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O QUADRO DOS MIL SEGREDOS

Atividade: O quadro dos mil segredos


Literatura, português, história e artes.
Série: Do 8º ano ao Ensino médio
Título da obra: The Arnolfini Portrait (O retrato de Arnolfini). Essa obra é
também conhecida como “O casamento de Arnolfini”
Artista: Jan van Eyck
Ano da obra: 1434
Em exposição:The National Gallery (Londres)

Sobre Jan van Eyck

O homem do turbante vermelho; possível autorretrato de Jan van Eyck.

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Biografia

 Jan van Eyck nasceu por volta de 1385, em Maaseik, na Holanda;


 Trabalhou na Holanda e em Lille, mas suas obras mais importantes
foram feitas durante o período em que morou em Bruges, na Bélgica;
 Foi um dos artistas mais importantes do Renascimento Holandês;
 Sua técnica era inigualável e ele usava tinta a óleo com grande
requinte;
 Suas obras mais importantes são: O Retábulo do Cordeiro Místico, O
Homem do Turbante Vermelho (1433) e O Casamento dos Arnolfini
(1434).
 Ele trabalhou para Felipe - o Bom, Duque de Borgonha, até a sua
morte. Filipe III era o governante mais poderoso e o maior patrono das
artes dos Países Baixos;
 Em nome de seu patrocinador, Filipe III, Van Eyck realizou uma série de
missões secretas durante uma década, das quais as mais notáveis foram
duas viagens para a Península Ibérica, a primeira em 1427 para tentar
contratar um casamento para Filipe com Isabella da Espanha, e uma
outra mais bem sucedida viagem em 1428-1429 para buscar a mão de
Isabel de Portugal. Como confidente de Felipe, Jan pode ter
participado diretamente nessas negociações de casamento;
 Devido ao refinamento de sua técnica e do hermetismo de sua
simbologia, os sucessores de Jan van Eyck jamais conseguiram imitar o
seu estilo com perfeição;
 Morreu no dia 9 de julho de 1441, em Bruges.

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Análise e interpretação da obra

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Análise e interpretação da obra

Uma das grandes pinturas da Renascença dos Países Baixos, repleta de


detalhes fascinantes e simbolismo complexo, o retrato de Arnolfini (às vezes
chamado de “O casamento de Arnolfini”), é um retrato formal de um rico
casal de mãos dadas no dormitório de sua casa. A tela foi pintada em 1434 por
Jan van Eyck (1390-1441), que - juntamente com Robert Campin (1380-1444) e
Roger van der Weyden (1400-1464) - foi um dos maiores mestres da pintura à
óleo Flamenga. A tela foi pintada em Bruges (Bélgica), que na época era um
dos centros comerciais mais importantes no ducado de Borgonha, mas a
imagem não oferece nenhuma indicação da identidade do casal.

Foi apenas um século depois que uma entrada em um inventário sugeriu o


retrato duplo como sendo possivelmente de Giovanni di Nicolao Arnolfini, um
próspero comerciante de Lucca (Itália), que tinha um escritório em Bruges, e
sua esposa Giovanna Cenami, filha de um banqueiro italiano.

O retrato de Arnolfini é uma das obras-primas mais populares da National


Gallery, em Londres. Esta pequena tela pintada em óleo sobre um painel de
carvalho influenciou pintores de todas as épocas posteriores, de Velázquez a
David Hockney, e continua intrigando curadores, pintores, artistas, visitantes
e pessoas comuns fascinadas pelo mistério que a envolve.

Status Social
O retrato de Arnolfini fornece um registro pictórico claro da posição e status
social do casal. O manto da mulher está enfeitado com pele de arminho e
possui uma quantidade excessiva de tecido. Teria sido necessário uma ama
pessoal para acompanhar a mulher, e levantar a sua roupa do chão. O homem
está vestido com um chapéu de palha trançada e uma capa de veludo, forrada
de pele. Esta vestimenta posiciona o casal entre os cidadãos ricos de Bruges,
embora ainda não sejam os mais abastados. O tamanho pequeno do quarto, os
tamancos de madeira no chão - usados para proteger os pés contra ruas de
terra -, e a ausência de jóias de ouro, indicam que o casal pertencia à classe
burguesa, mas não à monarquia ou à nobreza.

