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2014 © Deivinson Gomes Bignon O motivo principal do nascimento de Jesus na Terra foi, como
Ele mesmo disse, “a fim de dar testemunho da verdade” (João 18.37).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Fez isso para mostrar com palavras e ações que o reino de Deus é
BIGNON, Deivinson. Textos selecionados: Brinde Natal 2014. Rio de totalmente justo e que a sujeição a Ele resulta em felicidade duradou-
Janeiro: Contextualizar, 2014. ra. Jesus explicou também que veio ao mundo para dar a Sua vida
humana como resgate em troca de muitos, abrindo o caminho para
Gerência editorial e de produção | Editora Contextualizar que humanos pecadores pudessem obter a perfeição e a vida eterna
Capa | Deivinson Bignon (Marcos 10.45; João 19.10).

1ª edição: Dezembro/2014 Deus ainda cria milagres


O que Deus faz quando dizemos “sim” a Ele? Ele ainda hoje cria
É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por milagres. Aliás, Ele tem sempre Seus planos e tudo o que Ele deseja é
quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos uma resposta afirmativa daqueles que o servem.
etc), a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfi- Com seu “sim” a Deus, a jovem Maria foi instrumento do Se-
ca. Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo novo nhor para a realização do primeiro Natal. Esse “sim” veio acompa-
Acordo Ortográfico, em vigor desde janeiro de 2009. nhado, em sua vida pessoal, de muitas tribulações e desafios, onde
ela própria engravidou do Espírito Santo durante o noivado, deixando
seu noivo José perplexo, desconfiado e disposto a largá-la. Mas Deus
foi fiel.
A jovem Maria deu mais do que o próprio útero a Deus. Ela deu
Apoio cultural: o seu coração também. Através desta doação generosa de Maria,
Deus deu à humanidade o maior presente: Jesus!
Quem hoje dirá “sim” a Deus para que o milagre continue se
multiplicando? Quem está disposto a doar generosamente a própria
vida a Ele para que nasçam neste mundo os milagres planejados pelo
Senhor?
Contatos “Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu
www.contextualizar.com.br nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conse-
contato@contextualizar.com.br lhos antigos, fiéis e verdadeiros” (Salmo 25.1).
Rua Antônio Gonçalves, 21 – Porto Velho
São Gonçalo – RJ
CEP: 24430-130
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5 | NATAL: EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS


A vinda do Salvador ao mundo é prova da iniciativa do Pai para
salvar a humanidade

MPOSSÍVEL!”, diriam muitos dos que não são cristãos ao sa-


ber os detalhes sobre o nascimento de Jesus. Acham que não
“I é científico crer que uma virgem poderia conceber e dar à luz
um filho. Alguns dos que não creem usam até mesmo uma controvér-
sia linguística tirada do hebraico, trocando a palavra “virgem” (almah)
por “jovem” (betulah).
Por certo, Aquele que criou o espantoso processo da reprodu-
ção humana seria capaz de também fazer que uma moça ainda vir-
gem concebesse e desse à luz Jesus. Se Deus criou o Universo e as
suas leis precisas, Ele também pôde usar um óvulo de Maria para
gerar um Filho humano perfeito. Mas o que motivou Deus a fazer
este milagre?

O milagre do Natal
Um homem trouxe a ruína e a desgraça para a humanidade.
Junto com Adão, todos nós dissemos um sonoro “não” aos planos
perfeitos do Pai para o nosso próprio futuro. Mas o Eterno sempre
nos amou tanto que tomou imediatamente a iniciativa de resgatar a
intimidade perdida com a humanidade. E a parte mais bela deste
planejamento de Deus para nos resgatar teve o seu início no Natal.
O piedoso José era noivo de Maria na época em que ela ficou
grávida. Num sonho, o anjo de Deus explicou a José o motivo maravi-
lhoso de sua noiva virgem estar grávida (Mateus 1.20,21). O nome
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lavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o tri-
go?, diz o Senhor”. Este versículo nos traz uma lei muito importante
sobre a proclamação das palavras de Deus. Quem ousa falar em no-
me do Senhor deve ter certeza absoluta de que suas palavras sejam
mesmo o trigo substancial da mensagem de Deus, e não a palha dos
devaneios do coração do profeta. Caso haja alguma dúvida, o profeta
deve ser honesto e relatar seu sonho apenas como sonho, sem valori-
zá-lo como um oráculo de Deus.
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras
dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperan-
ças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Se-
nhor” (Jeremias 23.16). José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por
isso, Deus Se revelou a ele e confidenciou o seu futuro – uma trajetó-
ria de prosperidade, na qual até os seus pais e irmãos se inclinariam
diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi
perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve sua túnica de várias
cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para
que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disso, José possi-
bilitou que a história de Israel fosse de glória e libertação.

