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O país tem uma das mais longas histórias Gentílico: egípcio (a), egipciano (a) e egipcíaco (a)[1]
entre qualquer outra nação, traçando sua
herança até o VI ou IV milênio a.C.
Considerado um berço da civilização, o Egito
Antigo viu alguns dos primeiros
desenvolvimentos da escrita, agricultura,
urbanização, religião organizada e governo
central.[8] Monumentos icônicos como a
Necrópole de Gizé e sua Grande Esfinge, bem
como as ruínas de Mênfis, Tebas, Carnaque e
do Vale dos Reis, refletem este legado e
continuam a ser um foco significativo de
interesse científico, histórico e turístico. A
longa e rica herança cultural do Egito é parte
integrante de sua identidade nacional, que
muitas vezes assimilou várias influências
estrangeiras, como gregos, persas, romano,
árabes, otomanos e núbios. O Egito foi um dos
Localização do Egito (em verde)
primeiros e importantes centros do
cristianismo, mas foi amplamente islamizado Território disputado com o Sudão (em verde-claro).
Capital Cairo
no século VII e continua sendo um país 26°2'N 29°13°E
predominantemente muçulmano, embora com
uma significativa minoria cristã. Cidade mais populosa Cairo
Índice
Etimologia
História
Pré-história
Antiguidade
Domínio ptolomaico e romano
Domínio bizantino, árabe e
otomano
Domínio britânico
República Árabe
Era Naguib
Era Nasser
Era Sadat
Era Mubarak
Era pós-Mubarak
Geografia
Clima
Biodiversidade
Demografia
Composição étnica
Línguas
Religião
Cidades mais populosas
Governo e política
Lei
Relações exteriores
Forças armadas
Direitos humanos
Subdivisões
Economia
Turismo
Infraestrutura
Energia
Abastecimento de água
Transportes
Canal de Suez
Educação
Saúde
Cultura
Telecomunicações
Artes
Literatura e cinema
Música e dança
Museus
Culinária
Esportes
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Etimologia
HIEROGLIFO
Os egípcios usaram vários nomes para se referirem à sua terra. O mais comum era
Quemete (Kṃt), "Terra Negra" ou "Terra Fértil", que se aplicava especificamente ao
território nas margens do Nilo e que aludia à terra negra trazida pelo rio todo ano,[13] e
era diferente de Dexerete (dšṛt), "Terra Vermelha", que se referia aos desertos que
Kṃt circundavam o Nilo, onde os egípcios só penetravam para enterrar os seus mortos ou
(Quemete) para explorarem pedras e metais preciosos.[14][15] Também chamavam-o Taui ( "as Duas
Terras", ou seja, Alto e Baixo Egito),[16] Tameri ("Terra Amada")[17] ou Ta Netjeru
("Terra dos Deuses");[18] na Bíblia, é designado Misraim (em hebraico: מצְר ַיִם ִ ;
transl.: Mizraim, literalmente "os dois estreitos (Alto e Baixo Egito)").[19][20]
Quemete passou às formas kīmi e kīmə na fase copta da língua egípcia e aparece no grego primitivo como
Χημία (Khēmía). Outro nome era t3-mry ("terra da ribeira"). Os nomes do Alto e do Baixo Egito eram Ta-
Sheme'aw (t3-šmˁw), "terra da junça", e Ta-Mehew (t3 mḥw) "terra do norte", respectivamente.[21] Os
habitantes atuais do Egito dão o nome Misr ao país, uma palavra que em árabe pode também significar
"país", "fortaleza" ou "acastelado". Segundo a tradição, Misr é o nome usado no Alcorão para designar o
Egito, e o termo pode evocar as defesas naturais de que o país sempre dispôs. Outra teoria é que Misr deriva
da antiga palavra Mizraim, que por sua vez deriva de md-r ou mdr, usada pelos locais para designar o seu
país.[22] A atual palavra em português "Egito" deriva do grego Aigyptos, que se acredita derivar por sua vez
do egípcio Het-Ka-Ptah, "a mansão da alma de Ptá".[23]
História
Pré-história
Antiguidade
Os ptolomaicos enfrentaram rebeliões dos egípcios nativos, muitas vezes causadas por um regime
indesejado, e se envolveram em guerras externas e civis que levaram à queda do reino e sua anexação pelo
Império Romano. No entanto, a cultura helenística continuou a prosperar no Egito logo após a conquista
muçulmana.[27]
O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no século I. O reinado de Diocleciano (r. 284–305)
marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi
perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido para a língua egípcia. Após o Concílio de
Calcedónia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi firmemente estabelecida.[28]
Domínio britânico
República Árabe
Era Naguib
Era Nasser
Em 23 de junho de 1956, Gamal Abdel Nasser assumiu oficialmente
o poder como presidente do Egito, após um referendo sobre uma
nova constituição e sobre a sua eleição presidencial. Com sua
personalidade carismática que, junto às suas reformas sociais e
econômicas bem-sucedidas, lhe proporcionaram grande apoio
popular. Seu governo aboliu os partidos políticos, procedeu à
reforma das estruturas agrárias, combateu o fundamentalismo
islâmico e pôs em prática um processo de industrialização, do qual a
Nasser em Almançora, 1960 construção a grande represa de Assuã era um dos projetos mais
significativos.[44] Para isso, nacionalizou o Canal de Suez, o que
provocou uma grave crise internacional.[43]