No entanto, a janela de vitral, o candelabro, o espelho ornamentado e o


tapete oriental, assim como as mãos bem cuidadas do noivo e as laranjas
caras no armário lateral, são indicadores visíveis de riqueza e prosperidade.

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Simbologia complexa

O Retrato de Arnolfini apresenta iconografia e simbolismo complexos,


dificultando completamente a interpretação correta da obra. Os tamancos de
madeira, por exemplo, também pode ser uma referência à citação no Livro do
Êxodo: "Tira as sandálias dos teus pés ...", sinalizando a natureza sagrada do
evento que ocorre no quarto.

A proeminência e a forma incomum da assinatura ("Jan van Eyck esteva aqui",


em vez do normal "Jan van Eyck fez isso") é apenas um dos muitos elementos
obscuros na pintura.

Assinatura de Van Eyck na tela: “Jan van Eyck esteve aqui.”

O que está claro, no entanto, é que Van Eyck criou uma obra com grande
significado religioso, embora representada numa situação da vida secular (o
quarto matrimonial do casal). Como suas outras obras-primas, O Retrato de
Arnolfini teve um enorme impacto sobre outros artistas do norte do
renascimento, bem como nos antigos mestres em todo o sul da Europa.

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Segredos do espelho
O espelho convexo, no centro da parede traseira, é primorosamente decorado
com medalhões em miniatura que ilustram a Crucificação e outras histórias da
paixão de Cristo. No centro do espelho, dois visitantes em pé na porta aberta
são visíveis atrás do espectador, juntamente com as vigas de madeira do teto.
Esses visitantes podem ter sido as testemunhas do casamento de Arnolfini. Ou
talvez seja a imagem de uma ama e a do próprio pintor, refletido no espelho.

Dois séculos mais tarde, Velazquez iria imitar o espelho de Van Eyck em seu
famoso quadro “Las Meninas”.

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Contrato de casamento?

Em primeiro plano no espelho, no centro da imagem, vemos o casal de mãos


dadas: o homem segura formalmente a mão frouxa de sua esposa na palma da
sua mão. A formalidade entre o casal também é ilustrada pela mão levantada
do homem - o que sugere que ele está tomando um juramento ou abençoando
-, bem como o manto suspenso da mulher.

Arnolfini não pega a mão de sua esposa em sua mão direita, mas em sua
esquerda. Este detalhe pode simbolizar o que foi chamado de "casamento
canhoto" - uma união de desiguais, em que a mulher foi obrigada a perder
todos os direitos usuais de propriedade e herança. Esse tipo de casamento
ocorre quando uma mulher plebeia se casa com um nobre. Assim, é provável
que as duas testemunhas estejam presentes para validar o contrato financeiro
elaborado no momento do tal casamento.

No século 15, em Bruges, não eram necessários nem padres e nem


testemunhas para celebrar um matrimônio. Um casal poderia se casar entre
eles sem nenhuma formalidade, e, em seguida, confirmar o acordo de
comunhão, na manhã seguinte, em frente a alguma testemunha. Por essa
razão, alguns estudiosos acreditam que essa tela representa a cerimônia de
casamento de Arnolfini, ao invés de ser uma imagem comum da vida
doméstica do casal.

O candelabro, apresentando apenas uma única vela acesa, indica o Cristo


onipresente, cuja presença serve de testemunha dos votos matrimoniais,
ainda que não possamos vê-lo.

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Grávida?
Quando vemos a tela de Arnolfini pela primeira vez, temos a impressão de que
sua esposa está grávida, mas quando damos uma segunda olhada na tela,
percebemos que a aparente gravidez é apenas resultado do excesso de tecido
do seu vestido. Naquela ápoca, as vestes volumosas estavam na moda, e
aumentavam muito o corpo da mulher.

