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A necessidade da filosofia se elevar a um estatuto científico com um rigor

incomensurável
Descartes pretendeu fazê-lo à maneira dos matemáticos: porém, não é um princípio,
pois ele ainda precisava recorrer a Deus para fundamentar sua verdade.[8]

Crítica da Razão Pura: “Investigar o que pode conhecer o entendimento e a razão,


independentemente de toda a experiência. Trata-se de criticar, de encontrar os limites de
todo o conhecimento, a piori, isto é, independentemente de qualquer experiência” [9]
+ Julgar é o mesmo que pensar. Por que?
Problema central da crítica da razão pura: “averiguar como são possíveis os juízos
sintéticos a priori”.

Geocentrismo: matemático grego Ptolomeu: o planeta Terra estaria fixo no centro


do Universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor.
Heliocentrismo: astrônomo e matemático polonês Copérnico: é a teoria que coloca
o Sol, em sua apresentação inicial, estacionário no centro do universo.
Revolução Copernicana: a formação do heliocentrismo em detrimento do
geocentrismo.

Revolução Copernicana em Kant: não levar o conhecimento colocando os objetos no


centro da investigação, ou seja, não se guiar pela natureza dos objetos, mas pelo
contrário, se guiar pela natureza da nossa faculdade da intuição para se chegar ao
conhecimento de algo a priori.

Todo o nosso conhecimento tem início na experiência, não significa que todo
conhecimento provenha da experiência.
+ O a priori diz respeito à estrutura do sujeito, a qual torna possível a experiência.

Fenômeno: objeto indeterminado da intuição.


“A coisa em si está sempre suposta como fonte de impressões sensíveis, mas nada mais;
a intuição apenas enquadra essas impressões graças às formas a priori do entendimento.
São elas que tornam o objeto possível, podemos dizer que concedem objetividade ao
fenômeno, que o tomam objeto”. [15]
Matéria do conhecimento (correspondente à sensação, aos múltiplos dados
sensoriais): aquilo que é oriundo dos sentidos. O conteúdo da faculdade de conhecer.
Forma do conhecimento (que ordena a matéria segundo diferentes modos e
perspectivas): elaboração da matéria feita pela estrutura do sujeito.
Entendimento e Intuição: “O entendimento humano não é, pois, intuitivo e, ao lado
dele, Kant coloca uma outra faculdade, esta sim, intuitiva, que permite o acesso
imediato aos dados: sensibilidade.
Faculdade: São poderes da alma que te levam a realizar um determinado fim.
Fenômeno: Aquilo que aparece a nós por meio da intuição. E a intuição é o elemento
do conhecimento sensível, que é parte da faculdade da sensibilidade.
Coisa em si: “A coisa que não está submetida às condições do conhecimento”.
Númeno: “Coisa em si pensada”, pois não se pode conhece-la.
Espaço e tempo: “formas a priori da sensibilidade”;
Tábuas das categorias: “todas as formas lógicas possíveis, de todos os pontos de vista
segundo os quais se unem sujeito e predicado num juízo”.
“As categorias são assim para Kant os diferentes pontos de vista, segundo os quais o
entendimento executa a síntese dos dados múltiplos da intuição, formando o objeto”.
1. Como se divide a atividade intelectual de Kant?
- Entre as fases: a) Pré-crítica e b) Crítica.
A) Pré-crítico escritos até 1770
Momento acadêmico de Kant no qual se preocupa com questões de física e de
metafísica dentro dos cânones racionalistas de Leibniz-Wolff.
- Segundo REALE:
- São importantes apenas para acompanhar a evolução do pensamento de Kant até o
período crítico;
-
Exemplo de obras
1746: Pensamentos sobre a verdadeira avaliação das forças vivas;

1755: Historia natural universal e teoria do céu;

1755: De igne (dissertação de doutorado)

1755: Principiorum primorum cognitionis metaphysicae nova delucidatio (tese de docência


universitária)

1756: Os terremotos

1756: Teoria dos ventos

1756: Monadologia fisica

1757: Projetos de um colégio de geografia fisica

1759: Sobre o otimismo

1762: A falsa sutileza das quatro figuras silogisticas

1763: O único argumento possível para demonstrar a exist8ncia de Deus

1763: Ensaio para introduzir em metafisica o conceito de grandezas negativas

1764: Observações sobre o sentimento do belo e do sublime

1764: Pesquisa sobre a evidência dos princípios da teologia natural e da moral

1665: Informe sobre a orientação das lições para o semestre de inverno 1765- 1766

1766: Sonhos de um visionário esclarecidos com os sonhos da metafisica


1770: De mundi sensibilis atque intelligibilis forma et principiis (com esta obra,
Kant tornou-se professor efetivo).

