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RESUMO
A cerveja é um produto obtido a partir da fermentação alcoólica de grãos maltados,
principalmente a cevada. Não se sabe ao certo a origem das primeiras cervejas,
mas acredita-se que a prática da cervejaria tenha se originado na Mesopotâmia, a
cerca de 8.000 anos a.C., onde a cevada cresce em estado selvagem. A cerveja é
constituída de basicamente quatro ingredientes, água, cevada maltada, lúpulo e
leveduras. A água corresponde a 95% do peso total da cerveja. A cevada é o
principal grão utilizado na produção de cerveja, pois ela pode ser maltada e
apresenta o maior conteúdo de amido que pode se converter em açúcares
fermentáveis e possui também várias enzimas essenciais para a produção da
cerveja, como as alfa e beta amilases as beta glicanases e citases, proteases e
fosfatases. O lúpulo é uma planta da família da maconha (cannabaceae), porém não
possui substâncias alucinógenas. A levedura mais utilizada no processo de
fabricação de cerveja é a Saccharomyce cerevisiae, ela é responsável por
mudanças importantes na fermentação: Transformação do açúcar em etanol,
formação de ácidos baixando o pH, carbonatação pela formação de CO2, formação e
liberação de vários compostos metabólicos. Este trabalho objetiva estudar o
processo de produção de cerveja, determinando a qualidade do produto final através
de análises físico-químicas. A produção de cerveja é dividida em etapas: malteação,
moagem do malte, mostura, filtração, adição do lúpulo ou lupulagem, pasteurização,
fermentação, envasamento e maturação. A análise de cerveja inclui, entre outras, as
determinações da densidade, turbidez, grau alcoólico, pH, extrato real, extrato
aparente e extrato primitivo. A partir dos resultados das análises, pode-se observar
que a cerveja obtida é classificada como uma cerveja clara, de alta fermentação,
leve e com álcool.
Palavras-chave: Cerveja. Produção. Análises.
1
Artigo apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título
de Bacharel em Farmácia.
2
Graduandos em Farmácia pela Universidade Potiguar –
3
Orientador. Doutor em Química. Professor da Universidade Potiguar - cgtneto@unp.br
2
1. INTRODUÇÃO
2.1. CEVADA:
Para a produção do malte o grão é molhado para que sua umidade aumente em
torno de 45%, dessa forma o grão tem condições de germinar, esse processo dura
dois dias, depois de úmido o grão tem condições de começar o processo de
germinação que dura em torno de cinco dias onde há o crescimento do embrião ou
endosperma. Depois dessa fase a cevada maltada vai para o processo de secagem
onde a umidade cai para 5% e mata o embrião. São usados tempos e temperaturas
diferentes para a formação de compostos (melanoidinas, furanos, pirroles, tiofenos e
pirazinas) e a obtenção de cores e aromas diferentes, de acordo com a necessidade
do produtor. (KRÄMER, 2010).
As alfas amilases são as enzimas mais importantes, pois elas são responsáveis
pela degradação do amido do malte no processo cervejeiro (KRÄMER, 2010).
2.2. LÚPULO:
2.3. LEVEDURAS:
Primeiramente será gasto uma molécula de ATP que vai passar o radical
fosfato para a glicose formando a glicose 6-fosfato, essa reação é catalisada
pela enzima hexocinase e reduz o ATP para ADP (LEHNINGER, 2010).
Figurra 1:Diagram
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bolismo da g
glicose em células
c de S.
S cerevisiaee. (RETTORI & VOLPE,,
1999).
Na tercceira reaçã
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o
(LEHNINGER, 20
010).
6
Na reação oito a célula precisa retirar esse fósforo do carbono três para a
produção de mais um ATP, isso ocorrerá com a ajuda da enzima
fosfoglicerato mutase que vai transferir esse fosfato do carbono três para o
carbono dois formando o 2-fosfoglicerato o que causa um rearranjo na
molécula tornando favorável a saída do radical fosfato (LEHNINGER, 2010).
Na décima reação esse fósforo vai ser capturado pela molécula de ADP
formando ATP ficando como produto final duas moléculas de piruvato. Após
todo esse processo a célula investe dois ATPs na fase inicial e produz
quatro, ficando com o saldo de dois ATPs e dois NADH no final de tudo
(LEHNINGER, 2010).
