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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO

URUGUAI E DAS MISSÕES - URI – ERECHIM


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA
COMPUTAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

GILBERTO SILVINO RAMOS CHRIST


GUILERME GOUNSKI
DIEGO CONTI

ANALIZE E IMPLEMENTAÇÃO DE FILTRO


PASSIVO LC PARALELO

ERECHIM - RS
2016
RESUMO

Este trabalho aborda a análise e implementação de um filtro passivo LC paralelo


de segunda ordem, onde foi analisado num primeiro momento qual o funcionamento de
um filtro passivo ideal, qual é a resposta em frequência de resistores, capacitores e de
indutores, em seguida foi efetuada a modelagem do filtro em questão, onde calculamos
a função de transferência, o cálculo da frequência de corte para saber a faixa de
funcionamento do filtro, fator de amortecimento e também foi realizada a simulação dos
cálculos no Matlab e do circuito no Psim, por último foi calculado e simulado um
exemplo de projeto de um filtro. Também foram mencionadas algumas aplicações para
o filtro em questão.

Palavras-chave: Função de transferência, frequências de corte, filtro passa faixa LC


paralelo.
SUMARIO

1. INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------- 4
2. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------ 5
2.1.1 ELEMENTOS PASSIVOS NO DOMINIO DA FREQUÊNCIA ------------ 5
2.1.2 FREQUÊNCIA DE RESSONÂNCIA ----------------------------------------- 5
2.1.3 O FILTRO PASSA FAIXA LC PARALELO ---------------------------------- 5
2.1.4 FILTRO IDEAL ----------------------------------------------------------------- 6
2.1.5. FREQUÊNCIA CENTRAL----------------------------------------------------- 7
2.1.6. FREQUÊNCIAS DE CORTE -------------------------------------------------- 7
2.1.7. LARGURA DE BANDA E FATOR DE QUALIDADE ---------------------- 7
2.1.8. FATOR DE AMORTECIMENTO --------------------------------------------- 8
2.1.9. ATENUAÇÃO ------------------------------------------------------------------- 9
2.1.10 FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ----------------------------------------- 9
2.1.11 EQUAÇÃO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ---------------------10
2.1.12 GRAFICOS DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ---------------------10
2.1.13 POLOS, ZEROS E ESTABILIDADE -------------------------------------11
2.2. PROJETO DE UM FILTRO PASSA-FAIXA--------------------------------12
3. RESULTADOS E DISCUSÕES -------------------------------------------------13
3.1. SIMULAÇÃO -------------------------------------------------------------------13
3.2. SIMULAÇÃO PSIM -----------------------------------------------------------13
3.3. SIMULAÇÃO MATLAB -------------------------------------------------------14
3.4. MAPA DE POLOS E ZEROS-------------------------------------------------16
3.5. APLICAÇÕES ------------------------------------------------------------------17
3.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS ------------------------------------------18
4. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------------20
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS -------------------------------------------21
1. INTRODUÇÃO

“A tecnologia mais antiga para a execução de filtros faz uso de indutores,


capacitores e os circuitos resultantes são chamados de filtros passivos LC. Esses filtros
funcionam bem em altas frequências, porém suas aplicações são em baixas frequências
(cc até 100 KHz), os indutores necessários são volumosos suas características não são
ideais” (SEDRA, 2013, p.678, Microeletrônica).

