Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
(Organizadores)
Caderno do CP ARQH
EDUFRO
Porto Velho
2013
Ficha catalográfica – Biblioteca Central da UNIR
G3932
Caderno do CPARQH – Centro de Estudos e Pesquisas
Arqueológicas da Fundação Universidade Federal de
Rondônia / Dante Ribeiro Fonseca, Carlos Augusto Zimpel
Neto(organizadores). Porto Velho-RO: EDUFRO, 2013.
159 p. :il.
ISBN 978-85-7764-062-1
CDU: 902(811)
Ivanda Soares
da Silva
Pró-Reitor de
Administração
5
Scientia Consultoria Científica.
6
Neste sentido aproveito para agradecer o convite do amigo e colega de
profissão Carlos Augusto Zimpel, e aos colegas inumeráveis com os quais
pude discutir o tema do gesto. Em especial meu primeiro tutor e grande
incentivador desta ferramenta analítica, Andre Prous. Mas claro, a
responsabilidade das linhas que seguem é toda minha.
89
Figura 1: Mapa de localização da área estudada.
92
dificuldade, que uma vez superados permitem que o artífice se
aperfeiçoe (Sennet, 2009:296).
93
A produção oleira: uma técnica exigente.
96
Área total: nestes mesmos moldes grosseiros matemáticos,
é possível calcular a área potencial do pote, utilizando a mesma
forma acima. No entanto “A” será considerada a área total do pote.
Este valor pode ser adquirido multiplicando 𝜋 pelo diâmetro máximo
do pote e pela altura.
97
Instrumento potencial: anotamos sugestões advindas da
experimentação, neste item notamos a parte ativa do objeto no pote.
98
contínuo, mas a ordenação de traços curtos forma o desenho que se
deseja.
99
Figura 2: Sítio Arqueológico Barcarena 2, nº. 205: foto e desenho
esquemático de fragmento de borda com decoração plástica. Notar a
maneira de inserir o desenho através de pequenos movimentos.
101
Figura 3: Sítio Arqueológico Barcarena 1, nº. 2252: foto e desenho
esquemático de fragmento de base de prato ou banco com decoração
plástica. Notar a maneira de inserir o desenho através de pequenos
movimentos.
102
Figura 4: Sítio Arqueológico Barcarena 2, nº. 71 e 72: foto e desenho
esquemático de fragmento de borda com decoração plástica. Notar a
maneira de inserir o desenho através de movimentos contínuos, há desvio e
mudança de ângulo.
103
Através da análise gestual é possível ponderar sobre o grau
de instrução entre os ceramistas, identificando objetos feitos por
aprendizes, experimentadores ou grandes mestres. Ao iniciar o
processo de aprendizagem, conforme salientamos acima é
necessário articular e experimentar a aplicação da força e a
articulação entre os dedos, o punho e o antebraço. Indicados os
movimentos monótonos, que auxiliam na experimentação dos
volumes da peça.
104
Figura 5: Sítio Arqueológico Barcarena 8, nº. 311. Notar decoração incisa.
105
Figura 6: Sítio Arqueológico Barcarena 8, nº. 636. Notar incisões paralelas à
borda, realizadas de forma contínua com diferenças de espaçamento entre
elas.
106
Figura 8: Sítio Arqueológico Barcarena 8, nº. 5, sepultamento 5. Notar
incisões oblíquas formando triângulos irregulares.
107
Figura 10: Sítio Arqueológico Barcarena 8, nº. 4, sepultamento 14. Notar
incisões oblíquas formando triângulos inseridos em relevo curvo,
aumentando o grau de dificuldade.
108
Figura 11: Sítio Arqueológico Barcarena 7, nº77. Apêndice antropomorfo
aplicado na borda de vasilha globular com borda levemente inclinada
internamente. A forma e a decoração aumentam o grau de dificuldade.
109
vida e gênero (Hendon, 2007; Gilchrist, 2007). Segundo, torna-se
um elemento viável para perceber processos de ensino-
aprendizagem através da percepção da coordenação motora
(Mithen, 2002). Terceiro, permite avaliar contextos ambíguos, e
neste sentido auxilia no entendimento de macro escala (Mithen,
2005).
Referências
110
HODDER, Ian. Creative thought a long-term perspective. In: MITHEN,
Steven. Creativity in the evolution and the prehistory. London and New
York: Routledge, 2005.
HOWARD, C. A domesticação das mercadorias: estratégias Waiwai. In:
ALBERT & RAMOS (Org). Pacificando os brancos: cosmologias do
contato no Norte-Amazônio. São Paulo: Unesp, 2000.
INGOLD, T. Humanidade e animalidade. In: Revista Brasileira de Ciências
Sociais, nº 28, pp. 39-53, 1995.
111
PANACHUK, L e CARVALHO, V. Variablidade dentro do padrão: análise
gestual de fragmentos com decoração plástica (Sítio Rio Preto Oeste 1 -
São Mateus/ES). XIII Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira. 03 a
08 de setembro. Campo Grande/Mato Grosso do Sul, 2005.
PANACHUK, L. 2004. Fragmentos da Tradição Tupiguarani em Minas
Gerais. Monografia do curso de Ciências Sociais. Belo Horizonte.
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal de Minas
Gerais. 160p, 2004.
PANACHUK, L. A ciência dos gestos na produção oleira através de
fragmentos (Tradição Taquara/Itararé, Sítio Jataizinho-1, Norte do Paraná).
V Encontro da Sociedade de Arqueologia Brasileira/Regional Sul. Período:
20 a 23 de novembro. Rio Grande/RS. Resumo expandido em mídia digital,
2006.
PANACHUK, L. e CARVALHO, A. Notas preliminares sobre gestos em
vasilhas pintadas da tradição Tupiguarani. Painel apresentado na XII
Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira. São Paulo. 21 a 25 de
setembro, 2003.
PANACHUK, L. O produzir cerâmico Tupiguarani e Jê: as técnicas, os
gestos e as escolhas sociais pretéritas. XIV Reunião da Sociedade de
Arqueologia Brasileira. Florianópolis, Santa Catarina. Texto em mídia digital,
2007.
PANACHUK, L. Os gestos na produção de particularidades no universo
cerâmico Tupiguarani (Sítio Ibiporã-1, Norte do Paraná). V Encontro da
Sociedade de Arqueologia Brasileira/Regional Sul. Período: 20 a 23 de
novembro. Rio Grande/RS. Resumo expandido em CD, 2006.
PANACHUK, L. Tupinambá e Guarani: reflexões sobre a produção
técnica-gestual da decoração pictórica na olaria e algumas palavras.
XIV Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Florianópolis, Santa
Catarina. Texto em mídia digital, 2007.
PFAFFENBERGER, B. Social Anthropology of technology. Annual Rev.
Anthropology, 21, pp. 491-516, 1992.
RIBEIRO, B. Dicionário do Artesanato Indígena. São Paulo: Itatiaia, 1987.
ROE, P. Myth and structure. In: CARR, C. & NEEITZEL, J. Style, society
and person. Archaeological and ethnological perspectives. New York:
Plenum, 1995.
SENNET, R. O artífice. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2009.
112
SWELLY, Tracy L. Gender, space, people and Power at Céren, El Salvador.
In: SWELLY, Tracy L. Manifesting power: gender and the interpretation of
power in archaeology. New York: Routledge, 1999.
VAN VELTHEN, L. A pele de Tuluperâ. Uma etnografia dos trnaçados
Wayana. Belém do Pará: Funtec, 1998.
113