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Análise das técnicas utilizadas para a manutenção de stocks óptimos: um estudo de caso em
quatro micro e pequenas empresas da cidade de Chókwè.
Análise das técnicas utilizadas para a manutenção de stocks óptimos: um estudo de caso em
quatro micro e pequenas empresas da cidade de Chókwè
Declaração
Declaro por minha honra que este Trabalho de Culminação do Curso é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações dos meus tutores, o seu conteúdo é original e todas as
fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
propósito semelhante ou obtenção de qualquer grau académico.
_______________________________________
(José Eduardo Bonzela)
A pesquisa tem como finalidade apresentar um estudo sobre gestão de stock nas micro e
pequenas empresas, tendo como foco da análise as técnicas utilizadas para a manutenção de
stock óptimos. A metodologia que foi utilizada para concepção desta pesquisa possui natureza
qualitativa e descritiva, se expressa em um estudo de caso que foi realizado em quatro 4 micro e
pequenas empresas da cidade de Chókwè, nomeadamente a MEDE VETERINARIO, SAVAL,
INTERMEDE MOZAMBIQUE e AGRO NICOADALA. Estas empresas foram selecionadas de
forma intencional, por facilidade de acesso às informações pertinentes ao estudo, também por se
ter observado que em algumas destas existem dificuldades na gestão dos seus stocks. Através das
análises que foram realizadas no decorrer da elaboração do trabalho, foi possível constatar que a
gestão de stock nestas empresas ainda baseia - se em utilizar modelos de controlo manual, que
tem sido varias vezes vulnerável a erros que geralmente tem consequência em ropturas de stock.
Com o intuito de minimizar as ropturas de stock e aumentar a eficiência na manutenção de stock
aplicou – se de forma simulatória, método ou técnica de classificação ABC. A técnica possibilitou
ilustrar nas empresas estudadas quais produtos merecem maior atenção no acompanhamento de
níveis de stock ou na realização de inventários. Com base nos resultados encontrados na
simulação da aplicação do método ABC, diversas decisões podem ser tomadas pela gerência
como por exemplo, uma fidelização com os fornecedores dos produtos da classe A, a fim de
garantir que estes produtos não irão faltar, visto a importância monetária agregada a eles.
The research aims to present a study on stock management in micro and small companies,
focusing on the analysis of the techniques used for stock maintenance. The methodology that
was used to design this research has a qualitative and descriptive nature, expressed in a case
study that was carried out in four micro and small companies in the city of Chókwè, namely
MEDE VETERINARIO, SAVAL, INTERMEDE MOZAMBIQUE and AGRO NICOADALA.
These companies were intentionally selected, due to easy access to information relevant to the
study, also because it was observed that in some of these there are difficulties in the management
of their stocks. Through the analyzes that were carried out during the preparation of the work, it
was possible to verify that stock management in these companies is still based on using manual
control models that are subject to errors in the stock management process, as is the case of stock
outages . In order to minimize stockouts and increase efficiency in stock maintenance, the ABC
classification method or technique was applied. The technique made it possible to illustrate
companies studied which products deserve greater attention in monitoring stock levels or
conducting inventories. Based on the results found in the simulation of the application of the
ABC method, several decisions can be taken by management, such as, for example, loyalty with
the suppliers of class A products, in order to ensure that these products will not be lacking, given
the monetary importance added to them.
A gestão de stock é de fundamental importância para a lucratividade da empresa, uma vez que
esta gestão deve estar em sintonia com a demanda do mercado e com as necessidades dos
clientes, para reduzir custos e agregar e garantir a disponibilidade de produto, agregando valor
aos serviços (SILVA; MADEIRA, 2004). E diz-se ainda que “os stocks são recursos ociosos que
possuem valor económico, os quais representam um investimento destinado a incrementaras
actividades de produção e servir aos clientes”(VIANA, 2000).
Compreende se com esta afirmação que o controlo efectivo do stock gera benefícios, como
redução de perdas que leva a maximização dos lucros e um ganho no capital. Mostra ainda que a
gestão eficaz de stocks é cada vez mais fundamental nas empresas. Dai que aperfeiçoar o
investimento em stocks, sua gestão e possuir um stock eficiente, influencia no desempenho da
produção e nas vendas.