Estamos agora interessados especificamente nos filtros que executam uma


função de seleção de frequência. Existem quatro tipos de filtros, são eles: passa alta,
passa baixa, passa faixa e rejeita faixa todos eles podem ser ligados em serie ou em
paralelo e também tem uma (faixa de passagem) e ou faixa de frequência que seria
unitário e uma faixa de bloqueio que seria zero (SEDRA, 2013, p.678, Microeletrônica).
Um filtro é denominado passivo por ser constituído de componentes passivos.
Além de ser um circuito atenuador, ou seja, tem o módulo da relação entre os sinais de
saída e de entrada, denominado ganho, menor que 1. Esses filtros podem ter diferentes
atribuições e por isso são divididos nas seguintes categorias: Filtro passa-baixa, Filtro
passa-altas, Filtro rejeita-faixa e Filtro passa-faixa. Por serem tão variados, esses filtros
possuem diversas aplicações em corrente alternada, tais como filtrar sinais de imagens,
sons, ruídos elétricos em transmissões de dados. Já em corrente continua estes atuam
apenas em regimes transitórios do circuito, pois os componentes passivos atuam
exclusivamente nas variações dos sinais elétricos, não operando no período de regime
continuo (SEDRA, 2013).
Os filtros denominados passa-faixa são circuitos que permitem a passagem de
sinais de tensão e corrente com frequências situadas numa faixa intermediária,
atenuando os sinais com frequências abaixo ou acima dessa faixa. Essa faixa
intermediária é delimitada por uma frequência de corte inferior ( ) e uma frequência
de corte superior ( ). Para a faixa de freqüência situada entre as freqüências de corte
superior e inferior, denominada de banda passante (BW – Bandwidth), o ganho de
tensão do filtro é praticamente unitário, portanto, o módulo do sinal de saída é
praticamente igual ao sinal de entrada e, para as frequências que estão abaixo de ( )
ou acima de ( ), o ganho do sinal é muito baixo ou praticamente nulo (SEDRA,
2013).
A várias aplicações para o filtro, como nos rádios onde a antena capta todos os
sinais que estão presentes naquele ambiente, naquele instante. Outra aplicação muito
utilizada é em sistemas telefônicos.

4
2. METODOLOGIA

2.1. ANALISE DE UM FILTRO PASSA FAIXA LC PARALALO

2.1.1 ELEMENTOS PASSIVOS NO DOMINIO DA FREQUÊNCIA

De início vamos revisar alguns conceitos sobre a resposta em frequência dos


componentes passivos:
Resistor: A resistência é independente da frequência, ou seja:

Capacitor: A reatância capacitiva é dependente da frequência, ou seja, quanto


maior a frequência menor será a reatância e quanto menor a frequência maior será a
reatância.

Indutor: A reatância indutiva é dependente da frequência, ou seja, quanto maior


a frequência maior será a reatância e quanto menor a frequência menor será a reatância.

2.1.2 FREQUÊNCIA DE RESSONÂNCIA

A frequência de ressonância é a frequência onde às reatâncias capacitivas e


indutivas são nulas em um circuito RLC, ou seja, o circuito se torna puramente resistivo
(Fator de potência unitário). O ganho de um filtro passa faixa será máximo na
frequência de ressonância, pois o circuito se torna puramente resistivo. Podemos
calcular a mesma em circuitos série e paralelo usando a equação abaixo (NILSON,
2014).

(1)

2.1.3 O FILTRO PASSA FAIXA LC PARALELO

A figura abaixo mostra um circuito genérico de um filtro passa-faixa LC


paralelo. Variações na frequência do sinal de entrada (vin(t)) resultam em variações das
reatâncias do capacitor e indutor.

5
Para sinais com frequências baixas o capacitor se comporta como um circuito
aberto e o indutor como um curto circuito, assim a maior parte da tensão de entrada está
sobre o resistor e a tensão de saída será muito baixa. Para frequências altas o indutor se
comporta como um circuito aberto e o capacitor torna-se praticamente um curto
circuito, desta maneira a maior parte da tensão de entrada está sobre o resistor e a tensão
de saída também será muito baixa. Analisando o circuito para frequências
intermediárias ou próximas da frequência de ressonância o indutor e o capacitor
apresentam reatância elevada, desta forma a maior parte da tensão de entrada estará
sobre o circuito LC, concluindo assim que o circuito somente vai permitir a passagem
de sinais com uma faixa de frequências.

Figura 1 - Circuito elétrico de um filtro passa-faixa LC paralelo.

O ramo RL exerce a função de filtro passa-alta, as frequências baixas serão


aterradas pelo indutor e os sinais com frequências altas passaram para a saída, ou seja, a
frequência de corte inferior está diretamente ligada com o ramo RL. Já o ramo RC
executa a função de filtro passa-baixa, pois as frequências altas serão aterradas pelo
capacitor e baixas frequências estarão na saída, podemos concluir que a frequência de
corte superior está relacionada ao ramo RC (OTÁVIO, 2013).

2.1.4 FILTRO IDEAL

Para sinais que operam na banda média, ou seja, acima da frequência de corte
inferior (ωc1) e abaixo da frequência de corte superior (ωc2) o ganho é unitário e a
parcela da tensão de entrada está na saída. Quanto a sinais com frequências fora da
banda média, ou seja, acima da frequência de corte superior e abaixo da frequência de
corte inferior o ganho é zero, e a tensão de saída é praticamente nula. Na prática não se
obtém esses resultados.

