os mesmos anjos
(estariam em verdade bem mais proximos aos daemons gregos).
Certamente quando um grego louvava Hekate, ele não estava
louvando alguém que tem raiz santa para ser santo (Rm 11:16)
senão algo que é do mundo e jaz no maligno.

Analisemos, para desencargo de consciência, a forma e a matéria


da oração aos santos: A oração aos santos é certamente algo que se
encontra abaixo do gênero da oração. Por que a oração é gênero e
não espécie ou diferença? Ora, o gênero é determinável, a
diferença é o determinante e a espécie é o determinado, podendo
por fim se quantizar pelos acidentes proprios.

Oração pode ser determinada? Pode. De que modo? É por mera


quantização? Não, pois uma oração a Baal, uma oração a Deus e
outra aos santos certamente não se diferem apenas por acidentes,
senão que se difere por algo na forma da oração. Se a oração pode
ser informada quer dizer que ela é gênero, se é gênero ela
corresponde a certa matéria. Qual é a matéria do gênero oração? O
que há de conditio sine qua non em todas orações possíveis?

Podemos traçar sua natureza analogamente ao discurso, que é um


ato noemático ad extra, isto é, transpor os pensamentos a alguém
fisicamente presente, usando orgãos vocais, ou ostensivamente
(como apontar para algo ou fazer outros gestos) ou simplesmente
mandando uma carta ou mensagem. A oração é simpliciter
secundum quid um ato noemático mas é diversa secundum quid um
ad intra, pois sua finalidade não é a expressão de algo que está
fisicamente presente, senão que é a expressão à algo que de
alguma forma tem contato com meu espírito, por isso que a
Bíblia diz que apenas Deus tem contato com o mais íntimo do nosso
coração. Pois o que é espiritual só se distingue pelo Espírito. Ora,
como no discurso usa-se os orgãos, na oração usa-se a fé, pois deve
se ter que algo que não está entre nós fisicamente receba nossa
presse. E novamente, a unica coisa que pode apreender a fé é
aquele que sabe tudo e enches tudo.

A matéria da Oração então é a propria vontade de expressar atos


noemáticos para o Pai. Dessa forma, uma oração à Baal não é
propriamente uma oração, pois ela falha em sua propria natureza,
isto é, em comunicar para algo espiritual para algum espírito.

Ainda sim, não seria isso também a queda das orações aos santos?
Se a oração é por sua propria natureza algo para Deus e por Deus,
não seria a oração aos santos outro tipo de oração falha? Não!
Como já foi exposto, a oração aos santos tem Cristo como
mediador, o Espirito Santo como tradutor e o Pai como fim, tendo
então o necessário para ser considerado uma oração. Entretanto, a
oração é determinável, pois há algo que distingue a oração aos
santos e a oração diretamente a Deus, do contrário seriam a
mesma coisa e teriam um único nome únivoco: Oração. Como essa
matéria da oração [expressar espiritualmente um ato noematico
para o Pai, tendo Cristo como mediador e o Espírito como tradutor]
pode ainda ser determinável? Como pode a oração a Deus difererir
da oração aos santos?

Diferem-se, pois, na forma. Essa forma reside no grau da


mediaticidade em que a oração chega ao Pai. Ora, uma oração a
Deus é certamente mais imediata que uma oração aos santos, pois
o Espírito Santo, por meio de Cristo, traduz imediatamente a
oração ao Pai.

Peguemos um exemplo. Quando eu peço para um irmão da minha


igreja orar para mim, eu o faço com o intento de que a oração dele
por mim chegue ao Pai. Ainda sim, esse pedido, por mais que tenha
a causa final [de que chegue ao pai] e causa eficiente [pois tenho fé
de que ele orará por mim e que Deus ouvirá] não possuem o ad
intra da oração, é uma expressão física, para fora, ad extra, e por
essa razão, não chega a ser uma oração. Ainda sim, usarei esse
exemplo como uma analogia para a oração aos santos. A oração aos
santos há o princípio material de ser uma expressão ad intra, há o
intento de que ela chegue finalmente ao pai e é feita na fé.
Entretanto, ela é formalmente semelhante aquele pedido de oração
a um irmão, pois ela é formalmente um pedido de oração à alguém
que não está aqui.