Apesar da relevância apresentada que o stock tem muitas organizações ainda não conseguem
visualizar a importância que se tem em implantar as técnicas de gestão de stock para organizar
seus stocks, procurar funcionários qualificados com capacidade de saber definir quando e quanto
se deve comprar, a fim de se tornarem mais competitivas e se manterem no mercado.
Pois, “os métodos utilizados na gestão de stock comprometem directamente a lucractividade das
empresas e pode levar a sérios problemas de capital giro, devido os altos níveis de stock que
imobiliza grande parte do capital da empresa, custo de aquisição também é alto devido os níveis
de stock, tornando visível o despreparo dos profissionais envolvidos” (VAS; GOMES, 2011).
O mundo actual está ficando cada vez mais competitivo devido a globalização, com isto os
negócios estão se tornando um campo de batalha, cujo objectivo é manter e conquistar mais
clientes. Esta nova realidade está transformando as empresas em geral. Os clientes estão ficando
cada vez mas selectivos e exigentes, acompanhando a evolução dos produtos e da tecnologia.
Devido a isto as empresas estão se sentindo forçadas a competir e utilizar de tudo para reduzir
despesas e custos sem perder a qualidade dos seus produtos.
Dai que a gestão de stocks engloba o planeamento do stock e o seu controlo. O planeamento irá
determinar antecipadamente a quantidade do stock a data de entrada e saída e os pontos de
pedido do material. O controlo consiste em registar os dados e comparar com o planeamento,
apontando possíveis desvios.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Analisar as técnicas utilizadas para a manutenção de stocks óptimos nas empresas em estudo do
modo a responderem com efectividade a demanda de seus clientes.
1.3.2. Específicos
O objectivo básico do controle de stocks é evitar a falta de materiais sem que isto resulte em
stocks excessivos relativamente às reais necessidades da empresa. De forma semelhante, os
níveis de stocks estão sujeitos às flutuações da procura (output) e às entradas (input) de material
em armazém (DIAS, 2005). Conforme considera Parente (2000) gerenciar os stocks de maneira
eficiente é um dos dilemas enfrentado pelas empresas no geral. É notório que manter stocks
representa altos custos e capital de giro parado. Estes custos podem ser compreendidos como os
custos da obtenção de mercadoria, ou mesmo, todos os custos que estão associados na realização
de um pedido, desde a ordem de compra, passando pelo transporte até chegar à entrega e
armazenagem desta mercadoria. Esses custos podem comprometer em grande medida o capital
que poderia ser aplicado em outros investimentos tão rentáveis quando o stock (PAZO, 2002).
Entretanto Ballou (2001) salienta que economicamente não é viável e nem seguro administrar
uma organização com nível de stock igual a zero. Uma vez que, em geral, a demanda não pode
ser prevista com exactidão. Para Parente (2000), cada empresa em cada sector e em cada ponto
de venda apresenta características muito peculiares que devem ser consideradas que se elabora o
plano da gestão de stocks.
Para Corrêa (1997) e Slack et al (2002), algumas das razões da existência dos stocks são as
impossibilidades ou inviabilidades de coordenar suprimento e demanda, quer por incapacidade,
pelo alto custo de obtenção ou por restrições tecnológicas; com fins especulativos, pela escassez
ou pela oportunidade; com a finalidade de gerenciar incertezas de previsões de suprimento e
demanda, na formação de stock de segurança.
Além da falta que pode prejudicar tanto o plano de marketing quanto as operações de produção,
o stock excessivo também gera problemas: aumenta custos e reduz a lucratividade em razão de
armazenagem mais longa. Imobiliza capital de giro, apresentam riscos de deterioração, custos de
seguranças e obsolescência, (BOWERSOX; CLOSS, 2007).