AB) Divisor de águas


- “De mundi sensibiliza arque intelligibilis forma et principiis (1770)”
Nesta obra ele trabalha: “um estudo sobre os limites da sensibilidade e da razão, em
que deverá estudar não só os conceitos fundamentais e as leis relativas ao mundo
sensível, como ainda dar ‘um esboço do que constitui a natureza do gosto, da metafísica
e da moral’. Em resumo, nesse estudo reúne-se o que mais tarde constituirá a matéria
das três Críticas.” [KANT, 2013, P. 5 APUD KANT, 1922, P.123]

B) Período crítico – escritos a partir de 1770.


São todos os escritos que surgem após 1770.
- REALE: foi uma grande luz, uma intuição que Kant teve.
Esta “luz” levou Kant ao que ele mesmo chamou de “‘revolução copernicana’, que lhe
permitirá a superação tanto do racionalismo como do empirismo, e também do dogmatismo e do
ceticismo, e abrirá urna nova era do filosofar. Todavia, esta revolução implicava um repensar
radical de todos os problemas at6 esse momento por ele pesquisados.”

B.1. Qual foi a obra que deu início ao período crítico?


1781: Crítica da razão pura

1783: Prolegômenos a toda metafisica futura que queira se apresentar como ciência

1784: Ideias de uma história universal do ponto de vista cosmopolita

1784: Resposta à pergunta: O que é o Iluminismo?

1785: Fundamentação da metafisica dos costumes

1786: Princípios metafísicos da ciência da natureza

1788: Crítica da razão prática

1790: Crítica do juízo

1793: A religião nos limites da pura razão

1795: Pela paz perpétua

1797: A metafisica dos costumes

1798: O conflito das faculdades

1802: Geografia física


1803: A pedagogia

Metafísica: “conhecimento dos princípios do intelecto puro” [REALE, 2005, P.366]

Aspectos do período crítico presente na dissertação de 1770 de habilitação


de Kant no concurso de Lógica e Metafísica para professor ordinário na
Universidade de Königsberg:

 De mundi sensibiliza arque intelligibilis forma et principiis (1770)”


- “A dissertação se apresenta como uma ‘propedêutica’ da metafísica,
entendida como conhecimento dos princípios do intelecto puro. Kant
quer, portanto, em primeiro lugar estabelecer a diferença que existe
entre:

A) Conhecimento sensível
B) Conhecimento inteligível
A) Conhecimento sensível
- “É constituído pela ‘receptividade’ do sujeito, o qual sofre certa afecção pela presença
do objeto”. [REALE, 2005, P.351]
- Não representa as coisas em si, e sim, as coisas como elas aparecem. Isso quer dizer
que o conhecimento sensível só me dá fenômenos.

B) Conhecimento intelectivo
- “É a faculdade de representar os aspectos das coisas que, por sua própria natureza, não
são captados com os sentidos.” [REALE, 2005, P.351]
- São conceitos da ordem do pensar e me reapresentam as coisas como são.
Ex: conceitos de “possibilidade”, “necessidade” entre outros.
- São conceitos que não derivam dos sentidos;
- A metafísica se fundamenta nesses conceitos intelectivos.
 Aspecto fundamental da dissertação que se considera “a grande luz” e que
culminará na CRP:
+ O conhecimento sensível é chamado de intuição, enquanto ele é
conhecimento imediato.
- “Todo conhecimento sensível ocorre no ‘espaço’ e no ‘tempo’, pois não é
possível haver alguma representação sensível, a não ser espacialmente e
temporalmente determinada”. [REALE, 2005, P.351]
- “Espaço e tempo não são propriedade das coisas, ou seja, realidades
ontológicas, nem simples relações entre os corpos (como queria Leibniz)”
+ Espaço e tempo são formas da sensibilidade, ou seja, as condições estruturais
da sensibilidade.