Tal como o circulo se predica tanto do sol como da lua, o pedido se


predica tanto da intercessão aos amigos aqui na terra, como na
intercessão dos santos no céu. A oração aos santos é um pedido a
um Santo por meio de Cristo, levado pelo Espirito Santo, para que
este Santo ore por mim ao Pai.

 1: Oração é expressar espiritualmente [ad intra] um ato


noematico para o Pai, tendo Cristo como mediador e o Espírito
como tradutor.

 1.1: Oração à Deus é essa expressão espiritual na forma de uma


súplica direta à Deus Pai. (Denomina-se oração de latria)

 1.2: Oração aos Santos é essa expressão espiritual à Deus na


forma de um pedido para que alguém [que está em comunhão
com Cristo lá nos céus] ore por mim ao Pai. (denomina-se
oração de dulia)

Dessa forma, uma oração a um verdadeiro santo ainda é uma


oração ao Criador, passando livre de todas criticas de Origenes
contra a oração às criaturas. Enquanto uma oração a um deus
pagão ou gnóstico, ou é uma oração vã sem ninguém que a escute
ou é uma oração a demonios.

3.2 - De Samuel

Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher disse a Saul: Por
que me enganaste? Pois tu mesmo és Saul.

Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês? Então, a mulher respondeu a Saul:
Vejo um deus que sobe da terra.

Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião
e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se
com o rosto em terra e se prostrou.

Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então, disse
Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e
Deus se desviou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos
profetas, nem por sonhos; por isso, te chamei para que me reveles o que
devo fazer. Então, disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto
que o SENHOR te desamparou e se fez teu inimigo? Porque o SENHOR fez
para contigo como, por meu intermédio, ele te dissera; tirou o reino da tua
mão e o deu ao teu companheiro Davi.

Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR e não executaste o que ele, no
furor da sua ira, ordenou contra Amaleque, por isso, o SENHOR te fez, hoje,
isto. O SENHOR entregará também a Israel contigo nas mãos dos filisteus, e,
amanhã, tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel o
SENHOR entregará nas mãos dos filisteus.

De súbito, caiu Saul estendido por terra e foi tomado de grande medo por
causa das palavras de Samuel; e faltavam-lhe as forças, porque não comera
pão todo aquele dia e toda aquela noite. (1 Sm 28: 12-20)

A mulher tinha um espírito familiar e muita gente deduz


erroneamente que por isso seria um demônio se passando por
Samuel. No entanto a Bíblia nos afirma que era Samuel.

É importante refletir que mesmo que Deus em sua soberania tenha


usado Samuel para entregar uma mensagem, a consulta aos mortos
é uma prática totalmente proibida pela Torah. A mulher nem
precisava ter essa capacidade...o importante é que a Bíblia afirma
explicitamente que era Samuel

“por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da


palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara
e consultara uma necromante" (1 Samuel 28:1-25; 1 Crônicas 10:13-14)

“Amado pelo Senhor seu Deus, Samuel, o profeta do Senhor, instituiu um


novo governo, e ungiu príncipes entre o seu povo. [...] Depois disso,
adormeceu e apareceu ao rei, e lhe mostrou seu fim (próximo); levantou
a sua voz do seio da terra para profetizar a destruição da impiedade do
povo." (Eclesiástico 46, 16.23)

Aqui vemos que Samuel não apareceu por causa da Necromante,


mas por Deus, que quis mostrar a seus fiéis que não se deve
consultar os santos por algo que não é santo. Um necromante só
conversa com demônios, não com santos. É mais uma exortação de
Deus a nós para não confundir nossas práticas com as pagãs. Nossa
raiz é Cristo, o único verdadeiramente Santo em si mesmo, por isso
somos santos e nossas ações devem ser santas.

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