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Desenvolvimento Comunitário
Universidade Licungo
Beira
2020
Amália João Bila
Desenvolvimento Comunitário
Universidade Licungo
Beira
2020
Índice
Capitulo I: Introdução ................................................................................................................. 4
2.1.Conceitos Básicos
Comunidade
Na literatura do desenvolvimento comunitário o conceito de comunidade é ambíguo, muito
pela quantidade de definições utilizadas para a definir. É frequente ouvirmos ou lermos o
termo aplicado para designar pequenos agregados rurais (aldeias, freguesias) ou urbanos
(quarteirões, bairros),mas também a grupos profissionais (comunidade médica, comunidade
cientifica), a organizações (comunidade escolar), ou a sistemas mais complexos como países
(comunidade nacional), ou mesmo o mundo visto como um todo (comunidade internacional
ou mundial).
Segundo o dicionário inglês Random House (In Vidal, A., 1988), “community” é definida da
seguinte forma: “Grupo social de qualquer tamanho cujos membros residem numa localidade
específica, partilham o mesmo governo e tem uma herança e história comuns.”
Segundo Marshall Gordon (1994), o fenómeno comunitário integra um conjunto de ideias
associadas ao conceito de comunidade:
Alto grau de intimidade pessoal;
Relações sociais afectivamente alicerçadas;
Compromisso moral;
Coesão Social;
Continuidade no tempo.
Desenvolvimento Comunitário
É um movimento dirigido à promoção de melhores níveis de vida para a comunidade, com a
participação activa e, se for possível, com a iniciativa da dita comunidade; mas esta iniciativa
deve ser espontânea, promovida pelo uso de técnicas, para aumentá-la, com a finalidade de
assegurar a resposta activa e entusiasta ao movimento. Inclui todas as formas de
melhoramento. Envolve também o conceito de actividades de desenvolvimento no distrito,
levadas a cabo pelo governo ou por entidades não – oficiais.
O desenvolvimento da comunidade abarca todos os aspectos da actividade do Governo neste
campo, o melhoramento da agricultura, a eliminação da erosão social, a promoção de
cooperação e melhor sistema de mercados, desenvolvimento da florestação, educação, centros
de saúde e actividades comunais… "Na realidade não é mais que uma concepção moderna de
administração”.
Desenvolvimento comunitário em Moçambique
Descentralização de desenvolvimento comunitário em Moçambique
A descentralização pode ser entendida como um processo planificado que tem por objectivo,
produzir mudanças na geografia e na sociologia de um dado poder central, a favor de "níveis
de poder" mais baixos da administração do Estado, sem pôr em causa as forças políticas que a
constituem e que controlam a distribuição da riqueza, dos recurso e do tal poder (Weimer,
2012:2-3).
Entretanto, entende-se assim que esta perspectiva implica uma análise política e económica,
na qual se estabelecem não somente as forças e os agentes, mas também os conflitos de
interesses. Nestes termos, aprofundar as dimensões da descentralização remete-nos á uma
reflexão sobre a relação entre o objecto a descentralizar, os actores envolvidos, o espaço-
tempo e as várias agendas que entram em cena nos contextos políticos e sociais específicos.
Isto é, como anteriormente referido, o processo de descentralização não somente é
influenciado e condicionado por factores internos, mas também por toda uma conjuntura
política e ideológica vigente, que desempenha um papel fundamental na estruturação das
reformas políticas dos Estados.