2. Carta a Marcus Herz (7 de junho de 1771)


É uma carta que Kant enviou a seu amigo Marcus Herz após defender sua
dissertação para professor ordinário em Königsberg.
- Nesta carta contém já os elementos que constituirá as três críticas futuras.

2.1. Elemento importante da carta: um problema


- Kant questiona sobre um segredo da metafísica ainda não revelado:
“Em que bases se funda a relação com o objeto daquilo que designamos por
representação?”

- Enuncia que irá fazer uma investigação da natureza da consciência: A


crítica da razão pura.
“Encontro-me agora a ponto de formar uma crítica da razão pura, atinente à
natureza da consciência, tanto teórica como prática, na medida em que é
simplesmente intelectual”;

- Essa crítica é “uma crítica, uma disciplina, um cânone e uma arquitetônica


da razão pura”.
3. As três fases da filosofia: dogmática, cética e crítica
A) Dogmática
- “Cada metafísica apresenta as suas teses como algo que não pode ser objeto de
dúvida”. [KANT, 2013. Pre. Trad. Port. P. X]
Sistema racionalista wolffiano: método matemático-cartesiano.
Filosofia como uma ciência semelhante à matemática.
Processa-se em análise que repousa nos princípios de identidade e de contradição.
B) Cética
Nasce do conflito entre teses de filosofias dogmáticas;
Sistema Humiano: método racionalista criticado pelo método empirista.
Saída da noção de substância como princípio primeiro para a entrada do sujeito
psicológico: “simples agente de associações de representações sensíveis”.
Fenômeno: “é puro conteúdo de consciência, desprovido de qualquer propriedade
ontológica; representação pura e simples”. [KANT, 2013. Pre. Trad. Port. P. IX]
C) Crítico
Sistema kantiano.
Responsável por: Averiguar, como em tribunal, quais as exigências que justificam a
razão e a eliminação de pretensões sem fundamentos.
- “Previamente à constituição de um sistema metafísico, conhecimento pela razão pura
das coisas em si, dever-se-á investigar – o que será tarefa da Crítica da Razão Pura – O
que pode conhecer o entendimento e a razão, independentemente de toda a experiência.
Deste modo se abrirá um caminho certo para a metafísica que lhe obtenha o consenso
dos que se ocupam de filosofia, pois se encontram garantidas a necessidade e
universalidade desse saber; estaremos em face de uma ciência”. [KANT, 2013. Pre.
Trad. Port. P. IX]

(faltam 15pags)

PREFÁCIO
Crítica da razão pura: “crítica da faculdade da razão em geral”;
Questão para Kant: “O problema que aqui levanto é simplesmente o de saber até onde
posso esperar alcançar com a razão, se me for retirada toda a matéria e todo o concurso
da experiência” [Pref. Pág. 33 – A XIV]
“Todo conhecimento que possui um fundamento a priori anuncia-se pela exigência de
ser absolutamente necessário; com mais forte razão deve assim acontecer a respeito de
uma determinação de todos os conhecimentos puros e a priori que deve servir de medida
e, portanto, de exemplo a toda a certeza apodítica(filósfica)[ Pref. Pág. 33 – A XIV]”
PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO(1781)
1. A natureza da razão impõe questões pelo qual ela não pode evitar;
2. A saída para a quantidade de questões que à atormenta é:
1º momento: se refugiar em princípios “cujo uso é inevitável no decorrer da
experiência” e que é ‘garantido por esta”;
2º momento: ao ver que estas questões nunca se esgotam: se refugia em
princípios que ultrapassam todo uso possível da experiência, apesar de serem
suspeitos e estarem no senso comum.

Conclusão: ao se apoiar em princípios que ultrapassam todo uso possível da


experiência, mas que são infundados, a razão humana cai em obscuridades e
contradições [Resumo feito do segundo parágrafo. Para conferir, lê-lo]
Metafísica - segundo Kant no prefácio da primeira edição: campo no qual se encontra
“princípios que ultrapassam os limites de toda experiência” e “ultrapassam todo o uso
possível da experiência [3 – AVIII].
“O inventário, sistematicamente ordenado, de tudo o que possuímos pela razão pura”
[10 – AXX].
3. Declaração do atual descredito da metafísica que um dia já foi considerada
a “rainha de todas as ciências”.
4. Breve resumo das correntes pelo qual a metafísica passou
 Dogmáticos
- Descartes e os racionalistas cartesianos: neste momento ela era despótica, pois
era dogmática.