Figura 2 - Gráfico para um filtro ideal.

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2.1.5. FREQUÊNCIA CENTRAL

A frequência central, nada mais é que a frequência de ressonância (descrito na


seção 2.1.4), para haver ressonância é preciso que as reatâncias capacitivas e indutivas
se anulem, ou seja, a função de transferência seja puramente real. Para este caso temos:

Isolando na equação anterior obtemos a frequência central.

(NILSON, 2014).

2.1.6. FREQUÊNCIAS DE CORTE

Filtros passa faixa possuem uma faixa de frequências onde o |H(jω)| = 1, sendo
assim estes filtros possuem duas frequências de corte, que são definidas como as
frequências para qual o módulo da função de transferência é igual a ( .
Como | | , portanto (denominadas frequências de corte)
são aproximadamente . Desenvolvendo essa expressão obtemos duas
equações quadráticas para frequência de corte que resultam em quatro soluções, sendo
somente duas delas positivas e com significado físico, como mostra as equações abaixo.

√( ) (2)

√( ) (3)

(NILSON, 2014).

2.1.7. LARGURA DE BANDA E FATOR DE QUALIDADE

A largura de banda ou de faixa é definida como a largura da faixa de frequência


onde o filtro atua, sendo representada pela letra grega β(beta), dada pela diferença entre
, com .

7
√( ) ( √( ) )

√( ) ( √( ) )

(4)

Já o fator de qualidade, representado pela letra Q, é a relação entre a frequência


central e a largura de banda, ele é uma medida da largura de faixa de passagem
independendo da sua localização no eixo da frequência. Na prática, se Q for elevado o
filtro rejeita sinais numa faixa bastante estreita. Analisando a equação da largura de
banda podemos observar que o resistor controla o fator de qualidade, já que o fator de
qualidade está diretamente ligado com a largura de banda, assim quanto menor o valor
de R maior será a banda passante β definindo melhor a banda de passagem. Para o filtro
que estamos analisando o fator de qualidade pode ser representado por:

√ (5)

(NILSON, 2014).

2.1.8. FATOR DE AMORTECIMENTO

O denominador da função de transferência pode ser escrito como

onde √ é a frequência central ou de ressonância e é o fator de



amortecimento do circuito, este valor representa a rapidez com que as oscilações
(devidas a resposta natural e ao degrau) diminuem. O comportamento oscilatório é
causado pelos elementos armazenadores de energia: o capacitor e indutor. Para o filtro
passa-faixa em questão o fator de amortecimento pode ser calculado pela equação
abaixo,

8
observe que o numerador é a equação da largura de banda (β) e o denominador é a o
dobro da frequência central, assim podemos escrever a equação anterior conforme
abaixo. Podemos notar que o fator de amortecimento é igual à metade do inverso do
fator de qualidade (Q).

(6)

Para , o circuito possui dois polos reais distintos e negativos e é chamado


de superamortecido. Já quando , o circuito possui polo real de segunda ordem em
e é criticamente amortecido. Para , o circuito tem um par de polos
complexos e conjugados e é denominado subamortecido. Em um sistema subamortecido
a resposta oscila em torno de seu valor final, já para um sistema superamortecido e
criticamente amortecido a resposta aproxima de seu valor final sem oscilar.
(SCHAUM, 2012).

2.1.9. ATENUAÇÃO

A atenuação é definida como a perda de tensão de um sinal devido à passagem


em um circuito ou meio de transmissão. Podemos descrever a atenuação em um
determinado sistema através da seguinte equação:

( ) (7)

Onde A é a atenuação em unidade dB (Decibel), Ve é a tensão de entrada do


sistema e Vs é a tensão de saída do sistema. O Decibel determina a relação entre duas
grandezas físicas de mesma natureza, é adotado para expressar o ganho nas curvas de
resposta em frequência de circuitos eletrônicos. Unido a nossos sentidos, em especial a
audição, o ouvido humano não responde de forma linear a potência sonora captada, por
exemplo, se a potência dobrar de 2W para 4W nosso ouvido não vai sentir o dobro da
potência por que sensibilidade do ouvido varia de forma logarítmica, para sentirmos o
dobro da potência teríamos que multiplicar por dez, o mesmo ocorre com o Decibel.
(MUSSOI, 2004).

2.1.10 FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

A função de transferência é definida como a razão, no domínio da frequência, da


transformada de Laplace do sinal de saída pela transformada de Laplace do sinal de
entrada. Não podemos usar esta definição para sistemas que sejam não lineares e
variantes no tempo, bem como tendo energia inicial armazenada.