Apesar de se aproximar da União Soviética, Nasser incentivou uma política de solidariedade com outras
nações africanas e asiáticas do Terceiro Mundo, afirmando-se como um dos principais líderes de
movimentos não alinhados, pan-arabista e anti-imperialista.[44] Objetivando um socialismo adaptado à
especificidade árabe e um primeiro passo em direção à unificação do mundo árabe, apostou em uma
associação com a Síria, entre 1958 e 1961, que deu origem à República Árabe Unida. Em 1967, liderou o
Egito na Guerra dos Seis Dias contra Israel, no qual os israelitas tomaram dos egípcios a Península do Sinai
e a Faixa de Gaza. Em setembro de 1970, o general faleceu e foi sucedido por Anwar el Sadat.[43]
Era Sadat
Era Mubarak
Com o assassinato de Anwar Sadat, assumiu o comando do Egito o vice-presidente Hosni Mubarak em 14
de novembro de 1981. Mubarak havia se destacado na Força Áerea egípcia pelo seu desempenho na guerra
de Iom Quipur. Em 1995, ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante uma visita à Etiópia. Por
quase 24 anos, sempre se reelegeu por via de referendo popular como candidato único. Essa situação
perdurou até 2005, quando houve a primeira eleição sob seu regime disputada por diversos candidatos.
Mesmo assim, o ditador saiu vitorioso.[48]
Inspirados nas manifestações insurrecionais ocorridas na Tunísia,
milhares de egípcios foram as ruas em diversas cidades no país no
dia 25 de janeiro de 2011 e iniciaram uma onda de protestos pedindo
a saída do ditador do poder. A Praça Tahrir, no Cairo, transformou-
se em um dos principais palco dos protestos, com milhares de
pessoas desafiando o toque de recolher imposto pelo regime. Em 11
de fevereiro, Mubarak renunciou à presidência e passou o poder ao
Exército, encerrando três décadas de governo autocrático.[49]
Centenas de milhares de pessoas
celebram na Praça Tahrir, no Cairo,
Era pós-Mubarak quando a renúncia de Hosni
Mubarak é anunciada
Em 23 de junho de 2012, Mohamed Morsi, candidato da Irmandade
Muçulmana, venceu o primeiro pleito presidencial pós-Mubarak,
derrotando o opositor vinculado ao antigo ditador e se tornando o primeiro presidente civil eleito
democraticamente no Egito. Mas seu governo foi marcado por muitas polêmicas com a oposição, que o
acusou de impor uma nova Constituição sectária e forçar a "islamização" do Egito.[50]
Uma eleição presidencial ocorreu entre 26 e 28 de maio de 2014, com apenas dois candidatos, o ex-Ministro
da Defesa egípcio Abdel Fattah el-Sisi e Hamdeen Sabahi, da Corrente Popular Egípcia. As eleições
aconteceram quase um ano após os protestos de junho de 2013 que levaram ao el-Sisi a depor o então
presidente Mohamed Morsi.[54] Os números oficiais mostraram que cerca de 25,5 milhões de pessoas
participaram das eleições, ou 47,5% dos eleitores registrados, sendo que el-Sisi venceu com 23,7 milhões de
votos (96,91% do total), dez milhões de votos a mais que o ex-presidente Mohamed Morsi (que recebeu 13
milhões a mais que o seu adversário no segundo turno das eleições presidenciais egípcias de 2012).[55][56]
Geografia
Com uma área de 1 001 450 quilômetros quadrados, o Egito é o 31º maior do mundo.[57] Entretanto, devido
à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do rio Nilo e no
Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam apenas 5,5% da área total.[58]
As inundações do rio Nilo foram o fundamento da economia do país
durante milênios. Tal fenômeno foi alterado pela construção da
represa de Assuã, que apesar de controverso, e ter causado
deslocamento massivo, trouxe benefícios para a agricultura, pois
permitiu o cultivo de novas culturas como algodão e cana-de-açúcar,
além de beneficiar as culturas tradicionais como trigo, arroz e milho,
além disso a geração da energia hidrelétrica permitiu algum
desenvolvimento industrial.[59]
Clima
Biodiversidade
O Egito assinou a Convenção sobre Diversidade Biológica em 9 de Neve durante a manhã na vila de
junho de 1992, no Rio de Janeiro, e tornou-se parte da convenção Santa Catarina, no sul do Sinai
em 2 de junho de 1994.[65] Posteriormente produziu uma Estratégia
Nacional de Biodiversidade e um Plano de Ação, que foi recebido
pela convenção em 31 de julho de 1998. Apesar de muitos Planos
Nacionais de Estratégia e Ação da Biodiversidade da CBD
negligenciarem os reinos biológicos além dos animais e plantas, o
plano do Egito era incomum ao fornecer fornecer informações
equilibradas sobre todas as formas de vida.[66][67]
Além de grupos pequenos e bem estudados, como anfíbios, aves, peixes, mamíferos e répteis, muitos desses
números provavelmente aumentarão à medida que outras espécies forem registradas no país. Para os fungos,
incluindo espécies formadoras de líquen, por exemplo, trabalhos posteriores mostraram que mais de 2 200
espécies foram registradas no Egito e o número final de todos os fungos que realmente ocorrem no país deve
ser muito maior. Para as gramíneas, 284 espécies nativas e naturalizadas foram identificadas e registradas no
Egito.[69]
Demografia
O Egito é o país mais populoso do