Alargue sua visão


A história de José ensina-nos sobre a fidelidade dos sonhos de
Deus, que quando são implantados em nosso coração superam os
reveses e transformam a nossa história. Existem aqueles que se di-
zem irmãos, mas são verdadeiros assassinos dos sonhos que o Senhor
colocou em nosso coração. Precisamos estar atentos, pois os sonhos
de Deus jamais morrerão em nós. Não podemos deixar que o Espírito
do Senhor se extinga em nosso ser: “Não extingais o Espírito”, diz a
Palavra (1 Tessalonicenses 5.19). Há pessoas que só se preocupam
com o que vão comer no dia seguinte. São mesquinhas e desprovidas
de sonhos.
Temos que passar pela vida com a visão de que ela é eterna e
que as sementes que plantamos hoje serão colhidas ao longo dos
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ais ou divertimentos. Essas pessoas vivem aparentemente felizes,


dando risada dentro dos seus carrões importados ou dizendo coisas
4 | O SENHOR DOS SONHOS
empolgantes sobre as viagens que fizeram. Mas, por estarem longe A história de José nos ensina sobre a fidelidade dos sonhos de Deus
de Deus, muitas escondem um vazio tremendo em seu coração por-
que buscaram a alegria em fontes erradas, cavando “cisternas rotas”
(Jeremias 2.13).

