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Comissão Nacional de Avaliação

EXAME NACIONAL DE AVALIAÇÃO E 
AGREGAÇÃO 
 
(RNE) 
 
 
Deontologia Profissional 
(6 Valores) 
 
GRELHA DE CORREÇÃO  
 
18 de Dezembro de 2015 
QUESTÃO 1 – (2Valores) 
 
Exma(o) Colega, 
 
Adquirindo brevemente a plena capacidade estatutária para o exercício da Advocacia, muitas serão as ocasiões em que terá 
de refletir sobre a melhor atitude a tomar face às exigências do nosso estatuto profissional e deontológico. Assim, pondere 
as seguintes situações hipotéticas e defina, em relação a cada uma delas, qual a melhor opção com recurso às normas legais 
e regulamentares aplicáveis, que deverá identificar e citar: 
1‐ Um Colega, António Anis, propõe‐lhe aceitação de mandato de uma pessoa, Bernardo, envolvida num caso pendente em 
que ele patrocina uma contraparte, Carolina, entendendo existir um conflito de interesses entre Bernardo e Carolina.  
Na abordagem nesse sentido, o Colega António Anis diz‐lhe que apenas teria de aceitar procuração com plenos poderes 
de Bernardo, que não tinha sequer de conhecer, e que o seu papel se resumiria a receber notificações, a comparecer nas 
diligências  e  assinar  as  peças  escritas,  assumindo  ele  a  elaboração  dessas  peças  processuais  e  a  orientação  direta  e 
pessoal  do  patrocínio.  Em  contrapartida,  receberia  do  Colega  António  Anis  uma  percentagem  de  30%  do  valor  dos 
honorários que este viesse a cobrar a Bernardo. 

 
‐ Como consideraria esta proposta? (2 Valores) 
 
 
GRELHA 
(Critério Orientador de Correção) 
 
 
‐ Temas Principais: Relações com os Clientes; Valor da Confiança; Aceitação do Patrocínio e Liberdade 
de Escolha no Mandato Forense; Dever de Integridade; Deveres Para Com a Comunidade; Repartição de 
Honorários; Responsabilidade Disciplinar.  
 
Conceitos e normas aplicáveis: 
‐ Artigo 97º n.º 1 do EOA (relação entre Advogados e Clientes funda‐se no valor da confiança)  
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigo  98º  n.º  1  do  EOA  (Proibição  de  aceitação  do  patrocínio  quando  o  Advogado  não  tenha  sido 
livremente mandatado pelo seu Cliente) 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigo  67º  n.º  2  do  EOA  (O  mandato  forense  de  Advogado  deve  ser  conferido  mediante  escolha 
pessoal e livre pelo mandante)  
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigo  100º  do  EOA  (O  Advogado  dever  manter  uma  relação  pessoal  com  o  Cliente,  tendo  em  vista 
poder  garantir  os  deveres  deontológicos  para  com  ele,  designadamente  o  dever  de  informação, 
acompanhamento  e  tratamento  do  caso  com  zelo  e  diligência,  aconselhamento  e  harmonização  do 
conflito) 
Cotação: 0,20 valores 
 
‐ Artigo 88º do EOA (A aceitação da proposta seria indigna e corresponderia a uma violação de dever de 
integridade  por  visar  e  permitir  uma  atuação  oposta  aos  compromissos  dos  Advogados  para  com  o 
Direito e a Justiça)  
Cotação: 0,30 valores 
2
 
‐ Artigo 90º n.ºs 1 e 2 a) do EOA (E, consequentemente, uma violação direta dos deveres para com a 
Comunidade) 
Cotação: 0,20 valores 
 
‐  Artigo  107º  do  EOA  (A  repartição  de  honorários  estava  vedada  nos  termos  propostos,  por  falta  de 
participação e colaboração efetiva no patrocínio) 
Cotação; 0,20 valores 
 
‐ Artigo 115º do EOA (Verificação de responsabilidade disciplinar de ambos Advogados) 
Cotação: 0,20 valores 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 ‐ (2 Valores) 
 
2 A(O) Colega aceita patrocinar Anastácio num caso de cobrança de dívida exigida por Bento, tendo aquele recebido carta 
emitida e subscrita pelo Advogado Cândido Cotas, interpelando‐o ao pagamento da quantia de € 1.000,00.  
Após  conferência  com  Anastácio,  a(o)  Colega  responde  a  essa  carta  em  sua  representação,  comunicando  que  considera 
discutível  a  existência  do  crédito  reclamado,  mas  que  Anastácio  estaria  disposto  a  pagar  a  quantia  de  €  500,00  em  5 
prestações mensais. 
Sem outros desenvolvimentos, Anastácio foi citado para a ação proposta por Bento, mas agora patrocinado pela Advogada 
Daniela Damasco, colega de escritório e associada de Cândido Cotas, peticionando o pagamento da quantia de € 500,00 e 
alegando  confissão  de  dívida  por  Anastácio  e  pretendendo  provar  essa  confissão  com  base  na  carta  supra  referida,  que 
juntou à petição.  
 