Na equação acima s é um número complexo que possui módulo e fase definidos


para uma determinada frequência. |H(jω)| ∠ϕ.
(OPPENHEIM, 2014).

9
2.1.11 EQUAÇÃO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

Aplicando a lei das correntes de kirchhoff (LCK) no circuito da Figura 1, temos


que:

Na equação acima , pois para existir a função de transferência todas


as condições iniciais devem ser nulas. Portanto:

Podemos eliminar a integral da equação anterior diferenciando (derivando) uma


vez em relação a t, obtendo:

( )

Dividindo toda a equação por RC e em seguida fazendo a transformada de


Laplace de cada termo da expressão obteremos:

( )
( )

( )

(8)

2.1.12 GRAFICOS DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA

A função de transferência é um número complexo podendo, desta forma, ser


representado na forma polar (módulo e fase).
| |∠

O gráfico genérico do módulo e da fase da função de transferência com relação a


variação de frequência é dado abaixo:

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Figura 3 - Diagrama de Bode genérico para um filtro passa-faixa.

A curva do ganho de tensão para este filtro é mostrada na primeira figura acima,
observe que para uma determinada frequência o ganho é unitário, ou seja, a maior parte
do sinal de entrada estará na saída do circuito. As linhas tracejadas indicam a faixa de
passagem. Já a segunda figura representa o ângulo de fase, outra característica é que a
banda de passagem começa exatamente num ângulo de fase de 45º e termina em -45º.

2.1.13 POLOS, ZEROS E ESTABILIDADE

A função de transferência pode ser expressa como a razão entre dois polinômios,
ou seja:

em que é o polinômio do numerador e o polinômio do denominador. As


raízes de são denominadas os zeros da função, ou seja, os valores de s para qual a
função de transferência é zero. Já as raízes de são denominadas os polos da
função, ou seja, os valores de s para qual a função de transferência tende ao infinito. Os
polos e zeros podem ser quantidades reais ou complexas. Os polos estão diretamente
ligados com a estabilidade do sistema. Por definição, um sistema é considerado estável
se toda entrada limitada produz uma saída limitada. No caso de polos complexos onde a
parte real é positiva o sistema será instável, se os polos forem complexos com parte real
negativa teremos um sistema estável, a comprovação desses fatos se dará nas seções
posteriores.

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Outra técnica para verificar a estabilidade de um sistema LIT é pela resposta ao
impulso, (resposta fornecida pelo sistema quando um sinal impulsivo for aplicado a sua
entrada) ela precisa ser absolutamente integrável, ou seja,

∫ | |

(OPPENHEIM, 2014).

2.2. PROJETO DE UM FILTRO PASSA-FAIXA

A partir do circuito da figura 1 e da função de transferência (equação 8) vamos,


como exemplo, dimensionar o resistor e indutor para um filtro com frequência central
de 5KHz e largura de faixa de 400Hz, usando um capacitor de 5uF.

Solução:
Usando a equação da largura de banda (equação 4), podemos calcular o valor do
resistor, lembrando que (β) é dado em rad/s, portanto tem que ser convertido para Hz,

Para determinar o valor do indutor podemos usar a equação da frequência central


(equação 1), como também é dado em rad/s vamos converter para Hz,


No cálculo das frequências de corte inferior e superior usamos as equações 2 e 3,

√( )

√( )

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Usando a definição de fator de qualidade da seção 2.1.7, calculamos Q:

Comprovamos que o filtro é subamortecido pelo cálculo do fator de


amortecimento usando a equação 6,

3. RESULTADOS E DISCUSÕES

3.1. SIMULAÇÃO

Na simulação deste filtro foram usados os softwares Psim versão 9.0.3 para
simulação do circuito da figura 1 e o Matlab versão R2015a para o diagrama de bode e
o mapa de polos e zeros.

3.2. SIMULAÇÃO PSIM

A figura 4(a) representa o circuito elétrico com os componentes já calculados na


seção anterior, estamos simulando o filtro para uma entrada de 1V/5KHz, VP2 é um
multímetro usado para medição e representação no gráfico.

Figura 4 – Circuito elétrico com os valores de componentes calculados na seção anterior.