Porém, O Retrato de Arnolfini faz menção à fertilidade de muitas maneiras. A


escultura de madeira na parte de trás de uma cadeira, com vista para o leito
conjugal, debaixo do lustre, representa Santa Margarida, a santa padroeira do
parto. E para garantir um casamento bem-sucedido, a imagem de um cão foi
incluída nos pés do casal. Esta é uma referência simbólica à fidelidade.

Sabemos que Giovanni e Costanza não tiveram filhos, pois não há registro de
nascimento na família do casal. E também sabemos que Costanza morreu em
1433, um ano antes do retrato ter sido pintado. Será que esta tela é uma
homenagem à memória de Costanza? Será que ela poderia ter morrido no
parto? Muitos artistas gostavam de representar as mulheres grávidas, mesmo
se elas não estivessem, pois a fertilidade era uma qualidade essencial para a
esposa.

O leito vermelho também é um símbolo da fertilidade.

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As laranjas

As laranjas eram uma iguaria rara


importada do extremo sul. Elas eram
conhecidas por suas propriedades
culinárias, acrescentando sabor aos
molhos. As frutas e as flores eram
símbolos de amor e casamento, e os
médicos recomendavam o consumo
das laranjas a fim de evitar doenças.
Por ser um objeto raro, importado e
díficil de encontrar na região, as
laranjas também representam o
símbolo de status social do casal.

As contas e a escova
As contas de âmbar à esquerda do espelho é um Paternoster - uma forma de rosário,
originalmente produzido em Bruges. As contas simbolizam a piedade feminina e eram
um presente tradicional que os homens ofereciam às suas noivas. A escova,
pendurada à direita do espelho, representa a humildade da mãe de Cristo (a Virgem) -
o que sugere a tradição flamenga de mostrar personagens bíblicos em ambientes
modernos.

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Santa Margarida
Na cabeceira da cama vê-se talhada uma mulher com um dragão aos pés. É
provável que seja Santa Margarida, protetora dos partos, cujo atributo é o
dragão.

O culto à Santa Margarida tornou-se muito comum na Inglaterra, onde há mais de 250
igrejas dedicadas a ela. A igreja mais famosa fica em Westminster, em Londres.
Alguns a consideram a santa padroeira da gravidez. Na arte, ela é normalmente
retratada escapando de um dragão ou dominando-o.

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O casal Arnolfini

Giovanni de Arrigo Arnolfini, rico comerciante italiano (oriundo de Lucca),


fixado em Bruges desde 1421. Desempenhou cargos de importância na corte
de Filipe III, duque de Borgonha, a cujo ducado pertenciam, então, os Países
Baixos.

Jeanne ou Giovana Cenami procedia de uma abastada família italiana que


vivia em Paris; seu casamento havia sido planejado com muito cuidado.
Infelizmente,o casamento não resultou como se esperava e eles não tiveram
filhos. Giovana morreu um ano antes do quadro ser produzido, o que nos leva
a acreditar que a obra possa ser uma homenagem póstuma de Arnolfini para
sua falecida esposa.

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Exercícios

PARTE 1
Séries: 8º ano ao Ensino Médio

Mostre a tela “O Retrato de Arnolfini” aos seus alunos. Use a imagem como
recurso principal para desenvolver habilidades de pensamento crítico, leitura
visual, estímulo da criatividade e produção de texto autoral. Use o datashow
para projetar a imagem em tamanho grande, pois essa tela exige percepção
mais apurada.

Faça perguntas aos alunos que possuam respostas abertas.

Por exemplo:

 O que você vê nesta imagem?


 Quais são os detalhes que você consegue perceber nessa cena?
 Você reconhece os objetos pintados nessa tela?
 Há algum objeto que você possua em sua casa? Quais?
 O que está acontecendo nesta imagem?
 Qual é o sentimento que essa cena transmite?
 Quem são essas pessoas?
 O que elas estão fazendo?
 O que elas estão pensando?
 O que você sabe sobre elas?
 Qual é a relação entre elas?
 O que o vestuário do casal diz sobre eles?
 Por que você acha isso?