Quanto aos custos associados à manutenção de stock, Slack et al (2002) acredita que quando um
cliente procura um fornecedor concorrente por não haver stock suficiente para atendê-lo, ou
ainda, quando as actividades de um comércio de produtos são influenciadas negativamente pela
falta de um stock adequado, o valor do stock parece inquestionável. Esse é o grande dilema da
gestão stock. Apesar dos custos e de outras desvantagens associadas a sua manutenção, eles
facilitam a conciliação entre fornecimento e demanda.
Ainda segundo Slack et al (2002) existem dois importantes procedimentos que auxiliam no
controle do stock: a cobertura e o giro de stock. Enquanto a cobertura calcula a quantidade de
tempo que o stock duraria, se não fosse reabastecido, o giro de stock se responsabiliza por
calcular a frequência com que o stock é completamente usado em um período.
Valor do stock
Cubertura de stock= [1]
Valor do consumo medio
Para Pazo (2002) a gestão de stocks por meio dos giros ou rotatividade, é responsável pela
avaliação do capital investido em stock, comparado com os custos das vendas, ou quantidade
média de materiais em stocks, dividido pelo custo anual das vendas. Quanto maior for o número
da rotatividade, melhor será a administração da logística de suprimento da empresa, menores
serão seus custos e maior será sua competitividade.
Numa análise mais objectiva, Ballou (2001) classifica os giros de stock como sendo um
indicador de vendas anuais sobre o investimento médio em stock para o mesmo período de
tempo, no qual as vendas e o investimento em stock são valorizados no segmento do canal
logístico no qual os itens são mantidos em stock. Isto é,
A maneira como os stocks são gerenciados determinará o equilíbrio entre os objectivos de custos
e de serviço ao cliente. Conforme considera Ballou (2001) os stocks fornecem um nível de
disponibilidade de produto e serviço, os quais quando localizados próximo dos clientes, podem
satisfazer uma exigência elevada de nível de serviço ao cliente. A presença desses stocks ao
cliente pode não apenas manter as vendas, mas realmente aumentá-las.
2∗D∗S
QOE=
√
D – Procura anual
H
[3]
R=d∗L [4]
R – Ponto da nova encomenda d
d– Procura media diária
L – Prazo de acomodamento
3. Custo Total Anual
D QOE
CT =D∗C + ∗S + ∗H [5]
QOE 2
O método ABC é o mais utilizado, pois leva em consideração a sua abrangência em relação a
determinado factor, separando os itens por classes de acordo com sua importância relativa.
Para classificar os itens podem ser utilizados vários parâmetros, peso, volume ou número de
movimentações, ou ainda por volume financeiro investido em stock. No entanto o mais
utilizado é o emprego da demanda valorizada, ou seja, a quantidade do produto pelo seu custo
unitário.
Dias (1993), Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva
ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
Classe A: grupo de itens importantes que devem ser tratados com uma atenção
especial pela administração.
Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C.
Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte
da administração.
De acordo com a classificação ABC, os itens podem ser separados em classe A, que são os
itens em pequenas quantidades, porém caros, e o contrário ocorre na classe C, onde grandes
quantidades, mas, porém com custos menores e a classe B que seria o intermediário entre as
duas classes.
É ressaltado por Dias (1995) que a análise ABC, empregada na análise de stock, é uma
ferramenta que permite instruir os administradores a identificar os itens do stock que
necessitam de uma atenção mais considerada e um tratamento adequado quanto a sua gestão.
Para se obter a curva ABC, devem-se ordenar os itens conforme a sua importância dentro da
cadeia produtiva. Como afirma Martins e Laugeni (2005), a classificação ABC é definida
como uma ordenação de itens que são empregáveis através de uma função de valor financeiro
e são classificados como:
Classe A: é formada por poucos itens (de 10% a 20% dos itens) os valores desses itens
devem ser altos (acima de 50% a 80% normalmente);
1. Emissão do pedido: Tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela
empresa até ele chegar ao fornecedor.
2. Preparação do pedido: Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos,
separar os produtos, emitir facturamento e deixá-los em condições de serem
transportados.
3. Transportes: Tempo que leva da saída do fornecedor ate o recebimento dos
materiais encomendados.