O Brasil era o quarto maior produtor de cerveja em 2007, com 10,37 bilhões
de litros ao ano. Os maiores produtores são a China com 35 bilhões, os Estados
Unidos com 23,6 bilhões e a Alemanha com 10,7 bilhões de litros ao ano. Em
consumo per capta o Brasil ocupa a nona posição com 47,6 litros ao ano por
pessoa, o primeiro lugar é ocupado pela República Tcheca com 158 litros por
pessoa ao ano, mostrando que o Brasil tem um potencial de consumo muito bom,
mas que é barrado pela falta de poder aquisitivo da população (KRÄMER, 2010).
que é uma bebida de sabor suave, pH em torno de 4,3, clara e límpida (KRÄMER,
2010).
2.6.3 Cor:
Clara: Menos de 20 unidades EBC (European Brewery Convention)
Escura: 20 ou mais unidades EBC
Depois da cevada maltada essa cevada é moída para que seja liberado o seu
conteúdo amiláceo e para que ocorra uma melhor extração desse conteúdo durante
a fase de mosturação. A mosturação é onde os ingredientes, malte, lúpulo água e
adjuvantes, se necessário, são misturados em uma panela especial e submetidos a
aquecimento para que o amido presente no malte seja convertido em açúcares
necessários para a fermentação, o líquido doce obtido depois desse processo é
denominado mosto (KUGELMEIER, 2013).
3. METODOLOGIA
A matéria prima utilizada foi cevada maltada, lúpulo, levedura e água mineral
fonte Santa Rita II. Para fazer o teste de conversão do amido foi utilizado iodo a 2%.
O malte, levedura e o lúpulo foram adquiridos na loja virtual alquimia da cerveja, o
iodo adquirido em drogaria, a cerveja utilizada como controle foi produzida pela
cervejaria Samuel Smith Old Brewery, importada pela loja Eufrates cervejas
especiais localizada em Natal RN.
Para moer o grão de cevada foi utilizado moinho Ginza para cereais. Para o
processo de brassagem foi utilizado panela de aço inox de 40 litros, saco para
grãos, pá cervejeira e termômetro. Após a brassagem o mosto foi filtrado com tamisa
de tela bastante fina e o liquido resfriado com chiler de imersão, em seguida foi
transferido para um fermentador de 20 litros com saída airlock e levado a geladeira
para fermentação. A temperatura foi controlada utilizando termostato. Todos estes
itens foram adquiridos na loja virtual alquimia da cerveja.
seu conteúdo e facilitar a extração dos açúcares. Em seguida foi feito o preparo da
água, onde foram fervidos 20 litros de água que ao esfriar foi aerado, ou seja, deve-
se devolver o oxigênio perdido durante a fervura, isso foi feito baldeando a água de
um recipiente para outro cerca de 10 a 15 vezes. Então se iniciou o processo de
brassagem, ou mostura onde em uma panela de aço inox foram acrescentados os
ingredientes. Nesse processo é onde se faz o cozimento controlado do mosto, esse
cozimento é feito em três estágios de temperatura controlada, para que haja o
processo de transformação do amido contido no malte em maltose e a extração de
outros açúcares e proteínas que compõem a cerveja. Em uma panela grande foi
adicionado aproximadamente 14 litros de água e 6kg de malte, esse malte foi
aquecido de 40º C a 50ºC por um período de 15 min (descanso protéico) em seguida
a temperatura foi elevada para 50ºC a 60ºC por um período de 30 minutos
(conversão da maltose) novamente a temperatura foi aumentada para 60 a 72ºC
(conversão da dextrose). A enzima maltose se desnatura a 72ºC, razão pelo qual no
se pode ultrapassar esta temperatura até que todo o amido tenha sido convertido em
maltose. No segundo estágio de cozimento (50ºC e 60ºC) foi feito o teste do iodo
para saber se a conversão de amido em maltose ocorreu satisfatoriamente. Este
teste foi feito separando uma pequena porção do mosto com a pá cervejeira e
adicionando nessa porção uma gota de tintura de iodo, pois este tem a capacidade
de reagir com o amido formando uma coloração preto azulada, quanto menor a
concentração de amido mais claro fica essa reação, logo, quanto mais clara a
reação menor a concentração de amido isso significa que a conversão do amido em
maltose esta acontecendo de forma eficaz (TEÓFILO, 2002).