DICA IMPORTANTE
Não fale sobre os detalhes reais da imagem antes que os alunos a analisem. É
importante ocultar a interpretação da tela até que eles tirem suas próprias
conclusões. Se dermos aos alunos todos os detalhes sobre os bastidores do
quadro, eles ficarão sugestionados a ver o que estamos dizendo, e não farão
uma avaliação imparcial da obra. Primeiro devemos deixar que os alunos
explorem a imagem livremente para que relacionem a obra de arte com suas

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próprias experiências e crenças pessoais. Somente mais tarde iremos explorar
os detalhes da tela baseado no que conhecemos sobre ela.

Contando uma história:

Inicie uma atividade de ficcionalização da imagem pedindo aos alunos que


escrevam um conto sobre essa tela. Peça que deem um título ao conto e
marquem a data. Eles podem produzir o texto em terceira pessoa, contando a
história do casal. Ou podem escrever na primeira pessoa, encarnando um
personagem do quadro com quem tenham encontrado identificação.

Peça aos alunos que deem nome aos personagens, determinem qual a relação
entre eles, digam o que está ocorrendo na imagem, o que estão pensando,
descrevam os objetos, etc.

Depois que eles terminarem a redação, peça que guardem o texto e comece a
explorar os detalhes da imagem que você leu neste guia. Fale sobre o
significado de cada um dos objetos – o candelabro, o cão, as laranjas, o
espelho, a roupa do casal, etc -, depois que terminar a interpretação
completa da imagem, peça aos alunos que leiam suas redações em voz alta.
Eles ficarão surpresos com a quantidade de detalhes que não perceberam
durante a observação da tela.

PARTE 2
Atividade: O casamento

Debate oral

Explique detalhadamente as particularidades dessa imagem aos alunos. Antes


de dizer a eles o que significa o “Casamento canhoto”, faça as seguintes
perguntas aos seus alunos:

Pergunte:

 O que o casamento representa para você?


 Por que motivo as pessoas devem se casar?
 Todo casal deve ter filhos? Por quê?
 Qual é o papel da mulher no casamento?
 Qual é o papel do homem no casamento?
 O que você acha sobre homens que cuidam da casa e mulheres que
trabalham fora?
 O que você espera do casamento?

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 Você acha que o casamento é sagrado? Por quê?
 O que significa o termo “sagrado”?
 O que torna algo sagrado?
 Você sabe o que é um “casamento canhoto”?
 Você acha que duas pessoas podem se casar por interesse financeiro?
 O casamento também pode ser um negócio?
 Quais são as características de um casamento arranjado?
 Você acha que o amor pode nascer com a convivência?
 Você acredita que o amor pode surgir num casamento arranjado?
 Por quê?

Reproduzindo a imagem

Peça aos alunos que reproduzam a imagem “O casamento de Arnolfini” com


tinta, aquarela, lápis de cor, recorte, esculturas e outras ideias que você ou
eles possam ter. Eles também podem fazer uma releitura moderna da obra,
pintando na tela objetos comuns à nossa vida cotidiana. Podem também
modificar a vestimenta do casal usando trajes contemporâneos. Essa é uma
atividade livre e eles podem fazer sozinhos ou em grupo.

Você também pode pedir aos alunos que representem a tela de forma teatral.
Eles podem criar uma peça de teatro dando vida ao casal Arnolfini. Eles
podem criar diálogos entre o casal, mostrar os bastidores da tela, dar vida aos
personagens refletidos no espelho (a ama e o pintor) e inseri-los na trama.

Pesquisa
Peça aos alunos que pesquisem outras telas de Jan van Eyck e tragam para a
sala de aula. Os alunos podem tentar interpretar outras imagens do autor e
compartilhar com os colegas.

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