DIREITO PROCESSUAL PENAL – ATIVIDADE 2

Ação Penal Pública

Ação Penal Pública Incondicionada

A ação penal pública incondicionada se dá no direito que o Estado tem de

punir. Ao esmiuçar seu significado, compreende-se que a ação penal é pública
quando quem a provoca e movimenta é o MP (oficialidade) e é incondicionada
quando este não depende de representação da vítima.

Presentes os elementos para propor a ação, o Ministério Público deverá

obrigatoriamente promovê-la - oferecendo queixa contra todos os autores do fato (e
só a eles, vetando transferência de pena aos sucessores), sob pena de extinção de
punibilidade caso haja renúncia com relação a algum deles -, sem a intervenção de
critérios políticos ou de utilidade social e, além disso, não poderá desistir da ação
penal pública ou sobre ela transigir, assim como não pode desistir de recurso
interposto.

Ação Penal Pública Condicionada

A ação penal pública condicionada, por sua vez, se dá pelo fato de o MP só

poder agir caso o ofendido represente, (no prazo de seis meses, contados do
conhecimento da autoria) ou haja requisição do Ministro da Justiça. Isso acontece
por que o interesse privado é prioridade nesta ação, ficando o interesse público em
segundo plano. O interessado precisa apenas manifestar vontade de representar, de
forma escrita ou oral, apresentando os elementos necessários para propositura da
ação.

Nos casos de requisição do Ministro da Justiça, deve ser feita formalmente,

endereçando-se ao MP, representado pelo Procurador Geral. Não há prazo e pode
ser feita até a prescrição do crime.

Ação Penal Privada

Na ação penal privada, o Estado abre mão de tutelar os bens jurídicos e

transfere o direito de propor a ação para a vítima ou seu representante.

GABRIELLA LIMA DE ANDRADE – RGM: 294214

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Aqui, o ofendido tem a liberdade de propor ou não a ação de acordo com sua
vontade, bem como decidir prossegui-la ou não. Entretanto, a ação deve ser
proposta a todos os ofensores ou partícipes, assim como na ação penal pública.

O prazo para propor a ação é de 6 meses, assim como na ação penal pública,
contados do conhecimento da autoria do delito, salvo exceções expressas em lei.
Conta-se de forma decadencial e será interrompido no momento do oferecimento da
queixa.

Apenas na ação penal privada subsidiária o prazo será de 6 meses contados

do encerramento do prazo para o MP oferecer denúncia.

No caso de morte do ofendido ou ausência, o direito de representação é

transferido ao seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Importante frisar
que, um dos citados anteriormente representando, ficam os demais impedidos de
fazê-lo.

Ação Penal Privada Propriamente Dita

Trata-se da ação penal privada exposta acima, onde o ofendido pode propor,
sendo maior de 18 anos e capaz ou, caso contrário, seu representante legal.

Ação Penal Privada Personalíssima

Aqui, a titularidade é exclusivamente do ofendido, onde nem seu

representante legal poderá agir e, em caso de morte, a punibilidade do agente é
extinta.

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública

São as ações penais publicas privadas condicionadas ou incondicionadas,

onde o MP se faz inerte.

GABRIELLA LIMA DE ANDRADE – RGM: 294214

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Ação Penal Secundária

Em determinados delitos, as circunstâncias do caso concreto fazem variar a

modalidade de ação penal a ser intentada. Trata-se da chamada ação penal
secundária.

Por fim, vale ressaltar a função da ação penal, que é o direito público
subjetivo de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal a um caso concreto.

Assim postos os fatos, ficam evidentes as diferenças entre a ação penal

pública e a ação penal privada, notadamente considerando os princípios que regem
cada uma destas espécies de ação penal.

A presente resenha, assim, buscou apresentar de forma sucinta o conceito,

as espécies, as características e os princípios relativos à ação penal, de modo a
esmaecer quaisquer dúvidas sobre o tema.

GABRIELLA LIMA DE ANDRADE – RGM: 294214