Oriente Médio, o terceiro mais
populoso do continente africano e
o 14.º mais populoso do
mundo,[10] com cerca de 98
milhões e 800 mil habitantes em
2019.[4] Sua população cresceu
rapidamente de 1970 a 2010
devido aos avanços da medicina e
Mapa indicado a densidade Egito à noite visto da Estação Espacial aumentos na produtividade
populacional no país (pessoas Internacional. É possível ver a agrícola[70] possibilitados pela
por quilômetro quadrado) concentração de cidades ao longo do rio Revolução Verde.[71] A população
Nilo
do Egito foi estimada em 3
milhões quando Napoleão invadiu
o país em 1798.[72]
O povo do Egito é altamente urbanizado, concentrando-se ao longo do rio Nilo (principalmente Cairo e
Alexandria), no Delta e perto do Canal de Suez. Os egípcios dividem-se demograficamente entre aqueles
que vivem nos principais centros urbanos e os fellahin, ou agricultores, que residem em aldeias rurais. A
área total habitada constitui apenas uma pequena porção de terras aráveis no território desértico do país, o
que coloca a densidade fisiológica em cerca de 2 600 pessoas por quilômetro quadrado, número 30 vezes
maior que o da densidade demográfica egípcia.[73]
Apesar de a emigração ter sido restringida sob Nasser, milhares de profissionais egípcios foram despachados
para o exterior no contexto da Guerra Fria Árabe.[74] A emigração egípcia foi liberalizada em 1971, sob o
comando do presidente Sadat, atingindo números recordes após a crise do petróleo de 1973.[75] Estima-se
que 2,7 milhões de egípcios vivam no exterior. Aproximadamente 70% dos imigrantes egípcios vivem em
países árabes (923 600 na Arábia Saudita, 332 600 na Líbia, 226 850 na Jordânia, 190 550 no Cuaite e os
demais em outras partes da região) e os 30% restantes residem principalmente na Europa e na América do
Norte (318 000 em nos Estados Unidos, 110 000 no Canadá e 90 000 na Itália).[76] O processo de emigração
para estados não árabes está em andamento desde a década de 1950.[77][78]
Composição étnica
Os egípcios étnicos são, de longe, o maior grupo do país, constituindo 91% da população total. As minorias
incluem as abazas, os turcos, os gregos, as tribos beduínas árabes que vivem nos desertos orientais e na
Península do Sinai, os siuis de língua berbere (amazigue) do Oásis de Siuá e as comunidades núbias
agrupadas ao longo do Nilo. Há também comunidades tribais de Beja concentradas no canto mais a sudeste
do país, e um número de clãs Dom principalmente no Delta do Nilo
e Faium que estão progressivamente se tornando assimilados à
medida que a urbanização aumenta."[79]
As outrora vibrantes e antigas comunidades gregas e judaicas no Egito quase desapareceram, com apenas
um pequeno número permanecendo no país, mas muitos judeus egípcios visitam em ocasiões religiosas ou
outras e turismo.[81][82]
Línguas
Religião
O Egito reconhece apenas três religiões: islamismo, cristianismo e judaísmo. Outras religiões e seitas
muçulmanas minoritárias praticadas por egípcios, como a comunidade bahá'í e ahmadi, não são
reconhecidas pelo Estado e enfrentam perseguição por parte do governo, que rotula esses grupos de
"ameaça" à segurança nacional.[86][87] O Egito é um país predominantemente muçulmano sunita, com o
islamismo como religião oficial. A porcentagem de adeptos de várias religiões é um tema controverso no
Egito. Estima-se que 85–90% são identificados como muçulmanos, 10–15% como cristãos coptas e 1%
como outras denominações cristãs, embora sem um censo os números não possam ser conhecidos. Outras
estimativas colocam a população cristã entre 15 e 20%.[88] Muçulmanos não confessionais formam cerca de
12% da população.[89][90]
O Egito era um país cristão antes do século VII e, depois que o Islã chegou, o país foi gradativamente sendo
islamizado num país de maioria muçulmana.[91] O Egito tornar-se-ia centro de política e cultura no mundo
muçulmano. Com Gamal Abdel Nasser, o país experimentou um regime nacionalista, mas secular, enquanto
sob o sucessor deste, Anwar Sadat, o Islã tornou-se a religião oficial do Estado e a Xaria a principal fonte de
direito.[92] Estima-se que 15 milhões de
egípcios sigam as ordens sufistas nativas,[93][94]
mas líderes religiosos afirmam que os números
são muito maiores, já que muitos sufistas
egípcios não estão oficialmente registrados em
uma ordem. Pelo menos 305 pessoas foram
mortas durante um ataque em novembro de
2017 contra uma mesquita sufista no Sinai.[95]
Da população cristã no Egito, mais de 90% pertencem à Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, uma Igreja
Cristã Ortodoxa Oriental.[101] Outros cristãos egípcios nativos são adeptos da Igreja Católica Copta, da
Igreja Evangélica do Egito e de várias outras denominações protestantes. As comunidades cristãs não
nativas são largamente encontradas nas regiões urbanas do Cairo e Alexandria, como os sírio-libaneses, que
pertencem às denominações católica grega, ortodoxa grega e católica maronita.[102]
Governo e política
O Egito tem a mais antiga tradição parlamentar contínua no mundo árabe.