Momentos de tristeza
Entenda que a verdadeira alegria não é traduzida em momen-
tos alegres, mas sim num estilo de vida alegre. Agora veremos o que a
s diminutos sonhos humanos jamais poderão ser compara-
Bíblia diz sobre os momentos de tristeza – como podem afetar a fé do
dos à imensidão dos sonhos de Deus. Mas houve um homem
cristão verdadeiro. As Sagradas Escrituras ensinam que o mundo todo
que ousou alcançar o inalcançável e sonhar os sonhos do
está mergulhado no maligno (1 João 5.19). Quando usou esta expres-
Senhor para a sua geração. Descubra quem foi o servo de
são, o apóstolo João se referiu ao fato de que o sistema mundano
Deus conhecido como “o senhor dos sonhos”...
está comprometido com o plano de destruição espiritual do ser hu-
mano criado pelo diabo. Por isso, ao olhar ao seu redor, por certo,
O “E dizia um ao outro: Vem lá o tal sonhador!” (Gênesis
37.19).
você verá muita dor e sofrimento na alma das pessoas.
Os sonhos humanos nem sempre são compatíveis com os de
Veja o que diz Jó sobre a miséria humana: “O homem, nascido
Deus, que estão sempre além das melhores expectativas humanas.
da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação” (Jó 14.1).
Nós ousamos sonhar apenas com o que está ao alcance da nossa limi-
Observe a correria da vida moderna, fazendo com que a maioria das
tada visão; mas Deus enxerga além do que podemos imaginar, alar-
pessoas viva em função do relógio correndo de um lado para o outro.
gando os estreitos horizontes de nossa experiência terrena. Entretan-
Por causa disso, várias doenças atacam de maneira assustadora. O
to, o que fazer quando há evidências de que os sonhos de Deus diver-
trânsito caótico leva a humanidade ao estresse e isso reflete na quan-
gem frontalmente dos anseios do homem? Pode um ser mortal atin-
tidade de vidas ceifadas por conta dos problemas do coração. Os nos-
gir a meta proposta por alguém que é eterno? A mente humana pers-
sos poucos dias são cheios de inquietação por um único motivo: a
crutará algum dia os sonhos de Deus?
deterioração causada pelo pecado em toda a criação (Romanos 1.24-
32; 8.19-23). Devido a esta calamidade universal causada pelo peca-
O pastor Martin Luther King Jr.
do, até mesmo o cristão sincero enfrenta tribulações em sua vida.
No dia 28 de agosto de 1963, numa manifestação de protesto
Alguns servos de Deus chegam inclusive a lutar contra a depressão
em Washington DC, o reverendo Martin Luther King Jr. pronunciou o
psicológica. Veja a oração do salmista. Procure entender a sua angús-
seu histórico discurso, intitulado “Eu tive um sonho”. Sua voz vibrante
tia: “Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apode-
rasgou a mortalha do preconceito racial, erguida por seres humanos
raram de mim; encontrei aperto e tristeza” (Salmo 116.3). Mesmo
que não sonhavam os sonhos de Deus. Os evangélicos daquela nação
confiando no Senhor, sentiu os cordéis da morte o agarrarem e caiu
orgulhavam-se de conhecer o Senhor e de servi-lo todos os fins de
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com humildade a correção do Senhor: quando passar pela prova, pesada do dia a dia, os problemas, as alegrias, as tristezas e os sofri-
receberá bênçãos sem medida em sua vida! mentos. Ser cristão é confiar em Jesus como Salvador; é querer viver
Veja ainda o que Pedro afirmou: “Se, pelo nome de Cristo, sois como Ele viveu; é obedecê-lo e seguir o Seu exemplo e os Seus ensi-
vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espí- nos registrados nas Santas Escrituras.
rito da glória de Deus” (1 Pedro 4.14). É importante você lembrar que Em Atos 11.26, vemos que, em Antioquia, os discípulos foram