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A figura abaixo mostra o gráfico do sinal de saída do filtro, a senoide em azul
(VP2) é o sinal de saída do filtro em Figura 4(a), observe que este sinal será unitário
depois de aproximadamente 2,5ms, isso se dá pelo fato de que o capacitor e o indutor
estão sem energia inicial armazenada. Já a senoide em vermelho representa a figura
4(b), onde em TFCN1 se tem a equação da função de transferência do circuito em
questão, e a mesma fonte de energia do circuito sendo aplicada a ela, como neste caso
não temos o capacitor e indutor no circuito a saída é unitária deste t=0. Podemos
concluir que a equação da função de transferência satisfaz o circuito da figura 4(a) para
estes valores de componentes.

Figura 5 – Gráfico do sinal de saída a 5KHz.

3.3. SIMULAÇÃO MATLAB

O Matlab neste caso foi usado para traçar o diagrama de bode, que nada mais é
que dois gráficos traçados em relação à frequência em escala logarítmica. O primeiro
gráfico é o modulo da função de transferência, enquanto que o segundo é o ângulo de
fase. A figura 6 mostra o código do Matlab para gerar o diagrama de bode, as
informações seguidas de (%) são as descrições de cada comando do código. Existem
outros comandos que servem para gerar o diagrama de bode além do usado na figura
abaixo como, por exemplo, na figura 6, basta usarmos o comando bode(H) e excluirmos
o comando pzplot(H) mantendo o restante do código inalterado.

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Figura 6 – Código do diagrama de bode.

Já a figura 7 é o diagrama de bode em questão, onde se tem destacado os valores


para as frequências calculadas na seção 2.2. No primeiro gráfico as linhas verticais
tracejadas identificam as frequências de corte e consigo a banda de passagem, ou seja,
400Hz, observe que o ganho é dado em decibéis (dB) e que o ganho máximo ocorre na
frequência central, conforme o cálculo nos mostra.

O segundo gráfico é o ângulo de fase da função de transferência em função da


frequência, o ângulo é 45º exatamente nas frequências de corte e tende a zero conforme
o valor da frequência do sinal aplicado tende a 5KHz.

Figura 7 – Diagrama de bode.

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3.4. MAPA DE POLOS E ZEROS

Vamos calcular os polos e zeros para este filtro usando os valores de resistor,
capacitor e indutor da seção 2.3, sabemos que os zeros são as raízes do polinômio do
numerador, ou seja,

Polos são as raízes do polinômio do denominador,

Na equação 8 o grau do denominador é a ordem do filtro, neste caso temos um


filtro de segunda ordem. Podemos verificar a estabilidade do filtro analisando os polos
já calculados acima, e relacionar com a definição de estabilidade da seção 2.1.13.
Utilizando a propriedade da convolução no tempo e sua representação equivalente no
domínio da frequência temos:

Podemos concluir que a resposta ao impulso no domínio da frequência é a


própria função de transferência, pois a transformada de δ(t) = 1, se realizarmos
a transformada inversa de Laplace da função de transferência temos uma exponencial
decrescente multiplicada por um seno conforme mostra a figura 8, sendo assim
comprovamos que o sistema é subamortecido e estável.

Figura 8 - Gráfico da resposta ao impulso.

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O Matlab também possui a função de plotar o mapa de polos e zeros, o código e
o gráfico estão listados abaixo.

Figura 9 – Código para gerar o mapa de polos e zeros.

Figura 10 – Mapa de polos e zeros.

3.5. APLICAÇÕES

Uma aplicação histórica dos filtros está presente nos rádios onde a antena capta
todos os sinais que estão presentes naquele ambiente, naquele instante. Cada um dos
sinais carrega sua própria informação ou simplesmente ruído. Se não tivermos um meio
de separar apenas o sinal da estação que desejamos ouvir, o receptor ficará confuso e
não conseguirá captar a informação transmitida. Com isso, para separar o sinal da
estação que desejamos captar, filtros são utilizados no circuito de recepção,
determinando a frequência aceita pelo receptor, e rejeitando as demais
(NILSSON,2014). Outra aplicação muito utilizada é em sistemas telefônicos. O telefone
foi projetado para manipular sinais de áudio que estão entre 300Hz e 3kHz, por isso
todos os sinais dirigidos ao usuário tem que ser audíveis incluído o tom de discar e o
sinal de ocupado. De maneira semelhante todo o sinal conduzido do usuário ao sistema
tem de ser audível incluindo o sinal quando o usuário acionou uma tecla.