Sua primeira assembleia popular foi criada em 1866. Foi licenciado pela
ocupação britânica de 1882 - a potência ocupante permitiu apenas a
existência de órgão consultivo. O nacionalismo egípcio antecedeu o seu
homólogo árabe em muitas décadas, tendo raízes no século XIX, tornando-
se o modo dominante de expressão de ativistas e intelectuais anticoloniais
egípcios até o início do século XX.[104] Em 1923, no entanto, após a
libertação colonial do país, uma nova constituição previa uma monarquia
parlamentar.[105]
Após a revolução Egípcia de 2011, durante o período da "Primavera Árabe", o governo de décadas do
ditador Hosni Mubarak chegou ao fim e Mohamed Morsi tornou-se o primeiro chefe de Estado eleito
democraticamente no país. No entanto, em 3 de julho de 2013, milhões de manifestantes saíram às ruas
contra Morsi e formaram um dos maiores protestos da história do mundo.[107] O general Abdul Fatah Khalil
Al-Sisi, deu um golpe de Estado, suspendeu a Constituição e assumiu, frente aos militares, o comando do
país. Uma "comissão", de 50 membros, foi formada para modificar a Constituição egípcia, que foi publicada
mais tarde para votação pública e foi adotada oficialmente em 18 de janeiro de 2014.[108] Em 2013, a
Freedom House classificou os direitos políticos no Egito um país "parcialmente livre".[109]
Lei
O código penal era único, pois contém uma "lei anti-blasfêmia".[113] O sistema judicial atual permite a pena
de morte, inclusive contra um indivíduo ausente julgado à revelia. Vários estadunidenses e canadenses
foram condenados à morte em 2012.[114] Em 18 de janeiro de 2014, o governo interino institucionalizou
com sucesso uma constituição mais secular. O presidente é eleito para um mandato de quatro anos e pode
servir por dois mandatos. O parlamento pode fazer um impeachment contra o presidente. Sob a constituição,
há uma garantia de igualdade de gênero e absoluta liberdade de pensamento. Os militares mantiveram a
capacidade de nomear o ministro da Defesa nacional para os dois próximos mandatos presidenciais desde
que a constituição entrou em vigor. Sob a constituição, os partidos políticos podem não ser baseados em
"religião, raça, gênero ou geografia".[115]
Relações exteriores
As relações com a Rússia melhoraram significativamente após a remoção de Mohamed Morsi[119] e ambos
os países trabalharam desde então para fortalecer os laços militares[120] e comerciais,[121] entre outros
aspectos da cooperação bilateral. As relações com a China também melhoraram consideravelmente. Em
2014, o Egito e a China estabeleceram uma "parceria estratégica abrangente" bilateral.[122]
Após a guerra de 1973 e o subsequente tratado de paz, o Egito
tornou-se a primeira nação árabe a estabelecer relações diplomáticas
com Israel. Apesar disto, Israel ainda é amplamente considerado
como um Estado hostil pela maioria dos egípcios. O Egito
desempenhou um papel histórico como mediador na resolução de
várias disputas no Oriente Médio, principalmente no tratamento do
conflito israelo-palestino.[123] Os esforços de cessar-fogo e trégua do
Egito em Gaza dificilmente foram contestados após a retirada
israelense de seus assentamentos da Faixa de Gaza em 2005, apesar
Presidente Al-Sisi com o presidente
da crescente animosidade ao governo do Hamas em Gaza após a dos Estados Unidos, Donald Trump,
queda de Mohamed Morsi,[124] apesar de tentativas recentes de em 21 de maio de 2017
países como Turquia e Catar de assumirem este papel.[125]
Os laços entre o Egito e outras nações do Oriente Médio não árabes, incluindo o Irã e a Turquia, muitas
vezes foram tensos. As tensões com o Irã são devidas principalmente ao tratado de paz do Egito com Israel e
à rivalidade do Irã com aliados egípcios tradicionais no Golfo.[126] O recente apoio da Turquia à Irmandade
Muçulmana, agora banida, no Egito, e seu suposto envolvimento na Líbia, também fez dos dois países rivais
regionais amargos.[127][128]
O Egito é um membro fundador do Movimento Não Alinhado e das Nações Unidas. É também membro da
Organização Internacional da Francofonia, desde 1983. O ex-vice-primeiro-ministro egípcio Boutros
Boutros-Ghali serviu como secretário-geral das Nações Unidas de 1991 a 199 Em 2008, estimava-se que o
Egito mantivesse dois milhões de refugiados africanos, incluindo mais de 20.000 cidadãos sudaneses
registrados pela ACNUR como refugiados que fugiam de conflitos armados ou requerentes de asilo. O Egito