o Espírito da glória de Deus só repousa no cristão que está sendo pela primeira vez chamados cristãos. E eles foram chamados assim
perseguido pelo nome de Cristo. Há várias pessoas que passam por porque o tema principal da sua conversa era o Senhor – em suma,
lutas decorrentes de seus próprios erros e se dizem perseguidos por eles viviam em função de Jesus. As Escrituras indicam que a Palavra
causa de Cristo. Isto não é verdade! As bênçãos estão reservadas de Deus transmite o poder necessário para que a vida cristã seja uma
somente àqueles que verdadeiramente sofrem por amor a Cristo. realidade e esteja sempre fortalecida para enfrentar as lutas diárias.
Quando o cristão sincero fraqueja na fé por causa de alguma Assim como a alimentação sustenta o físico, a Palavra do Senhor sus-
luta, o Espírito Santo vem em seu socorro e o exorta à luz da Palavra tenta a vida espiritual. A respeito disso, vale ler os textos de Jeremias
de Deus: “...não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a 15.16 e Mateus 4.4.
vossa força” (Neemias 8.10). Essa é uma alegria diferente, porque Como flores do Jardim do Senhor, a nossa parte no desenvol-
independe das circunstâncias nas quais vivemos. Essa alegria vem vimento da vida cristã é ler, estudar, digerir e assimilar a nutrição
diretamente de Deus, quando Ele se revela como o nosso “socorro espiritual da Palavra de Deus; vivendo sob a direção do Espírito Santo,
bem presente na angústia” (Salmo 46.1). Ao longo de toda a Bíblia, que nos aponta o único exemplo perfeito: Jesus Cristo. O Mestre dis-
encontramos relatos de momentos terríveis de provação suportados se: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e
pelos servos do Senhor. Mas Deus os abençoou, derramando sobre eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Todos os que aprenderam a viver a
eles a “paz que excede todo o entendimento” (Filipenses 4.7). Esta vida cristã com certeza colocaram o Senhor em primeiro lugar. Jesus
alegria especial está disponível também para você! espera ter a primazia em nossa escala de valores – “Quem ama seu
A Bíblia fala da fé inabalável e da unção de alegria e exultação pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama
que sustentou o profeta Habacuque na terrível expectativa de pade- seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Ma-
cer pela fome, numa calamidade nacional (Habacuque 3.17,18). O teus 10.37).
verbo exultar possui um significado muito forte. Exultar é bradar de Sim, o Senhor espera uma dedicação total ao cumprimento da
alegria, pois a pessoa que está exultante não consegue se conter, Sua vontade. Isso traz uma alegria profunda, uma satisfação que não
tamanha a unção de alegria que recebeu do Senhor. Jesus usou este se pode descrever, uma paz que está acima de todas as turbulências
mesmo verbo quando profetizou sobre as perseguições futuras a seus que ameaçam a serenidade. E isso não representa apenas um benefí-
discípulos: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão cio pessoal, mas vai nos ajudar a revelar o amor de Cristo a outras
nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de pessoas e anunciar o poder Salvador ao mundo todo. E mais – por
vós” (Mateus 5.12). Portanto, alegre-se, ainda que cometam injusti- onde formos, um maravilhoso perfume de influência acompanhará os
ças contra você e o persigam por causa do testemunho de Jesus. Te- nossos passos. O apóstolo Paulo descreveu essa bênção, chamando-a
nha a mesma atitude dos apóstolos quando encararam a perseguição: de cheiro de vida para vida (2 Coríntios 2.16).
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ces roubados: “Porque também vos compadecestes dos que estavam