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É importante distinguir entre os sinais das teclas e os sinais normais de áudio, ai
embarca a importância dos filtros, onde eles constituem um sistema multifrequência de
tom dual, denominado de DTMF (dual-tone-multiple-frequency). Quando uma tecla
correspondente ao um número é acionada, um par exclusivo de tons senoidais, com
frequências precisamente determinadas como mostra a figura 11, é enviado pelo
aparelho ao sistema telefônico. As especificações de frequência e temporização do
DTMF praticamente impossibilitam que a voz humana produza pares de tons exatos. A
central telefônica onde circuitos elétricos com filtros passa-faixa monitoram sinal de
áudio detecta os pares de tons que sinaliza o número digitado.

Figura 11 – Par de tons gerados pelas linhas e colunas de um telefone de teclas.

3.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS

Filtros passivos não utilizam elementos ativos como transistores e


amplificadores operacionais, assim facilitando sua produção e também a implementação
da função de transferência para análise de seu comportamento, e também como não
possuem componentes ativos não necessitam de fonte de alimentação. Os mesmos
trabalham muito bem em alta frequência por não possuírem limitações na largura de
banda encontradas nos filtros que usam ampops. Ainda podem ser usados em aplicações
com maior nível de tensão e corrente, além disso, geram menos ruído quando
comparado com filtros ativos. Entretanto filtros passivos também possuem
desvantagens, por não utilizarem elementos ativos os mesmos não podem gerar ganho
de sinal.

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A impedância pode ser menor que a desejada na entrada e maior que ideal na
saída, dificultando a aplicação em determinados sistemas. Outra desvantagem é os
valores padrões dos indutores não são próximos dificultando a confecção do filtro na
frequência desejada.

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4. CONCLUSÃO

O presente trabalho apresentou um estudo, analise de filtros passivo LC paralelo


e exemplo de projeto de um filtro passivo LC paralelo. Na metodologia foi
desenvolvida a análise de filtros passivos em relação à resposta de elementos passivos a
frequência para poder ter um breve conhecimento sobre filtros, em seguida foi
desenvolvido a analise em no filtro passivo LC paralelo com os cálculos de função de
transferência, depois foi simulado no Matlab e Psim para confrontar os resultados para
ter certeza que os cálculos estavam certo e assim obtendo os polos e zeros, as
frequências de cortes inferior e superior, a frequência de central, fator de amortecimento
fator de qualidade, e a atenuação. E por último o projeto de um filtro passivo LC
paralelo que foi calculado do resistor todas as frequências a de corte inferior e superior e
a central, o fator de qualidade e fator de amortecimento e também foi simulado para
obter o diagrama de bode e gráficos de da faixa de passagem do filtro.
Podemos concluir que com o estudo realizado sobre filtros passivos e a
implantação de um projeto, vimos qual e é importância transformada de Laplace tem na
análise de filtros passivos, pois e uma ferramenta muito útil, pois e base para obtermos
todos os cálculos das frequências inferior, superior e central, do fator de qualidade e
amortecimento. E também com o projeto de filtro passivo LC paralelo vimos que tem
vantagens e desvantagens, mas tem uma grande quantidade de aplicações e foram
citadas duas aplicações uma a frequência de transmissão de sinal de uma rádio e
também a frequência das teclas de um aparelho telefônico.
Sugestão para continuidade do projeto é a implantação na pratica do filtro
passivo LC paralelo para poder obter uma ideia mais próxima de sua utilização na
pratica e também analisar as formas de onda da entrada e saída e comparar com os
cálculos.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

OPPENHEIM, Alan v.; WILLSKY, Alan S. Sinais e sistemas. 2. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2014.
Markus, Otavio. Circuitos elétricos CC e CA. 9.ed.São Paulo: Erica, 2013.
NILSOM, James W.; RIDEIL Susan A. Circuitos elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2014.

NAHVI, Mahmood; EDMINISTER, Joseph A. Circuitos elétricos. Bookmam, 2014


Mussoi, Fernando Luiz /filtros passivos/ CEFET/SC. Disponível em:
http://intranet.ctism.ufsm.br/gsec/Apostilas/filtropassivo.pdf. Acessado em: 01 Junho de
2016.
SASAKI, Chari Midori; OSHIRO, Larissa Keiko. Kit didático para implementação de
filtros passivos e ativos. 2014. Disponível em:
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2230/1/CT_ENGELN_2013_2_04.
pdf Acessado em: 15 jun. 2016.

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