adotou métodos "severos, às vezes letais" para o controle de suas fronteiras.[129]
Forças armadas
Os militares egípcios tem dezenas de fábricas de armas, bem como bens de consumo. O inventário das
forças armadas do país inclui equipamentos de diferentes países ao redor do mundo. Equipamento da antiga
União Soviética está sendo progressivamente substituídos por armas e equipamentos modernos de
fabricação estadunidense, francesa e britânica, uma parcela significativa dos quais é construído sob licença
no Egito, como o tanque M1 Abrams. A Marinha do Egito é a maior marinha da África, do Oriente Médio e
do mundo árabe, além de ser a sexta maior do mundo por número de navios.[136] Os Estados Unidos
fornecem ao Egito uma ajuda militar anual, que em 2009 foi de 1,3 bilhão de dólares.[137]
Direitos humanos
Mona Al-Mazbouh, uma libanesa de 24 anos, queixou-se nas redes sociais de ter sido sexualmente assediada
no Egito por taxistas e transeuntes comuns, sendo presa no aeroporto em Maio de 2018, quando se
preparava para deixar o país e condenada a 8 anos de prisão por um tribunal do Cairo. Foi acusada de
propagar "boatos falsos", "perseguir a religião" e "atingir o povo egípcio".[154] Em Setembro de 2018, Amal
Fathy, actriz e activista, após se ter queixado de assédio sexual por duas vezes no mesmo dia, foi sentenciada
a dois anos de prisão e multa por "espalhar notícias falsas" e querer prejudicar o Estado egípcio.[155]
Já em 2008 se observava que o assédio sexual das mulheres naquele
país estava a aumentar e observar o código de vestimenta islâmico
não era dissuasivo, de acordo com uma pesquisa do Centro Egípcio
dos Direitos da Mulher (ECWR).[156] Em uma pesquisa da ONU em
2013, 99% das mulheres egípcias relataram que haviam sofrido
alguma forma de assédio sexual. Cairo foi descrita como a
“megacidade mais perigosa do mundo para as mulheres” em uma
pesquisa da Thomson Reuters Foundation em 2017.[155] O Egito é
um dos países do mundo onde a prática da mutilação genital Manifestantes da Irmandade
feminina é quase total - 97 por cento - entre as mulheres na faixa dos Muçulmana pró-Morsi em setembro
15 a 49 anos de idade, de acordo com dados de 2005 da de 2013
UNICEF.[157]
Subdivisões
O Egito divide-se administrativamente em 27
províncias (mohafazat, em árabe); administradas
por governadores nomeados pelo
presidente:[158]
14. Gizé
1. Matru
15. Faium
2. Alexandria
16. Cairo
3. Al-Buhaira
17. Suez
4. Kafr el-Sheikh
18. Sinai do Sul
5. Dacalia
19. Beni Suef
6. Damieta
20. Minia
7. Porto Saíde
21. Vale Novo
8. Sinai do Norte
22. Assiute
9. Ocidental
23. Mar Vermelho
10. Monufia
24. Sohag
11. Caliubia Províncias do Egito
25. Quena
12. Oriental
26. Luxor
13. Ismaília
27. Assuão
Economia
A economia egípcia depende principalmente da agricultura, das telecomunicações, das exportações de
petróleo e gás natural e da indústria do turismo; há também mais de três milhões de egípcios que trabalham
no estrangeiro, principalmente na Arábia Saudita, no Golfo Pérsico e na Europa, e que mandam remessas de
dinheiro para o país, além das receitas do Canal de Suez. A conclusão da Represa de Assuã em 1970, e o
Lago Nasser que surgiu por conta disto, alteraram o lugar de honra do rio Nilo na agricultura e ecologia do
país. A população em rápido crescimento, a terra arável limitada e a dependência do Nilo continuam a
sobrecarregar os recursos e a economia.[159]
O governo tem investido em comunicações e na infraestrutura física. O Egito recebe ajuda externa dos
Estados Unidos desde 1979 (uma média de 2,2 bilhões de dólares anuais) e é o terceiro maior beneficiário
de tais fundos de ajuda norte-americano após a Guerra do Iraque.[160] O país tem um mercado de energia
desenvolvido com base em carvão, petróleo, gás natural e energia hidrelétrica.[161] O petróleo e o gás são
produzidos nas regiões do Deserto Ocidental, no Golfo de Suez e no
Delta do Nilo. O Egito tem enormes reservas de gás, estimadas em
2 180 quilômetros cúbicos, que são exportadas para vários
países.[162] Sua produção de carvão, entretanto, tem oscilado
consideravelmente nos anos recentes, atingindo seu pico positivo em
2009 com 76 milhões de toneladas e seu pico negativo em 2016 com
3,30 milhões de toneladas.[163] Suas minas produzem considerável
petróleo mineral, que no biênio 1992/1993 alcançou seu pico de 45
Vista do Cairo, a maior cidade da
milhões de toneladas, bem como caulinita, quartzito e gipso, cuja
África e do Oriente Médio. O turismo produção no biênio 2000/2001 foi de, respectivamente, 226, 69 e 4