Esse é um método que consiste em executar o pedido de compra quando o stock de um certo
item atinge um nível previamente determinado. Este sistema é ainda mais relevante para itens
de baixo valor, os da classe C, procurando-se reduzir a burocracia de compra do produto, sem
cálculos, garantindo o suprimento normal dos itens.
Gonçalves e Schwember (1979) representaram este sistema por uma representação gráfica de
maneira bem prática, Sejam duas caixas:
Todo material necessário é retirado da caixa 1, ficando fechada a caixa 2. Quando a caixa nº 1
mostrar-se insuficiente para atender a demanda abre-se a caixa nº 2, uma ordem é emitida para
que se permita encher as duas caixas, sendo a demanda e o tempo de reposição
determinísticos. O material chegará exactamente no momento que o material da caixa nº 2
tenha chegado à zero. Para uma melhor compreensão a disposição das caixas ficará da
seguinte maneira:
Os modelos de controlo de stock baseado em emissão directa são baseados na lógica do MRP
(Manufacturing Resource Planning) que incluem itens com demanda dependente e
independente.
Mas, para Martins e Campos (2006), O Planeamento das necessidades de materiais é uma
técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados
na fabricação de um certo produto.
Conforme Pozo (2007) o sistema PEPS (Primeiro que entra, Primeiro a Sair): É baseado na
cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens de stocks é feito por
ordem de entrada do material na empresa, o primeiro que entrou será o primeiro que sairá, e
assim utilizamos seus valores na contabilização do stock, (POZO, 2007). O autor Gonçalves
(2007) contribui com Pozo (2007), sobre o método PEPS, ao utilizar este método deverá
considerar a ordem em que o produto entrou no stock. A saída ira levar em conta o histórico
das entradas.
O autor Francischini (2002), contribui com os demais autores dando sua definição para o
método PEPS:
PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou FIFO (First In, First Out) é o método que da
prioridade a ordem cronológica das entradas. Ou seja, sai o primeiro material que entrou no
stock, com seu respectivo preço unitário. Neste caso, cada lote de compra é controlado
separadamente. (FRANCISCHINI, 2002)
Neste contexto o autor Gonçalves (2007), salienta que este método UEPS consiste ao inverso
do método PEPS, as entradas e saídas deverão proceder de maneira que o último a entrar
deverá ser o último a sair. Assim o autor Gonçalves (2007), ressalta que:
Em outro estudo realizado por Almeida e Silva (2014), cujo objectivo foi o de demonstrar a
classificação ABC como ferramenta adequada para a gestão de stock de uma micro empresa de
auto peças em uma cidade do interior do Paraná, os autores, da mesma forma que Panzuto (2010)
igualmente identificaram uma significativa concentração de mercadorias ociosas no stock que
não são considerados como relevantes, representando um baixo fluxo de giro, em quanto que
outras mercadorias apresentam fluxo mais elevado, exigindo uma maior reposição, representando
uma situação contraditória e de risco para a empresa, ocasionando custo constante para a
reposição das mercadorias de giro optimizado e custo decorrente da ociosidade das mercadorias
de baixo fluxo e que poderiam ser investidos em outros contextos, implicando em prejuízo
financeiro, conjuntura esta que representa uma situação desfavorável, pois limita o
armazenamento de mercadorias de maior importância em decorrência de excesso de produtos de
pouca relevância, custo elevado de stock. Diante das circunstâncias identificadas na empresa em
tela, foi sugerida a implantação da Curva ABC como ferramenta de gestão de stock, pois permite
ao gestor à classificação dos produtos em uma escala de maior a menor importância para o stock
da empresa, possibilitando a ele inclinar uma maior deferência aos de maior giro, reduzindo
investimentos, espaço e custo para os de média e mínima deferência, evitando, com isso,
desperdício de recursos; pois para Dias (2012), a ferramenta de classificação ABC como
metodologia de gestão de stock contribui para que se possam distinguir os itens de maior e menor
relevância, uma vez que são as mercadorias de maior relevância as responsáveis pela maior parte
da lucratividade da empresa. Assim sendo, ao racionalizar o processo de controlo de stock,
privilegiando os materiais ou mercadorias de maior circulação em prejuízo daqueles cuja
circulação é reduzida não cabendo um investimento considerável, a empresa passa a ter
vantagem competitiva sobre a concorrência, porque, além de atender os consumidores de forma
imediata, sem correr o risco de se ter ausência de stock, o capital é mais bem aplicado,
dinamizando o activo organizacional, permitindo à empresa realizar outros investimentos e evitar
custos desnecessários, aprimorando a realidade da empresa.
