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A Cantarinha dos Namorados reproduz a forma de um

cântaro de água, é feita em barro vermelho, mas


decorada com apontamentos em alto-relevo e
polvilhados com pó de mica. A sua manufatura
mantém-se pelo menos desde o século XVI até aos dias
de hoje.

No século XIX, a “cantarinha” começou a ser valorizada


pelas elites por representar a arte popular vimaranense e por se
enquadrar no espírito bucólico vivido na época.

Existem as Cantarinhas grandes, símbolo da abundância, do futuro, da


esperança. E a Cantarinha pequena, símbolo da vida real, das incertezas
do futuro e das pequenas felicidades do quotidiano.

Através de testemunhos orais, conseguimos apurar que nas primeiras


décadas do século XX era frequente a “cantarinha” ser oferecida pelo
namorado à namorada, aquando do pedido de casamento. A peça
destinava-se a guardar o dinheiro que a noiva conseguia poupar, com o
intuito de comprar um cordão de ouro, que levaria ao altar. Outra versão
da mesma memória refere que a “cantarinha” serviria para guardar as
prendas em ouro ofertadas pelos pais da noiva.

Assim, a Cantarinha era utilizada, tal como os lenços dos namorados,


como símbolo de aceitação ou rejeição de um pedido de
namoro/noivado. Quando um rapaz se decidia em ir pedir a mão de uma
rapariga à família dela, oferecia à rapariga a Cantarinha das Prendas. Se
a Cantarinha era aceite, o pedido particular estava feito, e a partir daí
ficavam comprometidos um com o outro. O anúncio do noivado era feito
apenas se houvesse consentimento dos pais. Se houvesse
consentimento dos pais, o noivado era anunciado e o dote tratado, e as
prendas oferecidas aos noivos eram colocadas na Cantarinha (cordões
de ouro, tranceletes, cruzes, corações. Outra versão diz que, dentro da
Cantarinha eram colocadas rifas. A rapariga, tirava depois uma ao acaso
que correspondia a uma prenda.

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