nas prisões e com gozo permitistes a espoliação dos vossos bens,
3 | O BOM PERFUME DE CRISTO
sabendo que, em vós mesmos, tendes nos céus uma possessão me- Perfume suavemente o seu ambiente com a Palavra de Deus
lhor e permanente” (Hebreus 10.34). O que motivou aqueles cristãos
a abrirem mão de suas possessões terrenas foi a certeza de que esta-
vam salvos em Cristo para receberem uma recompensa futura, no céu
(Hebreus 11.10,13-16,26,35; 13.14; Mateus 5.11,12; 6.19-21; Roma-
nos 8.18).
Vou terminar este texto com uma promessa maravilhosa feita
àqueles que sofrem provas severas por amor a Cristo: “Amados, não
erfumistas estão constantemente tentando desenvolver a
estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como
fragrância permanente. Dizem que a do jasmim é a que mais
se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes
perdura. Ahmed (leia “arrmed”) Soliman, da cidade do Cairo,
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da
Egito, disse que para fabricar 28 gramas do perfume de jas-
sua glória vos regozijeis e alegreis” (1 Pedro 4.12,13). Pregando o P mim é preciso encher uma sala de botões ainda florescendo,
evangelho aos gentios, Paulo experimentou todo tipo de aflições.
impecáveis. Segundo ele, uma vez destilada, a fragrância é
Cristo sofreu na cruz para fazer expiação pelo pecado e o apóstolo
eterna. Em Luxor, no sul do Egito, um arqueólogo achou um túmulo
aos gentios experimentou com alegria alguns sofrimentos, necessá-
antigo no qual uma princesa foi sepultada há centenas de anos. Junto
rios para transmitir essas boas novas a um mundo perdido. Paulo agiu
ao sarcófago estava um vaso cheio de jasmim. Embora o vaso já esti-
assim porque ele sabia que a sua alegria só seria, de fato, completa
vesse quebrado, ainda se podia perceber o perfume que emanava
quando fosse transformado e depois revestido da glória de Cristo (2
dele.
Coríntios 5.2,4).
Há abundante alegria para você que hoje está semeando com
Flores cheirosas, mas imperfeitas
lágrimas (Salmos 126.5,6). Continue perseverando diante das tribula-
Você é uma bela flor que nasceu para pensar os pensamentos
ções. Ainda que você chore durante uma noite inteira, tenha a certe-
do Jardineiro da vida. Sua mente deveria ser apenas o prolongamento
za de que a alegria do Senhor virá pela manhã (Salmo 30.5).
da mente de Cristo – “Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1 Corín-
tios 2.16). Entretanto, há momentos em que você não consegue exa-
lar adequadamente o perfume do Senhor em seus pensamentos e
atitudes, embora, de acordo com 2 Coríntios 2.15, sejamos, para com
Deus, o bom perfume de Cristo. Então você acha que é uma flor mur-
cha, muito aquém do que poderia ser, clamando desesperadamente
pela ajuda do Jardineiro fiel. Na verdade, todos nós, pequenas flores
humanas, convivemos em certa medida com imperfeições capazes de
nos envergonhar perante o perfeito Jardineiro da vida. No jardim do
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Ao assistir esse filme, repare no rosto dos tripulantes quando dormia em paz, mas também despertou com uma atitude de quem
encararam as ondas monstruosas. Havia paz ali? Havia descanso realmente tem o controle de suas próprias emoções. Os discípulos
quando o barco estava à deriva na maior tempestade da história? estavam em pânico, só enxergavam o barco, à deriva, castigado vio-
Jesus Cristo também enfrentou uma tempestade; uma tormenta e- lentamente pelas ondas. Jesus se importou primeiro em ter as Suas
norme no mar da Galileia. Mas a Sua atitude no olho do furacão foi emoções em perfeito controle para só depois atacar o mal pela raiz.
bem diferente da que costumamos ter. Em Marcos 4.35-41 você lerá Ele sabia que a solução não estava no controle do barco, mas na tem-
uma passagem muito intrigante. pestade que precisava ser acalmada.
O verso 38 denuncia a diferente visão de mundo dos discípulos A pergunta mais improvável emergiu do já extinto caos e não
e de Jesus. “E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; quer calar ainda hoje: “Como é que não tendes fé?”. Para marinheiros
eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pere- profissionais, vencer uma tempestade bravia no mar da Galileia con-
çamos?” (v. 38). A popa é a seção traseira de uma embarcação. Neste trolando um barquinho simples de pesca não é uma tarefa fácil, mas
aconchegante cantinho, Jesus ressonava. Seu peito expandia e retraía possível. No entanto, quem pode controlar o próprio mar? A frieza da
num ritmo muito diferente do resto da tripulação. As ondas bravias, tempestade simboliza a crueldade da morte. A morte pode ser venci-
os relâmpagos e os estrondos amedrontadores, a chuva abundante e da? Sim! Não por homens experientes na vida, mas pelo Senhor das
os gritos histéricos dos entendidos do mar não foram suficientes para circunstâncias. Ao dar ordem ao vento e ao mar, Jesus demonstrou
tirar a paz de quem ousava dormir no meio da tormenta. Seu perfeito controle sobre as piores circunstâncias humanas. Simbo-
licamente, esta passagem já demonstrava o poder do Senhor sobre a
A reação às tempestades própria morte – “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”
Apavorados, os discípulos só conseguiam ver o barco como seu (Mateus 28.18; compare com João 11.25; 1 Coríntios 15.17-19).
próprio túmulo. Por instantes que pareciam eternos, eles não perce-
beram que lá atrás, num cantinho esquecido, estava o único ser hu- O poder de Jesus
mano que sabia serenar nas horas mais improváveis. Jesus via o barco Os discípulos conheciam o poder do mar, por isso sentiram
como um berço para repousar. medo. Entretanto, eles não conheciam o poder de Jesus – “E eles,
Uma pergunta intrigante: por que Jesus dormia? A resposta possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que
emerge do caos: quando os homens perdem o controle do barco, até o vento e o mar lhe obedecem?” (v. 41).
Cristo se revela no comando da tempestade. Ele dormia porque co- Aqueles apavorados marinheiros tiveram de aprender que
nhecia o Seu próprio poder e autoridade. “E ele, despertando, repre- “...teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus
endeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aqui- 6.13). Pedro descobriu mais tarde que Jesus, “depois de ir para o céu,
etou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades,
tímidos? Como é que não tendes fé?” (v.39,40). e poderes” (1 Pedro 3.22). João, o discípulo amado, anos depois, de-
A serenidade de Jesus é contagiante. Quando somos acorda- clarou: “...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
dos, de repente, de um sono profundo com o mundo pegando fogo mundo” (1 João 4.4).
ao nosso redor, não acordamos com bom humor. Jesus não apenas

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