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pH (5,5 – 7,0)
Urina ácida – pode refletir a excreção de ácidos metabólicos não
voláteis (piruvato, lactato, citrato); acidose sistémica
Urina alcalina – infeções do trato urinário, medicação (e.g., citrato
de potássio, bicarbonato de sódio); síndrome de Fanconi
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Análise química
Glicose e cetonas – por norma, ausentes da urina; presença
relacionada com distúrbio do equilíbrio da glicemia
Proteínas - deteção de proteinúria; positividade deve ser
confirmada por métodos mais específicos
Nitritos - resultado da conversão de nitratos em nitritos por ação
bacteriana (Gram negativos); um resultado negativo não elimina a
hipótese de bacteriúria
Esterase leucocitária – os glóbulos brancos contêm esterase;
positividade pode indicar presença destas células na urina (e.g.,
inflamação, infeção)
Bilirrubina e urobilinogénio – produtos de degradação do heme; em
condições de icterícia pré-hepática, hepática ou pós-hepática pode
haver positividade
Hemoglobina – positivo se presente eritrócitos intactos ou
hemolisados (e.g., lesão/trauma renal, infeção renal, obstrução
renal por cálculo ou neoplasia)
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Análise química
Glicose
Deteção de glicosúria
Em circunstâncias normais, praticamente toda a glicose filtrada
pelos glomérulos é reabsorvida no túbulo proximal; o nível
sanguíneo no qual a reabsorção tubular é superado é chamado
de limiar renal e, para a glicose, está entre 160 e 180mg/dL
Diagnóstico e controlo de diabetes mellitus
Determinação de distúrbio tubular proximal
Glicosúria renal, síndrome de Fanconi
Outras causas que podem associar-se com glicosúria: gravidez;
período pós-prandial, após ingestão de grandes quantidades de
açucares; administração de certos fármacos (tiazídicos,
corticosteroides); stress emocional; síndrome de Cushing; infeção
grave; hipertiroidismo; feocromocitoma; doenças hepáticas e do
6 sistema nervoso central
Análise química
Corpos cetónicos
Deteção de cetonúria
A cetonúria ocorre no jejum prolongado, em dietas para
redução de peso, em estados febris, após exercício físico
intenso, no frio intenso, diabetes mellitus e cetoacidose
diabética
Corpos cetónicos : ácido acetoacético (20%), acetona (2%)
e ácido beta hidroxibutírico (78%) (por norma, a tira
reagente é mais sensível ao ácido acetoacético que à
acetona; a escala de cores é calibrada com o ácido
acetoacético)
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Proteínas
Deteção de proteinúria
Importante para diagnóstico diferencial de etiologia da doença renal
Particularmente sensível à albumina, menos sensível às outras
proteínas
Resultado positivo implica doseamento (quantificação; exige urina de
24 horas)
Proteinúria por aumento da permeabilidade glomerular ocorre em
glomerulonefrites, nefrite lúpica, amiloidose, obstrução da veia renal,
nefroesclerose, pré-eclâmpsia e nefropatia diabética. Proteinúria
devida a desordens tubulares ocorre em caso de pielonefrite, necrose
tubular aguda, intoxicação por metais pesados e vitamina D,
hipocalemia, doença de Wilson, síndrome de Fanconi e galactosemia.