A presente pesquisa quanto ao seu objecto é tida como de um estudo de caso que, segundo Gil
(1999), é uma categoria de pesquisa cujo objecto é uma unidade que se analisa profundamente,
utilizando várias técnicas de colecta de dados, na tentativa de obter-se a máxima veracidade
possível. Através de um estudo de caso de natureza aplicada, o presente trabalho fará análise
mediante a utilização documentos, observações e coletas de dados usando a entrevistas.
Por fim para a materialização do segundo objectivo específico, que é apresentar modelos de
gestão de stock que melhor se possam adequar às empresas em estudo para responderem
convenientemente à demanda de seus clientes, fez-se ilustração simulatório de aplicação de
um dos modelos de gestão de stock que fez-se referência na revisão de literatura, tal modelo é a
curva ABC por que segundo Letti e Gomes (2014) é o método mais fácil e prático na solução de
problemas no gerenciamento de stocks, permite instruir os responsáveis de stock a identificar os
itens do stock que necessitam de uma atenção mais considerada e um tratamento adequado
quanto a sua administração.
Para aplicação do modelo primeiro agrupou-se os produtos usando a ordem decrescente do valor
de venda, de seguida calculou-se as percentagens individuais e acumuladas, por fim fez-se a
classificação ABC, segundo a qual os itens são classificados de acordo com sua demanda e sua
representatividade financeira para o negócio.
Os cálculos efetuados foram feitos com o auxílio do programa Excel 2013, bem como os
gráficos gerados. Posteriormente, foi gerada uma tabela no Word 2013 para auxiliar e
classificar cada item de cada empresa, em seguida, aplicou-se na curva ABC.
Estas informações foram apuradas através do questionário dirigido aos responsáveis de stock das
quatro micros e pequenas empresas da cidade de chókwè, os resultados são apresentados em
gráficos de acordo com o tipo de resposta.
Nesta pergunta podemos verificar que a maioria das empresas, representando 75% dos
inquiridos, afirmam que quem faz a gestão de stock é o responsável de caixa, de compras e de
stock no armazém, e 25% apontaram no responsável do stock.
Com relação ao nível de escolaridade dos responsáveis do stock, verificou se que a maioria,
representado 75% possui nível médio do ensino médio geral e 25% possui nível Básico.
Gráfico 1.2 – Principal barreira encontrada pela empresa na gestão dos stocks.
Questionados sobre as principais barreiras encontradas para a não gestão eficiente de stock na
empresa, afirmaram que é devido à falta de software informático apropriado para a gestão de
stocks.
Sim Não
mercadorias nas empresas
100
%
Quando questionado sobre se é comum haver ruptura de stock no armazém da empresa, em todos
entrevistados foi respondido que sim é extremamente comum. Um dos respondentes reforçou
ainda sua afirmação, dizendo que essa ruptura acontece muitas vezes, não somente a nível da
empresa, como também de todas da cidade do chókwè.
Gráfico 1.4 – Razões que têm ocasionado a ruptura do stock nas empresas.
Prazo de entrega
Falha no processo de planeamento
25 50 Oscilações da procura
% % Falhas nos procedimentos de controlo e acompanhamento
25 Atraso do transporte
%
Ao questionar sobre as razões que tem ocasionado a ruptura do stock nas empresas 50%
afirmaram que é a falha no processo de planificação uma vez não é feito com precisão já são
muitas actividades para serem feitas pelo mesmo colaborador, 25% apontam apontaram a
oscilação da procura, afirmado ser difícil prever a procura e os outros 25% apontam para o prazo
de entrega do produto, ou seja, o fornecedor é quem atrasa com o produto.
