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Prof. Dr.

Francisco José de Almeida

8. CABOS DE AÇO

8.1. Introdução

Cabos de aço são feitos de arames esticados a frio e enrolados entre si formando pernas. Essas
pernas são enroladas em volta de um núcleo, formando o cabo de aço.
Os cabos de aço sempre trabalham tracionados sob tensão e têm a função de sustentar ou elevar
cargas. Os cabos de aço que trabalham como sustentação são submetidos a uma solicitação
estática, devendo ser dimensionados como elementos estruturais. Já os cabos de aço que se
movimentam durante o ciclo de trabalho, sofrem desgaste por atrito e devem ser dimensionados
como elementos de máquinas submetidos à fadiga. Estes têm sua aplicação em pontes rolantes,
elevadores, escavadeiras e guindastes, entre outros equipamentos.

8.2. Construção e tipos de cabos de aço

8.2.1. Número de pernas


Os cabos de aço são identificados em relação ao número de pernas e o número de fios de cada
perna que possuem. Por exemplo, o cabo 6 x 19 compõe-se de 6 pernas de 19 fios cada.

8.2.2. Alma dos cabos


A alma do cabo pode ser de fibra (sisal, rami) ou alma de fibra artificial (polipropileno), ou alma
de aço, formada por um cabo independente, ou ainda alma de aço formada de uma perna.
Cabos de Aço Prof. Dr. Francisco José de Almeida 2

Cabo com alma de aço formada por Cabo com alma de aço formada por
Cabos com alma de fibra
cabo independente uma perna

(a) Almas de fibra: As almas de fibra em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço. As
almas de fibras naturais são normalmente de sisal ou rami, e as almas de fibras artificiais
são geralmente de polipropileno. Estas últimas apresentam as mesmas vantagens das
almas de fibras naturais e mais as seguintes: não se deterioram em contato com a água ou
substâncias agressivas e não absorvem umidade, o que representa uma garantia contra o
perigo de corrosão interna de um cabo de aço. Em virtude do preço do polipropileno ser
mais elevado que o preço das fibras naturais, as almas de fibras artificiais são utilizadas,
por enquanto, apenas em cabos de usos especiais.
(b) Almas de aço: As almas de aço garantem maior resistência aos amassamentos e
aumentam a resistência à tração. A alma de aço pode ser formada por uma perna do cabo
(AA) ou por um cabo de aço independente (AACI), sendo esta última modalidade
preferida quando se exige do cabo maior flexibilidade, combinada com alta resistência à
tração. Um cabo de 6 pernas e com alma de aço apresenta um aumento de 7,5% na
resistência à tração e aproximadamente 10% no peso em relação a um cabo com alma de
fibra do mesmo diâmetro e construção.

8.2.3. Pré-formação
Os cabos podem ser fornecidos tanto pré-formados como não pré-formados, Na maioria das
utilizações, o cabo pré-formado é considerado muito superior ao não pré-formado. A diferença
entre um cabo pré-formado e um não pré-formado consiste que na fabricação do primeiro é
aplicado um processo adicional, que faz com que as pernas e os arames fiquem curvados na
forma helicoidal, permanecendo colocados dentro do cabo na sua posição natural, com um
mínimo de tensões internas.
As principais vantagens do cabo pré-formado podem ser enumeradas da seguinte maneira:
(a) No cabo não pré-formado, os arames e as pernas têm a tendência de endireitar-se, e a
força necessária para mantê-los em posição provoca tensões internas, às quais se
adicionam as tensões provocadas em serviço quando o cabo é curvado em uma polia ou
em um tambor.
(b) As tensões internas provocam pressões entre os arames e entre as pernas que se
movimentam reciprocamente no momento em que o cabo é curvado, causando a fricção
interna. No cabo pré-formado, as tensões internas são mínimas, e, por conseguinte, a
fricção interna e o conseqüente desgaste interno do cabo é mínimo.
(c) Os cabos de aço pré-formados, por terem tensões internas mínimas, possuem também
maior resistência à fadiga do que os cabos não pré-formados.
(d) O manuseio é muito facilitado pela ausência de tensões e fricções internas.
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(e) O equilíbrio do cabo é garantido, tendo cada perna tensão igual à outra, dividindo-se a
carga em portes iguais entre as pernas.
(f) O manuseio é mais seguro, sendo o cabo isento de tensões, não tendo, pois, a tendência
de escapar da mão. Em segundo lugar, se um arame quebra pelo desgaste, ele ficará
deitado na sua posição normal, não se dobrando para fora, o que tornaria perigoso o seu
manuseio.
(g) Não há necessidade de amarrar as pontas do cabo. Como todos os arames e as pernas têm
a forma helicoidal, que corresponde à sua posição natural dentro do cabo, este pode ser
cortado sem que as pontas se abram ou os arames mudem de posição.