Outras condições que podem levar a proteinúria: proteinúria postural
(3 a 5% de adultos jovens saudáveis), estado febril, exercício físico
vigoroso, exposição prolongada ao frio ou calor, stress emocional e
insuficiência cardíaca congestiva
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Nitritos
resultado da conversão de nitratos em nitritos por ação
bacteriana (Gram negativos)
um resultado negativo não elimina a hipótese de
bacteriúria
Bilirrubina e urobilinogénio
são produtos de degradação da hemoglobina e outros
compostos contendo heme
pode haver positividade em condições de icterícia pré-
hepática, hepática ou pós-hepática
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Alterações nos níveis de excreção urinária em caso de:
Doença hepática- a BD não é excretada, por obstrução biliar; como
essa bilirrubina é solúvel no plasma e, portanto, filtrada pelos
glomérulos renais, à medida que sua concentração aumenta no sangue,
aumenta a excreção renal; como não chega bilirrubina ao intestino, a
produção de urobilinogénio é reduzida, chegando a ser negativa a sua
presença na urina
Doença hemolítica- há aumento acentuado na produção da BI; como a
função hepática não está comprometida, grande quantidade de BD é
produzida e lançada no intestino, com consequente conversão em
urobilinogénio; há um aumento da reabsorção de urobilinogénio a nível
intestinal, elevando o nível sanguíneo e aumentando a sua excreção a
nível renal; normalmente não ocorre excreção de bilirrubina pela urina,
uma vez que a fração que está aumentada é a indireta, não solúvel e
que circula ligada a proteínas, não sendo filtrada
Outras condições onde há aumento do urobilinogénio urinário incluem:
estados de desidratação e febre
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Sangue
Deteção de hematúria
Importa confirmar a presença de eritrócitos no sedimento urinário; na
ausência de eritrócitos, hemoglobinúria (presença de hemoglobina livre pode
ocorrer em caso de hemólise intravascular) ou mioglobinúria
Positividade - lesão/trauma renal, infeção renal, obstrução renal por cálculo,
neoplasia
Esterase leucocitária
Deteção de piúria
Um método indireto de deteção da presença de leucócitos na urina; esta
enzima está presente nos grânulos primários ou azurófilos dos neutrófilos,
monócitos, eosinófilos e basófilos; linfócitos e células epiteliais não contêm
esterase leucocitária
Implica exame de sedimento (confirmação)
Útil no diagnóstico de infeção do trato urinário, tuberculose renal, nefrite
intersticial, glomerulonefrites
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Metodologia das tiras reativas
A avaliação pode ser realizada com fitas reativas, cujo princípio se baseia
na metodologia de química seca, e a leitura do resultado pode ser direta,
efetuada visualmente pelo técnico, ou através de equipamentos
automatizados
Esta avaliação é qualitativa, eventualmente semi-quantitativa
Implica homogeneizar bem a amostra e a seguir mergulhar a tira reagente
na amostra e retirar o excesso de urina da mesma
As tiras são formadas por suporte plástico contendo pequenos pedaços de
papel absorvente impregnados com substâncias químicas específicas; na
presença do analito ocorre uma reação química que leva a uma mudança
na coloração
A leitura visual é realizada comparando as cores obtidas com a escala-
padrão, respeitando o tempo de cada reação; já nas leituras semi-
automatizadas ou automatizadas são fotómetros de refletância que medem
a luz refletida a partir da área reagente
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Exame microscópico de sedimento
Procedimento:
aproximadamente 10 mL de urina;
centrifugar a 1500-2000 rpm, cerca de 5 minutos;
decantar 9 mL, homogenizar o sedimento;
colocar uma gota entre lâmina e lamela e observar ao microscópio óptico
Inicialmente o exame do sedimento deverá ser efetuado com a
objetiva de 10x, com iluminação não muito intensa (pode prejudicar a
visualização de elementos refringentes, como os cilindros hialinos)
Percorrer toda a lâmina para uma avaliação da distribuição dos
diferentes elementos; procurar nos bordos da lamela os cilindros
(pela maior densidade tendem a depositar-se na extremidade)
Com a objetiva de 40x, percorrer toda a lâmina novamente, contando
os elementos encontrados por campo microscópico (pelo menos 10
campos), estabelecendo-se a média
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Células
Leucócitos – aumento e.g., glomerulonefrite, infeção de trato urinário ou qualquer
outro tipo de inflamação
Células epiteliais – vários tipos (e.g., células do epitélio escamoso ou células
pavimentosas, células de transição, células do túbulo renal)
Eritrócitos – hematúria (e.g., contaminação menstrual, exercício severo, trauma,
lesão vascular, cálculo renal, pielonefrite ou cistite; em conjunto com leucócitos
indício de infeção)
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Celulares
Eritrocitários – considerados patológicos (e.g., enfarte renal, endocardite
bacteriana, glomerulonefrite aguda)
Leucocitários - considerados patológicos (e.g., pielonefrite, síndrome
nefrótico, glomerulonefrite aguda)
Celulares (células epiteliais)
Gordos
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Células do túbulo renal
Células de transição
Eritrócitos
Células
pavimentosas ou
escamosas
Leucócitos
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Cristais de ácido úrico Cristais de urato amorfo
Cristais de oxalato de cálcio
Cristais de
Cristais de carbonato de cálcio Cristal de fosfato triplo fosfato de cálcio
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Cristais de cistina Cristal de tirosina
Cilindro hialino Cilindro granuloso
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Espermatozoide e eritrócitos
Leveduras
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