Relativamente às técnicas utilizadas pela empresa para fazer a previsão da procura futura dos
produtos, todas empresas afirmaram que não utilizam qualquer técnica, ou seja, não se faz nas
empresas em estudo, não se faz qualquer previsão da procura.
Gráfico 1.6 – Técnicas utilizadas pelas empresas para fazer manutenção de stocks.
Sistema ABC
Lote económico de Encomenda
25% Just in time
Sistemas de computadores de controlo de
recursos
stock mínimo
75%
stock médio
stock máximo
Não existe uma tecnica de gestao de stock
Outro
Forma visual
20% 20% Forma planilha manual
Forma planilha eletrônica
60% Sistema de informatização próprio
Nenhum
Conforme apresenta o gráfico 1.7 percebe se 60 % dos inquiridos deixam claro a sua posição
perante ao controlo do stock realizado nas empresas, deixam explícitos que utilizam a planilha
manual, 20% afirmaram que possuem um sistema informatizado e 20% não fazem esse controle.
Também a forma de controlo de stock que é realizada nestas empresas, como mostra a figura 1.7,
não é favorável, visto que a maior parte das micros e pequenas empresas ainda não possuem o
controlo de stock informatizado, ainda é utilizado o modelo de controlo manual, que tem sido
várias vezes vulnerável a erros que geralmente tem consequência em ropturas de stock.
E apesar das fragilidades que existem na gestão de stock, as consequências não têm tido
repercussões negativas no serviço prestado aos clientes, como mostra a classificação ABC.
As empresas abordadas forneceram os dados dos produtos com que trabalham, em quantidade de
vendas, preço médio e de valor da venda, referente ao mês de abril ano 2018. Por meio dos dados
fornecidos pelas empresas, foi feita a análise da curva ABC. A empresa MEDE VERINARIO
trabalha com 29 produtos diferenciados, a AGRO NICOADALA com 40, a SAVAL com 39 e a
INTERMEDE MOZAMBIQUE com 28. A análise consistiu em agrupar esses produtos em
diferentes classes de acordo com critérios decididos através de estudos e de adaptação aos
valores que foram fornecidos, como mostra a tabela 3.
Para a análise da classificação ABC, foi gerada uma tabela que corresponde à relação entre o
percentual de valor de venda acumulado e o percentual acumulado de produtos como
demonstrado no quadro 3. A classificação dos produtos quanto a quantidade seguiu a
especificação abaixo:
Os responsáveis de stock devem ter controlo mais rigoroso com os produtos da classe A. Isso não
significa que os produtos da classe B e C não precisam de um controlo mais rígido nos stock,
mas sim que os produtos da classe A são os mais críticos e maior prioridade deve ser dada a eles.
A realização das contagens físicas (inventario) também deve ser feita com muita frequência. Isso
é muito importante para os produtos da classe A pois a ropturas de stock nestes, pode levar a
perda de muitas vendas e de clientes. tal como defende Slack et al (2002), um cliente procura um
fornecedor concorrente por não haver stock suficiente para atendê-lo, ou ainda, quando as
Já que os recursos das empresas em estudo são finitos e sempre limitados, se os responsáveis de
stock tiveram que tomar decisão no momento de conferência de stock sobre que produto devem
priorizar aumento do nível de disponibilidade em stock recomenda-se a classificação ABC, pois
este pode ajudar a identificar quais produtos podem atender a tais iniciativas, segundo Dias
(1995), citado por Mendanha (2018) que diz, a classificação ABC, empregada na análise de
stock, é uma ferramenta que permite os administradores a identificar os itens do stock que
necessitam de uma atenção mais considerada e um tratamento adequado quanto a sua gestão. Na
mesma linhagem do autor anterior, Vago et al. (2013), diz que esta representa um instrumento
que permite identificar itens que justificam atenção e tratamento adequados em seu
gerenciamento, ou seja, a classificação ABC auxilia na identificação e valoração dos stocks
quanto a sua importância.
Para finalizar, abaixo é ilustrada a representação gráfica da classificação ABC das empresas
estudadas. As barras verticais representam as percentagens individuais e a linha correspondem às
percentagens acumuladas.