8.2.4. Estrutura
As pernas dos cabos podem ser feitas em uma, duas ou mais operações, conforme sua
construção. Nos primórdios da fabricação de cabos de aço, as construções usuais das pernas
eram as que envolviam várias operações, com arames do mesmo diâmetro, tais como 1 + 6/12
(duas operações) ou 1 + 6/12/18 (três operações). Assim, eram torcidos primeiramente seis
arames em volta de um arame central e, posteriormente, em nova passagem, o núcleo 1 + 6
arames era coberto com 12 arames. Neste tipo de construção, cada nova camada tem
necessariamente um passo (vide figura) diferente da camada anterior, o que ocasiona um
cruzamento com os arames internos.

Passo de uma perna ou


de uma camada:
distância em que um
arame dá uma volta
completa em torno do
seu núcleo

Com o aperfeiçoamento das técnicas de fabricação, foram desenvolvidas máquinas, que


permitem construções de cabos cuja confecção das pernas é realizada em uma única operação,
tendo então todas as camadas o mesmo passo.
Assim, surgiram as construções “Seale”, “Filler” e “Warrington”, compostas de arames de
diferentes diâmetros. Estas construções conservam as vantagens das anteriores e eliminam sua
principal desvantagem, ou seja, o desgaste interno ocasionado pelo atrito no cruzamento dos
arames.
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Ensaios realizados em máquinas de testes de fadiga têm demonstrado que os cabos de
construções de uma só operação (camadas de arames do mesmo passo) têm uma duração bem
maior do que as construções de diversas operações (camadas de arames de passos diferentes).

8.2.5. Enrolamento das pernas e dos cabos


Pode-se ter os seguintes tipos de torção dos cabos de aço:
(a) Torção regular - também chamada “em cruz” (Regular Lay), podendo ser à direita ou à
esquerda. Neste caso, a torção de cada uma das pernas é sempre no sentido oposto àquela
do cabo.
(b) Torção Lang - também chamada “em paralelo” (Lang Lay), podendo ser igualmente à
direita ou à esquerda. A torção das pernas é sempre no mesmo sentido da torção do cabo.
Quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita, diz-se que o cabo é de “Torção à
direita”. Quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda, diz-se que o cabo é de “Torção
à esquerda”.

(a) (b)

(c) (d)
Enrolamento do Cabo de Aço. (a) enrolamento oposto (cruzado) à direita; (b) enrolamento único à direita; (c)
enrolamento oposto à esquerda, e (d) enrolamento único à esquerda.

No cabo de torção regular, os fios de cada perna são torcidos em sentido oposto à torção das
próprias pernas (em cruz). No cabo de torção Lang, os fios de cada perna são torcidos no mesmo
sentido que o das próprias pernas (em paralelo). A torção Lang aumenta a resistência à abrasão
do cabo, bem como sua flexibilidade. Por outro lado, a torção regular confere maior estabilidade
ao cabo.
Há ainda os cabos de aço anti-giratórios, onde cada camada de pernas tem um sentido de
enrolamento inverso ao da camada imediatamente inferior.

8.2.6. Construções mais comuns


As construções mais comuns de cabos de aço são as Seale, Warrington, Fuller e Warrington-
Seale. Cada uma destas construções apresenta vantagens e desvantagens entre si. Todas elas
apresentam fios de arame de vários diâmetros nas várias camadas de cada perna.
O uso de fios de arame de diâmetros diferentes otimiza o uso da área transversal do cabo de aço,
aumentando a área transversal efetiva, ou útil, do cabo de aço.
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Construções de Cabos de Aço de AF, Construções de Cabos de Aço de AA,