é uma grande fonte de renda para o milhões de toneladas.[164]
Egito
As condições econômicas do país começaram a melhorar
consideravelmente, depois de um período de estagnação, devido à
adoção de políticas econômicas mais liberais por parte do governo,
bem como por um aumento das receitas do turismo e um mercado de
ações em alta. Em seu relatório anual, o Fundo Monetário
Internacional (FMI) chegou a classificar o Egito como um dos
melhores países do mundo a empreender reformas econômicas.[165]
O investimento estrangeiro direto (IED) no Egito aumentou
consideravelmente antes da queda do regime de Hosni Mubarak,
superando 6 bilhões de dólares em 2006, devido à liberalização e
O Canal de Suez, que liga os mares privatização. Desde a queda de Hosni Mubarak, durante a Revolução
Mediterrâneo e Vermelho, é uma Egípcia de 2011, o país sofreu uma queda drástica no investimento e
importante conexão do comércio nas receitas geradas pelos turistas estrangeiros, seguido de uma
global queda de 60% em reservas cambiais, uma queda de três por cento no
crescimento e uma rápida desvalorização da libra egípcia.[166]
Turismo
O turismo é um dos setores mais importantes da economia do país.
Mais de 12,8 milhões de turistas visitaram-no em 2008,
proporcionando uma receita de quase 11 bilhões de dólares. A
indústria turística emprega cerca de doze por cento da força de
trabalho local. A Necrópole de Gizé é o local mais emblemático do
país. Ela também é o destino turístico mais popular do Egito desde a
antiguidade e era popular no período helenístico, quando a Grande
Pirâmide foi listada por Antípatro de Sídon como uma das Sete Templo em Filas
Maravilhas do Mundo, sendo a única delas que ainda existe.[172]
O país é considerado um polo do turismo histórico, religioso, médico e de entretenimento. Para entrar no
Egito, é necessário ter um passaporte válido e, na maioria dos casos, um visto. Além de cidadãos do Reino
Unido e da União Europeia (UE), os cidadãos dos seguintes países podem obter vistos à chegada em
qualquer um dos portos egípcios de entrada: Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Nova Zelândia, Noruega,
Macedônia do Norte, Coreia do Sul, Rússia, Sérvia, Ucrânia e Estados Unidos.[174] Os cidadãos do Reino
Unido, UE e Estados Unidos podem viajar para os resortes de Sharm El Sheikh, Dahab, Nueiba e Taba, para
um máximo de 15 dias, sem precisarem requerer um visto antes de viajar.[175]
Infraestrutura
Energia
Abastecimento de água
Entre 1990 e 2010, o abastecimento de água encanada no Egito aumentou de 89% para 100% nas áreas
urbanas e de 39% para 93% nas áreas rurais, apesar do rápido crescimento populacional no período. Durante
esse período, o Egito conseguiu eliminar a defecação a céu aberto nas áreas rurais e investiu em
infraestrutura. O acesso a uma fonte água potável no Egito é agora praticamente universal, com uma taxa de
99%,[178] mas pouco mais de metade da população está conectada a esgotos sanitários.[179] Em parte devido
à baixa cobertura de saneamento no país, cerca de 17 mil crianças morrem a cada ano por causa da
diarreia.[180]
Transportes
O Metrô do Cairo é o primeiro dos dois únicos sistemas completos de metrô na África e no mundo árabe. É
considerado um dos projetos recentes mais importantes no Egito, que custou cerca de 12 bilhões de libras
egípcias. O sistema consiste em três linhas operacionais com uma quarta linha planejada.[181][182] O sistema
transporta cerca de 4 milhões de pessoas por dia (dados de 2013).[183]
A EgyptAir, que hoje é a companhia aérea nacional e a maior companhia aérea do país, foi fundada em 1932
pelo industrial egípcio Talaat Harb, mas atualmente é de propriedade do governo egípcio. A companhia
aérea está localizada no Aeroporto Internacional do Cairo, seu principal hub, operando serviços regulares de
passageiros e fretes para mais de 75 destinos no Oriente Médio, Europa, África, Ásia e Américas. A frota
atual da EgyptAir inclui 80 aviões.[184]
Canal de Suez
Educação
A educação básica, que inclui seis anos de ensino primário e três anos de escola preparatória, é um direito
para crianças egípcias a partir dos seis anos de idade. Após a 9ª série, os alunos são acompanhados em uma
das duas vertentes do ensino médio: escolas gerais ou técnicas. O ensino médio geral prepara os alunos para
uma educação superior e os formandos desta fase normalmente entram nos institutos de ensino superior com