5.1. Conclusões
O trabalho possibilitou uma maior visão estratégica para as empresas estudadas, auxiliando
em uma avaliação futura do uso das técnicas de gestão de stock, e consequentemente um
suporte para a tomada de decisões no que tange as decisões relacionadas aos seus stocks, visto
que antes essa gestão era realizada de maneira empírica. Com base nos resultados encontrados na
simulação da aplicação do método ABC, diversas decisões podem ser tomadas pela gerência
como por exemplo, uma fidelização com os fornecedores dos produtos da classe A, a fim de
garantir que estes produtos não irão faltar, visto a importância monetária agregada a eles.
Com a utilização deste método as micros e pequenas empresas podem estabelecer uma ordem de
tratamento aos produtos em stock, levando em consideração que nem todos os itens stokcados
merecem a mesma atenção, esse fato foi confirmado e demonstrado na análise dos resultados do
presente trabalho.
Apesar do esforço feito para realização do presente estudo, algumas limitações foram
encontradas e deverão ser reconhecidas e ultrapassadas nos futuros trabalhos de pesquisas, como
o caso do número de empresas estudadas serem apenas quatro, não permite a generalização das
conclusões obtidas, sugere se envolver um número maior de empresas, para que as conclusões
possam ser generalizadas, também o facto de algumas empresas terem negado de dar algumas
informações importantes, o que não tava previsto que fosse isso, teríamos condições de
desenvolver um estudo mais detalhado, mais rico, e com maiores sugestões e recomendações de
melhoria
Que se faça aperfeiçoamento no uso da técnica ABC na gestão dos seus stocks para
poderem responder com eficiência a demanda dos seus clientes;
Que se fixe os limites de stock mínimo e máximo, já que este é um ponto importante na
gestão de stock, como forma de evitar o excesso e as rupturas dos mesmos;
Que se faça o registo constante das mercadorias que entram e saem do armazém;
Que se adopte um sistema de informações eficiente e pessoas qualificadas para cuidar da
gestão de stock que é muito importante para o funcionamento das empresas;
SEBRAE, Serviço brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas, Projecto de Lei Geral das
Micro e Pequenas Empresas,2010
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Rev. Belo Horizonte.
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DIAS, Marco A. Administração de materiais - princípios conceitos e gestão. São Paulo : Atlas,
2005.
PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil – Gestão estratégica. São Paulo. Atlas, 2000.
REIS, L. Manual da Gestão de Stocks, teoria e prática. Lisboa : Editorial Presença, 2010.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem
Logística. São Paulo : Atlas, 2004.
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Maria Teresa Correa de Oliveira e Fabio Alber. Revisão técnica Henrique Luiz Corrêa. São
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Anexos
Titulo do estudo: Análise das técnicas utilizadas para a manutenção de stocks óptimos nas
micros e e pequenas empresas da cidade de chókwè.
Prezado respondente, esta pesquisa será utilizada única e exclusivamente para fins acadêmico
científicos, os dados das empresas respondentes serão mantidos em sigilo. Desde já agradecemos
a sua atenção e disponibilidade.
1. Nome da empresa_________________________________________________________
2. Cargo/função?
a) Proprietário da empresa
b) Gestor da empresa
c) Responsável do stock
d) Responsável do caixa, stock, compra
e) Outro_____________________________________________________________
__________________________________________________________________
3. Nível de escolaridade
a) Primário
b) Básico
c) Medio geral
d) Medio profissional
e) Superior
f) Nenhum
4. Em seu ponto de vista, a gestão de stock é fundamental para a competitividade da sua
empresa?
a) Sim
b) Não
5. É comum haver rutura de mercadorias em armazém?
a) Sim
b) Não
6. Se sim, quais as razões que mais têm ocasionado essas rupturas?
a) Prazo de entrega
b) Falha no processo de planeamento
c) Oscilações da procura
d) Falhas nos procedimentos de controlo e acompanhamento
e) Atraso do transporte
7. Qual é a principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks eficiente?
a) Falta de fundos (Financeira)
b) Falta de software informático apropriado de gestão de stock