 Céticos
- Hume: influenciado pelo empirismo inglês, criticava o cartesianismo: o
inatismo e a recorrência à Deus para explicar o conhecimento das coisas.

 Empiristas
- Locke: fisiologia do entendimento

(Kant fala ainda de como as ciências tornam-se obscuras, confusas e inúteis com
estas disputas feitas por essas correntes que não realizam a crítica da razão. Ler
o parágrafo inteiro se necessário)

5. Crítica a estas maneiras de se fazer metafísica, caindo em princípios


infundados que obscurece a ciência e a apresentação da Crítica da razão
pura:
 Crítica da razão pura: convite à razão de conhecimento de si mesma e da
constituição de um tribunal que lhe assegure as pretensões legítimas e, em
contrapartida, possa condenar-lhe todas as presunções infundadas; e tudo isto,
não por decisão arbitrária, mas em nome das suas leis eternas e imutáveis” [5 –
AXI].

6. O que se deve entender por uma “Crítica da razão pura”?


“Por uma crítica assim, não entendo uma crítica de livros e de sistemas, mas da
faculdade da razão em geral, com respeito a todos os conhecimentos a que pode
aspirar, independentemente de toda a experiência; portanto a solução do
problema da possibilidade ou impossibilidade de uma metafísica em geral e a
determinação tanto da suas fontes como da sua extensão e limites: tudo isso,
contudo a partir de princípios.” ”. [KANT, 2013 A XII]

7. Kant conta o que evitou ao realizar a crítica


- Eliminou todos os erros que até agora tinham dividido a razão consigo mesma,
no seu uso fora da experiência;
- Resolveu a partir de princípios os mal-entendidos da razão com ela mesma;
- As respostas que os dogmáticos querem são feitas por mágica;

8. Crítica da razão pura como solução para qualquer problema metafísico


- “atrevo-me a afirmar não haver um só problema metafísico, que não se resolva
aqui ou, pelo menos, não encontre neste lugar a chave da solução”. [KANT,
2013 XIV]

9. Questões metafísicas pelo qual a tradição tentou responder:


- Qual é a natureza simples da alma?
- Qual é o primeiro começo do mundo?

Kant diz que essas questões tentam ultrapassar qualquer limite da experiência
possível, coisa que não é a pretensão dele. Ao contrário, através de uma crítica
da razão, saber se essa investigação é possível.

9.1. O que Kant quer investigar?

 Questão capital da Crítica da Razão Pura


- “Ocupo-me unicamente da razão e do seu pensar puro”;

- “O problema que aqui levanto é simplesmente o de saber até onde posso


esperar alcançar com a razão, se me for retirada toda a matéria e todo concurso
da experiência” [7 – AXIV]

10. O fim e a extensão da investigação não constituem um propósito arbitrário,


mas que a natureza mesma do conhecimento nos propõe como matéria da
nossa investigação crítica
11. Exigência de certeza e clareza
12. Quanto à certeza que compõe a Crítica
“No que respeitante à certeza a leis que impus a mim próprio obriga-me a que,
nesta ordem de considerações, de modo alguma seja permitido emitir opiniões e
que tudo o que se pareça com uma hipótese seja mercadoria proibida, que não se
deve vender, nem mais pelo mais baixo preço, mas que urge confiscar logo que
seja descoberta. Com efeito, todo o conhecimento que possui um fundamento a
priori anuncia-se pela exigência de ser absolutamente necessário; com mais forte
razão deve assim acontecer a respeito de uma determinação de todos os
conhecimentos puros a priori que deve servir de medida e, portanto, de exemplo
a toda a certeza apodítica (filosófica).” [KANT, 2013 A XVI]
“Até onde e o que podem o entendimento e a razão conhecer,
independentemente da experiência e não como é possível a própria faculdade
de pensar” [8 – AXVII].
 Diz Kant a respeito dessa segunda questão que ele não quer
tratar: “”esta última questão é, de certa medida, também algo
semelhante a uma hipótese (embora não seja assim, como noutra
ocasião mostrarei), parece este o caso de me permitir formular
opiniões e deixar ao leitor igualmente a liberdade de emitir outras
diferentes”[ 8 – AXVII]

 Regras da investigação
A) Certeza: Não emitir opiniões, portanto, não trabalhar com hipóteses.
+ Uso do conhecimento de fundamento a priori, portanto, necessário e
apodítico(filosófico).
B) Clareza: Clareza discursiva(lógica) por conceitos. Seguido de clareza
intuitiva(estética), por intuições.
Kant evitará exemplos pois para a proposta de seu livro não é necessário,
pois não se destina ao público geral, além de engrandecer a obra. O contrário
seria necessário se a obra se destinasse ao público popular.