base nos resultados do Thanaweya Amma, o vestibular egípcio. O ensino secundário técnico tem duas
vertentes, uma com duração de três anos e uma formação mais avançada com duração de cinco anos. Os
graduados dessas escolas podem ter acesso ao ensino superior com base em seus resultados no exame final,
mas isto geralmente é incomum.[195]
A Universidade do Cairo está classificada entre 401.º e 500.º de acordo com o Ranking de Xangai[196] e de
551.º a 600.º de acordo pelo QS World University Rankings. A Universidade Americana do Cairo é
classificada como 360 de acordo com o QS World University Rankings e a Universidade Al-Azhar, a
Universidade de Alexandria e a Universidade Aine Xamece caem na faixa dos 701+.[197]
Saúde
A expectativa de vida ao nascer no Egito era de 73,20 anos em 2011, ou 71,30 anos para homens e 75,20
anos para mulheres. O Egito gasta 5,6% (em 2014) de seu produto interno bruto em saúde.[198] Em 2010, os
gastos com saúde representaram 4,66% do PIB do país. Em 2014, havia 0,81 médicos e 1,40 enfermeiros
para cada 1 000 habitantes.[199]
Como resultado dos esforços de modernização ao longo dos anos, o
sistema de saúde do Egito deu grandes passos adiante. O acesso a
assistência médica em áreas urbanas e rurais melhorou bastante e os
programas de vacinação cobrem agora 98% da população. A
expectativa de vida aumentou de 44,8 anos na década de 1960 para
72,12 anos em 2009. Houve um declínio notável da taxa de
mortalidade infantil (durante os anos 1970 até 1980 a taxa de
mortalidade infantil foi de 101-132/1 000 nascidos vivos, em 2000 a
taxa foi 50-60/1 000 e, em 2008, era 28-30/1 000).[200]
Hospital pediátrico 57357, no Cairo
Em 2008, a Organização Mundial de Saúde estimou que 91,1% das
mulheres do Egito com idades compreendidas entre os 15 e os 49
anos foram sujeitas a mutilação genital,[201] apesar da prática ser ilegal no país. Em 2016, a lei foi alterada
para impor penalidades mais duras aos condenados pela execução do procedimento, fixando a pena mais alta
em 15 anos. Aqueles que escoltam vítimas ao procedimento também podem enfrentar penas de prisão de até
3 anos.[202] O número total de egípcios com plano de saúde atingiu 37 milhões em 2009, dos quais 11
milhões são menores, o que fornece cobertura de saúde a aproximadamente 51,6% da população do
Egito.[203]
Cultura
O Egito é reconhecido por ser um criador de tendências culturais no
mundo da língua e da cultura árabe contemporânea, influenciados
fortemente pela literatura, música, cinema e televisão egípcia. O país
ganhou um papel de liderança regional durante os anos de 1950 e
1960, o que deu um novo impulso duradouro para o estatuto da
cultura egípcia no mundo árabe.[204]
O renascimento do Egito atingiu o auge no final do século XIX e início do XX, através do trabalho de
pessoas como Muhammad Abduh, Ahmed Lutfi el-Sayed, Muhammad Loutfi Goumah, Tawfiq el-Hakim,
Louis Awad, Qasim Amin, Salama Moussa, Taha Hussein e Mahmoud Mokhtar. Forjaram um caminho
liberal para o Egito, expresso como um compromisso com a liberdade pessoal, o secularismo e a fé na
ciência para trazer progresso.[207]
Telecomunicações
A pintura alcançou sua grande altura na XVII dinastia durante os reinados dos faraós Tutemés IV e
Amenófis III.[214] Os primeiros artistas egípcios tinham um sistema para manter as dimensões dentro da
arte. Eles usaram um sistema de grade que permitiu que eles criassem uma versão menor do trabalho
artístico e, em seguida, ampliavam o design com base na representação proporcional em uma grade
maior.[213]
A arte egípcia moderna e contemporânea pode ser tão diversa quanto qualquer obra da cena artística
mundial. Alguns nomes conhecidos incluem Mahmoud Mokhtar, Abdel Hadi Al Gazzar, Farouk Hosny,
Gazbia Sirry, Kamal Amin, Hussein El Gebaly, Amer Sawsan e muitos outros. Muitos artistas no Egito
assumiram a mídia moderna, como a arte digital. Também tem havido uma tendência a usar a World Wide
Web como uma saída alternativa para artistas e há uma forte comunidade de Internet focada em arte em
grupos que encontraram sua origem comum no Egito.[215]
Literatura e cinema
A literatura egípcia traça seus primórdios ao Antigo Egito e é uma das primeiras literaturas conhecidas. De
fato, os egípcios foram a primeira cultura a desenvolver a literatura como a conhecemos hoje, isto é, o
livro.[216] É um elemento cultural importante na vida do Egito. Romancistas e poetas egípcios estiveram
entre os primeiros a experimentar
estilos modernos de literatura