classificação 6x37 classificação 6x19

8.3. Lubrificação dos cabos

Lubrificação por gotejamento Lubrificação por banho de óleo

Lubrificação por caixa de lubrificação


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Para uma melhor conservação dos cabos galvanizados, indicamos um lubrificante especial, anti-
corrosivo, aplicado a quente, similar ao usado durante sua fabricação.
Se o cabo é usado periodicamente, ficando durante muito tempo sem trabalhar, é recomendável
uma lubrificação pesada ao começar o período de seu desemprego temporário. Se este período
for prolongado durante meses, antes de reiniciar o serviço deve-se limpar o cabo e remover o
lubrificante protetor, para em seguida aplicar-se um lubrificante novo.
Os cabos são lubrificados interna e externamente durante o processo de fabricação com um
lubrificante composto especialmente para cabos. Para uma boa conservação do cabo, recomenda-
se renovar a lubrificação periodicamente.
A lubrificação dos cabos é muito importante, tanto como proteção contra corrosão como também
em vista da duração do cabo, sendo que o mesmo, como qualquer máquina, resistirá melhor ao
desgaste interno e externo se for devidamente lubrificado.

8.4. Inspeção e substituição dos cabos de aço em uso

Os cabos de aço quando em serviço devem ser inspecionados periodicamente, a fim de que a
necessidade de sua substituição seja determinada sem que o seu estado chegue a apresentar o
perigo de uma ruptura. Em geral, uma inspeção correta compreende as seguintes observações:

8.4.1. Número de arames rompidos


Deve-se anotar o número de arames rompidos em um passo ou em cinco passos do cabo.
Observar se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou
duas pernas apenas. Neste segundo caso, há o perigo dessas pernas se romperem antes do cabo. É
importante também observar a localização das rupturas, se são externas, internas ou em contato
entre as pernas.

8.4.2. Arames gastos por abrasão


Mesmo que os arames não cheguem a se romper, eles podem atingir um ponto de desgaste tal
que diminua consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando o seu uso
perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão não constitui um motivo de
substituição se os mesmos não apresentarem arames partidos. Quando se observa uma forte
redução da seção dos fios externos e, conseqüentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar
periodicamente o coeficiente de segurança para que este não atinja um mínimo perigoso.

8.4.3. Corrosão
Durante a inspeção, deve-se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não está sofrendo
corrosão. É conveniente também uma verificação no diâmetro do cabo em toda sua extensão,
para investigar qualquer diminuição brusca do mesmo. Essa redução pode ser devida à
decomposição da alma de fibra, pela mesma ter secado e deteriorado, mostrando que não há mais
lubrificação interna no cabo e que, conseqüentemente, poderá existir também uma corrosão
interna no mesmo. A corrosão interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que
se manifeste exteriormente.
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8.4.4. Desequilíbrio dos cabos de aço
Em cabos com uma só camada de pernas e alma de fibra pode haver uma avaria típica que vem a
ser uma ondulação do cabo provocado pelo afundamento de uma ou duas pernas do mesmo, e
que pode ser causado por três motivos:
(a) Fixação deficiente, que permite um deslizamento de algumas pernas, ficando as restantes
super-tensionadas;
(b) Alma de fibra de diâmetro reduzido,
(c) Alma de fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo.
No primeiro caso há o perigo das pernas super-tensionadas se romperem. Nos outros 2 casos não
há um perigo iminente, porém haverá um desgaste não uniforme no cabo, e portanto um baixo
rendimento.
Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos, e cabos com alma de aço,
há o perigo da formação de "gaiolas de passarinho" e "hérnias", defeitos estes que podem ser
provocados pelos seguintes motivos:
(a) Fixações deficientes dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas ou camadas de
pernas, permitindo que uma parte do cabo fique super-tensionada e outra frouxa.
(b) Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou distorções do mesmo.
Estes defeitos são graves, obrigando a substituição imediata dos cabos de aço.

8.4.5. Maus tratos e nós


Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para a verificação da existência ou não de nós
ou qualquer anormalidade do mesmo que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do
cabo, principalmente junto às fixações.
Mesmo que um cabo trabalhe em ótimas condições, chega um momento em que, após atingir sua
vida útil normal, necessita ser substituído em virtude de seu desgaste, de arames rompidos, etc.
Em qualquer instalação, o problema consiste em se determinar qual o rendimento máximo que se
pode obter de um cabo antes de substituí-lo, sem colocar em perigo a segurança do equipamento.