13. Do que fala a dedução dos conceitos puros do entendimento?


Segundo capítulo da analítica transcendental – Dedução dos conceitos puros do
entendimento: “Estabelecer os fundamentos da faculdade que designamos por
entendimento e, ao mesmo tempo, para a determinação das regras e limites do
seu uso”. [KANT, 2013 A XVII]

13.1. Divisão deste capítulo


1ª: “Uma reporta-se aos objetos do entendimento puro e deve expor e tornar
compreensível o valor objetivo desses conceitos a priori e, por isso mesmo,
entra essencialmente no meu desígnio.” [KANT, 2013 AVII]
2ª: “A outra diz respeito ao entendimento puro, em si mesmo, do ponto de
vista da sua possibilidade e das faculdades cognitivas em que assenta:
estuda-o, portanto, no aspecto subjetivo”. ”. [KANT, 2013 AVII]

13.2. Questão fundamental


“A questão fundamental reside sempre em saber o que podem e até onde
podem o entendimento e a razão conhecer, independentemente da
experiência e não como é possível a própria faculdade de pensar”. [KANT,
2013 AVII]

14. Metafísica
- “Na verdade, a metafísica outra coisa não é senão o inventário,
sistematicamente ordenado, de tudo o que possuímos pela razão pura”. [KANT,
2013 A XX]

(Não vi conceitos importantes para serem fichados nos outros parágrafos, mas
cabe uma revisão)
PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO
1. Regra para saber se um domínio de conhecimento segue ou não a via segura
da ciência
O que é ciência?
Qual é sua vida?

2. Defesa da lógica como domínio de conhecimento que seguiu a regra da


ciência e a delimitação do seu limite. Os erros cometidos quando se tenta
acrescentar à lógica
- “A lógica, desde remotos tempos, seguiu a via segura, pelo fato de, desde Aristóteles,
não ter dado um passo atrás”;
- “Também é digno de nota que não tenha até hoje progredido, parecendo, por
conseguinte, acabada e perfeita, tanto quanto se nos pode afigurar”;
- Não há acréscimo, mas desfiguração das ciências, quando e confundem os seus
limites;
Kant quer dizer com isso que: ao tentarem inserir capítulos de Psicologia,
Metafísica e Antopologia na ciência lógica demonstra um erro básico de
desconhecimento de seu limite, do que ela trata.
2.1. Lógica
“Uma ciência que apenas expõe minuciosamente e demonstra rigorosamente as
regras formais de todo o pensamento (quer seja a priori ou empírico, qualquer
que seja a sua origem ou objeto, quer encontre o nosso espírito obstáculos
naturais ou acidentais).” [KANT, 2013, Pref. B IX]

3. Por que a lógica é bem sucedida e as outras ciências não?


-Devido ao seu caráter limitado;
A lógica apenas se preocupa com a forma do conhecimento, abstraindo-se do
objeto do conhecimento e das diferenças deles.

3.1. A lógica é um momento preparatório para as ciências


Por quê?
Porque todo conhecimento se faz em julgamentos, que funcionam por meio de
leis lógicas.

4. Como funciona o conhecimento de razão nas ciências


Ele pode ser: A) teórico ou B) prático
A) Teórico: quando se refere ao seu objeto pela simples determinação do objeto
e do seu conceito.
B) Prático: quando se realiza o conceito do objeto.
4.1. O que significa “parte pura” ou “puro”
Aquilo que é determinado a priori, ou seja, sem que a fonte de extração seja a
experiência. Que apenas a razão possa dar o juízo.

5. Exemplos de ciências de conhecimentos teóricos: matemática e física


 Ambas devem determinar a priori seu objeto

Matemática: deve determinar seu objeto de maneira totalmente pura


Física: deve determinar seu objeto parcialmente de maneira pura e também por
imperativo de outras de conhecimento que não as da razão.