árabe e as formas que
desenvolveram foram amplamente
imitadas em todo o Oriente
Médio.[217]
O cinema egípcio tornou-se uma força regional com a chegada do som. Em 1936, o Studio Misr, financiado
pelo industrial Talaat Harb, emergiu como o principal estúdio egípcio, um papel que a empresa manteve por
três décadas.[220] Por mais de 100 anos, mais de 4 000 filmes foram produzidos no Egito, três quartos da
produção árabe total. O Egito é considerado o país líder no campo do cinema no Oriente Médio. Atores de
todo o mundo árabe procuram aparecer no cinema egípcio por causa da fama. O Festival Internacional de
Cinema do Cairo foi classificado como um dos 11 festivais de primeira classe em todo o mundo pela
Federação Internacional de Associações de Produtores Cinematográficos.[221]
Música e dança
O Egito é frequentemente considerado o lar da dança do ventre.[224] A dança do ventre egípcia tem dois
estilos principais - raqs baladi e raqs sharqi. Há também numerosas danças folclóricas e de caráter que
podem fazer parte de um repertório de dança do ventre ao estilo egípcio, bem como a moderna dança de rua
shaabi, que compartilha alguns elementos com raqs baladi.[225]
Museus
O Egito é o berço de uma das civilizações mais antigas do mundo e
tem estado em contato com muitas outras civilizações e nações e
passou por tantas eras, desde a pré-história até a era moderna,
passando por tantas domínios de faraós, romanos, gregos, islâmicos
e muitos outros povos. Devido a essa grande variação de épocas, o
contato contínuo com outras nações e o grande número de conflitos
pelo qual o Egito passou, vários museus podem ser encontrados no
país, cobrindo principalmente uma ampla área dessas idades e
conflitos.[226][227]
Grande Museu Egípcio, que será
completamente inaugurado em 2020
O Grande Museu Egípcio (GEM), também conhecido como Museu
de Gizé, é um museu em construção que abrigará a maior coleção de
artefatos egípcios antigos do mundo, sendo descrito como o maior museu arqueológico do mundo.[228] O
museu será inaugurado em 2020, será instalado em um terreno de 50 hectares a aproximadamente dois
quilômetros da Necrópole de Gizé e faz parte de um novo plano diretor do planalto.[229]
Culinária
Esportes
O futebol é o esporte nacional mais popular do Egito. O Dérbi do Cairo é um dos mais ferozes da África e a
BBC o escolheu como um dos sete clássicos mais difíceis do mundo.[231] O Al Ahly é o clube de maior
sucesso do século XX no continente africano, de acordo com a Confederação Africana de Futebol, seguido
de perto por seu rival Zamalek SC. Eles são conhecidos como o "Clube Africano do Século". Com vinte
títulos, o Al Ahly é atualmente o clube mais bem sucedido do mundo em termos de troféus internacionais,
superando o italiano A.C. Milan e o argentino Boca Juniors, ambos com dezoito.[232]
A Seleção Egípcia de Futebol, conhecida como os "Faraós", venceu a Campeonato Africano das Nações sete
vezes, incluindo três vezes consecutivas em 2006, 2008 e 2010. Considerada a equipe nacional africana mais
bem-sucedida e que alcançou o top 10 no ranking mundial da FIFA, o Egito se classificou para a Copa do
Mundo da FIFA três vezes. Dois gols do craque Mohamed Salah em seu último jogo de qualificação
levaram o Egito à Copa do Mundo de 2018.[233]
Em 1999, o Egito sediou o Campeonato Mundial de Handebol
Masculino e o sediará novamente em 2021. Em 2001, o time
nacional de handebol obteve seu melhor resultado no torneio,
alcançando o quarto lugar. O Egito venceu cinco vezes o
Campeonato Africano de Handebol Masculino, sendo o melhor time
da África. Além disso, também participou dos Jogos do
Mediterrâneo em 2013, o Campeonato Mundial de Handebol da
Praia em 2004 e os Jogos Olímpicos de Verão da Juventude em
2010. Entre todos os países africanos, o time de basquete nacional
do Egito detém o recorde de melhor desempenho na Copa do
Torcida da seleção nacional de
futebol no Estádio Internacional do
Mundo de Basquete e nos Jogos Olímpicos de Verão.[234][235]
Cairo.
Em 19 de setembro de 2014, o Guinness World Records anunciou
que o mergulhador egípcio Ahmed Gabr é o novo detentor do título
de mergulho de profundidade em águas salgadas.[236] Ahmed
estabeleceu um novo recorde mundial quando chegou a uma
profundidade de 332,35 metros. O feito de 14 horas foi realizado na
cidade egípcia de Dahab, no Mar Vermelho, onde ele trabalha como
instrutor de mergulho.[237]
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