Concluído o cozimento, o mosto foi coado pela terceira vez por uma peneira
fina ou pano, essa coagem é muito importante porque elimina as partículas maiores,
deixando as partículas menores para serem decantadas no fermentador (PALMER,
2006).
3.2.1. Densidade:
(1)
á
,
% extrato primitivo m⁄m (2)
,
3.2.6. pH:
3.2.7. Turbidez:
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O extrato real é o extrato obtido para a solução caso o soluto estivesse diluído
no mesmo volume em água. Assim como o extrato aparente, é utilizado como
parâmetro para indicar problemas no processo de fermentação, indicando a
fermentabilidade real da cerveja produzida (SLEIMAN; VENTURINI FILHO, 2004).
Na tabela 4.1 pode-se observar que o teor de extrato real do lote 1 encontra-se na
mesma proporção que o do controle, já o teor de extrato do lote 2 encontra-se mais
elevado, indicando neste lote uma menor fermentabilidade real do mosto, o que
justifica o menor teor de álcool em volume encontrado.
5 CONCLUSÃO
ABSTRACT
The beer is a product obtained from the alcoholic fermentation of malted grains
mainly the barley. It’s not know for sure the origin of the first beers but it is believed
that the brewery was originated Mesopotamia about 8000 years b.C where the barley
grow in the wild. The beer is constituted basically of four compounds: water, barley,
malted barley, hop and yeast. The water corresponds to 95% of the total weight of
the beer. Being the barley the main grain used in the beer production because it can
be malted and represents the biggest contents of starch that can convert itself in
fermentable sugars and also have lots of essentials enzymes to the beer production
such as alpha and beta amylases the beta glycanases and citases, proteases and
phosphatases. The hop is a plaint of the marijuana family (cannabeceae), but don’t
possess hallucinogenic substances. The most used yeast in the beer fabrication
process is the saccharomyce cerevisiae it’s responsible for important changes in the
fermentation: Transformation from sugar to ethanol, acids formation lowering the pH,
carbonation by the CO2 form, formation and liberation of many metabolic compounds.
This work’s objective is to study the beer’s production process, determinating the
quality of the final product thru the physiochemical analysis. The production of the
beer is divided in steps: malting, grind of the malt, mash, filtration, adding hops or
hopping, pasteurization, fermentation, potting and maturation. The analysis of the
beer includes among others the determination of density, turbidity, alcoholic degree,
pH, real extract, apparent extract and primitive extract. From the analysis’s results, it
can be observed that the beer obtained is classified as a pale ale, high fermentation,
soft and with alcohol.
Key-words: Beer. Production. Analysis.
20
6 REFERÊNCIAS
ARAÚJO, F.B; SILVA, P.H.A; MINIM, V.P.R. Perfil sensorial e composição fisico-
quimica de cervejas provenientes de dois segmentos do mercado
Brasileiro. Ciencia eTecnologia de Alimentos, Campinas, v. 2, n. 23, p.121-
128,2003.
PALMER, John J.. How to Brew: everything you need to know to brew beer right
the first time. Bolder: Brewers Publications, 2006. 347 p.
SCHIMIT, Thuísa Carla. Produção de Cerveja tipo Pale Ale. 2010. 161 f. TCC
(Graduação) - Curso de Engenharia Quimica, Departamento de Centro de Ciências
Tecnológicas, Universidade Regional de Blumenal, Blumenal, 2010.
SIQUEIRA, Priscila Becker; BOLINI, Helena Maria André; MACEDO, Gabriela Alves.
O processo de produção de cerveja e seus efeitos na presença de polifenóis.
Alim.nutri., Araraquara, v. 19, n. 4, p.491-498, Dezembro 2008.
ANEXO
OS
ANEX
XO A – CO
ONVERSAO DA DENSID
DADE RELA 0OC/20OC EM
ATIVA A 20 M PORCENTAGEM DE
E
ÁLCO
OOL EM PESO (INSTITU
UTO ADOLF
FO LUTZ, 2008).
23
3
24
4
ANEX
XO B – CO
ONVERSÃO DA DENSID
DADE RELA
ATIVA A 20ºC/20 ºC EM
M PORCENTAGEM DE
E
EXTR
RATO (INST
TITUTO ADO
OLFO LUTZ, 2008).
25
5