Sobre a matemática, física e metafísica. Qual dessas ciências alcançaram a via


segura de uma ciência
6. Matemática. Por que a matemática entrou em uma via segura da ciência?
Porque através de Tales, ela sofreu uma revolução no modo de pensar: não
seguir os passos das figuras geométricas e sim, “construí-la, mediante o que
pensava e o que representava a priori por conceitos”.

7. Física. Por que a física entrou em uma via segura da ciência?


Porque a partir de Bacon de Verulâmio ela realizou uma descoberta graças a uma
revolução em seu modo de pensar.
8. Como isso se deu a revolução que colocou a física na via segura da ciência?
- “Quando os físicos, como: Galileu, Toricelli, Stahl, descobriram que “a razão só
entende aquilo que produz segundo os seus próprios planos; que ela tem que tomar a
dianteira com princípios, que determinam seus juízos segundo leis constantes e deve
forçar a natureza a resposta às suas interrogações em vez de se deixar guiar por
esta.” [KANT, 2013, Pref. B XII]
- Isso significa que a física sofreu uma revolução em seu modo de pensar:
“unicamente a ideia de procurar na natureza (e não imaginar), de acordo com o que
a razão nela pôs, o que nela deverá aprender e que por si só não alcançaria saber. Só
assim a física enveredou pelo trilho ce rto da ciência, após tantos séculos em que foi
apenas simples tateio”. [KANT, 2013, Pref. B XIII]
9. Metafísica. O que é esta? Alcançou a via segura da ciência?
Metafísica: “conhecimento especulativo acima das lições da experiência,
mediante simples conceitos (não, como a matemática, aplicando conceitos a
intuição), devendo, portanto, a razão ser discípula de si própria”.
“É, porém, a mais antiga de todas as ciências e subsistiria mesmo que as
restantes fossem totalmente subvertidas pela voragem de uma barbárie, que
tudo aniquilasse”.
[KANT, 2013, Pref. B XIV]

9.1. Quando os adeptos da metafísica tentam realizar a sua tarefa, a


saber, de conhecer a priori as leis que a mais comum experiência
confirma, eles não possuem sucesso, não alcançam o que desejam.
“A razão sente-se constantemente embaraçada, mesmo quando quer
conhecer a priori (como tem a pretensão) as leis que a mais comum
experiência confirma. É preciso arrepiar caminho inúmeras vezes, ao
descobrir-se que a via não conduz aonde se deseja; e no que respeita ao
acordo dos seus adeptos, relativamente às suas I afirmações, encontra-se a
metafísica ainda tão longe de o alcançar, que mais parece um terreiro de luta,
propriamente destinado a exercitar forças e onde nenhum lutador pôde
jamais assenhorear-se de qualquer posição, por mais insignificante, nem
fundar sobre as suas vitórias conquista duradoura. Não há dúvida, pois, que
até hoje o seu método tem sido um mero tateio e, o que é pior, um tateio
apenas entre simples conceitos. [KANT, 2013, Pref. B XV]

10. Visto que a metafísica ainda não conseguiu seguir a via segura da ciência,
Kant põe algumas pessoas para tentar chegar a uma nova luz acerca do
problema: assim como feito na matemática e na física, a metafísica precisa
alterar seu modo de pensar.

- “Por que será então que ainda aqui não se encontrou o caminho seguro da
ciência? Acaso será ele impossível?”

- “Ou talvez até hoje nos tenhamos apenas enganado no caminho; de que
indícios nos poderemos servir para esperar, em novas investigações, sermos
melhor sucedidos do que os outros que nos precederam?”. [KANT, 2013, Pref.
B XV]

11. A metafísica precisa fazer a mesma revolução no qual fez a matemática e a


física, a saber, tomar o conhecimento das coisas como modos de estruturação da
razão, senso assim, a metafísica precisa de uma disciplina propedêutica que
mostre sua possibilidade. A razão é capaz de conhecer os questionamentos
metafísicos?
- (CONTINUAR)
INTRODUÇÃO
DA DIFERENÇA ENTRE CONHECIMENTO PURO E CONHECIMENTO
EMPÍRICO
 Conhecimento puro
 “Aquele que é independente da experiência e de todas as impressões dos
sentidos”. [37 – b2]
Melhor reformulado: “aquele que se verifica absoluta independência de toda e
qualquer experiência” [ 37 – b2]
 Juízos desta espécie são designados: Juízos a priori.

 Conhecimento empírico

( parei no ponto II página 37)

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