‐ Sendo incumbido de contestar, como atuaria? (2 Valores) 
 
GRELHA 
(Critério Orientador de Correção) 
 
 
Temas Principais: Segredo Profissional 
 
Conceitos e normas aplicáveis: 
‐ Artigo 92º n.º 1 e alíneas e) e f) do EOA (Gênese da obrigação de segredo profissional) 
Cotação: 0,50 valores 
 
‐  Artigo  113º  nº2  do  EOA  (A  carta  trocada  entre  os  Advogados  sempre  teria  a  proteção  do  segredo 
profissional, independentemente de ter sido ou não qualificada como confidencial).  
Cotação: 0,20 valores 
 
‐  Artigo  76º  n.º  1  do  EOA  (Sendo  até  especialmente  protegida  por  respeitar  a  correspondência 
profissional, não podendo ser apreendida nas buscas domiciliárias a Advogados) 
Cotação: 0,20 valores 
 
3
‐Artigo  92º  n.º  1  c)  do  EOA  ‐Embora  a  carta  tivesse  sido  enviada  a  Carlos  Cotas,  também  Daniela 
Damasco estava obrigada a respeitar o sigilo profissional por serem colegas associados. 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigo  92º  n.º  4  do  EOA  (A  carta  só  poderia  ser  junta  ao  processo  se,  previamente,  a  sua  revelação 
tivesse sido autorizada mediante o mecanismo processual previsto nesta norma e pelo Regulamento de 
Dispensa de Segredo Profissional). 
Cotação: 0,20 valores 
 
‐ Artigo 92º n.º 5 do EOA ‐ Caso assim não tivesse sucedido ‐ o enunciado é omisso ‐, a prova que se 
pretendia  realizar  era  nula,  pelo  que  deveria  ser  invocada  tal  nulidade  e  o  seu  desentranhamento  e 
devolução. 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐ Artigo 115º do EOA (Responsabilidade Disciplinar) 
‐ Artigo 195º do C. Penal (Responsabilidade Criminal) 
‐ Artigo 483º do C. Civil (Responsabilidade Civil) 
Cotação: 0,30 valores 
 
 
 
 
QUESTÃO 3 – (2 Valores) 
 
 
3 Em  audiência  de  julgamento,  estando  a(o)  Colega  a  patrocinar  uma  das  partes,  constata,  após  a  inquirição  de  uma 
testemunha,  que  se  revelava  necessária,  por  dever  de  patrocínio,  a  junção  de  novos  documentos  ao  abrigo  do  disposto  no 
artigo 423º n.º 3 do C. P. C. Transmitindo esta pretensão informalmente ao Juiz, este não revelou abertura para admitir essa 
pretensão e ordenou de imediato o prosseguimento dos trabalhos da audiência. 
 
‐ Como entende que deveria proceder perante esta situação? (2 Valores) 

GRELHA 
(Critério Orientador de Correção) 
 
Temas  Principais:  Princípio  da  Independência;  A  discricionariedade  Técnica  e  a  Plena  Liberdade  no 
Exercício do Patrocínio; O Direito a Requerer; O Direito/Dever de Protesto 
 
Conceitos e normas aplicáveis: 
‐ Artigo 89º do EOA (Princípio da Independência) 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigos  12º  e  13º  da  LOSJ  (Os  Advogados  gozam  de  discricionariedade  técnica  e  plena  liberdade  no 
exercício do patrocínio, com os limites da lei e dos estatutos) 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐ Artigos 66º n.º 3 e 69º do EOA (liberdade de exercício do mandato enquanto ato próprio de advocacia) 
Cotação: 0,30 valores 
 
4
‐ Artigo 80º nº1 do EOA (O direito do Advogado requerer oralmente ou por escrito no momento que 
considerar oportuno o que achar conveniente ao dever de patrocínio, sem necessidade de explicitação 
do seu conteúdo) 
Cotação: 0,30 valores 
 
‐  Artigo  80º  n.º  2  do  EOA  (O  exercício  correto  do  direito  /dever  de  protesto  quando  (e  apenas),  por 
qualquer razão, não seja concedida a palavra ao Advogado ou não lhe seja consentido exarar em ata o 
requerimento, indicando‐se então a matéria deste e o objeto que se tinha em vista     
Cotação: 0,50 valores 
 
‐ Artigo 80 n.º 3 do EOA (Obrigação de registo do protesto em ata e regime da nulidade)  
Cotação: 0,30 valores 
 
 
 
 
 

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