Quebra por fadiga - cargas elevadas Cabo de aço com amassamento - Enrolamento desordenado em tambor
em polias de pequenas dimensões enrolamento desordenado no tambor. de pequeno, cargas elevadas.

Ruptura de cabo que soltou da polia e ficou dobrado e Gaiola de passarinho causada pelo alívio repentino de
preso no eixo da mesma. tensão proveniente de uma sobrecarga.

Existem instalações em que o rompimento de um cabo põe em risco vidas humanas, como o caso
de elevadores e teleféricos de passageiros. Nestes casos, existem normas especiais que definem a
forma de inspecionar e substituir os cabos de aço. Nos demais casos, salvo algumas exceções,
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pode-se determinar a substituição dos cabos em serviço pelo número de arames rompidos
visíveis.

8.5. Uniões e fixações do cabo de aço

As pontas de um cabo de aço devem ser fixadas firmemente para garantir a segurança do
funcionamento do mesmo. A força que uma fixação de cabo deve suportar é igual a 2,5 vezes a
força de tração no cabo de aço.
Os tipos de fixação possíveis são:
(a) amarração por grampos ou clips;

(b) fixação por fios trançados: exigida muita mão de obra e habilidade do operador;

(c) fixação por chumbamento: que pode ser realizada com liga de chumbo ou de antimônio,
ou ainda de zinco,
(d) fixação por meio de cunha: permite fácil desmontagem, porém exige que o cabo esteja
constantemente sendo tracionado.

fixação por chumbamento fixação por cunha


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8.6. Resistência dos cabos de aço

A carga de ruptura teórica do cabo representa a resistência dos fios expressa em kgf/mm2,
multiplicada pelo total da área da seção de todos os fios. A carga de ruptura efetiva do cabo
representada a carga teórica do mesmo em uma determinada porcentagem, em virtude do
acabamento dos arames. Esta porcentagem varia conforme as diversas construções de cabos de
aço. A carga de ruptura prática ou real é constatada em laboratório no ensaio de ruptura do cabo
de aço.
Finalmente, a carga de ruptura efetiva é inferior à carga teórica, segundo as porcentagens do
tabela abaixo.

Carga de ruptura efetiva em % do cargo de ruptura


Construção do cabo
teórica [kgf/mm2]
96 Cordoalha de 3 e 7 fios
94 Cordoalha de 19 fios
90 6 x 12
87,5 6 x 24
86 6x7
82,5 6 x 25, 6 x 19, 8 x 19
80 6 x 41, 6 x 37
72 6 x 42, 18 x 7

8.6.1. Cargas de trabalho e fatores de segurança


A carga de trabalho de um cabo de uso geral, especialmente quando ele é movimentado, não
deve, via de regra, exceder a 1/5 da carga de ruptura mínima efetiva do mesmo, definindo um
fator de segurança igual a 5. O fator ou índice de segurança é a relação entre a carga de ruptura
mínima efetiva do cabo e a carga aplicada. Um índice de segurança adequado garante:
(a) segurança da operação, evitando rupturas, e
(b) duração do cabo e, conseqüentemente, economia.

Damos a seguir os fatores de segurança mínimos para diversas aplicações.

Aplicações Fator de segurança


Cabos e cordoalhas estáticas 3a4
Cabo para tração no sentido horizontal 4a5
Guinchos 5
Pás, guindastes, escavadeiras 5
Pontes rolantes 6a8
Talhas elétricas e outras 7
Derricks 6a8
Laços (slings) 5a8
Elevadores de baixa velocidade (carga) 8 a 10
Elevadores de alta velocidade (passageiros) 10 a 12
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8.7. Tensão de tração no cabo

O cálculo teórico do diâmetro necessário do cabo de aço, em função da carga a ele aplicada é
complexo, por envolver muitos parâmetros não totalmente controlados, tais como freqüência de
dobramentos, raio de dobramento, concentração de tensões nas superfícies de contato entre fios e
entre pernas, desgaste dos fios de arame, etc. Assim, na pra´tica, lança-se mão de normas para
este cálculo.
Segundo a norma DIN 15020, a tensão de tração do cabo é determinada pela máxima tração do
cabo, F (kgf) e pelo diâmetro mínimo admissível do cabo, dmin (mm), sendo que este diâmetro é
calculado segundo a equação abaixo.
d min = k . Fc

onde
Fc = força de tração no cabo
k = fator determinado de acordo com o grupo de trabalho do cabo, dado na tabela abaixo.

Grupo de transmissão do Número de ciclos por Valores mínimo de k


cabo hora ( mm k )
0 Até 6 0,28
1 Mais de 6 até 18 0,30
2 Mais de 18 até 30 0,32
3 Mais de 30 até 60 0,35
4 Mais de 60 0,38

Após a determinação do diâmetro mínimo para o cabo de aço, deve-se optar por um cabo de aço
comercial, escolhido através de catálogos de fabricantes.
Deve-se também calcular o fator de segurança efetivo para o cabo de aço escolhido,
comparando-o com os fornecidos na tabela acima.
Frup
S= ≤ S min
Fc

onde
Frup = força de ruptura para o cabo de aço (obtido do catálogo)

8.8. Deformação longitudinal dos cabos de ACC

Existem dois tipos de deformação longitudinal nos cabos de aço, a estrutural e a elástica.
(a) Deformação estrutural. A deformação estrutural é permanente e começa logo que é
aplicada uma carga ao cabo. É motivada pelo ajustamento dos arames nas pernas do cabo
e pelo acomodamento das pernas em relação à alma do mesmo. A maior parte da
deformação estrutural ocorre nos primeiros dias ou semanas de serviço do cabo de aço,
dependendo da carga aplicada. Nos cabos comuns, o seu valor pode ser aproximadamente
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0,50% a 0,75% do comprimento do cabo de aço sob carga. A deformação estrutural pode
ser quase totalmente removida por um pré-esticamento do cabo de aço. A operação de
pré-esticamento é feita por um processo especial e com uma carga que deve ser maior do
que a carga de trabalho do cabo e inferior à carga correspondente ao limite elástico do
mesmo.
(b) Deformação elástica. A deformação elástica é diretamente proporcional à carga aplicada
e ao comprimento do cabo de aço, e inversamente proporcional ao seu módulo de
elasticidade e área metálica.
P.L
∆L =
E. Amet

onde: ∆L = deformação elástica; P = carga aplicada;


L = comprimento do cabo; E = módulo de elasticidade,
Amet = área metálica.

8.8.1. Área metálica de cabos de aço


A área metálica de um cabo de aço é constituída pela soma das áreas das seções transversais dos
arames individuais que o compõem, exceto dos arames de enchimento. A área metálica varia em
função da construção do cabo de aço. De uma maneira bastante aproximada, pode-se calcular a
área metálica de um cabo de aço aplicando-se a fórmula abaixo:
Amet = F d2

onde Amet = área metálica em mm2;


F = fator de multiplicação que varia em função da construção do cabo de aço,
d = diâmetro nominal do cabo de aço ou da cordoalha em milímetros.

Construção do cabo de aço Fator F


6x7 0,380
6 x 19 (duas operações) 0,395 Módulos de elasticidade
6 x 19 Warrington 0,395
6 x 19 Seale 0,395 CABOS DE AÇO COM ALMA DE FIBRA
6 x 21 Filler 0,395 Classificação E [kgf/mm2]
6 x 25 Filler 0,405 6x7 9 000 a 10 000
6 x 31 Warrington-Seale 0,405 6 x 19 8 500 a 9 500
6 x 36 Warrington-Seale 0,405 6 x 37 7 500 a 8 500
6 x 37 Warrington 0,400 8 x 19 6 500 a 7 500
6 x 41 Filler 0,405 CABOS DE AÇO COM ALMA DE AÇO
6 x 41 Warrington-Seale 0,405 Classificação E [kgf/mm2]
8 x 19 Warrington 0,352 6x7 10 500 a 11 500
8 x 19 Seale 0,352 6 x 19 10 000 a 11 000
18 x 7 não rotativo 0,426 6 x 37 9 500 a 10 500
1 x 7 cordoalha 0,596 CORDOALHAS GALVANIZADAS
1 x 19 cordoalha 0,580 Classificação E [kgf/mm2]
Observação: 7 fios 14 500 a 15 500
para cabos de 6 pernas com AACI adicionar 19 fios 13 000 a 14 000
15% à área metálica; com AA adicionar 37 fios 12 000 a 13 000
20% e para cabos de 8 pernas com AACI
adicionar 20% à sua área metálica.

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